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História Paraíso Imperfeito - Desabafo


Escrita por: Pink_Babaloo

Notas do Autor


Demorei gente, mas estou sem notbook no momento. Vou tentar postar mais nesse final de semana ok?!
De novo, muuuitoooo obrigaaada pelos maravilhosos comentários que estou recebendo! A interação com a fic, elogios, duvidas, analises, tudo é muito lindo e gostoso de ler e motivador pra caramba! Então muito obrigado aos que dedicaram tempo a isso!
Espero que gostem dos proximos capitulos! Boa leitura!

Capítulo 19 - Desabafo


Fanfic / Fanfiction Paraíso Imperfeito - Desabafo

"Para que discutir com os homens que não se rendem às verdades mais evidentes? Não são homens, são pedras. Tenho um instinto para amar a verdade; mas é apenas um instinto."

( Voltaire )

 

Até aquele momento Konohamaru Sarutobi não sabia o que havia acontecido para que Hanabi Hyuuga quisesse terminar o relacionamento divertido e sem compromissos entre eles. Provavelmente, ele continuaria a se perguntar os motivos que a levaram a isso pelos próximos dias. De fato, era provável que ele nunca realmente conseguisse descobri-los.

Ainda era cedo quando ele a encontrou próximo ao clã, no muro onde eles sempre ficavam, em ambos os sentidos. Ela vestia uma roupa simples e os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo frouxo o que o fez lembrar de quando eles ainda eram menores e ele a achava grosseira, prepotente e de cara azeda. Agora, ele ainda achava sua cara azeda, mas ainda sim era um rosto adorável de feições delicadas misturadas com o olhar intenso e rude, uma mistura de inocência e frieza. Ele tentou beijá-la, como sempre fazia, mas dessa vez ela o parou com as mãos em seu peito, mantendo uma distancia segura entre suas bocas. E então, sem cerimonias, sem se quer respirar fundo ou ao menos fingir hesitação, ela lhe lançou a bomba.

- Acabou.

- O que acabou? – ele perguntou em uma risada leve e confusa.

- Entre nós dois, entendeu? - ela parecia estar falando sobre o clima frio daquele dia tamanha era sua normalidade.

- Espera, você está querendo terminar comigo? - ele perguntou ainda incerto se havia entendido bem.

- Não quero terminar. - ela disse, dessa vez suspirando, mas parecendo enfadada – Eu terminei e ponto.

E ponto.

Ela não deu qualquer explicação. Pelo menos não alguma que realmente fizesse o Sarutobi entender. Apenas respondeu que não queria mais ter alguma coisa com ele, a não ser “coleguismo de trabalho” - como a própria chamou. Ele perguntou se havia feito algo errado, ela disse que não. Perguntou se ela queria algo mais sério, ela riu enquanto dizia claramente que não. Ele tentou continuar, mas ela apenas disse mais uma vez:

“Acabou Konohamaru”, e depois “Sayonará”. E entrou no clã novamente, impassível e altiva como sempre, como nunca deixou de ser, deixando para trás um rapaz confuso e totalmente perdido.

Não que ele fosse se matar assim que saísse do seu transe, mas realmente queria entender o por que de ter sido chutado de um relacionamento que nem se quer existia, o que sempre deixou aos dois lados satisfeito.

Ele nunca entenderia. O que não o fazia tentar se matar, como já foi dito. Ele apenas seguiria sua vida novamente, e pegaria outras garotas e até mulheres feitas que já lhe davam condição. Não era como se ele amasse Hanabi assim como ela também não o amava.

Mas nada disse importava mais. Havia acabado. E ponto.

Enquanto isso no clã, a filha mais nova de Hiashi refletia sobre algumas coisas banais em seu dia-a-dia quando encontrou Hinata sentada no dojo parecendo descansar de seu treinamento diário e sozinha. Quando viu a irmã caçula, a futura líder do clã sorriu e a chamou apenas com o olhar. Hanabi, por sua vez, revirou os olhos.

Havia semanas que as duas moças não ficavam sozinhas ou tinham tempo para uma conversa entre mulheres, o que na opinião de Hanabi era desnecessário, mas parecia agradar a Hinata, o que no fundo, no fundo, beem lá no fundo, agradava Hanabi.

