História Para todos os garotos que já amei. - Expulsa de casa.

Cheguei na escola com um sorriso estampado ao vê-lo. Entreguei o trabalho para a professora Martina e ela me olhou fascinada.

-Estão vendo pessoal?! Aqui está uma dupla que pode ser um exemplo! Acabaram o trabalho uma semana antes da data de entrega! Parabéns Juana e Justin! Principalmente você Justin, não esperava que fizesse algo.

Todos da sala me olharam espantados até eu me sentar no lugar. Escutei vários cochichos como "aposto que ela fez tudo sozinha" e "ele deve ter ameaçado ela".

Assim que bateu o sinal do recreio no quarto horário, eu escutei alguns barulhos vindo da sala de limpeza da escola, e resolvi da uma espiada. Eu não queria ter visto aquilo.

Justin e a professora Dayana estavam aos pegas.

-Eu achei que gostasse de mim.

-Achou errado. Acha mesmo que eu iria querer alguém como você?

-Juana!

Disse a professora assustada.

-Não é nada disso que você está pensando!

-Não se preocupe professora, não vou dizer nada. Faça bom aproveito desse lixo!

Eu saí correndo e chorando pelos corredores onde todos me observavam.

Me deitei sobre as raízes de um carvalho do lado da escola, e matei o último horário lá, pensando no quanto fui burra.

-Eu não acredito que ele fez isso!

Eu disse chorando.

-fez o que?

Perguntou um garoto estranho se aproximando.

-Prazer! Hanson!

-Não é nada tenho que ir!

Eu disse saindo e deixando livre a mão que me ofereceu.

Voltei para casa, e meus pais ficaram me questionando por minhas atitudes indiferentes.

-Só por que eu não almocei e não quero jantar que estou estranha?! Me deixei em paz!

Me tranquei em meu quarto passando ali o resto do dia.

No dia seguinte fui para a escola. Tende bom ânimo Juana! Tende!

Nada podia me deixar mais pra baixo do que eu já estava. Ha mais podia sim.

Assim que cheguei na escola, todo me encaravam e riam até chegarem a chorar, eu fui s cabeça baixa até a sala, come todos falavam baixo, olhavam para mim e riam.

Justin somente me observava com um sorriso sarcástico e a ponta da caneta na boca.

-Amiga porque você fez isso! Você sabe muito bem que ele não presta!

-Do que você está falando Megan?

Ela tira do bolso seu celular mostrando, um vídeo onde eu me declarava para o Justin, e ainda tinha a seguinte legenda " Quando uma puta não encontra ninguém é se declara pra tentar ter alguém".

- Juana! Favor comparecer na diretoria.

Uma voz se espalhou por toda escola saindo do interfone.

Eu só pedia a Deus para que esse vídeo não chegasse em meus pais.

Fui correndo desesperada para a diretoria.

Me sentei na cadeira na frente da diretora arfando.

-Senhorita Juana Turner.

-Sim senhora Marlena.

-O que está acontecendo com você querida? Você sempre foi uma aluna exemplar!

-Me desculpa! Eu não queria causar problemas por conta daquele vídeo!

-Juana, Justin é um vândalo. Você não deveria se juntar a ele!

-Mais foi pelo trabalho!

-Já estou a pá de tudo. Ele te usou.

-Eu fui idiota de sentir alguma coisa por ele!

-Acontece. A culpa não é sua, isso é uma fase da adolescência. Ambos os dois erraram.

-Por favor diretora, não conte aos meus pais!

-É minha obrigação Juana sinto muito!

-Por favor! Eu te imploro!

Eu disse em prantos.

-Justin levará uma suspensão de duas semanas.

Vamos dar um jeito nesse vídeo.

A diretora passou em todas as salas conferidos os celulares, e confiscou o de Justin.

-Não é justo Marlena!

-Você está suspenso! Não vou repetir mais!

Eu olhei para ele decepcionada.

-A culpa é sua. Sua nerd do caralho!

Eu me senti completamente envergonhada. Dayana me deu um olhar terno e doce. Pra mim não passava de uma falsidade, para que eu não contasse sobre o que vi no quartinho de limpeza.

-Vai ter volta, Juana, vai ter volta!

-Não Sei porque você está preocupado com escola seu babaca! Você nem estuda!

-E você estuda? Conta aí pra todo mundo quando vc dormiu comigo lá em casa!

-Que absurdo!

Só me faltava essa!

-Já deu Justin, venha até minha sala!

A diretora saiu levando o Justin, e eu fiquei na sala com os olhares perversos de todos, menos o da Megan.

O sinal bateu.

-Megan!

Eu corri e a abracei chorando, e ela retribuiu o abraço.

-Não fica assim amiga! Tudo passa!

-Espero que passe. Megan eu não dormi com ele!

-Eu acredito em você!

-Será que meus pais sabem?!

- Sinto em te dizer, mais a essa altura creio que sim. A diretora já deve ter contado.

Passei o resto das aulas magoada, e no fim como sempre vai ser sempre eu no escuro do meu abismo. Quando cheguei em casa, havia um monte de malas na porta.

-De quem são as malas?

Perguntei meu pai entrando em casa, e ele me respondeu com um tapa no rosto.

-Saia daqui! Não quero uma vadia que dorme com qualquer um em minha casa!

-Calma Josh!

-Calma nada Marian! Veja a filha que nos criamos com tanto amor! E assim que ela nos retribui?! Fora daqui!

-Papai mais eu sou de menor! Não tenho para onde ir!

Eu disse chorando e assustada.

-Pensasse antes de transar com qualquer um! Saia daqui! Não me chame de pai e nem nos procure!

-Mais é mentira eu nunca fiz isso! Você tem que acreditar em mim!

-Mentirosa! Eu vi o vídeo de você se declarando!

-Mais eu só disse ! Eu não fiz nada demais!

-Fez. Você prometeu estudar, e não se oferecer a qualquer um! Saia daqui!

Meu pai me pegou pelo braço e me jogou na rua.

-Tchau minha querida!

Disse minha mãe chorando, antes que meu pai a puxasse para dentro e trancasse a porta.