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História Paradise - Capítulo 67


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que favoritam e comentam!!! (*^-^*)ˋ( ° ▽、° )

Aviso de gatilho: pensamentos tristes

Capítulo 67 - Capítulo 67


Atracar o barco foi rápido, Yoongi já fazia aquilo há muitos anos para errar. Ele então amarrou as cordas corretamente e pulou no cais de madeira, escutando o característico ruído chegar aos seus ouvidos. A sensação foi estranha, como se há muito tempo não fizesse tal coisa, porém não sabia explicar ao certo.

— Isso ‘tá sacudindo… Me dá a mão?!

Yoongi olhou irritado para a voz, mas então algo na sua mente o lembrou que aquele era o seu melhor amigo. Era? Mas somente se recordava deles brigando… Ai, passei tempo demais nesse barco…

Logo ele esticou a mão e ajudou Namjoon a descer, passando uma das mãos pelos cabelos do mais alto para arrumar alguns fios. Precisava cuidar dele. Eram uma família. Aquela viagem havia sido realmente esquisita. Nunca imaginou que voltaria dela considerando alguém da sua família.

— O que fazemos agora? — Namjoon perguntou, olhando em volta. — Eu… não sei o que devo fazer.

Min sentiu a mesma coisa que o outro. O que deveriam fazer? Por que não sabia responder aquela pergunta?

— Está frio — murmurou Yoongi. — Por que estamos com roupas frescas desse jeito?

Namjoon o olhou com a testa franzida.

— Eu não sei… — Kim engoliu a seco, sentindo-se desconfortável. — Perdi o emprego.

— É, eu lembro disso.

Lembrava-se? Achava que sim.

— Acho… que minhas roupas estão no apartamento? Mas… eu não lembro de pagar o aluguel.

— Fica comigo, eu cuido de você — disparou Yoongi, segurando na mão de Namjoon. — Minha casa é própria e… você é família.

— Sou?

— Claro… Somos família.

Kim concordou.

— Se não for incômodo… Mas talvez o zelador tenha guardado minhas coisas? Ou saiba onde estão? Eu não acho que suas roupas caibam em mim.

— Está me chamando de baixinho?

— Oi? Não consigo ouvir aqui de cima.

Os dois se fitaram e riram. Sim, eles pareciam uma família.

— Vamos então.

Por sorte o apartamento de Namjoon ainda estava lá e alguém pagara os aluguéis, o zelador disse que havia sido o local onde Kim trabalhava; que ele havia feito alguma espécie de acordo antes de viajar. O biólogo não se lembrava daquilo, mas estava feliz. Então, após pegar algumas roupas ele ainda decidiu seguir para a casa de Yoongi. Sentia-se tão deprimido. Jungkook lhe faria muita falta, mas ele estava com família agora, aquilo deveria deixá-lo feliz, certo?

— Se você foi demitido, por que seu chefe está pagando o seu aluguel?

Era uma boa pergunta. Ele não sabia a resposta.

— Será… que eu não fui demitido?

— Mas então por que ficamos tantos meses fora?

Outra pergunta sem resposta.

Namjoon suspirou fundo e segurou na mão de Yoongi.

— Sinto falta de Jungkook — afirmou o mais alto.

— Eu também — confessou Min, fazendo um sinal no meio fio para um táxi. — Mas ele está feliz com os dois maridos.

O biólogo piscou confuso, fitando o mais baixo.

— Que dois maridos?

— Maridos? Que maridos? Eu pensei pais, Joon. Devo estar mesmo cansado — Yoongi proferiu, rindo baixinho, enquanto puxando a mão do mais velho e enlaçou seus dedos com o do outro. — Vamos, o táxi chegou.

Os dois entraram no táxi, mas a mente de Namjoon ainda estava trabalhando com a palavra “maridos”; por algum motivo, não era absurda aquela ideia para o biólogo. Mas, após alguns minutos, pareceu algo idiota e somente deitou a cabeça no ombro de Yoongi.

— Dengoso — brincou Yoongi, afagando os fios de cabelo de Namjoon.

— Sinto-me bem com você — Namjoon murmurou, encolhendo-se ainda mais contra Yoongi. — Hyung, acho que estou mais triste do que deveria estar.

— Há um tempo você não me chama de hyung… — sussurrou Min, mas logo sacudiu a cabeça. — Por que você está triste, bebê?