- Que surpresa te ver a essa hora, irmã. Pensei que estaria desrespeitando os muros do clã, se esfregando com o seu namoradinho. – A mais velha deu um sorriso brincalhão como se tivesse acabado de pegar a irmã no flagra de um crime. Esta no entanto, apenas deu os ombros.

- Se está falando de Konohamaru, ele não era meu namoradinho. Apenas nos encontrávamos para passar o tempo. - foi a vez dela sorriu brincalhona ao ver a expressão de horror de sua irmã conservadora – Não se preocupe, ainda sou virgem, irmã.

- Graças aos deuses.

- Ainda. - Hanabi frizzou com ênfase maliciosa

- Hanabi! – Hinata a repreendeu e depois suspirou, resignada – então, você e ele...não tem nada sério? É isso?

- No momento não temos nada mesmo. Acabou.

- Oh, que pena, mas por que?

Hanabi deu os ombros novamente, em um ato já característico.

- Já estava na hora de terminar então eu terminei.

Hinata olhou para a irmã chocada. Tão nova e tão fria.

Como se lesse seus pensamentos, Hanabi bufou impaciente.

- Não me olhe assim. Sabe que esses relacionamentos fora do clã não dão certo mesmo. Papai pode querer me casar a qualquer momento com um desses velhotes. - ela fez uma careta e pareceu pensar por alguns instantes antes de continuar em voz mais baixa – Pelo menos enquanto eu continuar aqui...

- O que disse?

-Esqueça. É coisa demais para sua cabecinha pura e obediente.

Hinata revirou os olhos, mas sorriu para a irmã que também sorriu até se sentir abraçada e fez uma careta de desgosto.

- Hinata...você é tão sentimental... - ela disse revirando os olhos e fazendo a irmã mais velha rir ainda mais.

***

Pelas ruas desertas do extinto bairro Uchiha, a jovem kunoichi Haruno andava em direção a casa principal e depois de anos, a única que estava sendo habitada, pelo agora responsável do bairro, Sasuke Uchiha, e recentemente, para desgosto da rosada, por uma outra Uchiha recém-descoberta.

O caminho era silencioso e até um tanto macabro mesmo que ainda fizesse um lindo dia aquele horário. O local que era considerado por muitos como o cemitério do clã Uchiha ainda fazia os ossos da kunoichi estremecerem. Ainda sim, ela continuava a andar decidida a fazer uma visita ao seu noivo, que agora pouco via devido ao pouco tempo que ele dispunha devido ao trabalho na policia, e os constantes desentendimentos entre ambos devido a permanência da mais nova Uchiha na mansão a menos de 100 metros de Sasuke.

Sakura bufou ao relembrar da situação entre eles. Odiava aquela Uchiha, e nem ligava se ela era uma amiga de infância ou pretendente dele, que ela fosse pra...ela respirou fundo. Precisava se acalmar. Não queria brigar com o Uchiha e sim chamá-lo para um tranquilo e romântico passeio aonde os dois falariam de si mesmos e do seu casamento. Sem missões, sem desentendimentos e principalmente, sem Sayuri Uchiha.

Mas então todo esse momento zen foi posto de lado quando a kunoichi teve de se desviar de um ataque elétrico que ela conhecia muito bem.

- Chidori. - murmurou assustada – Sasuke? - ela chamou hesitante, foi fácil uma onda de panico tomar conta de seu corpo, assim como uma duvida incomoda de que o autor daquele ataque tivesse sido o seu amado.

Entretanto, assim que virou-se novamente o caminho em sua frente que antes estava deserto, agora tinha uma figura que parecia esperar pela rosada, que por sua vez, fechou a cara no mesmo instante esquecendo-se completamente do seu momento tranquilo.

- Ora, ora, senão é o chicletinho. Rosa e grudento. Já veio aqui grudar no meu noivo – ela debochou sabendo exatamente como tirar aquela kunoichi do sério. E foi isso que aconteceu.

Logo uma grande veia pulsava na testa da Haruno que fechava o punho com força direcionando-o para uma visivelmente despreocupada Sayuri.

- Ele não é seu noivo e nunca vai ser sua cobrinha recalcada! Ele é MEU noivo! ENTENDEU?? - ela disse ora entre os dentes, ora gritando sem conseguir controlar a fúria que atacava seu corpo inteiro.

