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História Paradise - Capítulo 92


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que favoritam e comentam!!! (๑•̀ㅂ•́)و✧ ο(=•ω<=)ρ⌒☆

Aviso de gatilho: ataque de pânico; abuso infantil (físico - passado)

Capítulo 92 - Capítulo 92


Yoongi acordou nos braços de Hoseok, mas com o coração acelerado. Ele tinha ouvido um som seco, seguido por um arrastar. Com cuidado, olhou para o chão e viu Taehyung e Jungkook adormecidos e com mais cuidado ainda, levantou o corpo, vendo que Seokjin estava agarrado a cintura do Tritão. Então, o som vinha além de outro lugar.

Min pensou o que faria e sem resposta, sentou-se na cama, vendo sombras vindo do corredor. Tinha alguém na casa.

Apavorado, ele cutucou Seokjin no ombro, deixando seu corpo tombar no de Hoseok, o que fez o seu namorado também acordar.

— O q-

Hoseok não completou a fala, pois Yoongi cobriu a sua boca rapidamente, arregalando os olhos. O Tritão ficou sem entender por um instante, mas Seokjin já estava de pé, pegando o punhal que deixava no móvel de cabeceira da cama.

Seokjin fitou Yoongi e Hoseok por uns instantes e os dois conseguiram ler em sua boca “Fiquem aqui”. Mas Min tentou se mover e evitar que o comandante fosse na direção da porta, apavorado com o que poderia acontecer com ele, mas o humano não conseguiu se mexer, com o namorado lhe segurando por trás e cobrindo a sua boca.

Min sentiu o ataque de pânico se formar assim que Seokjin saiu do quarto com o punhal na mão.

— O que está acontecendo? — a voz de Taehyung cortou o silêncio do quarto.

Mas, como resposta à pergunta da sereia, gritos e som de lutas foram escutados.

Jungkook se levantou rapidamente pronto para lutar, mas Taehyung o segurou no lugar por um momento; o marido ainda não estava completamente recuperado das outras batalhas e tinha medo que ele se metesse em uma luta naquele momento. Porém, não sabiam quantas pessoas estavam ali, então quando Hoseok fez um gesto para o seu conselheiro, Taehyung entendeu de imediato, indo até a cama e segurando Yoongi enquanto o Tritão ia à luta.

Yoongi ficou ainda mais agitado, porém o que assustou Taehyung foi o fato que de que o amigo parecia não conseguir respirar, apavorado com tudo o que acontecia, algo que era totalmente ao contrário de Min ficar. Mas, sem explicação no momento, ele somente segurou no rosto do humano, cobrindo seus ouvidos e não deixando que os sons de luta chegassem nele.

O soldado mais novo suspirou pesado e mesmo querendo lutar, abraçou Yoongi e o marido, pronto para usar sua força caso necessário; se alguém passasse por Hoseok e Seokjin, se veriam com ele.

Minutos depois, os sons chegaram ao fim e Taehyung soltou Yoongi, que ainda tinha a mesma dificuldade de respirar, agora olhando para a porta, bastante assustado. E então, Seokjin e Hoseok entraram por ela, sem nenhum arranhão.

Yoongi tropeçou nos próprios pés quando ficou em pé de qualquer maneira, correndo em direção aos outros dois e os abraçando de uma vez, as lágrimas grossas correndo pelos seus olhos. Ambas as sereias ficaram surpresas com a reação do humano, mas o abraçaram de volta com a mesma intensidade.

Min então se deixou acalmar naquele momento, as respirações das sereias misturando com as suas e tudo se acalmando aos poucos a sua volta. Eles estavam bem; as sereias que tanto amava estavam bem e se acreditasse em algo maior naquele momento, estaria agradecendo a divindade pela graça.

— Min Yoongi… — a voz de Hoseok foi baixa, mas bastante preocupada. — Amor…

— Yoon-Yoon? — Seokjin chamou baixinho, deixando seus dedos afagarem o cabelo do humano. — Nós estamos bem, você está vendo? Sem um arranhão… Eles não foram páreos para nós dois.

Yoongi concordou com a cabeça, a respiração aos poucos se acalmando ao fitar que as sereias estavam bem, seguras e na sua frente, ao alcance da sua mão.

— Você nos salvou, amor — Hoseok garantiu, passando os dedos para limpar as lágrimas do namorado. — Você acordou bem na hora! Meu herói todinho…

Min conseguiu sorrir fracamente, o coração bem mais calmo.

