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História Paraíso Imperfeito - Sakurisses


Escrita por: Pink_Babaloo

Notas do Autor


Oieee demorei, mas voltei!
Decidi postar esse capitulo por pura teimosia, por que a verdade é que estou sem nenhum tempo no momento! kkk
Enfim, espero que gostem! Boa Leitura!!

Capítulo 43 - Sakurisses


"Quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós" _ Autor desconhecido

 

Naquela manhã, quem visse Sasuke Uchiha de pé parado rigidamente em frente a mesa da Hokage, os olhos fixos em um ponto invisivel a sua frente, não imaginaria o quanto sua cabeça estava prestes a explodir de ansiedade. A sensação de deja vu era incontrolável visto que já estivera naquela sala anos atrás também a espera de uma resposta que mudaria sua vida e dessa vez não era diferente.

"Não se preocupe Sasuke-kun. Tudo dará certo!"— As palavras doces de Sakura aquela manhã tentavam dissipar ao menos um pouco seu nervosismo, contudo a cada vez que Tsunade tirava os olhos dos papeis em suas mãos e pousava-os no ninja parado a sua frente, uma gota de suor formava em sua nuca e seu coração disparava como de um gennin em sua primeira missão.

Era patético. E por essa razão crucial que ele se mantinha o mais frio possível.

Em contrapartida, não ajudava em nada ver o ninja loiro recostado tão displicentemente na parede atrás da Hokage, olhando pela janela de forma quase enfadada com os braços cruzados em frente ao peito. Vez ou outra ele dignava-se a lançar um olhar para o Uchiha e sorrir presunçoso como se soubesse um segredo que o outro não sabia.

Era irritante. Mas ao menos ajudava Sasuke a ficar irritado e consequentemente menos nervoso.

O que o Uchiha nem desconfiava era que o aprendiz de Hokage podia ver uma veia pulsando discretamente no pescoço do moreno e sabia perfeitamente de seu nervosismo, afinal o conhecia melhor do que ninguém.

— Bem... - Tsunade suspirou finalmente e largou os papeis colocando então os cotovelos sobre a mesa e as mãos cruzadas sob o rosto, enquanto olhava fixamente o ninja a sua frente. - Eu vi todos os resultados dos seus testes, Sasuke Uchiha.

Desde o dia em que Sakura confirmou que sua visão havia realmente sido restaurada, ele passou por vários testes, clínicos primeiro e em seguida físicos quando entrou com o pedido formal para voltar as suas atividades ninjas. Sakura não pode participar de nenhum por estar intimamente ligada a ele.

— É um verdadeiro milagre que sua visão tenha sido restaurada tão próximo aos 100%, Uchiha.

— Com todo o respeito Hokage, foi graças a Sakura.

Tsunade piscou como se não esperasse tal resposta, mas em seguida sorriu minimamente.

— É verdade. Sakura me surpreendeu e sem duvida revolucionou a medicina ninja a partir de hoje. Mas você também me surpreendeu Uchiha, seus testes físicos foram excelentes e muito acima do nivel que pacientes, inativos por meses, alcançariam. Diria até que suas habilidades melhoraram. Não que eu esperasse que você ficasse completamente inativo. - ela completou depois de um segundo. - Mas ainda é surpreendente.

Diante do silencio do Uchiha, a loira recostou-se em sua cadeira e umideceu os lábios parecendo ainda tomar sua decisão.

— Diga-me Uchiha, eu deveria deixá-lo voltar em cargo de tamanha responsabilidade baseada em suas atitudes anteriores a volta de Sakura, ou baseada em sua conduta que o levou a ficar cego para começar?

Sasuke nem piscou. Sabia que aterrorizar as aprendizes da velha Hokage não ficaria impune.

— Admito que nos últimos meses fui inconsequente e deixei-me guiar por minhas emoções mais uma vez. Contudo aqui estou eu recuperado graças a Sakura e como a senhora própria pode atestar em ótima forma.

— A minha pergunta...

— Eu sei qual foi a sua pergunta. E para ser honesto, eu não sei quando ou se eu me deixarei cegar de novo por tais sentimentos. Mas a resposta para sua pergunta é Sim. A policia de Konoha não ficará em mãos melhores do que as de um Uchiha, e eu sou o mais apto e confiável no momento.