Sayuri apenas suspirou e sorriu ainda mais de um jeito venenoso e cheio de malicia. Suas expressões tão sínicas eram completamente diferentes do jeito frio tipicamente Uchiha, mas ainda sim o olhar superior e a postura altiva e prepotente não deixava duvidas de qual clã ela pertencia.

- Eu não sei não, depois de ontem talvez o Sasu-nii-chan mude de idéia.

Sakura tomou a coloração avermelhada e Sayuri teve a impressão de que conseguia ouvir alguma coisa explodindo dentro daquela cabecinha rosada, mas logo em seguida quem explodiu foi a própria Haruno que sem mais conseguir se segurar partiu para cima daquela Uchiha sem nem pensar nas consequências dos seus atos. Sayuri sorriu satisfeita, havia conseguido o que queria. Uma luta de verdade.

A cada passo que Sakura dava em sua direção, o sorriso dela apenas aumentava enquanto o sharingan já estava ativado em seu modo máximo apenas esperando o momento certo. A hora em que seus olhares se cruzassem.

Faltava pouco e a Uchiha sentia uma ansiedade subindo por seu corpo, em sua mente passando mil coisas que poderia mandar a Haruno fazer, mas seus planos foram totalmente por água a baixo quando sua visão da kunoichi foi cortada por um corpo alto e forte que ela conhecia muito bem. Soltou um muxoxo irritado.

Sakura freiou bruscamente quando viu Sasuke surgir em sua frente do nada. Devia estar tão possessa que nem ao menos sentiu sua presença se aproximando. O mesmo apesar de estar com o corpo voltado para sua direção, mantinha a cabeça virada para o lado, podendo olhar de esguelha para a kunoichi morena que Sakura queria matar.

- Sai daqui. - ele disse para Sayuri e esta apenas sorriu dissimulada.

- Oh Sasu-nii-chan, não seja estraga prazeres, eu apenas estava brincando com a nossa visita.

- SUA MALDITA, EU VOU TORCER ESSE SEU PESCOCINHO COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS. – Sakura berrou raivosa.

A uchiha fechou os olhos ainda sorrindo e balançou a cabeça negativamente, quando diante dos olhos de Sakura, ela desapareceu, reaparecendo logo em seguida atrás da rosada que apenas sentiu o coração apertar com a presença tão próxima e ameaçadora.

- Quando lutarmos, você não vai conseguir nem encostar em mim, chicletinho. - sussurrou perto do ouvido da kunoichi, mas seu olhar mirava fixamente o uchiha que não parecia abalado, mas também a encarava sabendo que as palavras também se direcionavam a ele – Eu vou ter o prazer de acabar com você.

- Já chega, Sayuri! - ele ordenou com uma voz de trovão que não admitia ser contrariado.

Isso pareceu despertar Sakura que virou-se bruscamente para encarar Sayuri, mas a mesma já havia desaparecido, reaparecendo novamente no lugar de antes já caminhando de volta para a mansão.

- Vai ter que fazer mais do que isso para torcer o meu pescoço, chiclete-san. Sabe, não me admira o Sasu-kun ter tanto receio em casar com você. Afinal, como ele vai refazer o clã com uma mulher tão fraca como mãe de seus filhos? - ela disse tudo isso sem nem ao menos olhá-los, mas sorria sabendo muito bem que havia tocado em uma ferida aberta da kunoichi médica, e principalmente sabia que Sasuke deveria estar com muita raiva e era isso que fazia as coisas ficarem melhores. - Por você, Itachi, eu vou tornar a vida desse maldito um inferno até que eu consiga mandá-lo definitivamente para lá. Por você. - essa parte saiu murmurada em uma promessa para o além.

Quando Sasuke voltou a fitar a noiva, a mesma o olhava furiosa, mas também com um brilho hesitante e triste no olhar. Ele conteve a vontade de suspirar, mas pensou em mil maneiras de torturar Sayuri que sempre o metia em grandes encrencas com a rosada.

- Por que se meteu entre nós? Estávamos lutando, não percebeu?

Sasuke revirou os olhos.

- Está sendo infantil.

- Infantil? - ela repetiu apenas sentindo sua fúria aumentar – Quando você e o Naruto passam horas lutando, destruindo toda a paisagem que os cerca, sempre por algum motivo idiota, não é infantil, certo?!

- Não é o caso, e você sabe disso. Ela só esta te provocando. Pare de dar atenção a ela.