— O que foi isso? — Taehyung questionou, ainda olhando para o corredor. — Invadiram a casa?

Seokjin concordou com a cabeça, ainda segurando Yoongi firmemente contra si.

— Eram seis homens — disse o comandante. — Eles não esperavam que nós lutássemos bem.

— Então, já sabem onde estamos — Jungkook disse, já abrindo o armário de Yoongi. — Precisamos correr daqui. Tae, vem, me ajuda a pegar roupas, precisamos delas…

Taehyung concordou com olhos arregalados e logo foi até o marido.

Yoongi ainda se recuperava de tudo, mas sabia que tinha que se mover. Eles tinham que correr dali, precisavam de um lugar seguro para ficar e ele provavelmente tinha que trocar de carro, iriam rastrear a placa. Merda! Era tanta coisa e estava ali, passando mal como um idiota.

— Yoon… o que aconteceu? Por que você reagiu assim? — Hoseok perguntou, em tom baixo.

O humano piscou confuso por um instante, para em seguida negar com a cabeça.

— N-não a-agora… Eu falo depois, o-okay? Precisamos partir!

Hoseok não gostou muito da resposta do namorado, mas concordou e seguiu para ajudar a arrumar as coisas para partirem.

Eles fizeram tudo o mais rápido que puderam, pegaram roupas, comida, alguns documentos e suas armas.  Em dez minutos, estavam no carro de Yoongi, fugindo o mais rápido que podiam.

O caminho foi silencioso, estavam tensos demais e ninguém perguntou realmente para onde iam, deixaram que Yoongi seguisse o caminho. Quando pararam, todos olharam pela janela, tentando entender onde estavam.

— Esperem aqui — disse Yoongi.

Ele saiu do carro, mas Seokjin saiu atrás dele. Min pensou reclamar, má suspirou fundo, deixando que a sereia segurasse a sua mão com cuidado.

— Você confia nele? — Seokjin questionou antes que Yoongi fizesse qualquer coisa.

Min estalou a língua.

— Confio, na medida do possível…

A sereia concordou.

— Então, também irei confiar.

Yoongi sorriu, sabendo que Seokjin confiava nele e não na pessoa a quem estava indo pedir ajuda. Ele comentaria que aquilo era fofo, porém, não era o momento.

O humano tocou a campainha duas vezes seguida e esperou, olhando o carro de tempos e tempos até ouvir os passos de e Mark se aproximando para abrir a porta.

Quando o veterinário viu os dois, bufou.

— O favor está pago, Yoongi.

— Eu sei, mas minha casa não é mais segura, entraram lá e tentaram nos matar, a gente precisa da sua ajuda.

Mark estalou a língua.

— Você só pode ‘tá de brincadeira… São quantas pessoas?

Hm… — Yoongi jogou o peso do corpo de um pé para o outro. — Uma pessoa e quatro sereias.

— Não cabe essa gente toda aqui!

Min negou com a cabeça.

— Não aqui… um dos seus depósitos. Estamos acostumados a dormir no chão.

 O veterinário suspirou pesado.

— E quanto você vai me pagar?

Yoongi mordeu o lábio inferior.

— Eu tenho seiscentos mil wons.

— Quinhentos dólares?! Só isso?!

Seokjin deu um passo à frente, com o olhar determinado.

— Eu posso chorar algumas pérolas. Elas valem dinheiro de vocês, certo?

Mark o olhou, alarmado.

— Chorar?! Como nas lendas?! — O veterinário viu a sereia concordar. — Ai, vocês apelam para o meu bom coração. Odeio ver gente bonita chorar. Merda, manda todo mundo entrar, eu vou ver o que posso fazer por vocês.

Yoongi sorriu, agradecendo várias vezes antes se buscar os outros no carro.

Eles ficaram de fato apertados na casa de Mark, todos em um canto enquanto o veterinário sumiu no corredor.

— Você ainda está se sentindo mal, peixinho? — Taehyung perguntou para o marido. — Ele é o médico.

— Não… Eu estou melhor…

Taehyung concordou, segurando a mão do marido com carinho.

Mark voltou apressado, com uma chave na mão e com casaco.

— Eu tenho um depósito mais escondido e com portinha, será o mais discreto. E tem cobertores lá, vamos dizer que eu já tive que dormir lá.

Yoongi riu, pegando a chave.

— Onde é?

— Eu vou levar vocês e depois me livrar do seu carro, claramente não é seguro usá-lo. — Mark estava calmo e Hoseok não pode deixar de perceber que talvez aquela não fosse nem a primeira e nem a última que aquele homem desaparecia quando precisava. — Eu vou me arrepender de perguntar, mas… garoto porque sua mão ‘tá enfaixada?

