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História Paradise - Decisões difíceis


Escrita por: BeLikeaPandinha

Notas do Autor


Oiie gente!
Postei Quinta, agora hoje, to que to hein kkkk. Esse capítulo está cagado, porque eu tinha outras ideias, só que não dava para colocá-las sem esse ou ia ficar sem nexo. Então só aceitem rs. Obrigada por todos os comentários do capítulo anterior, que teve recorde graças a deus.
E agora a grande notícia: CHEGAMOS A 100 FAVORITOS!!! Vocês são fodas, obriga por me apoiarem na fic, muitos chegaram a pouco tempo, mas tem uns aqui há um ano, ou meses. Agradeço a vocês por me inspirarem e reconhecerem o meu esforço. Como eu prometi terá alguns capítulos bônus no final, então fiquem que vai ter bolo assim que a fic acabar kkkk.
Valeu meus potinhos de nutella, desenterrei essa kkkk
Por último, mas não menos importante, criamos um grupo no WhatsApp, quem quiser participar é só me mandar uma MP(mensagem privada) com o número e DDD.
Bjuuus, espero que gostem, e comentem!
Ah, sejam bem vindos quem acabou de favoritar a FF!

Capítulo 45 - Decisões difíceis


Izzy apareceu no hospital horas depois de Jace sair, fiquei meio perdida assim que ela entrou, mas esqueci de tudo e a abracei. E fui correspondida, ela sabe o que estou passando, ver meu maior bem mal é quase como pisar em meu coração com um salto quinze. Ela passa o dia todo ao meu lado, pedindo desculpas, olhando Sofia e me fazendo dormir ou comer. Graças a Deus ninguém comentou nada do bebê para ela, apenas disseram para me convencer de ir para casa e descansa um pouco, pois “nas minhas condições” é arriscado ficar no hospital. Fui embora? Não. Graças ao bom Jesus, Izzy é meio lerda e não entendeu.

As semanas se passam e cada vez fico mais cansada, parece até que não durmo direito, o que é verdade, já que acordo de meia em meia hora. Todos já vieram visitar Sofia, até mesmo Max, que está enorme. Dezessete anos, como estou velha, vi esse garoto pequeno e agora está namorando, acabando o high school, e daqui a pouco vai para Stanford cursar Engenharia e surfar nos dias vagos. Ouço meu vibrar, e vejo que é uma mensagem de Alec avisando que conseguiu marcar a consulta para hoje, daqui a quinze minutos, e que Jace vem para cá ficar com Sofia enquanto isso. A única coisa que consigo pensar é que preciso decidir entre o aborto ou não, já estou de dez semanas, mais duas e será muito arriscado abortar, já liguei para a clínica e eles me deram todas as instruções e datas, a mais perto é daqui a dois dias.

Dois dias para ir até lá, tirar e voltar como se nada tivesse acontecido, dois dias para tudo voltar ao normal. Fico brincando com Sofia enquanto Jace não aparece, ela está tão grande e está quase completando dois anos, já fala tudo, parece uma matraca. No próximo mês ela completa dois anos, eu faço vinte e sete anos e Tyler provavelmente nasce. Janeiro é o mês da família Morgestern. Em duas semanas é Ano Novo e não terá comemoração na Times Square, como nos anteriores, nem muito menos na casa da minha mãe. Mark já me avisou, viajaremos para Aruba, sol, praia, e barriguinha de fora. Obrigada universo. Não tenho a mínima ideia como irei escondê-la apenas sei que tentarei.

Ainda mais que com a viagem vem incluso o turismo sexual de Mark Blackthorn, agora pensa como eu vou esconder essa barriga saliente. Na última vez até que consegui, reproduzindo as palavras dele: “queria me traçar naquele momento”, para isso ele me levou até o banheiro do quarto, então não precisei tirar minha blusa, apenas deixar ele fazer o que quisesse. Nota mental: dei sorte também porque a única coisa que ele queria era meter, gozar e pronto, não ficar explorando meu corpo da mesma forma que Jace fazia.

Argh, porque ainda fico com Jace na minha cabeça.

Talvez porque você ainda o ame, penso.