Tsunade deu um pequeno olhar ao aprendiz que rolava os olhos, mas tinha um meio sorriso nos lábios. Em seguida voltou a olhar o moreno. Ambos pareciam como o sol e a lua, tão diferentes em suas atitudes, e tão semelhantes em sua essência. A arrogância nos olhos de um era a mesma no sorriso no outro. Irritante.

— Honesto. - Ela disse por fim

— Eu achei bastante dramático. - Naruto não pode deixar passar e recebeu um olhar de advertencia da Hokage que ele fez questão de ignorar.

— Ainda que sua arrogância seja preocupante, não é a única. - ela completou ainda olhando para seu pupilo e Sasuke viu por fim seu nervosismo se dissipando a medida que a Hokage voltava a recostar-se em sua cadeira e olhá-lo - Terá uma segunda chance, Uchiha, não pela primeira vez em sua vida. Mostre-se digno de todas elas ou eu mesma arrancarei suas bolas a próxima vez.

Sasuke soube que a loira não falava realmente sobre a policia ou mesmo sobre Konoha, mas a ameaça era válida.

— Bem vindo de volta, Teme! - o aprendiz de Hokage falou abrindo seu sorriso bobo caracteristico, enquanto levantava o polegar em gesto positivo - Vamos beber hoje por sua conta!!

— Você tem trabalho hoje!!

— Qual é vovó!! Está pior que a Shizume!! - o loiro choramingou fazendo uma veia saltar na testa da Hokage

— Como ousa!

— Com sua licença - O Uchiha pediu com educação, ainda que os dois loiros haviam entrado em uma ridicula discurssão e nem se quer tenham o ouvido ou visto sair.

Fora do prédio, Sasuke deixou-se suspirar aliviado e abaixou a cabeça escondendo um pequeno sorriso emocionado. Agora ele precisava contar isso para uma pessoa.

***

— Então porquinha, meu afilhado está se desenvolvendo muito bem. - Sakura anunciou a amiga loira sentada a sua frente, após mais uma consulta.

A loira já havia engordado um pouco mais nas últimas semanas e tinha uma aparência mais saudável desde que parou com a loucura de fugir de Gaara e finalmente encarou a situação.

— Eu já disse que é uma menina.

— Eu já disse que não tem como saber.

— Mães sabem. - a loira deu de ombros, fazendo a médica ter de respirar fundo com a teimosia da sua paciente e melhor amiga.

— E quanto ao pai? - ela perguntou vendo a Yamanaka lhe fuzilar com os olhos como se tivesse dito um assunto proibido e sorriu. Ino era como uma criança birrenta.

— Deve estar em algum lugar trabalhando. - ela respondeu por fim, analisando as próprias unhas e fingindo desinteresse - Honestamente, eu não sei por que ele ficou aqui quando todos voltaram para Suna.

— Oh porquinha por favor!! Realmente não sabe? - Sakura ironizou revirando os olhos - É bem obvio que ele quer se aproximar de você e ter certeza que não terá mais uma das suas ideias estapafurdias! - Nesse ponto a loira a olhou insultada, mas foi ignorada - É bem bonitinho alias.

— Não! Não é nada bonitinho!

Sakura olhou surpresa para a loira percebendo a mesma realmente irritada agora, os braços cruzados sobre o peito de forma tensa.

— Tudo bem, qual o grande problema afinal?

— Não há problema nenhum! Toda a vida é um mar de rosas vermelhas perfumadas.

— Ino.

— E eu estou flutuando calmamente, lindamente...

— INO!

— Eu só quero ficar em paz, Sakura, apenas isso entendeu? - a loira confessou finalmente, murchando como um balão que estivera prestes a explodir a qualquer instante - Quero curtir minha gravidez e não pensar em mais nada! Mas isso não vai acontecer com a sombra daquele ruivo sobre mim!

— Ele está te chateando?

— Muito! Sua simples presença me irrita! E isso foi bem antes da gravidez.