- Acha que não posso vence-la? - estreitou os olhos, desafiando-o a concordar e como sempre viu o mesmo olhá-la sem expressão parecendo não se importar com a gravidade da situação. Ele não respondeu e ela apenas se irritou mais – RESPONDE SASUKE!

- Acho. - respondeu dessa vez direto e viu os olhos verdes da kunoichi se encherem de lágrimas no mesmo instantes.

A expressão torturada dela também o torturou por alguns segundos, antes dela virar de costas e para ele e caminhar de volta para a entrada do bairro. Ele não a seguiu, sabia o que era ser mais fraco que o seu inimigo, mas não sabia o que fazer para Sakura entender que Sayuri não era seu inimigo, de fato, não representava nada. Nem para ele, nem para ela, nem para o relacionamento entre eles.

***

Um suspiro profundo cortou o silencio do quarto, seguido pelo barulho de corpos se chocando com velocidade, soltando vez ou outra gemidinhos curtos de êxtase. O escuro não impedia que eles se olhassem enquanto sentiam-se fundidos um ao outro.

O corpo feminino era invadido, enquanto as mãos grandes dele seguravam a cintura fina com firmeza, deixando na pele branca a marca de seus dedos. Os cabelos loiros claríssimos, sempre tão arrumados em um impecável rabo de cavalo, agora estavam espalhados pelo travesseiro, alguns fios grudados no rosto dela devido o suor. Os olhos estavam fechados, e a respiração descompassada, enquanto dos lábios carnudos saiam gemidos entre cortados ou palavras desconexas que o deixavam cada vez mais excitado, fazendo-o bombear cada vez mais forte seu membro para dentro dela.

As longas e bem cuidadas unhas dela arranharam a costa morena e de ombros largos quando a boca dele fechou-se em um dos mamilos rosados e entumecidos, ora sugando-os, ora lambendo-os, enquanto a mão que antes apertava a cintura dela subiu em direção ao outro seio, e esfregou o mamilo com o polegar. De repente ele também gemeu ao sentir seu membro ser apertado pela cavidade quente dela e a sucção tornou-se ainda mais faminta e selvagem, as estocadas mais profundas e violentas, arrancando gemidos e gritos da moça que no ultimo momento, abriu finalmente os olhos, revelando os orbes azul celeste, enquanto um grito ficava entalado em sua garganta devido ao orgasmo arrebatador que tomou seu corpo.

Ao sentir o corpo pequeno amolecer em seus braços, ele deu mais algumas estocadas antes de finalmente aliviar-se e derramar todo o liquido de prazer que enchia seu membro, chegando também ao ápice do momento sexual.

Ainda com a respiração descompassada e sentindo a dela em sua nuca, no mesmo ritmo, ele obrigou-se a jogar seu corpo para o lado, deitando ao lado da mulher que imediatamente virou-se cruzando suas pernas e deitando no peito dele.

- Oh kami-sama, quem diria que um preguiçoso como você ia ser tão bom assim na cama. - Ino disse o fazendo revirar os olhos.

- Hunf...é a mesma coisa que... - a fala morreu nos lábios dele, e a loira percebeu que o corpo dele ficou levemente rígido.

Ela sabia exatamente de quem ele falaria e de repente a quase menção do nome da namorada de Suna fez com que Ino ficasse constrangida e estupidamente tímida pelo o que havia acabado de fazer, o que era realmente estupido. Um silencio incomodo tomou o quarto, mas ela não deixaria que isso continuasse. Se tivesse decidido conquistar aquele rapaz, precisava deixar suas hesitações de lado e agir da maneira mais normal possível.

- Você ainda pensa nela, não? Digo...Na Sabaku. - ele não disse nada, mas remexeu-se desconfortável e ela revirou os olhos. Fora ele que quase tocara no assunto, acabando completamente com o clima excitante entre eles, agora podia no minimo responder sua pergunta – Ah qual é, Shikamaru. Sabe que não é como se ela fosse seu caso secreto e eu estivesse sendo enganada por você. Eu sei onde estou envolvida. - ponderou e o olhou com seus olhos azuis profundos também sendo encarada por ele com firmeza – Nós dois sabemos. - não o encarou por muito tempo e logo voltou a deitar o rosto sobre o peitoral musculoso – Então, fala. Você pensa muito nela? Sente falta?

Ele ainda ficou um pouco em silencio antes de responder.