Ele tem me apoiado muito nas ultimas semanas, tem me ajudado a ficar com Sofia, me mandado para casa e ainda por cima cuidado da minha alimentação. Sem ao menos ser pai de nenhumn dos dois. Pensei em diversas vezes perguntar sobre Camile, mas acabo pensando no sofrimento que isso trará a ele. Dias atrás quando Izzy trouxe algumas roupas da casa de Mark para mim, ela trouxe uma caixa enorme com o meu nome escrito, disse que estava do lado do closet que mandei ela pegar as peças. Quando abri, percebi que era o presente que Jace tinha deixado para mim no dia em que fui morar com Mark. Era o melhor presente de todos, um álbum com fotos desde o ensino médio até nossa pequena parada em Lisboa, e algumas soltas do Dia de Ação de Graças. As mesmas fotos que ele me mostrou durante o voo de volta a NY. Jace aparece alguns minutos depois de jaleco e com uma sacola em suas mãos.

—Seu lanche. —Ele diz e abro um sorriso. Independente do que ele fez comigo meses atrás, ele está sendo um verdadeiro amigo e é isso que preciso agora, pessoas para me escorar ou eu vou cair. Ainda por cima, ele está trazendo comida, não tem como não aceitar.

§

Alec despeja o gel em minha barriga, liga a pequena televisão e começa a passar a máquina no meu ventre, atrás do embrião. Não demora muito e ele o acha, um pequeno pontinho na tela da Tv.

—Essas aqui estão as mãozinhas dele —Diz digitando algumas anotações. —Aqui estão os rins, pulmões e o coração.

Me mantenho calada, pensando em quão maravilhoso ele é. Meu pequeno, literalmente.

—Ele está com 3cm. —Ele diz . —Clary?

—Oi, estou aqui, só estava meio aérea.

—Eu sei como as mães se comportam. —Ele responde rindo —Você babou do mesmo jeito com a Sofia. Você vai querer ouvir o coração dele?

—Tem como? —Pergunto curiosa. —Se tiver, eu quero.

Ele mexe o aparelho e aperta uma tecla no teclado e o som invade toda a sala, alto, forte. Meu bebê, ele está aqui. Meu filho. Meu pequeno, só meu! Independente de quem for o pai, será só meu filho. As lágrimas começam a descer pelo meu rosto e alguns soluços começam a escapar.

—Você vai querer uma foto? —Ele pergunta.

—Duas, quero deixar uma em um lugar especial.

Ele me entrega as pequenas fotos que saem da máquina, e me entrega junto com alguns lenços e papel. Limpo minha barriga e me sento na cadeira em sua frente, não ouço muito bem o que ele diz, apenas pego algumas partes como pré-natal, exames e vitaminas. Alec percebe que não estou prestando atenção no que ele diz e para de falar.

—Você precisa desabafar, não precisa? —Ele pergunta e eu começo a contar tudo que está passando na minha cabeça.

§

—Tem como você ficar com a Sofia enquanto eu vou em casa rápido? —Pergunto para Marcella.

—Só se você não for demorar. —Ela diz. —Kieran vem me buscar daqui três horas.

Ok, pelo que disseram é o suficiente para tirá-lo daqui de dentro, mais meia hora de observação, dá e sobra.

—Em duas horas eu volto, só preciso de um banho real, e um cochilo.

—Então pode ir, cuida bem desse neném da dinda, e fica longe do Mark. —Ela diz. —Tchau bebê, se a mamãe não cuidar bem de você a dinda dá uma coça nela.

—Você cismou que será a madrinha do bebê, e Izzy, Helen? —Pergunto. —Izzy é madrinha da Sofia, então tenho total direito de ser do próximo. Agora anda logo para não demorar muito a voltar.

A estrada está completamente vazia, apenas alguns carros e a neve estão na via, devido ao frio coloquei uma roupa bem quentinha, mas mesmo assim continuo sentindo alguns arrepios. Queria ter alguém ao meu lado agora, para ir ou guiando o carro, ou me passando força e coragem, estou tirando um pedaço meu, um pedaço que odiei, amei, amei de novo e agora vou tirar. Não tenho nenhuma condição de cuidar de outro bebê, não naquela casa. Não com outra ameaça de A, lembram desse ser? Deu as caras novamente e dessa vez foi no hospital enquanto dormíamos. Depois de tanto tempo sem dormir, quando dei o ar da graça, uma pessoa entrou no quarto e tentou me sufocar, por sorte consegui me desvencilhar e gritar, atraindo vários enfermeiros para o quarto.