— Não sei… Parece que eu deixei algo muito importante para trás.

— Deixamos o nosso Peixinho lá… A-acho que é natural esse vazio. Mas temos um ao outro, certo?

Namjoon pensou sobre aquilo por um momento, mas nada respondeu. Talvez fosse mesmo aquilo, a falta de Jungkook, mas no fundo sentia que era outra coisa. Porém, pensar demais sobre aquilo fazia sua cabeça doer, então ele desistiu.

— Onde o casal vai ficar?

O tom do motorista foi brincalhão e Namjoon levantou a cabeça em um pulo. Ele nunca tinha feito aquilo, não em frente a outras pessoas. Sempre sentia receio em mostrar sua sexualidade em público, porém nem pensou sobre aquilo, pareceu quase natural não se preocupar com o que pensariam.

— Para o mercado — Yoongi respondeu calmamente, fitando Namjoon em seguida. — Não devo ter nada na validade em casa — comentou, buscando a mão do amigo. — Ei, você está bem?

— Eu sempre tive medo de demonstrar carinho por homens na rua… Mas eu nem lembrei disso agora…

— Não tenha medo. Se alguém for engraçadinho com você, eu quebro no soco — Yoongi garantiu.

Namjoon acabou sorrindo. Yoongi era um bom amigo.

Os dois fizeram compras de forma rápida no mercado. Apenas pegando o essencial para dois dias. O restante eles comprariam com mais calma. No momento estavam cansados e precisavam comer e dormir.

— Minha casa é simples…

Yoongi morava perto do porto, a sua casa ficava apertada perto de duas outras bem maiores. Mas, Namjoon não se importou com nada daquilo quando deixou seus sapatos no tapetinho e ficou somente de meia.

— Sua meia vai ficar preta.

— Tudo bem, podemos limpar juntos amanhã… É o mínimo que posso fazer por você me deixar ficar.

— Quem disse que deixei, seu abusado? — brincou Yoongi, cutucando a lateral do corpo de Namjoon. Ele apertou o interruptor de luz e a casa se acendeu. — Opa! O gato ainda funciona?

O biólogo olhou de volta.

— Você tem um gato?!

— Gato de luz, bobinho. Eu roubo energia dos ricaços com casa na praia.

 — Yoongi!

— É brincadeira, trouxa! Mas é realmente uma surpresa ter luz aqui se tem meses eu não pago conta. — Yoongi suspirou pesado. — A cozinha é por aqui… Como eu disse, é tudo simples.

Namjoon estalou a língua.

— Eu não me importo, Yoon.

Namjoon seguiu o outro até a pequena cozinha e de alguma maneira, lhe pareceu lembrar algo. Ele sorriu sozinho, deixando as compras em cima da mesa para ajudar o outro a guardá-las.

— Pelos sete mares, olha o cheiro desse leite! — Yoongi riu, entregando a caixinha para Namjoon.

— Que expressão é essa? Nunca ouvi…

Hm… A-acho que alguém que eu conheci usava, então eu peguei? —  Yoongi proferiu confuso, antes de jogar a caixa com o leite azedo no lixo. Precisava se lembrar de levá-lo para fora antes de irem dormir. — Ainda bem que compramos mais leite. Vou te fazer o meu famoso purê de inhame.

O biólogo riu, sentando-se em uma das cadeiras.

— O hyung me trata bem…

— Claro, eu sou o melhor hyung.

Os dois sorriam, uma piada estava embutida naquela fala, mas não sabiam ao certo quando esta tinha virado algo só deles. Suas mentes estavam confusas e não sabiam realmente o que deveriam fazer em relação a tudo aquilo.

— Você não quer tomar banho? — questionou Yoongi, sacudindo os ombros. — Vai demorar aqui ainda…

— Eu não quero incomodar e sujar seu banheiro.

— Como se a gente não tivesse usando o mesmo banheiro há meses. Vai logo. Quando você acabar, o purê já vai estar pronto, daí eu tomo banho e preparo a carne para comermos quentinho.

Namjoon concordou com a cabeça, mas outra vez tudo pareceu estranho. Porém, ele não discutiu. Somente foi até a bolsa que tinha trazido do apartamento e pegou roupas quentes, sentindo falta do seu celular, mas em seguida se recordado que tinha caído na água. Estivera tantos meses sem comunicação e provavelmente ninguém o procurara.