- Hunf, não é nada problemático. Eu e ela estamos acostumados com essa...relação a distancia, se é que isso pode ser chamado de relação.

- Mas você gosta dela, não é?! - perguntou, mas logo arrependeu-se. Não sabia se realmente queria saber disso.

- Provavelmente. - ele sorriu de lado, de repente, lembrando-se inconvenientemente do rosto emburrado e malicioso de Temari que o irritava ao mesmo tempo que o fascinava.

Ino encolheu-se e ele percebeu o silencio brusco dela.

- O que foi?

- Nada, é só que... - suspirou, pela primeira vez sentindo-se desajeitada e sem ação – você é meu amigo, Shikamaru e não quero que sofra. Eu vejo como você fica por causa da irmã do Kazekage. Acho que essa relação só faz mal pra você.

- E? - ergueu uma das sobrancelhas esperando que ela realmente diga aonde quer chegar e a viu virar-se novamente para encará-lo o afogando naqueles olhos azuis como o mar.

- Acho que você deveria terminar com ela e arrumar alguém que realmente mereça você. - ela disse direta o surpreendendo.

***

No apartamento do Uzumaki, a bagunça reinava e agora, peças de roupas faziam um caminho pelo chão até o quarto de onde vinham vozes e barulhos estranhos.

Como em todas as noites. O uzumaki não estava sozinho.

A mulher da vez, era agora sua amante oficial e também colega de Anbu, conhecida por sua mascara de ursa.

No momento, ela estava apenas com um top e as calças que estavam sendo arrancadas pelo homem loiro, a fazendo rir de felicidade e principalmente de prazer antecipado. A força com que ele lhe tirava a peça de roupa era a prova de que a noite seria agitada e repleta de orgasmos violentos.

Quando a peça foi finalmente jogada para o lado oposto do quarto, o rapaz loiro começou a distribuir beijinhos pela barriga lisa e morena, passando pelo vale entre os seios ainda coberto pelo top, até chegar na boca sensual que já gemia do jeito que o enlouquecia. Ali, ele a beijou lentamente sentindo imediatamente a perna dela fechar-se em sua cintura, enquanto seu membro duro esfregava-se feliz contra a intimidade molhada e coberta por uma calcinha fina e de tamanho medíocre. Ele riu quando a ruiva tomou a iniciativa de guiar a mão dele em direção aos seus seios, mas quando ele separou-se apenas por alguns segundos e seus olhos focaram o rosto dela, seu sorriso desapareceu de imediato e seu coração bateu freneticamente enquanto sentia-se arrepiar diante da figura materializada em sua frente.

Os cabelos azuis caiam displicentemente por seu rosto, os olhos perolados o fitavam daquela forma tímida e ao mesmo tempo cheia de desejo, e a boca pequena e carnuda entreaberta o chamava e implorava por mais um beijo.

Foi incrível como apenas aquela imagem bastou para uma corrente de desejo percorrer todo o seu corpo, concentrando-se em seu membro cada vez mais duro e pulsante. Ele segurou o rosto inocente com as mãos enquanto o olhava como um louco no deserto que havia encontrado uma ultima garrafa de água. Atacou os lábios com verocidade, fazendo questão de apertar todo o corpo contra o seu, tocando-o e o explorando de forma ansiosa. Ele sorriu ao ouvir a voz dela chamar seu nome e jurou que a faria gritar seu nome muitas outras vezes.

Mas então, seu sorriso se dissipou pela segunda vez quando ele novamente voltou a fitar a moça e perceber que a mesma voltara a ser a ruiva sensual, de olhos tão azuis quanto os seus e feições sem qualquer traço de menina-mulher como as da morena que ele imaginou segundos atrás.

Imaginou.

Tudo fora apenas uma peça de sua própria imaginação. Sentiu-se frustrado e depois irritado, para logo depois sentir-se frustrado novamente por não conseguir continuar o que fazia antes. Torh já o olhava confusa com a parada repentina e olhar sério e desfocado, atípico do loiro que ela desejava.

- Naruto? - ela ficou ainda mais confusa e preocupada quando ele saiu de cima dela, deitando-se ao seu lado, mas sem nem se quer tocá-la – o que...? Por que...?

- Você tem que ir, Torh. - foi o que ele disse, antes de levantar-se de repente, sem nem olhá-la, ao contrário dela que não tirava os olhos dele, tentando encontrar uma explicação para aquela brusca mudança.

