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História Paradise - Capítulo 14


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que favoritam e comentam!!! (づ ̄ 3 ̄)づヾ(^▽^*)))
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AVISO DE GATILHO: Falas e pensamentos depressivos.

Capítulo 14 - Capítulo 14


 

No quarto dia, Yoongi voltou a abrir os olhos e dessa vez ficar com eles abertos. Estava quente, ele podia sentir as roupas grudadas em seu corpo e um gosto horrível na boca, mas seu corpo parecia mais forte e ele quis se levantar.

— Ei, ei… Calma, Min Yoongi.

A voz era conhecida do pescador ele logo conseguiu focar no rosto da sereia, dando um sorriso sem notar.

— Como você está se sentindo?

Yoongi pensou por um momento e percebeu que não sabia responder com certeza.

— Cansado, mas… bem? — respondeu incerto. — E estou com calor e quero ir ao banheiro.

A sereia sorriu.

— Esse chá que Jungkook fez é milagroso pelo visto.

Hm? — Yoongi suspirou cansado. — Quanto tempo fiquei desmaiado?

— Hoje é o quarto dia, você ficou indo e voltando… — afirmou Hoseok. — Você… se lembra do que aconteceu?

Min se lembrava. Agora, dias depois, sabia reconhecer o que tinha ocorrido com ele.

— Uma sereia me encantou, né? Igual as histórias que meu avô me contava…

Hoseok deixou seus dedos brincarem com o cabelo do moreno, que deu um frasco sorriso para a sereia.

— Eu sinto muito que fizeram isso com você — afirmou a sereia com um olhar triste. — Eu… deveria ter prestado atenção, ter cuidado melhor de você.

— Não… era a sua obrigação. Eu deveria ter percebido o que estava acontecendo… — Yoongi suspirou fundo. — Cadê os outros?

A sereia deu um sorriso.

— Estão trabalhando no barco, agora temos outros braços para auxiliar. — Hoseok sorriu. — Umas crianças fizeram uma brincadeira com Kim Namjoon e Jin as obrigou a ajudar no barco.

— Que brincadeira?

— Eles pegaram a roupa dele quando ele foi tomar banho.

Yoongi riu baixo, mas o sorriso logo morreu em seguida e Hoseok se preocupou, colocando a mão na testa do humano, mas ele não parecia com febre.

— Está tudo bem, Min Yoongi?

— Não sei — respondeu com sinceridade. — Acho que eu talvez esteja… um pouco depressivo. Hm… vocês sabem o que é isso?

Hoseok concordou com a cabeça.

— Nós somos parte humanos, Min Yoongi. Algumas coisas, algumas doenças… nós também temos. Você tomava remédios? Porque eu sei que os humanos têm remédios para isso, nós tomamos chás por aqui, mas não resolve muito… Se você tomava remédios, eu posso tentar roubar alguns para você. Vai ser difícil, mas posso tentar.

O pescador estava deitado e ainda se sentia cansado, mas naquele momento foi como se Hoseok estivesse falando a mais belas das coisas e nem sabia explicar exatamente o porquê. A sereia estava disposta a se arriscar por ele. Como algo assim era possível?

— Você se arriscaria por mim? Um humano que só sabe fazer piada sexual e inapropriada?

— Ninguém é perfeito, Min Yoongi. Nem sereias são. Mas eu acredito que no fundo, por debaixo de todas essas piadas inapropriadas, vive um humano bondoso. E eu adoraria conhecê-lo.

— Espero que isso seja um convite para um encontro.

— Pode ser, mas para isso você precisa melhorar rapidamente. — Hoseok sorriu. — Ei, você ainda quer ir ao banheiro? Eu posso te ajudar…

Yoongi concordou, com um sorriso fraco. Ele ainda se sentia doente, mas ao mesmo tempo, triste. Durante aqueles dias de febre, tivera sonhos atrás de sonhos e agora tinha a percepção de como era sozinho no mundo. Ele sumiu e ninguém estava atrás dele ou lhe ligando por preocupação. Ninguém se importaria se ele morresse, não haveria ninguém no funeral ou ninguém para chorar. Era estranho notar como se afastara de todos e agora a pessoa mais preocupada com ele nem era uma pessoa, era um ser mitológico.