— Por que está implicando com ele, porquinha? - Sakura foi direta ignorando o olhar birrento da amiga - O kazekage pode não ser a pessoa mais amavel do mundo, mas duvido que ele esteja fazendo algo que possa irritar a mãe do filho dele. Vocês já conversaram?

— Não. Ele apenas pergunta sobre o bebê, se eu preciso de algo, essas coisas irritantes como se eu não soubesse cuidar de mim ou do meu filho.

— O filho é dos dois e você está apenas sendo uma implicante, por que a verdade é que está com medo.

— Medo de que?

— De gostar de Gaara.

— Isso foi a coisa mais maluca que eu já ouvi em toda a minha vida.

— Ótimo, então eu vou te falar outra coisa ainda mais maluca. Saia com Gaara, conversem, se conheçam melhor. Vocês agora tem um elo eterno e uma hora ou outra vão ter que aceitar isso e fazer o melhor possivel. - diante do silencio surpreendente da loira, Sakura sorriu.

O olhar da rosada então foi em direção a janela e seu sorriso endureceu por alguns instantes, mas o suficiente para a amiga perceber.

— Está pensando em que?

— Tsunade decidirá hoje se Sasuke está apto a voltar para a chefia da policia. Há uma hora dessas ele já deve saber.

— E o que está fazendo aqui que não foi com ele?

A rosada mordeu a bochecha e por fim balançou a cabeça como se expulsasse os pensamentos.

— Não. O Uchiha não precisa da minha presença lá. Só o deixaria irritado.

— Você está fazendo de novo. - Ino bufou.

— Fazendo o que?

"Sakurisses"

— Que diabos é isso?

— Quando você começa a mirabolar um zilhão de situações na sua cabeça como desculpas para não agir!

— Não é nada disso. Eu apenas conheço Sasuke! E eu prometi a mim mesma que me controlaria e lhe daria espaço.

— Isso não vai dar certo.

— Obrigada pelo apoio. - Sakura rebateu acida.

— Você não é assim, Sakura! Você é melosa, sufocante e mandona!

— Eu amadureci.

— Está tentando mudar por causa dele. Se aquele ogro ama você como diz, terá que aceitar que você não é um bloco de gelo como ele!

— Você está distorcendo tudo! Não estou mudando por causa dele! Apenas não quero mais ser aquela garota insegura.

—  Bem é exatamente o que está parecendo para mim agora.

Sakura bufou irritada com a completa falta de tato da melhor amiga, mas Ino sorriu vencedora sabendo que estava certa.

— Tudo bem, eu admito. Eu estou com medo! Tudo está indo muito bem e eu só não quero estragar tudo, criar fantasias na minha cabeça e me decepcionar.

— Bom, bem vinda ao meu mundo. - a loira revirou os olhos.

— Então admite que está com medo de gostar do Kazekage - Sakura resmungou ainda emburrada com as palavras da loira.

— Eu admito que você pode estar certa quando disse que temos que fazer o melhor possivel.

Sakura piscou confusa quando Ino lhe estendeu a mão.

— Vamos fazer o melhor possivel. É um trato.

A rosada riu, mas em seguida apertou a mão da loira.

— Vamos fazer o melhor possivel - repetiu selando o pacto.

— Ótimo, agora vá atrás daquele Uchiha mimado e sufoque ele com seu amor carente!

— Cala a boca!

As duas sairam rindo da sala de Sakura, quando foram surpreendidas com a cena a frente delas. Sentado na cadeira do corredor, estava ninguém menos que Sasuke Uchiha vestido a roupa azul escura da policia de Konoha.

— Bem, parece que você não vai ter muito trabalho afinal. - Ino murmurou já andando - Até mais Uchiha. Bem vindo de volta.

— Mande meus parabéns para o Kazekage, Yamanaka.

Ino franziu o cenho até perceber que o Uchiha tinha um sorriso provocativo nos lábios.

— Alguns minutinhos de sorte e já acham que tiveram trabalho o suficiente que mereçam parabéns. Tipíco dos homens mesmo. - ela saiu resmungando e fazendo Sakura rir.

O som do riso fez o Uchiha voltar sua atenção para o real motivo de sua ida lá, e apenas graças ao seu reflexo afiado conseguiu segurar a rosada que já jogava-se em seus braços de surpresa.

