1. Spirit Fanfics >
  2. Paper Towns >
  3. A fuga - 4

História Paper Towns - A fuga - 4


Escrita por: TiaGaal

Notas do Autor


LEIA AS NOTAS FINAIS.

Capítulo 15 - A fuga - 4


Fanfic / Fanfiction Paper Towns - A fuga - 4

*Narração por Justin*

 

                        Ari:  É um pênis – disse Ariana – , do mesmo jeito que aquela titica de Rhode Island é um estado: pode até ter uma história ilustre, mas certamente não é grande.

 

Olhei de volta para a casa e notei que a luz do porão estava apagada. Percebi que me sentia meio mal por Jason – não era culpa dele ter o pênis pequeno e uma namorada ardilosamente vingativa. Mas no sexto ano Jase prometera não socar meu braço se eu comesse uma minhoca viva, então eu comi, e ele me socou na cara. Por isso não me senti mal por muito tempo.

 

Quando olhei de novo para Ariana, ela estava observando a casa pelo binóculo.

 

                        Ari: A gente precisa ir – disse Ariana. – Entrar naquele porão.

 

                        Jus: O quê? Por quê?

 

                        Ari: Parte quatro. Pegar as roupas dele caso ele tente retornar. Parte cinco. Deixar um peixe para Becca.

 

                        Jus: Não.

 

                        Ari: Sim. Agora – mandou ela. – Ela está lá em cima, levando uma bronca dos pais. Mas, tipo, quanto tempo esse sermão deve durar? Quer dizer, o que se diz nesses casos? ‘’Você não devia transar com o namorado de Ariana no porão de casa.’’ É basicamente um sermão de uma frase só. Então a gente tem que correr.

 

Ela saiu do carro com a tinta spray em uma das mãos e um bagre na outra.

 

                                   Jus: Essa é uma péssima ideia – sussurrei, mas eu a segui de perto, agachado com ela, até chegarmos à janela ainda aberta do porão.

 

                                    Ari: Eu vou primeiro – disse ela.

 

Ela passou uma das pernas pela janela para entrar, e, quando estava de pé na escrivaninha de Becca, metade dentro da casa, metade fora, perguntei:

 

                                   Jus: Posso ficar só vigiando aqui fora?

 

                                   Ari: Enfia logo essa bunda gorda aqui dentro – respondeu ela, e eu obedeci.

 

Rapidamente peguei as roupas masculinas que vi jogadas no carpete lilás de Becca: uma calça jeans com cinto de couro, um par de chinelos, um boné de beisebol do time da Winter Park e uma polo azul-bebê. Voltei-me para Ariana, que me passou o peixe enrolado em jornal e uma das canetinhas roxas de Becca. Ela me mandou escrever o seguinte:

                        ‘’Uma mensagem de Ariana Grande-Butera: a amizade de vocês dorme com os peixes.’’

Ariana escondeu o peixe no armário, entre os shorts dobrados de Becca. Ouvi passos no andar de cima e dei um tapinha no ombro de Ariana, arregalando os olhos para ela. Ela apenas sorriu e sacou devagar a tinta spray. Enfiei-me pela janela e me virei para observar enquanto Ariana se debruçava pela janela e sacudia a lata de tinta calmamente. Com um movimento elegante – do tipo que você associaria a calígrafos ou ao Zorro –, ela pichou a letra ‘’A’’ na parede acima da mesa.

 

Ela esticou as mãos, e eu a puxei pela janela. Ela estava se levantando quando ouvi uma voz estridente gritando:

 

                        - QUE CACETE!

 

Peguei as roupas e saí correndo com Ariana em minha cola. Apenas ouvi, porém sem ver, a porta da frente da casa de Becca se abrindo, mas não parei, nem me virei, nem mesmo quando uma voz grossa gritou:

                       

                        - PARADOS!

 

E nem quando ouvi o som inconfundível de uma arma sendo engatilhada.