Assim que deixou o banheiro, Yoongi encontrou os olhos grandes e preocupados de Jungkook parado diante da porta onde Hoseok também o esperava.

— Hyung!

— O-oi…

O rapaz nem esperou, somente o abraçou com força, sentindo Yoongi quase desfalecer em seus braços. Preocupado, fitou o mais velho e percebeu o sorriso fraco em seu rosto.

— Só estou fraco, não se preocupe.

— Vou pegar algo para você comer.

Antes que pudessem falar algo, Hoseok se afastou, dando espaço para os dois. Jungkook então segurou com força na cintura de Yoongi e caminhou com ele até a beirada do lago, ali batia uma brisa fresca e o mais velho ficara muito tempo dentro do celeiro abafado.

— Como se sente, hyung?

Yoongi sacudiu os ombros, deixando sua mão brincar com a água do lago. Ele não sabia ao certo como se sentia.

— Triste.

— Triste? — Jungkook perguntou, preocupado. — Foi o canto! Eu ouvi Hobi e comandante Seokjin conversando… Você ficou muito tempo encantando…

Hm… Acho que pode ser, mas… — Yoongi suspirou fundo, não era comum para ele precisar contar seus problemas para as pessoas, normalmente elas nunca ficavam tempo o suficiente para perceber. — Eu sofro de depressão, Jungkook…

— Oh… E… você toma remédios, não é? Não ficou nenhum da sua mochila? — O mais novo questionou preocupado.

— Eu posso ficar sem os remédios, Kookie… Mas às vezes… às vezes eu só fico assim... Triste.

Jungkook não soube o que falar, pois seu coração se apertou com o tom que Yoongi usou. Era diferente de todas as outras que já tinha ouvido o pescador falar e tal coisa partiu seu coração. Sem muita ação, o mais novo segurou na mão do outro, apertando dos dedos contra os seus.

— Sei que não pode parecer muita coisa, mas eu estou aqui, hyung. Para o que precisar.

Yoongi sorriu e concordou com a cabeça, deixando-se ser abraçado pelo mais novo. Ele estava imensamente agradecido, mas não conseguia falar. Tinha um nó em sua garganta naquele momento.

Os dois ficaram daquela maneira, até que Yoongi não aguentou o silêncio.

— Como está Namjoon? — perguntou em tom baixo. A verdade é que somente queria distrair a mente naquele momento.

Hm… Preocupado. Tenso.

— Por causa do barco? As coisas não vão bem?

— Por causa de você, hyung.

— Oh… Me desculpa… — Yoongi murmurou, ouvindo Jungkook rir baixinho antes de o beijar na bochecha.

— Não tem problema. Não é sua culpa, hyung. Só queremos que você fique bem logo, ‘tá bom? Quer ver como o barco está ficando? A proa já está boa e bonita…

Ele somente concordou com a cabeça mesmo que não quisesse ir. E, como se o universo resolvesse o ajudar pelo menos uma vez, Hoseok apareceu com uma tigela repleta de coisas.

— Trouxe legumes, arroz, algumas frutas… Eu ia trazer um peixe também, mas não consegui, eles são meus amigos. Desculpa.

Yoongi sorriu e concordou com a cabeça.

— Está ótimo. Obrigado… Você é muito gentil.

E então, Jungkook viu Hoseok corar. Foi rápido e quase não acreditou no que seus olhos constataram, mas o rubor realmente tinha tomado conta da face da sereia. Yoongi não percebeu, olhando a tigela e pegando uma porção de arroz, ainda com um olhar entristecido.

Hyung, você sabia que Hoseok não saiu em nenhum momento do seu lado? Ele cuidou tanto da sua saúde…

A sereia fitou Jungkook, um brilho no olhar diferente, mas nada falou, fingindo estar interessado em algo dentro do lago.

Yoongi não soube o que dizer com aquela informação então apenas continuou a comer, um pouco envergonhado.

— Eu vou ajudar com o barco e avisar o Namjoon que você está acordado, hyung — avisou o mais novo estalando outro beijo na bochecha do mais velho e acenando contente para Hoseok antes de correr.

— Ele mudou tanto…

— São as escamas.