— Eu tenho Yoongi — falou para si mesmo. — Yoongi é meu amigo.

Ele então foi para o corredor e abriu a primeira porta, feliz por sair logo o banheiro. Não era um cômodo muito grande, mas estava acostumado a banheiros apertados.

— Estou? — questionou-se.

Por fim, sacudiu a cabeça e deixou a água correr um pouco. Parecia limpa, então foi para o banho relaxante.

Quando saiu do banheiro, sentia como se fosse a primeira vez em meses que experimentava uma ducha quente, o que não fazia sentido… Ou fazia? Minha cabeça já ‘tá doendo de tanto pensar…

— Yoon, já terminei… Você está chorando?!

O mais alto se aproximou rapidamente do amigo, com os olhos arregalados. Ele afastou Min do fogão e segurou em suas mãos, procurando qualquer sinal de algum tipo de ferimento.

— O que houve?! Onde dói?

O pescador negou com a cabeça, sacudindo os ombros sem realmente perceber. Ele não queria fazer pouco caso da preocupação do outro, porém por fim sentiu que era o que parecia estar fazendo.

— Nada dói…. E-eu não me machuquei — garantiu Yoongi, fungando com força. — N-não sei explicar o que houve… Eu estava fazendo o purê de inhame e m-me deu uma tristeza, como… se fosse algo especial para alguém e eu não sei quem é! — Min puxou as mãos com força e esfregou o próprio rosto em seguida. — Isso nem faz sentido!

Namjoon pensou que realmente não fazia muito sentido, porém sua mente também estava tão confusa, nada fazia sentindo de qualquer maneira.

— Não... Está tudo bem — garantiu o mais alto, voltando a buscar a mão do humano. — É algo importante para você, mesmo que não saiba o que é... Pode ser uma lembrança de infância, hn?

— S-será?

— Eu não sei… mas pode ser. — Namjoon afagou o rosto do amigo. — Eu posso terminar para você, que tal? Você pode tomar um banho para relaxar…

Yoongi negou com a cabeça.

— Você vai queimar tudo. — Yoongi engoliu fundo. — E-eu posso terminar… qualquer coisa me queimo até a dor passar.

Daquele lado de Yoongi, Namjoon conseguia se lembrar. Ele fazia piadas sobre si, com o que sentia, para disfarçar a gravidade de como sua mente estava. Odiava tal coisa, queria poder fazer algo para ajudar.

— Então, você fica e eu te ajudo — disse Namjoon por fim.

E foi isso o que fizeram. O mais alto auxiliou Yoongi, que continuou deixando as lágrimas rolarem pelo o seu rosto até não aguentar mais, puxar o ar com força e abraçar Namjoon.

— Acho que é a depressão me atacando — sussurrou Min, fechando os olhos por um momento naquele abraço. — Desculpe o incômodo.

Shh — Namjoon fez o som baixo, bagunçando o cabelo de Min. — Não é incômodo. Você é o meu melhor amigo e nunca será um incômodo para mim.

De alguma maneira que não sabia explicar ao certo, Yoongi acreditou. O sentimento ruim ainda estava no seu peito e tinha algo o dizendo que deveria correr para algum lugar, porém outra parte do seu cérebro lhe dizia para ficar ali com o amigo. Por fim, acabou por se sentir ainda mais acolhido nos braços de Namjoon. Eram amigos e era isso o que importava no final das contas.

— Eu vou te ajudar na comida — Namjoon disse por fim.

Então, os dois voltaram a preparar o que iriam jantar, Namjoon agora bastante atento a Yoongi, olhando pelo canto dos olhos para observar o amigo. Ele não mais chorava, mas a expressão triste ainda estava no rosto.

Não faltava muito para o purê e quando terminaram, Namjoon fez uma dancinha boba para animar Yoongi, coisa que fez Min sorrir docemente.

— Agora, você vai tomar seu banho e depois nós fritamos a carne para comermos.

O mais baixo concordou, contudo ainda foi seguido todo caminho até o quarto, onde Namjoon o ajudou a pegar uma roupa confortável qualquer no guarda-roupa.

— Eu sei escolher minhas roupas, chato.

— Está frio e te quero protegido — afirmou o mais alto, entregando o conjunto de calça e casaco de moletom para Min. — Leva as meias também.