— Isso quer dizer que conseguiu? - ela mal conseguia desfaçar o grande sorriso e ele tirou um fio de cabelo rosado que havia se desprendido do coque.

— Você tinha alguma duvida?

— Nenhuma! - ela voltou a abraçá-lo - Parabéns!!! Mas espera, o que está fazendo aqui? - seu olhar se tornou preocupado - Você está sentindo alguma coisa? Eu achei que iria direto para o trabalho! Eles querem que façam mais algum teste? Houve alguma duvida? Eu posso... - ela foi calada pelo indicador dele sob seus lábios.

— Você sabia que vira uma tagarela quando fica nervosa?

Ela corou, seus lábios formando um bico emburrado que ele beijou de surpresa.

— Ainda sim, eu te amo.

O jeito simples, quase como se falasse sobre o tempo, deixou a rosada pensativa por alguns instantes antes que a realização daquelas palavras finalmente se abatesse sobre ela, e nem notou o que ele falava.

— Sakura!

— O que? Onde? Espera...o que você disse?

Sasuke a olhou como se a mesma tivesse algum problema mental.

— Eu disse que podemos almoçar antes de eu começar oficialmente o trabalho. - ele repetiu como se ela fosse uma criança de três anos retardada, mas ela nem ligou, o sorriso tão grande que quase rasgava sua boca - Se você não estiver ocupada, claro...

— Não! Eu posso ir agora! Um instante! - ela se afastou voltando em direção a sua sala, mas então como um pensamento tardio, ela estancou no lugar e então voltou para o Uchiha e dessa vez ele foi surpreendido ao ser puxado pelo uniforme para um beijo longo e afoito.

Uma demonstração de carinho tão intima, no meio de um corredor do hospital, nunca seria algo imaginavel para um Uchiha, mas ele podia se acostumar. Afinal era inegavel que ele amava Sakura, e ela era tagarela, melosa, sufocante e completamente perfeita para ele.

***

 Saindo do hospital, Ino acariciava a barriga distraidamente enquanto pensava sobre os conselhos da amiga. Talvez Sakura não estivesse errada, mas apenas pensar sobre convidar o kazekage para sair, já fazia seu estomago revirar e seu coração bater tão acelerado que parecia estar fazendo o caminho pela sua garganta.

— Ino.

Kami-sama. Ela nem precisava virar para saber quem era. Apenas ouvir a voz dele dizendo seu nome a fez arrepiar instantaneamente. Suas pernas congelaram no lugar, apenas esperando até que ele estivesse em sua frente. Lentamente seus olhos se conectaram e seria possivel ele estar mais bonito desde a última vez que ele a vira?

Contudo, tão instantaneamente esse pensamento se formou, um sentimento puro de irritação subiu por sua garganta.

— Como posso ajudá-lo, vossa alteza real? - o tom dela saiu mais frio do que ela pretendia e logo se arrependeu ao ver a confusão nos olhos verdes lindos. - Desculpe, eu só estou estressada com algo que eu ouvi.

— É algo com o bebê?

— Não. Ela está ótima! - um sorriso genuino cresceu em seus lábios antes que ela pudesse se conter e ele se viu admirando a loira sorridente sem que se desse conta.

— Fico aliviado.

— Estava aqui fora me esperando ou...passando coincidentemente e...

— A esperando! - ele a cortou - Na verdade, achava que podiamos conversar...

Ele desviou o olhar. Estava envergonhado. Kami-sama, Ino achava que nunca veria uma cena tão fofa em toda a sua vida. Novamente a irritação retornou antes que ela pudesse se conter, e deve ter deixado transparecido por que Garra voltou a sua postura rigida e séria.

— Eu vou entender se não estiver em um bom momento.

Ela bufou. Sempre tão cavalheiro e irritantemente altivo e superior. Uma vontade subita de apenas ir embora apoderou-se dela, mas foi cortada quando a lembrança das palavras de Sakura voltaram. Estava sendo irracional e contraditória. E a testuda estava certa.

Odiava Gaara e Sakura agora.