A tentativa de brincadeira trouxe um sorriso a Hoseok, que logo se sentou ao lado de Yoongi. A sereia fitou o humano e viu um grão de arroz preso na bochecha do outro. Ele mordeu o lábio inferior, mas ignorou o que viu, depois o pescador perceberia e tiraria, fácil.

— Quem dera fossem só as escamas — murmurou Hoseok. — Ele era diferente quando sereia. Era… destemido, impulsivo, agitado; não ficava parado em nenhum lugar, hora queria estar na patrulha, hora queria ser responsável pelas investidas no continente… Jungkook sempre um espírito livre, por tempos até desconfiei se ele não era filho do Tritão, sabe? Tem algo nele que parecia ser feito para liderar aventuras ou uma revolução, mas… Mas agora ele está calmo, silencioso… como se tivesse encontrado as raízes dele com Kim Namjoon.

— Namjoon?

— Sim… Eles estão juntos, não é? Anteontem iam copular.

Yoongi engasgou com o arroz e Hoseok bateu algumas vezes nas costas do mesmo para ajudar.

— Eles iam o quê?!

— Era o que parecia, mas eles disseram que não. — Hoseok sacudiu os ombros. — Mas eles estavam se declarando e esfregando os narizes.

— Gente… que safados — implicou Yoongi, mastigando um pedaço de pimentão. — Eu gosto de pimentão.

— Posso te trazer mais…

— Não, eu prefiro sua companhia.

Hoseok virou o rosto, fitando o chão. Yoongi outra vez nada percebeu.

— Eu gosto de copular.

Min parou de mastigar por um momento, mas logo continuou com o que fazia. Umas cinquentas piadas impróprias passaram pela sua cabeça, porém se controlou. Não parecia certo com a sereia que estava sendo tanto o seu amigo.

— Eu também — disse simplesmente.

— Faz bem para o cabelo e as escamas — emendou Hoseok, fitando o outro com uma expressão de divertimento no rosto.

Yoongi deu um meio sorriso.

— Só por isso você gosta de copular?

A sereia pareceu pensar por alguns segundos e em seguida negou com a cabeça.

— Eu não me sinto tão solitário quando estou com alguém dessa maneira.

O humano abriu e fechou a boca, mas antes que pudesse falar algo ou até pensar em uma resposta apropriada, sentiu seus olhos cheios de lágrimas. Hoseok logo notou e o abraçou de lado displicentemente.

— Desculpa…

— Está tudo bem, Min Yoongi. Eu entendo. Somos feitos de sangue e lágrimas no final das contas.

— Esse lugar me faz uma manteiga derretida, sabia? E-eu não consigo nem ao menos me lembrar qual foi a última vez que chorei desde que vim parar aqui — Yoongi confessou sorrindo e fungando levemente para afastar as lágrimas.

Ih… eu choro o tempo todo! Principalmente porque minhas lágrimas são ótimas para criar joias.

— Como?

— Nas suas lendas nós sereias apenas afogávamos homens indefesos, Min Yoongi?

— Não homens indefesos, mas… Hm… deixe-me lembrar. — Yoongi fungou outra vez, tentando pensar no que o avô lhe contava. — Acho que tinha um castelo de ouro também, meu avô falou.

— Oh…  E o que mais?

— Ele falou que o canto era uma forma de defesa e não de ataque, então não eram homens indefesos… Ele me dizia também que vocês não cantavam para crianças. Não, não… Que o canto de vocês não afeta crianças!

Hoseok franziu a testa.

— Vocês sabem bastante da gente nessas lendas…

— Vocês choram pérolas! Lembrei! — Yoongi riu. — É isso, não é?!

— Acertou.

— E os animais daqui falam?

Hoseok franziu ainda mais as sobrancelhas e Yoongi ficou preocupado de ter falado besteira.

— Seu avô… seu avô já esteve aqui — A sereia concluiu. — Ou… ou ele conheceu alguém do nosso povo.

— O quê?

— Suas informações… Yoongi as informações que você me deu… Elas estão todas corretas…  Ele lia algum livro ou algo do tipo?

Yoongi negou com a cabeça.

— Ele só falava para mim oralmente, desde que eu era pequeno.