Yoongi revirou os olhos, mas o coração estava mais calmo no momento; a tristeza ainda estava lá, porém saber que o amigo cuidava dele, tudo parecia melhor.

— Vou indo lá, fique à vontade.

— Acho que vou trocar a roupa de cama, deve estar cheia de ácaros.

Min sacudiu os ombros.

— Tem roupa de cama na parte de cima do armário…

— Ei… onde ficam seus livros?

Min franziu a testa, fitando o outro.

— Eu te falei dos meus livros?

— De Shakespeare, né? Acho… que falou — murmurou Kim, um tanto na dúvida. — Você dava aula disso, não é?

O mais baixo riu alto, jogando a cabeça para trás.

— Você é um piadista! Eu, dando aula?! Sou um boçal, Namjoon!

O mais alto cruzou os braços.

— Não fale assim do meu melhor amigo.

Yoongi revirou os olhos.

— Vou tomar banho… Hm… meus livros estão na cômoda…

Dito isso, Yoongi foi para o banheiro, deixando Namjoon em seu quarto não conseguindo deixar de pensar como aquela viagem e aquele dia estavam sendo estranhos. Haviam se passado meses e sentia como se sua vida fosse completamente diferente. O ele de antes não dormia na casa dos outros, não se sentia confortável de nenhuma maneira, mas ali estava, normalmente trocando os lençóis do amigo e pensando se iriam dormir de conchinha; esperava que sim, sentia saudades de um abraço.

Depois de arrumar a cama, o biólogo foi atrás dos tais livros e os encontrou onde o amigo falou que estariam. Ele acabou pegando Romeu e Julieta para desfolhar, por algum motivo achando engraçado como lhe lembrava algo, mas que não sabia dizer ao certo o que era.

— Amores proibidos são bobagens.

A voz de Yoongi fez com que Namjoon largasse o livro de uma vez, mas quando olhou para Min, ele somente estava com a toalha em volta da cintura, abrindo o guarda-roupa.

— Cadê a roupa que separei para você, mocinho?

— Esqueci meu pente… Por sinal, meu cabelo está enorme…

Namjoon revirou os olhos, ficando de pé e indo até o outro e puxando o pente da mão dele enquanto o empurrava para o colchão.

— É assim? — Yoongi questionou. — Nem me paga um jantar?

— Ué, você que está seminu me tentando…

Yoongi riu, deixando que o outro penteasse o seu cabelo. Era bom e se sentia em casa; provavelmente não era a primeira vez que faziam tal coisas juntos.

— Nós daríamos um bom casal — brincou Yoongi, sentindo os dedos de Namjoon em seu couro cabeludo.

— Não seríamos tão dignos assim de um livro shakespeariano — murmurou o mais alto.

— “Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual música langorosa que ouvido atento escuta.”

Namjoon apertou a bochecha do que estava sentado, um sorriso brincando nos lábios.

— Você é tão sexy citando literatura clássica assim…

Min piscou, um ar nostálgico em seu coração.

— Acho que já me falaram isso antes.

— Provavelmente algum amante que faz som de prata com a língua.

Yoongi revirou os olhos, ficando de pé e empurrando Namjoon de leve da sua direção.

— Eu não tenho amantes, tenho casos de uma noite.

— Já eu não tenho ninguém mesmo… — Namjoon deu um suspiro. — Enfim, vai colocar a roupa para comermos, mocinho! Não vou ficar cuidando de marmanjo doente!

O mais baixo então assim fez e Namjoon somente foi para a cozinha, começar a cortar carne. Ele sentiu como se não fizesse tal coisa há tanto tempo que até ficou com medo de se machucar, mas no final conseguiu cortar bons pedaços.

— Ai, essa casa está mais fria do que eu me lembro — comentou Yoongi quando chegou na cozinha. — Acho que eu não consertei o aquecedor.

Hm… Se você quiser, amanhã podemos ir para o meu apartamento.

Nah — disse o mais baixo, suspirando pesado. — Eu tenho que sair cedo para pescar e aqui é o melhor lugar para isso.

Ahh… faz sentido — disse o mais alto, secando as mãos no pano de prato. — Ai, ‘tô com dor de cabeça.

Yoongi se colocou de pé outra vez.

— Posso fazer um chá de camomila para você!

Kim franziu a testa.