Jungkook arregalou os olhos, surpreso com a pergunta.

— Foi amputada.

— Minha nossa! — Mark aumentou o tom de voz assustado. — Puta que pariu. Vem cá, eu vou trocar essas faixas sujas. Aí, Yoongi… odeio você.

Min sorriu, ele sabia que Mark tinha um bom coração.

 

***

 

Depois das faixas trocadas, Mark os levou para o depósito. O carro do veterinário era grande e espaçoso, Seokjin até brincou com Yoongi que ele era pobre, recebendo um dedo médio de resposta, e depois um beijo na bochecha de Hoseok, então estava tudo bem.

Eles chegaram no depósito por volta de trinta minutos depois. Rapidamente entraram no local indicado, olhando tudo em volta e já encontrando o melhor lugar para dormir.

— É discreto, mas cuidado — avisou Mark, com um suspiro. — Vou em livrar do carro agora. Hm… Eu tenho um carro que uso para fuga, amanhã eu trago para vocês…

Yoongi segurou no braço do veterinário antes que ele se movesse para fora do depósito e esticou a mão com o dinheiro que tinha pego mais cedo naquele dia no banco para poder ter de reserva; era o único que tinha, depois que aquilo acabasse, estavam sem nada, mas não podia fazer muito mais, pois Mark o tinha ajudado com mais do que podia imaginar e precisava pagar o amigo.

— O que é isso? — perguntou Mark.

— O dinheiro…

O veterinário revirou os olhos.

— Fique com isso, vocês precisam mais do que eu.

Min ficou confuso.

— Você não quer o dinheiro? Então, por que nos está ajudando?

Mark suspirou pesado.

— Você tem quatro sereias com você, um com a mão amputada, outro sem enxergar de um olho e ainda pergunta o porquê? Eu tenho coração! Acabei de descobrir a existência de seres tão fantásticos e vou simplesmente dar as costas? Impossível! — Mark sacudiu os ombros. — Mas, olha… Se todos forem lindos como os que você tem… quando você for me mostrar a ilha delas, eu quero pelo menos um namorado.

Yoongi riu, concordando com a cabeça.

— Eu peço para Hobi te condecorar com uma medalha de herói, vai chover namorado para você.

— Espera… Ele condecorar… Espera… — Mark estreitou o olhar. — Você pega o chefe!

O mais baixo piscou um dos olhos.

— Basicamente.

Bad Bitch.

— E quando não fui?

Mark riu alto, dando umas batidinhas no ombro de Yoongi. Eles se conheciam há tanto tempo, parecia uma vida agora, uma bem diferente. A verdade é que fugia demais do seu passado e já estava ficando cansado daquilo, mas pelo menos tinha amigos como Min, que sempre que ele precisasse, estariam lá por ele.

— Eu vou indo agora, de verdade! Cuida aí das suas sereias que eu volto pela manhã. Cuidado, hein?

— De novo: muito obrigado, Mark.

O veterinário fez um sinal positivo antes de passar pela portinhola e sumir da noite.

Yoongi então foi garantir que todos estavam bem. Ele cobriu Jungkook e Taehyung com um cobertor grosso que tinha em uma das prateleiras — os mais novos já dormiam abraçados —, e depois foi para perto de Seokjin e Hoseok, esses ainda acordados, esperando por ele.

— O seu amigo não aceitou o dinheiro — comentou Hoseok. — Por quê?

— Ele disse que quer uma medalha quando retornarmos para a ilha para conseguir um namorado — Yoongi explicou sorrindo, tentando trazer um pouco de humor para o namorado.

Hoseok deu um sorriso.

— Se eu ainda for Tritão, posso arranjar isso para ele.

— Ele é digno — comentou Seokjin, abrindo espaço para Yoongi ficar ao lado de Hoseok. — É sinal de que existem outros como Joonie e você.

— Existem — garantiu Yoongi. — E não é tão difícil de encontrar como se pensa. Eu sei que as pessoas do meu povo são um bando de babacas quando querem, mas ver que em sua maioria são pessoas boas, me dá um pouco de esperança. Eu já encontrei diversas pessoas na minha vida, boas e más, porém são as boas que guardo comigo.

Seokjin concordou com a cabeça, os dedos indo ao cabelo do humano sem realmente perceber; estava se tornando uma mania após dormir tanto tempo junto com o outro e Hoseok.

