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História Destiny - Apaixonado


Escrita por: LeehBarreto

Capítulo 33 - Apaixonado


Fanfic / Fanfiction Destiny - Apaixonado


Tava na roça ? - Pergunta Dylan, analisando minhas calças e meu tênis.


Não, eu tava em Santa Monica - Informo, subindo as escadas.


Eu sei - Ouvi sua voz distante.


Claro que sabe! - Gritei.  Minha mãe sempre conta tudo à ele.


Entrei em meu quarto e fui direto para o banheiro, tirei minha camiseta, minhas calças e por fim, meus tênis. Quem via de longe também iria me fazer a mesma pergunta de Dylan.  Eu estava bem sujo, acho que metade da areia da praia eu trouxe comigo. 

Liguei o chuveiro, e deixei água morna relaxar meus músculos, eu não havia notado,  mas meu corpo estava cansado pelo dia de intenso de hoje, mas mesmo exausto não pude evitar de cantarolar uma música qualquer, permitindo que minha desafinação ecoasse pelo banheiro e talvez pelo meu quarto. 

Após o banho, me enrolei na toalha e me olhei no espelho, limpando o mesmo que estava embaçado, penteei meu cabelo e me diverti um pouco fazendo o pente de microfone, alternando entre uma guitarra imaginária, mas parei no mesmo instante quando ouvi meu irmão chamar por mim no outro cômodo. 


Podemos conversar ? - Pergunta Dylan sentado-se na poltrona próximo a cama.


Claro - Digo, achando estranho aquela aparição repentina - Vou vestir uma roupa e já volto.


Caminhei até o closet cantarolando baixo, coloquei uma cueca e uma calça de moletom velha e retornei ao quarto aonde ele  se encontrava do mesmo jeito.


Pela sua cara deve ser algo sério - Supus.


Não sei o grau de sério que tem essa conversa, mas é sim - Falou me encarando.


Então diga - Incentivei.


Sentei-me na cama esperando ele iniciar o assunto. Ele fitou o chão por alguns segundos, se posicionou de uma maneira mais confortável na poltrona e cruzou os braços, agora me olhando com cautela.


Estou preocupado com você - Disse por fim.


Preocupado comigo? - Perguntei surpreso - E posso saber porque? 


Não havia motivos para ele estar preocupado, eu nunca me sentirá tão bem em toda minha vida .


Você e Katherine... Não acha que está indo longe demais?  


Não sei o que você quer dizer com isso. Seja claro. - Pedi.


Irmão, você se envolveu com Katy inconsequentemente, sei o quanto a amava, mas começou errado - Ele dizia cada palavra com cuidado, analisando se eu ia deixar transparecer algum tipo de aborrecimento - E depois que ela se foi você teve depressão e algumas crises de ansiedade...


É sério que você vai me lembrar desse tempo trevoso? - Resmunguei, afastando as lembranças.


É necessário, desculpe - Me mantive em silêncio, mas assenti - Nossa mãe está feliz por você estar bem agora e eu também estou, acredite, mas ela me pediu pra conversar com você. Sabe né, sou homem fica mais fácil - Eu queria que ele fosse breve e rápido, mas sei que não seria possível - Será que você não está confundindo as coisas?  Katherine é irmã gêmea da ...


Katy - Interrompi - Eu sei, já disse pra Katherine inúmeras vezes e ela me compreendeu, espero que você também entenda o que eu vou te dizer.


Vou tentar. - Falou, franzindo o cenho.


Eu gosto da Katherine não por ela ter a aparência da Katy, claro que isso no início me prendeu nas lembranças e eu também pensei em estar confundindo tudo, mas com o decorrer dos dias e dos momentos que eu passava ao lado de Katherine eu entendia tudo com mais clareza. - Suspirei - Eu gosto dela pelo ser humano incrível que ela é, ela me faz bem, é gentil, humilde, madura, ela tem uma personalidade que eu nunca encontrei em outra mulher, nem mesmo na Lili, que é dona de uma das personalidades mais fortes que conheço, e acredite Katherine é oposto de Katy, as duas são como o fogo e gelo - Parei de falar recuperando o fôlego e tentando parecer mais tranquilo - Se eu fosse gostar de Katherine por causa da irmã, eu certamente não ia gostar dela, por serem diferentes por dentro entende?! 