- Por que? Eu fiz alguma coisa...? Eu...?

- Não, não. Eu é que preciso ficar sozinho. - respondeu, juntando as roupas dela do chão, em seguida jogando-as para a dona. - Vá embora, outra hora conversamos. - pediu exasperado já saindo do quarto e sem dar a ela a chance de retrucar.

Na sala, jogou-se no sofá com as mãos na cabeça e bufou irado com o que havia acontecido. Imaginar a Hyuuga enquanto transava com outra já era insanidade. Perder totalmente a vontade de transar ao perceber que não era ela, era piração total.

Admitia que gostava de Hinata mais do que devia ou queria. Apesar de Torh ser um espetáculo, a hyuuga realmente o conquistou, e de fato, saber que ela está prestes a se casar o incomodou mais do que o necessário, mas isso já estava passando dos limites. Ele estava beirando a insanidade. Nem por Sakura, aconteceu algo assim.

Quando a ruiva saiu do quarto já estava vestida, mas mantinha-se emburrada e confusa.

- Se quer realmente que eu vá... - ela disse fazendo questão de mostrar sua irritação, e ao mesmo tempo esperando a mínima hesitação dele para que pudesse ficar.

- Obrigado Torh. Vai ser melhor. - ele tentou não parecer tão irritado, mas sua voz saia tão ou até mais fria do que o normal. Não estava mais acostumado a ser tão gentil. - Estou um pouco cansado, é só isso...

- Oh eu cuido de você. Posso ficar e preparar alguma coisa, tenho certeza que logo ficará melhor – ela quase implorou uma chance de ficar, e uma oportunidade de servir não apenas para o sexo.

- Não é necessário. Sei me cuidar. - continuou com voz entediada, levantando-se e a guiando em direção a porta, mas foi pego de surpresa quando a mesma virou-se e segurou em sua mão, o encarando com firmeza.

- Sei que você gosta de outra. Foi muito sincero comigo, sempre. Então eu também vou ser sincera com você – dito isso, ela corou levemente desviando o olhar para baixo e respirando fundo, tomando coragem para novamente encarar o loiro – Eu amo você, Naruto-san. Me de uma chance de fazê-lo esquecer essa pessoa que faz você sofrer.

As palavras dela o pegaram desprevenidos, mas imediatamente uma outra declaração semelhante veio em sua mente.

- Baka...baka...baka...eu amo você, será que não vê? - ela murmurou fracamente, fazendo o uzumaki franzir o cenho confuso para logo depois encarar as duas orbes peroladas fixadas em sua direção – Por que acha que eu fiz tudo isso? IDIOTA!! EU AMO VOCÊ! AMO! COMO NÃO PERCEBE?

- Por que? - ele murmurou de repente, encarando o rosto confuso dela - Por que você me ama?

A ruiva não respondeu de imediato sendo pega de surpresa pela pergunta tão direta. Franziu o cenho enquanto parecia pensar, e logo voltou a sorrir e a encarar o uzumaki, vitoriosa.

- Você é corajoso, valente e lindo. Além de ser incrível na cama – ela riu e ele também soltou uma risada fraca, mas não a olhou. A risada dele morreu logo e a dela foi morrendo aos poucos vendo-o fitar o nada, sériamente.

- Naruto..

- Está na hora de ir, Torh. - ele indicou com firmeza e dessa vez ela não pode retrucar.

Abaixou a cabeça derrotada e se foi, antes dando uma ultima olhada no ninja loiro e sensual que sempre conseguia confundi-la.

Quando a porta se fechou, ele voltou a se jogar no sofá da sala e fechou os olhos tentando esquecer todas as suas frustrações atuais, mas bufou alto quando ouviu novamente a batida em sua porta. Tentou ignorar, mas as batidas tornaram-se mais fortes e ele levantou-se irritado prestes a gritar quem quer que estivesse do outro lado, mesmo que fosse Torh.

Entretanto toda a sua raiva passou de imediato com a surpresa em ver Sakura Haruno o encarando ofegante e triste e logo em seguida, o abraçando sem delongas.

- Eu não aguento mais aquela vagabunda. Me ajuda, por favor.

- Sakura... - ele murmurou sem entender apenas sentindo o corpo dela contra o seu.