— Amor? — Hoseok chamou baixinho, os dedos entrelaçados com o do namorado. — Por que você reagiu daquela maneira mais cedo? Eu sei que você se assusta quando é acordado do nada, mas… foi diferente.

Yoongi não queria falar sobre aquilo, parte de si estava envergonhado, a outra parte não queria lembrar do passado, mas ao mesmo tempo, não queria preocupar Hoseok ou Seokjin. Então, ele suspirou, encostando na superfície sólida do depósito.

— É um trauma de infância…

— Eu vou dar privacidade para vocês — disse Seokjin, com um fraco sorriso.

O mais baixo segurou o braço do comandante rapidamente, mantendo-o no lugar.

— Você é família, Jin. A não ser que você se sinta desconfortável, eu não me importo que você fique e escute.

Seokjin deu um belo sorriso e logo voltou a afagar o couro cabeludo do humano.

— Eu fico feliz que você confia em mim, Yoon.

Hoseok também deu um sorriso, sentindo algo bom dentro do peito. Ele realmente tinha uma família, ainda parecia um sonho; agora somente faltava Namjoon para tudo ficar perfeito.

— Quando eu era criança, meu avô pagava uma babá para cuidar de mim… Hm… babá é uma pessoa que fica cuidando da criança quando os pais estão trabalhando…

— Tipo Jimin? — Hoseok perguntou.

— Não, Jimin é professor… Ela não me ensinava nada, só cuidava de mim, quer dizer… deveria cuidar. — Yoongi suspirou pesado. — Ela era nova, tinha o equivalente a nossa idade hoje. Enfim, eu era uma criança comum, gostava de brincar, mas sempre estudioso; eu não dava trabalho nenhum, mas a babá não achava isso. De início ela só era séria e muito rígida, porém depois de um tempo, ela começou a me maltratar. Primeiro começou com beliscões, tapas no rosto, cuspia em mim e por fim ela me acordava com agressões. — Min parou um momento, fungando rapidamente. — Ela também me ameaçava, dizia que se eu contasse para alguém, meu avô ia perder minha guarda, que ele seria preso e eu iria para o orfanato. Eu tinha quatro anos, claro que eu acreditei, né?

Hoseok tinha um nó na garganta e mesmo não conhecendo aquela mulher, queria sacudi-la e questionar como puder fazer isso com uma criança.

— O que seu avô fez? — Seokjin perguntou, em tom baixo.

— Ele começou a desconfiar, porque eu acordava assim, daquele jeito que vocês viram. — Yoongi pigarreou levemente para se livrar do nó na garganta. — E então, um dia ele chegou mais cedo e flagrou quando ela me dava um tapa. Meu avô ficou revoltado e a expulsou da casa. Ele também ficou com medo deles me tirarem dele e não a denunciou para a polícia, mas vovô se certificou de que eu nunca mais a visse. Depois, mesmo com dificuldade, ele pagou terapia para mim e… eu melhorei, parei de ter pesadelos ou acordar com um ataque de ansiedade. Mas acho que depois de tudo que vem acontecendo, voltou um pouco, sabe? E acordar com os sons e as sombras, eu fiquei apavorado, pensei que iria perder vocês.

— Você nunca irá nos perder, Min Yoongi — Hoseok afirmou, puxando o namorado até conseguir beijá-lo na testa com carinho. — O que essa mulher fez com você foi horrível e não tem problema que você não tenha superado por completo, foi um trauma muito grande e pesado. Mas saiba que sempre que você acordar com medo, eu estarei lá te beijando e garantindo que está tudo bem.

— Provavelmente eu não estarei te beijando, mas eu também estarei aqui pode você, Yoongi. — Seokjin riu, esfregando a ponta do nariz na bochecha do outro, como estava fazendo há alguns dias, uma mania que parecia não o largar mais.  — Não precisa ter medo de nada, okay? Você nos salvou, mesmo estando com medo e isso mostra como você é forte, Yoon.

Yoongi sorriu, esfregando o nariz de volta na bochecha de Seokjin, que pareceu surpreso, mas acabou sorrindo.

— De verdade, eu não sei bem o que está acontecendo com a gente… com nós quatro, mas eu gosto — afirmou o humano.

— Vamos pensar nisso quando recuperarmos nosso Joonie, okay? — Hoseok proferiu, recebendo um aceno positivo dos outros dois. — Agora que tal dormir um pouco? Acho que Hakyeon deve falar com a gente amanhã, né?