Mas não é só isso - A feição dele era mais serena, ele compreendeu pelo menos a parte da aparência - Já entendi que gosta mesmo dela, tudo bem, mas e depois? 


E depois o que ? Ah, entendi - Sorri - Eu quero ver ela amanhã, depois e depois e todos os dias se possível. 


Bingo! Chegou aonde eu queria! - Disse de imediato - Não tem todos os dias Cole. Pelo que você me disse, ela fez um pacote de viagem de 30 dias e pelos meus cálculos já se passaram 14 dias desde que ela chegou aqui.


Eu sei - Murmurei, minha voz saiu tão triste que até fiquei surpreso.


Queremos saber se você vai conseguir ficar bem quando ela for embora. 


Eu não sei. Não tinha pensado nisso - Menti.

Na verdade eu havia pensado sim, mas evitava esse tipo de pensamento, eu não queria deixar a ansiedade atropelar os momentos bons que eu ainda ia passar com ela. Se eu pensasse na sua partida em breve, eu ia estar estragando tudo e sofrendo com antecedência. 


Acho que deve pensar - Sugeriu - Será melhor para a sua saúde mental. Pelo menos quando isso acabar...


Eu não quero que acabe - Rebati - Não precisa acabar.


Mas irmão... 


Não é tão difícil manter um relacionamento à distância, eu vou estar indo sempre que possível visitá-la.


Eu sei que vai. Assim como fez com Katy.


É diferente agora - Revirei os olhos - Dessa vez eu não preciso me esconder de ninguém. Agora eu estou começando certo, não estou mentindo, enganando, traindo ninguém - quando dei conta eu estava andando pelo quarto em movimentos repetitivos - Eu só quero ser feliz Dylan, quero sentir isso de novo, isso que você já tem - Minha voz tava rouca, eu sentia um nó se formar na minha garganta  - É fácil pra você me repreender, você tem a Bárbara, vocês se amam, quando vocês estão juntos eu me sinto mal, sinto inveja - Admiti com vergonha - Eu também quero sentir isso de novo, ter alguém comigo, quero ligar pra alguém no fim do dia e perguntar como foi o dia dela, quero poder mandar flores, quero poder deitar em seu colo e sentir as mãos dela me fazer cafuné, quero ficar igual você e sua namorada no fim de semana, assistindo Netflix comendo pipoca - Eu estava chorando e notei os olhos dele marejados - Eu fiquei muito tempo solitário, sendo prisioneiro dos meus próprios pensamentos, vendo todos os dias se passarem sem sentido e sem cor, e quando conheci Katherine - Sorri ao ter lembranças da primeira vez que a vi - Eu senti que meus dias vazios tinham acabado. Por favor, me entenda - murmurei - Eu estou apaixonado.


O vi se levantar e caminhar em passos lentos até mim, seus olhos estavam carregados de lágrimas que eu sei que ele não ia deixar cair, ele sempre foi mais forte que eu nesse quesito. 


Eu entendo - Colocou a mão em meu ombro - No que eu puder te ajudar conte comigo.


Me prendeu em um abraço apertado, ficamos em silêncio por longos segundos.


Eu a beijei hoje - Comentei ao pé do ouvido dele, que de imediato se desvencilhou me fitando com olhos arregalados e um sorriso travesso.


Finalmente! - Bateu palmas - E como foi? 


Parecia que milhões de átomos se explodiam dentro de mim - Rimos - Conexão fora do comum.


E ela ? Me conta... 


Vamos jantar? - Minha mãe entra no quarto nos interrompendo.


Vamos - Dylan e eu falamos em uníssono. 


Nossa mãe foi na frente enquanto eu começava a contar pro Dylan sobre o passeio de hoje, decemos em seguida, tagarelando sem parar. 