— Sua avó, quem foi?

O pescador pareceu pensar por um momento, mas somente sacudiu os ombros.

— Ela já tinha morrido quando eu nasci, mas tinha um desenho dela pregado na geladeira, era uma pessoa comum. Muito bonita… — Min suspirou pesado. — Minha mãe morreu me dando à luz, então eu só tinha ele mesmo.

— Qual era o nome dele?

— Min Himchan.

A sereia revirou o nome na sua mente, mas não o reconhecia de nenhum lugar.

— Nos nossos livros ele não está. Hm… tem alguns humanos importantes para o nosso povo nos livros que estudamos quando criança, mas eu não conheço esse nome.

— Humanos bons?

— Um ou outro… Mas a maioria não — Hoseok suspirou pesado. — A Ilha de Jeju toda era nossa, Min Yoongi. Existiam muitas e muitas sereias, era até dividido entre três reis e não precisávamos nos reproduzir com vinte e um anos… Ah, você não sabe...

— Na festa da Colheita.

Hoseok olhou para o outro e concordou.

— Eu vou te pedir para não falar todas essas informações que você sabe por aí, okay?

— Claro… Eu não quero causar problemas.

— Você não causa. Eu só não quero que pensem que vocês têm segunda intenções por aqui.

Yoongi concordou com a cabeça, percebendo que tinha acabado de comer.

— Obrigado pela comida. E obrigado por cuidar de mim.

— Não foi nada — afirmou Hoseok. — Ei… quer ver o barco agora?

Min negou com a cabeça.

— Podemos ficar um pouquinho aqui? Só… quietos?

— Claro…

Os dois então ficaram daquela maneira, somente em silêncio. Yoongi não pode deixar de pensar como naquele local, mesmo cheio de inimigos, sentia que tinha verdadeiros amigos. De certa maneira, não queria ir embora e esquecer, por mais louco que fosse.

— Merda, hoje essa depressão ‘tá me fodendo mesmo — murmurou Yoongi, passando os dedos no rosto e secando as lágrimas. — Já não basta ficar doente e agora isso? Sacanagem…

— Eu s-

— Não — interrompeu Yoongi, dando um fraco sorriso. — Vamos lá ver o barco. Eu não quero mais chorar.

Hoseok sorriu, ficando de pé em um pulo e esticando a mão em direção ao outro.

— Acompanhe-me nessa jornada, cavalheiro?

Yoongi não pode fazer nada além de sorrir e segurar a mão do outro.

— Com todo o prazer, jovem sereia.

Eles então caminharam daquela maneira, de braços dados e Yoongi não pode deixar de perceber como se sentia bem perto de Hoseok, mesmo sendo de mundos tão diferentes. Tinha uma certa piada do destino naquilo, mas não se importava. Iria curtir aquela amizade e quem sabe quando tivesse que esquecer tudo, ainda se lembrasse do belo do sorriso da sereia.

Hyung, você veio!

Jungkook correu animado na direção de Yoongi, que se separou da sereia somente para receber o par de braços calorosos do rapaz no seu corpo. Aquilo era outra coisa que gostaria de se lembrar: de como gostava de Jungkook.

— Eu vim porque você pediu.

— Ah, hyung

O sorriso de Jungkook estava animado e ele logo sacudiu a mão para Namjoon, pedindo para ele se aproximar.

Yoongi então viu os adolescentes que Hoseok tinha dito, eles pareciam trabalhar duro e a visão fez o estômago do pescador revirar. Aquele barco ficaria pronto rápido demais e voltaria para a sua vida de tristeza e noites com pessoas aleatórias que sorriam de volta em algum bar. Não queria aquilo outra vez.

— Eu fiquei preocupado com você.

A afirmação de Namjoon fez Yoongi esquecer o que pensava. O mais alto parecia desconfortável, como se esperasse o pior a qualquer instante, mas o pescador somente deu um sorriso.

— Obrigado por cuidar de mim, Namjoon-ah.

— Oh… Namjoon-ah? Isso é algo que fazemos agora, Yoongi-hyung?

— É… — Yoongi sorriu para o mais alto que lhe retribuía o gesto, com direito a covinhas e tudo. — É, isso é agora que fazemos.

