– Por favor, ajude-a – O príncipe Jungkook entrou afobado nos aposentos do médico real com a cunhada sobre os braços. O desesperado em sua voz era palpável.
– O que exatamente aconteceu, com vossa alteza? – O senhor de idade questionou calmo, observando a dama desacordada ser debruçada sobre a cama com delicadeza, como se fosse uma pena, leve e frágil.
– E-ela estava correndo e de repente, d-de r-repente desmaiou – Respondeu o aristocrata, sua voz vacilara levianamente, pois o medo de perdê-la dominava-lhe seu corpo.
– A senhoria teve alguma enfermidade ou passastes por alguma pressão psíquica ? – As perguntas não cessaram.
– Eu diria que sim – A resposta viera rápido.
– Ela não me aparenta fraca ou com alguma desnutrição alimentar – Ele abriu os olhos da jovem, mirando a mucosa avermelhada, uma pequena lanterna iluminando a região, dessa forma evidenciando o quão saudável estava – És moça? Digo, por obséquio, a rainha já fora deflorada? Teve a noite de núpcias? – O doutor falou receoso, todavia, as palavras que sairiam da boca do jovem monarca que determinariam a conclusão do problema o qual a rainha se encontrara.
Jungkook apenas balançou a cabeça, confirmando.
– Ela ficarás bem, precisa apenas descansar, contudo, devo dizer que a rainha carregas em seu ventre… um herdeiro – O médico indagou e o príncipe mais novo engasgou-se com o próprio ar, passando a mão sobre os cabelos negros.
– G-grávida? – Ele repetiu a palavra como se fosse algo desconhecido no seu vocabulário polido e nutrido.
– Certamente, vossa majestade. Não há de ter dúvidas com relevância no que vossa mercê disse-me que ocorreu.
Com um longo suspiro, o mais novo indagou:
– Tudo bem, espero que essa conversa há de ficar apenas entre nós dois, estás entendido? – O médico assentiu silenciosamente.
[…]
Não demorou muito para a rainha se remexer, despertando vagarosamente. Ela levantou-se, sentando na cama, o que chamou atenção dos dois indivíduos ali presentes.
– Está se sentindo bem? – O moreno proferiu sentando-se na beirada da cama. Ele apertava a mão da dama, como se sua vida dependesse disso. Quem os visse, pensariam que eram homem e mulher.
– Por que eu estou aqui? – Josefina observava ao redor, seu semblante franzido em confusão.
– Tem uma coisa que eu preciso informar-te – Com o timbre temeroso, o príncipe anunciou. Como Josefina nada falou, ele prosseguiu vagarosamente – Vossa mercê, encontra-se grávida.
– O quê?! – A nova informação fez o estômago da pequena monarca se contrair. – Como assim?
Ela estava mesmo grávida?
O pensamento abalou-lhe até a alma, causando-a uma pequena tontura. Que teve Jungkook em seu encalce. Ajudando-a como suporte a manter-se sentada.
– Tu escutastes perfeitamente bem, milady. Se for de vossa vontade, agora mesmo eu irei chamar o pai da criança que carregas no ventre para assumir a responsabilidade.
– NÃO! – Ela gritou convicta – Não quero que ele há de ter conhecimento desse fato. Não há por que uma criança nascer sem o amor do pai, és a mesma coisa que nadas. Se és para ter esse tipo de pessoa na vida, então eu prefiro que não tenha.
– Entretanto, esse bebê vai precisar ter uma figura masculina em sua vida, não há por que ele não ter um pai – Interveio o moreno.
– Não me importas, eu viverei sozinha, darei o meu jeito, entretanto, não quero que o rei saiba disto. Chame o almirante Hoseok. Ele saberás como me ajudar.
– Eu posso ajudar-te, confie em mim, alteza – Jungkook informou.
– Sei que pode, mas tu és irmão do rei, precisas estar ao lado dele. Seria suspeito se não estivesse – Ela respondeu e o príncipe abaixou a cabeça em compreensão, em seguida retirando-se as pressas para o palácio real a procura do militar inglês.
[…]
Ouviu uma batida na porta, que logo se abriu, e de lá saiu o príncipe Jungkook junto ao almirante Jung Hoseok.
– És verdade? – o amigo de infância da princesa indagou direto.
Somente bastou um olhar dela para ele ter a confirmação.
– Por que não contas ao rei? – Ele continuou, apesar de conhecer a princesa como ninguém e saber que com os acontecimentos recentes a fazia ter mais convicção com sua escolha. Ele precisava convencê-la.
– Isso está fora de cogitação – Ela balançou a cabeça. Como se afastasse essa alternativa.
– Então, o que iremos fazer? – Jungkook interferiu. – Vais esconder isso a vida toda?
– Se preciso, sim.
– Podemos arrumar uma moradia para a alteza morar, eu a farei companhia todos os dias – Ao receber um olhar reprovador do aristocrata mais novo, ele acrescentou – Em quartos separados, certamente. És necessário. Até porque Kim Taehyung virá a procura da milady. E eu posso dizer ao rei que estou a cuidar de minha esposa grávida, a majestade não tens consciência de minha vida pessoal. Então acreditarás e para não deixar-lhe dúvidas, pela manhã e tarde, eu continuarei a guarita no palácio. Assim a noite poderei cuidar da princesa.
– De acordo, contudo, eu irei fazer visitas também. Todo cuidado é pouco. Principalmente para alguém que estás a dar a luz. – O moreno proferiu.
– Não preciso de superproteção, não estou morta para tratar-me como – Ela disse.
– Ou vossa mercê aceitas minha proposta ou conto ao meu irmão toda a verdade que estás a esconder – Ele arqueou a sobrancelha.
– Estás me ameaçando, vossa alteza? – Josefina encarou-o estupefata.
– Medidas necessárias para ocasiões drásticas – Ele deu de ombros.
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