(...)


Acordei com os raios de sol entrando pela enorme porta de vidro que estava entreaberta. 


Rolei pro outro lado da cama aonde não batia sol, para tentar dormir mais um pouco, mas o sono realmente fora embora, espreguicei-me, sentando na beirada da mesma, fiquei por alguns segundos naquele momento retardante de quando a gente acorda, olhando para um ponto fixo, pensando em nada, deixando calmamente meu corpo se ligar ao cérebro, que ainda estava sonolento.


Levantei fiz minha higiene matinal, coloquei uma camiseta qualquer e desci para a cozinha, notei que ninguém tinha acordado ainda, achei estranho, minha mãe era sempre a primeira a levantar. 


Olhei a hora, eu tinha acordado mais cedo que o normal. Me entreti um pouco com meu cachorro, e aproveitei para dar uma olhada na tv, passei por canais aleatórios e deixei na Nickeledeon, aonde passava desenho animado. 

Fiquei tempo sulfciente ali para perceber que eu já poderia adiantar o café, e preparar alguns ovos mexidos. 

Logo minha mãe acordou com o barulho de algumas panelas caindo no chão. 


Deixa isso comigo - Ordenou ela, rindo, ao presenciar minhas tentativas de encontrar a frigideira. 


Eu só estava tentando ajudar - Fiz beiço, beijou meu rosto, me deixando de lado.


Precisa falar com a Matilda - Inicia ela enquanto encontrava a frigideira com facilidade - Avisar que ela precisa voltar no início do mês.


Por mim ela não tinha nem saído daqui - Digo ajudando a organizar a mesa - Por mais que eu continue pagando ela pelos serviços, ela deveria ter continuado normalmente, de segunda à sexta e não uma vez na semana. Mas a senhora é teimosa, quer fazer as coisas sozinha  - Bufei de mal grado.


Faço com muito gosto - Retrucou num tom bravo. 


Tá bom mãe - Encerrei o assunto ali mesmo antes que eu ficasse sem ovos.


Aproveitei o momento e já liguei pra Matilde avisando pra ela voltar a trabalhar normalmente dali 14 dias, antes que eu esquecesse e acabasse colocando fogo na casa se tivesse que ir pra cozinha sozinho. 


Dylan, apareceu em seguida, se espreguiçando, unindo-se a nós para a  refeição.


Cadê Bárbara ? - Pergunto acostumado com a presença dela nos finais de semana.


Está em Milão - Menciona tristonho - Se parasse em casa saberia.


Graças a Deus que eu não paro em casa - Digo com tom repugnante - Imagina, eu ficar o dia inteiro ouvindo você falar dela, ou ficar ouvindo você falar com ela pelo telefone com aquela voz ridícula de criança mimada. Eca.


Ah, cala boca! - Resmungou. 


Eu não sei o que é pior, quando ela tá aqui e fica os dois de barda e grude, ou quando ela está longe e você fica de lamentação. - mostrou o dedo e minha mãe o repreendeu de imediato.


Ah, falou o que tá todo apaixonadinho - Bufou divertido.


Não cheguei nessa fase que você está  - Lembrei-o.


Mas vai chegar. Todo mundo chega, só que no seu caso vai ser pior, imagina, ela lá longe, do outro lado do mapa.


Desnecessário você lembrar isso - Retruquei, mudando de assunto - Vou voltar a gravar - Informo e vejo minha mãe me olhar sobressaltada e Dylan quase se ensgasgar com o café - Calma gente, parece que eu disse algo de errado. 


De errado não meu filho - Diz minha mãe, afagando minha mão - Fico contente que tenha tomado essa iniciativa.


Eu preciso ver essa Katherine pra dar um abraço nela de agradecimento - Murmura Dylan divertido.


Hey sem abraços!  - Protestei com humor.


Sustentei a maior parte da conversa, enquanto a gente tomava café da amanhã, a cada três palavras uma era nome de Katherine. 




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