Namjoon revirou os olhos e abraçou Yoongi antes que o outro falasse algo para estragar o momento, mas ele não falou, somente deixou suas mãos apertarem as costas do mais alto. Depois das brigas e de todos os gritos, eles haviam se tornado amigos.

— Vem conhecer as crianças, hyung — o mais alto chamou, puxando Yoongi pela mão. — Eles são ótimos, já são todos meus filhos.

Aquela tristeza ainda estava dentro de Yoongi, mas ele conseguiu sorrir ao conhecer os “filhos de Namjoon”. Soobin parecia mais sério, mas era ainda mais alto que o biólogo e quando pensou que ninguém estava olhando, sorriu. Yeonjun era o mais velho, mas Min percebeu que poderia apertar as bochechas dele por um dia inteiro, principalmente com aquele olhar de filhote pidão que o rapaz tinha. Beomgyu o abraçou como se já fossem amigos e segundo ele, Jungkook tinha contado tudo o que precisavam saber sobre o “hyung”. Os mais novos, era Hueningkai e Taehyun e mesmo tímidos, também sorriram para o pescador.

— Jin que nos obrigou a ficar aqui — disse Yeonjun, com um bico característico.

— A punição de vocês era até ontem. Voltaram porque quiseram. — A voz de Seokjin cortou o ambiente e Yoongi sorriu um pouco mais vendo as crianças corarem de vergonha. — Vejo que já está de pé, humano.

— Sim. Obrigado pela ajuda…

— Eu não ajudei em nada — disse Seokjin, mas Yoongi não conseguiu acreditar realmente nas palavras. — Enfim, eu te mandaria voltar ao barco, mas você está com cara de morto. Hoseok, leve o humano de volta para dormir.

Hoseok cruzou os braços.

— E desde quando você manda em mim, hn?

Seokjin fitou o outro, levantando uma sobrancelha e cruzando os braços.

— Pensei que você gostasse quando eu mando em você. Nunca houveram reclamações antes.

— Isso parece o início de um pornô — ponderou Yoongi.

Namjoon cutucou a lateral do corpo de Yoongi, mas ele mordia o lábio inferior contendo um sorriso.

— Cala a boca, Jin! Vamos, Min Yoongi.

Hoseok puxou a mão de Yoongi e sem falar nada, voltou às pressas com ele de onde tinham vindo. Namjoon ficou parado no mesmo lugar e quando percebeu, olhou para Seokjin, ainda de braços cruzados.

— Anda logo, humano. Volte ao trabalho!

— O-oh, sim, sim… Desculpe, comandante!

Namjoon voltou às pressas para o trabalho, sem perceber que Seokjin sorria enquanto revirara os olhos e a se sentar na pedra que antes ocupava.

Ele é mesmo um humano idiota.

 

***

 

Yoongi não demorou a se deitar na esteira, puxando o cobertor para cobrir o seu corpo. Não estava frio, mas ele se sentia mais protegido dessa maneira.

— Você e o comandante, hn? — o humano não conseguiu evitar a pergunta.

Hoseok pigarreou, muito interessado no tecido do cobertor.

— Algumas vezes. Como eu disse, eu gosto…

— Ele é muito bonito, faz sentido.

— É, mas não se deixe enganar. Eu fico mais no controle que ele. Aquele peixe tonto — Hoseok reclamou revirando os olhos. Yoongi riu. — Como se sente?

O pescador suspirou pesado.

— Mais ou menos.

— Vou apagar o lampião para você dormir, tudo bem?

O moreno concordou com a cabeça, logo vendo o outro pegar o objeto na mão, pronto para apagá-lo.

— Você vai ficar aqui comigo? — Yoongi perguntou enquanto ainda tinha claridade.

— Vou — afirmou a sereia, finalmente apagando o lampião e em seguida buscando a mão de Yoongi. — Eu não vou a lugar algum.

Com aquelas palavras e aquele toque gentil, Yoongi se sentiu seguro o suficiente para fechar os olhos e tentar descansar. Daquela vez, se tivesse pesadelos, iria se lembrar que Hoseok estava ali para o proteger de qualquer mal.


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Divulguem a fic!
E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Até amanhã ;*


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