Mas isso não é tudo, ninguém viu nenhuma alma entrar ou sair do quarto. Apenas me ouviram gritar, a cena do crime estava lá na cara deles, mas ninguém via, apenas eu. Travesseiro no chão, um papel junto, cabelos despenteados e a porta escancarada. Porém mesmo assim fui tachada como maluca, e que por conta da situação de Sofia estava criando coisas em minha cabeça, um transtorno causado pelo estresse. O papel dizia para tomar cuidado, que ele ainda não está satisfeito, e por último e para mim o pior a frase: ‘Revenge is coming.’ A vingança está vindo. Não posso ter um bebê no meio de tanta instabilidade, muito menos com um louco, psicopata, tentando me matar.

Entro na segunda direita da avenida e chego até um bairro de casa medianas, para famílias que não são ricas, mas ao mesmo tempo não são pobres. Procuro o número 4090, não é muito difícil de se achar, é a ultima residência da rua com três carros na frente. Fico ali parada, quero porém ao mesmo tempo não quero isso. Saio com minha bolsa no ombro, Deus eu merecia mais do que isso, minhas mãos tremem assim que toco a campainha. Não demora muito e uma mulher de aproximadamente quarenta anos aparece.

—Boa tarde, o que a senhora deseja? —Pergunta carrancuda.

—Clarissa Fray... Ér... Eu tenho um horário. —Digo enrolada. —Para... você sabe.

—Sim! Como vocês jovens são, fazem a burrada, vem atrás da solução e não consegue pronunciar. —Ela diz como se fosse algo normal. —Não se fazem jovens como antigamente.

"Sente-se naquele sofá, trarei o formulário, depois de responder é só entregar e esperar o doutor chamar. Só não erra o tempo da gestação, pois pode trazer riscos para você também.

Fico ali sentada esperando ela trazer o formulário, ao meu lado está uma menina de cabelos negros, chorando com as mãos em sua barriga. Ela começa a soluçar e dizer algumas coisas embolado.

—Está tudo bem? —Pergunto.

—Se estivesse não estaria aqui! —Ela responde.

—Calma, eu sei como você deve estar se sentindo. —Digo. —Eu estou na mesma situação que você.

—Não está mesmo. Você tem condições de criar essa criança consegue-se ver isso de longe, mas não quer —ela diz. —Mas eu, quero cuidar dele, quero tê-lo, mesmo que seja difícil, mas não tenho condição. Eu amava o pai do bebê e ele também me amava, mas os pais dele nos separaram, perdi total contato com ele, não sei onde está, com quem. —Ela soluça— Agora descobri que estou grávida, minha mãe me expulsou de casa, estou morando de favor na casa da mãe da minha falecida amiga. Que morreu aqui!

—Ela morreu durante o procedimento? —Pergunto.

—Depois, houve algumas complicações e ela veio a falecer. —Ela responde pesarosamente. —Não aborte, não faça isso, você tem condição de cuidar desse bebê tem família, dinheiro. Já sentiu ele se mexer, ouviu o coraçãozinho?

Assinto.

—Eu tenho outra filha.

—Então você sabe como é. Sabe como é sentir tudo isso, não coloque sua vida em risco, não faça isso tendo uma filha esperando que você volte daqui algumas horas. E se você não voltar o que sua família vai achar? O que dirão a ela? Não faça isso, desista enquanto pode.

Largo o formulário no sofá e abro minha bolsa, retiro o bolo de dinheiro que havia separado para pagar o procedimento e entrego para a garota.

—Tem seis mil, acho que dá para você se virar por uns meses. Não tire o bebê, procure um emprego e lute pelo seu filho. Se você realmente ama esse cara, e ele te ama, vale a pena levar esse pedacinho dele com você pelo resto da sua vida. —Digo a ela. —Obrigada, e não precisa me agradecer por nada, você me fez ver que não vale a pena colocar minha vida em risco porque alguém está me induzindo a isso. Irei lutar por esse bebê.

É... Eu acho que realmente vamos ter mais alguém na família.

 

 


Notas Finais


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