— Remédio é mais eficaz, né?

O pescador parou por um instante, com a boca aberta, mas logo concordou com a cabeça.

— Eu nem pensei no remédio, só no chá… Que estranho!

Namjoon somente concordou com a cabeça, mas o comentário do outro também lhe foi estranho, como se trouxesse alguma lembrança que não estava conseguindo alcançar na sua mente. Era um sentimento deveras ruim.

— Vou procurar algum remédio no banheiro.

Ele foi e voltou com o remédio para dor de cabeça e Namjoon tomou em silêncio. Os dois logo terminaram de fritar a carne e se sentaram na pequena mesa para comer, ainda com a falta de som no ambiente, ambos perdidos em pensamentos.

— Eu gosto da sua casa — Namjoon murmurou, querendo acabar com aquele clima ruim.

— Obrigado… Foi meu avô que construiu — murmurou Min, com um sorriso. — Sinto falta dele…

— Tenho certeza que onde ele está, tem muito orgulho de você, hyung.

Yoongi deu um aberto sorriso.

— Seus pais também, Joon…

Os dois ainda se sentiam confusos, mas por saberem que estavam na presença um do outro, tudo parecia melhor.

— Yoon… você me ensinaria a pescar? Eu preciso de dinheiro de alguma maneira.

O mais velho riu.

— Cara, você é biólogo! Não precisa aprender a pescar.

— Ai… sei lá… Sinto um pouco perdido, sabe? Abandonei tudo para ajudar Kookie e não me arrependo, mas agora estou de volta e a vida não parou.

— Você ainda pode terminar seu mestrado, não é?

— Mas eu perdi muito tempo e meu chefe era meu orientador!

— Você poderia mandar um e-mail para ele… E não foi o zelador lá que disse que seu chefe vinha pagando o aluguel? É sinal que o cara não te odeia.

Namjoon sacudiu os ombros.

— Talvez… Mas é que tudo parece tão errado de alguma maneira — explicou o mais alto. — Você não sente o mesmo?

 — Sinto… Mas deve ser a falta de costume, a falta do Peixinho. Porém as coisas vão se arrumar logo, logo, Joon. Confia, o hyung sabe das coisas.

Kim sorriu.

— Vou confiar.

E, de uma maneira absurda, ele realmente confiava. Tanto que após acabarem de comer, lavaram a louça e escovaram os dentes juntos, para depois se enfiaram embaixo das cobertas quentinhas, rindo de algo que nem sabiam explicar ao certo.

— É bom dormir abraçadinho — comentou Namjoon.

Ih, já ‘tá você com segundas intenções…

— Eu?! Você é o safado aqui! Cheio de casos de uma noite e blá, blá, blá…

Yoongi apenas riu, movendo Namjoon até que o mais alto estivesse com as costas coladas em seu peitoral e ele o abraçando apertado.

—  Hey, você é deveria ser a parte de dentro da conchinha!

— E por que isso, senhor Namjoon? Por que eu sou mais baixo?! Isso é preconceito!

Namjoon revirou os olhos, empurrando Yoongi com a bunda.

— Vamos mudar, eu quero te abraçar.

— O hyung aqui sou eu!

O biólogo grunhiu.

— Hoje eu te abraço e amanhã você me abraça.

— E por que não pode ser ao contrário?!

— Porque eu te peguei chorando e quero te abraçar para mostrar que eu ‘tô aqui e te amo muito…

— Agora você só está tentando me fazer chorar outra vez. — Yoongi estalou a língua e fingindo irritação, virou-se, ficando de frente para o outro. — Satisfeito?

Namjoon sorriu.

— Bastante…

— Bobo. Agora durma. — O mais velho tocou de leve no nariz de Namjoon com a ponta do dedo. — Amanhã eu tenho que pescar e você pensar toda a sua vida a partir de agora.

— Isso era para ser desesperador? Porque pareceu…

Yoongi piscou um dos olhos e Namjoon fez um biquinho irritado, antes de o desfazer em um sorriso.

Era bom estar ali com um amigo, mas ainda tinha algo no fundo de suas mentes que lhes diziam que talvez estivessem esquecendo de algo ou alguém, somente não sabiam ao certo o que poderia ser. Mas, por fim, deixaram que o sono os alcançasse minutos depois ainda abraçados.


Notas Finais


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Até amanhã ;*


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