Hm-hm… E acho que Mark vai nos ajudar também. Ele ainda tem os contatos dele.

Seokjin pigarreou.

— Posso fazer uma pergunta?

— Duas — brincou Yoongi.

— Você… também se envolveu com essas coisas de arma? Tudo bem se sim… eu acho…

— Não. Quer dizer, eu me envolvi com pessoas que as usavam em algum momento ou outro, mas eu mesmo não fazia nada ilegal para precisar de armas. — Yoongi sacudiu os ombros. — Eu já disse para vocês como eu dormia com qualquer um — brincou.

Hm… — Seokjin murmurou.

— E não tem problema algum nisso! — Hoseok disparou, beijando a bochecha do namorado. — Eu fazia o mesmo.

Seokjin riu baixo.

— Eu não disse que não tinha problema… — afirmou a sereia mais velha. — É só que… é para ter cuidado com essas pessoas aí. Você é muito bom para esse tipo de coisa, Yoon.

— Mas agora eu não vou me envolver com ninguém mais que não seja vocês! — Yoongi riu baixinho, apoiando-se contra o corpo de Hoseok. — Acho que estou sem sono.

— Podemos ficar acordados… — comentou Hoseok.

— Vocês deveriam dormir… — Yoongi murmurou. — Eu fico vigiando… Aqui é quentinho, no verão deve ser um forno — comentou, fechando os olhos.

Seokjin riu, pois já conhecia aquele papo de Yoongi. Ele dizia estar sem sono, mas fechava os olhos e adormecia em segundos, principalmente quando mexiam em seu cabelo, que era o que o comandante fazia naquele momento.

— Por que você não pede para Hobi a cantar um pouco para você? Aposto que vai te deixar sonolento, Yoon…

Hm… Ele canta para você, Jin? — perguntou Yoongi, com um sorriso bonito.

— Na verdade… Jin estava cantando para mim — explicou Hoseok. — Foi difícil para mim ficar sem você, Yoon… Eu não estava conseguindo dormir, então todos os dias Jin cantava baixinho no ouvido. Se eu não tivesse você, teria me apaixonado de novo por Jin.

— Eu nunca ouvi Jin cantar… quer dizer eu ouvi quando parti com Joon, mas não pude prestar atenção… Ou tem a ver com o ritual? E eu não posso ouvi-lo? — Yoongi questionou, um pouco triste de talvez não puder ouvir o canto de Seokjin.

— Você pode ouvir, só não será seduzido por ele — comentou Hoseok.

— Será? — Seokjin questionou, levantando uma sobrancelha. — Eu canto muito bem, hein…

O clima de brincadeira fez Yoongi sorrir, voltando a fechar os olhos por uns instantes.

— Eu… queria ouvir.

O mais velho revirou os olhos, mas não havia muita coisa que aqueles dois pedissem que eu não realizaria com um sorriso no rosto. Ele então começou uma melodia baixa, somente para Yoongi e Hoseok escutarem, mas diferente do que o humano esperava, era uma bem triste, que atingiu seu coração como uma lança afiada, foi inevitável que seus olhos se enchessem de lágrimas em segundos.

A melodia continuou por alguns minutos, até finalizar com uma nota baixa ao mesmo tempo que poderosa, que fez com que Yoongi deixasse um soluço baixo escapar.

— Yoon? — Hoseok chamou, preocupado com o namorado.

— E-eu estou bem — murmurou Yoongi, fintando por um momento. — Você… sente falta de Joon — disse o humano, fitando o mais velho. — Sua música foi sobre isso… n-não é?

Seokjin concordou com a cabeça.

— Eu não consigo evitar, mesmo tentando uma melodia mais alegre.

Yoongi negou com a cabeça, segurando a mão do mais velho.

— Não se culpe de nada. Nós vamos resgatá-lo logo e tudo será como antes, okay? Nossa família estará completa novamente.

O mais velho sorriu e concordou, levando o seu corpo para mais perto de Hoseok e Yoongi, praticamente os abraçando por um momento.

— Vocês querem ouvir mais música?

O casal de namorados concordou e então Seokjin voltou a cantar, com a mão no cabelo de Yoongi, deixando que sua melodia ninasse os outros dois. Isso aconteceu minutos depois e o comandante sorriu, ajeitando o cobertor sobre a sua família antes de fechar os olhos para se permitir descansar um pouco.


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Divulguem a fic!
E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Para mais informações, acessem o site das autoras:
» https://sites.google.com/view/ficsgika


Até amanhã ;*


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