Não soube por quanto tempo ficaram naquela posição, a porta ainda aberta, mas ele continuou a abraçando até que ela finalmente o soltasse e o encarasse um pouco mais calma, mas ainda visivelmente triste.

- Entre Sakura, o que aconteceu? - ele perguntou quando finalmente fechou a porta e guiou a Haruno até o sofá onde antes estava deitado e sentaram-se ali encarando-se

- Eu não sabia a quem mais recorrer. – a rosada confessou - Ela me irrita tanto, Naruto. E eu sinto que o estou perdendo a cada dia mais.

Ele sabia exatamente de quem ela falava, e para a sorte dela ele não ficou tão furioso quanto da ultima vez que eles conversaram sobre o moreno, o que parece que ela já havia esquecido.

Ou talvez ela estivesse tão desesperada por desabafar com alguém que preferiu fingir ter esquecido a ultima conversa nada agradável entre eles. E não seria Naruto que iria relembrá-la.

E então nos próximos minutos, a rosada desabafou suas magoas, suas frustrações e inseguranças sobre seu relacionamento com Sasuke Uchiha e principalmente suas duvidas agora com a presença de Sayuri entre eles. O que aconteceu naquela manhã foi contado nos mínimos detalhes com pausas para que ela pudesse xingar a Uchiha, mas Naruto ouviu a tudo em silencio e surpreendeu-se ao perceber o quanto calmo estava.

Enquanto ela falava, ele olhava a kunoichi em sua frente. Ela devia ter acabado de sair do hospital e continuava impecável em sua roupa médica, e seu coque perfeito sem nenhum fio saindo do lugar, apesar de que agora ele percebeu que deixava a testa da kunoichi ainda maior do que o normal. Ainda sim, Sakura Haruno era sem duvida uma mulher linda e muito atraente, com um tipo físico mediano, mas ainda sim muito feminino e sensual. A veia que pulsava em sua testa era adorável quando não era ele o alvo de tanta raiva.

- Eu sei que não devia estar desabafando assim com você, Naruto, mas é que no momento você é meu único amigo e sei que posso confiar em você.

Grande erro, era o que ele pensava. Ninguém deveria confiar nele. Ele não era mais digno de confiança.

- O que eu faço? - ela perguntou em seguida e ele a olhou nos olhos pela primeira vez.

Se perguntou por quanto tempo esperou que ela lhe fizesse essa pergunta, aonde ele lhe diria para largar o Uchiha e ficar com quem realmente a amava, ou seja, ele. Mas naquele momento, ao olhar nos olhos verdes levemente inchados pelas lágrimas, todo o seu plano diabólico pareceu sair de sua cabeça.

Sua hesitação devem ter sido claras para Sakura que desviou os olhos parecendo se dar conta da situação desconfortável em que ambos estavam.

- Desculpe Naruto...eu não deveria ter vindo... - ela sussurrou e fez mensão de se levantar, mas foi impedida pelas mãos do uzumaki em seu ombro.

- Deixe disso, Sakura...Afinal, somos amigos não somos?

Ela sorriu abertamente para ele, parecendo muito satisfeita e sem pensar, acabou se atirando em seus braços, em um abraço que o pegou desprevenido.

- Sim, somos melhores amigos. - ela disse, sorrindo, mas se afastou de imediato ao percebê-lo rígido e seus braços um pouco frouxos demais para quem quer dar um abraço. Quando o olhou percebeu que o mesmo parecia desajeitado em retribuir o abraço e pela primeira vez aquele dia, seus problemas com o uchiha foram deixados em segundo plano – O que houve, naruto?

- Do que está falando?

- Você está estranho...

- Ando um pouco cansado com todo o trabalho na Anbu.

- Não. Digo, distante, frio e não falo desse mês. Falo de anos. Você não brinca mais, não sorri como antigamente. Não é mais o ninja hiperativo que eu conhecia, agora sempre te vejo sério ou galinhando alguma garota por aí – nessa parte ela torceu o nariz de uma forma adorável e ele sorriu melancolico, o que apenas a fez o observar mais atentamente – seu sorriso não é mais o mesmo. Ele não chega mais até seus olhos.

- Eu apenas deixei de ser o ninja cabeça oca.

- Não, é muito mais do que isso. Você se tornou tão... - ela hesitou parecendo procurar a palavra certa - ...frio. O que aconteceu?