 

Ouvi Ariana balbuciar a palavra ‘’arma’’ atrás de mim – ela não parecia extremamente chateada a esse respeito, estava só fazendo uma observação –, e então, em vez de contornar a cerca viva, mergulhei por cima dela. Não sei muito bem como eu esperava aterrissar – talvez com um salto mortal artístico ou algo assim –, mas, de qualquer forma, eu me estabaquei no asfalto, pousando no ombro esquerdo. Por sorte, o montinho de roupas de Jase acertou o chão primeiro e amorteceu a queda.

 

Xinguei um palavrão e, antes que pudesse ao menos começar a me levantar, senti as mãos de Ariana me puxando, e então estávamos de volta ao carro, eu dirigindo de ré com os faróis apagados. E foi assim que quase atropelei um cara seminu, a começar pela ausência do boné de beisebol do time da Winter Park. Jase estava correndo bem, mas não parecia estar indo para nenhum lugar em especial. Senti mais uma pontada de arrependimento quando passamos por ele de ré, então abri a janela até a metade e joguei a camisa polo na direção dele. Felizmente, acho que ele não nos viu, e não tinha nenhum motivo para reconhecer a minivan, já que – e eu não quero parecer amargo ou algo assim por trazer isto à tona – eu não posso ir de carro para o colégio.

 

                                    Ari: Por que diabos você fez isso? – perguntou Ariana enquanto eu acendia os faróis, dirigindo para a frente e tentando me localizar no labirinto de ruas suburbanas para retornar à rodovia interestadual.

 

                                   Jus: Senti pena dele.

 

                                   Ari: Dele? Por quê? Porque ele está me traindo há seis semanas? Porque ele me passou sabe-se lá que tipo de doença? Porque ele é um idiota nojento que provavelmente vai ser rico e feliz pelo resto da vida, provando assim a total injustiça do universo?

 

                       

                                   Jus: Ele só parecia meio desesperado – respondi.

 

                                   Ari: Tanto faz. Casa de Karin agora. Fica na Pensilvânia, do lado da ABC Liquors.

 

                                   Jus: Não fique com raiva de mim – pedi. – Um cara de apontar uma arma para mim só porque resolvi ajudar você, então não fique com raiva de mim.

 

           

                                   Ari: NÃO ESTOU COM RAIVA DE VOCÊ! – berrou Ariana, socando o painel do carro.

 

                                   Jus: Bem, você está gritando.

 

                                   Ari: Eu achei que talvez... ah, deixa para lá. Eu achei que talvez ele não estivesse me traindo.

 

                                   Jus: Ah.

 

                                   Ari: Foi Karin quem me contou. E acho que um monte de gente já sabia há um tempão. E ninguém me falou nada até Karin me avisar. Achei que talvez ela só estivesse querendo arrumar confusão ou algo assim.

 

 

                                   Jus: Foi mal.

 

                                   Ari: Tá, tá. Nem acredito que me importo com isso.

 

                                   Jus: Meu coração está acelerado – falei.

 

                                   Ari: É assim que a gente sabe que está se divertindo – disse Ariana.

 

Mas não parecia divertido; parecia um ataque cardíaco. Parei o carro estacionamento de uma loja de conveniência vinte e quatro horas e levei o dedo até a jugular, observando os dois pontinhos no relógio digital piscarem a casa segundo. Quando me virei para Ariana, ela estava revirando os olhos.

 

                                   Jus: Minha pulsação está perigosamente acelerada – disse.

 

                                   Ari: Toda essa sua ansiedade. É tão...

 

                                   Jus: Bonitinho?

 

                                   Ari: É assim que estão chamando ‘’infantil’’ hoje em dia?

 

Ariana sorriu. Ela pulou no banco de trás e voltou com uma bolsa. Quanta coisa ela enfiou aqui dentro?, pensei. Ela abriu a bolsa e tirou um vidro de esmalte vermelho tão escuro que era quase preto.

 

                                   Ari: Vou pintar as unhas enquanto você se acalma – disse, seu sorriso para mim aparecendo atrás da franja. – Não tenha pressa.


Notas Finais


Oi gente, desculpa a demora é que.. Dois de meus melhores amigos acabaram de falecer e eu não tive tempo..
Eu to muito chorosa e não deu pra postar nos horários que tinha marcado e, pode ser que eu demore um pouco para postar mais capítulos e, desculpem por esse capitulo pequeno. Obrigada


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...