- Eu não sei. - respondeu sinceramente e ela suspirou tentando encontrar algum tipo de emoção naquele rosto impassível. - Apenas mudei.

- Você está precisando de uma namorada. - ela concluiu de repente o fazendo rir.

- Eu tenho namoradas... - ela não pode conter a malicia e ela revirou os olhos.

- Sua convivência com aquele Sannin pervertido te afetou mais do que pensavamos. - ela disse enfadada e Naruto sorriu melancólico com a lembrança do sannin – Eu digo, alguém que te ame de verdade.

Dessa vez foi ele quem revirou os olhos já cansado de ouvir falar sobre o tal “amor”.

- Ah não vem com essa.

- Você só precisa achar a pessoa certa. - ela disse confiante e ele suspirou.

- Meu coração é muito burro. Ele só se interessa por quem não deve – disse emburrado. Não sabia ao certo em que ou em quem estava pensando naquele momento, mas percebeu que a rosada se calou de repente e baixou a cabeça incomodada. Ele estava prestes a dizer que nada tinha a ver com ela, mas pensou melhor.

- Desculpa, Naruto, se te fiz sofrer. - murmurou constrangida

- Não vamos falar sobre isso.

- Mas...

- Sakura não leve tão a sério o que o Teme diz. Ele é o teme, não sabe ser sutil. De certo só não quer que você lute com aquela vuduzenta e acabe machucada, mas se acha durão demais para admitir.

A kunoichi ainda ficou alguns segundos surpresa pela mudança brusca de assunto, mas logo se recuperou e voltou a se concentrar no que ele falava.

- Acha mesmo? – perguntou ansiosa recebendo um aceno positivo dele.

Eles ainda conversaram por alguns minutos antes dela decidir ir embora. Se despediram com um abraço desajeitado e ele a acompanhou até a porta. Ao trancar o apartamento, voltou a caminhar em direção a grande janela perto do sofá em que eles estavam sentados segundos antes e viu a kunoichi se distanciando.

- Ela já foi, teme. Pare de bancar o espião e aparece logo.

Em segundos, um vulto negro apareceu ao lado dele que não se moveu ou se quer olhou enquanto a sombra tomava a forma de um rapaz tão alto quanto ele, de cabelos negros e olhos onix inexpressivos. Este também fitou a médica enquanto a mesma caminhava pela rua, se afastando, provavelmente indo para a própria casa.

- Por que não aproveitou a chance de pegar sua amada Sakura pra você. – O Uchiha ironizou, mas o loiro sabia que o moreno estava morrendo de curiosidade – sabia que eu não iria interferir.

- Claro que não ia. Você se acha inatingível demais para se preocupar em ser trocado. - sorriu e já se afastava quando o moreno prendeu seu braço.

- Por que não se aproveitou dobe?

Naruto deu os ombros e depois se desvencilhou do Uchiha.

- Eu apenas não quis fazer nada agora, teme. Mas da próxima vez, não a deixarei escapar.

Sasuke sorriu de lado sem que o loiro visse e voltou a olhar para o céu escuro. Lá em cima, a lua estava encoberta por nuvens negras.

- Ela tem razão. Você precisa de uma namorada.

Naruto estancou no lugar e se voltou para o Uchiha com o sorriso mais sarcástico e venenoso que conseguiu.

- Oh não me venha você também com conselhos amorosos. Alguém que me ame de verdade? Não acho que essa pessoa exista. - ironizou.

Mas para a sua surpresa viu o Uchiha também lhe mandar um sorriso tão venenoso quanto o seu.

- Ninguém te ama ou é você que não sabe amar alguém, dobe?

O deboche de Naruto morreu instantaneamente e ele apenas voltou a andar em direção ao próprio quarto sem dizer mais nada ao Uchiha. A verdade nas palavras do mesmo ainda assolariam o Uzumaki por muitas noites.


Notas Finais


NOS PRÓXIMOS CAPITULOS...Naruto tem uma surpresa nada agradável e as coisas podem voltar a esquentar em mais um encontro com Hinata!!!. O que vocês acham, vem mais um triangulo amoroso por aí com Sasuke, Sakura e a nova Uchiha? Shikamaru e Ino parecem estar se aproximando, mas uma missão pode abalar tudo!! E a Hanabi tá solteira minha gente, aviso logo que ela vai aprontar kkkk
Até a próxima gente! Beijos


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