— O que você acha de sairmos hoje. A noite. - ela viu a surpresa nos olhos dele e a relaxou um pouco mais - Um jantar em algum lugar. Apenas para conversarmos como dois adultos! - ela completou percebendo como aquilo parecia um convite para um encontro que era sem duvida a ultima coisa que ela pensava agora.

— Acho uma boa ideia.

— É claro que é. - ela riu e então finalmente se virou - Nos vemos mais tarde.

— Tem certeza que está bem?

— Eu sou uma kunoichi perfeitamente capaz de cuidar de mim, Kazekage. Lembre-se disso.

Como se Gaara pudesse esquecer em algum momento da independencia daquela loira petulante. Ele teve ansias de revirar os olhos, mas ao invés disso um sorriso raro formou-se em seus lábios enquanto via aquela mulher andar pelo meio de todos tão altiva e dona de si, sem se importar com os olhares indagadores para sua barriga que começava a aparecer.

A consciencia disso pegou o Kazekage não pela primeira vez desde que soubera sobre a gravidez. Não deixaria que seu filho passasse pelo que ele ou Naruto passaram, o protegeria e mataria qualquer um que ousasse tentar rebaixar seu filho ou a mãe dele.

***

— Eu to morto de fome. - Naruto resmungou pela milionesima vez do sofá da sala da Hokage e Tsunade retirou os olhos dos seus afazeres por um instante.

— Você já vai ser liberado. Apenas estou esperando uma coisa.

Antes que o loiro pudesse indagar, ouviram uma pequena batida na porta e em seguida uma cabeleira vasta e ruiva apareceu pela fresta da porta.

— Mandou me chamar Hokage-sama.

— Sim Torh pode entrar.

A ruiva entrou finalmente com calma, mas seus olhos logo captaram o loiro sentado no sofá e um pigarreio subiu por sua garganta.

— Olá Naruto-san.

— Hei Torh

Fazia um tempo que Naruto não via a kunoichi. Desde o termino do suposto relacionamento deles na verdade. Obviamente eles já haviam se encontrado na sede ANBU, contudo a figura da ruiva não era mais algo com que o ninja preocupava-se em observar. Tornh por outro lado nunca deixou de vê-lo e acompanhar cada passo de sua vida, mantendo sua esperança romantica mesmo quando ele chocou a todos ao assumir um relacionamento com ninguém menos que a líder do clã Hyuuga.

Ainda era um misterio para a ursa como Naruto e a Hyuuga se envolveram sem que ninguém soubesse, e seu primeiro pensamento fora um relacionamento por conveniencia, de fachada, mas tanto quanto aquilo não fazia o perfil de Naruto, ela não podia ignorar a forma como ele ficava na presença da Hyuuga, ou o fato dele ter libertado a Kyuube quando ela fora sequestrada.

— Vocês dois irão em uma missão S na fronteira do país do fogo.

Tsunade explicou a missão e por fim anunciou Naruto como o líder.

— Vocês partirão essa noite. Estejam prontos. Podem se retirar. - A ruiva fez uma misura e se foi, mas o loiro continuou no mesmo lugar de onde ouviu tudo calado. - Você também já pode ir almoçar e tirar o resto do dia para se preparar para a missão.

— Por que nós dois fomos escolhidos para essa missão? Por que não Sasuke ou até mesmo eu sozinho posso dar conta.

— Sasuke terá muito trabalho nos próximos dias para se inteirar com as coisas da policia. E você e Torh são os dois ANBUS com menos missões nos últimos meses. Ela havia pedido uma licença até recentimente e seu treinamento de Hokage não pode interferir em seus deveres ninja. Então achei que mandando os dois para uma missão S pode deixar as coisas um pouco mais equilibradas. Algum problema com a missão ou com a sua parceira Naruto?

— Com nenhum dos dois. - ele deu de ombros - Com sua permissão eu vou me preparar. - e fazendo uma misura exagerada ele sumiu de sua sala a deixando sozinha com suas próprias desconfianças.

***

Ao chegar em seu apartamento, Naruto já havia esquecido pelo menos momentaneamente aquela missão no mínimo incomoda, principalmente ao sentir o cheiro gostoso e raro vindo de sua própria cozinha.

Por um instante ele se pegou admirando a cozinheira de costas preparando algo no fogão e se inclinando sobre a panela para sentir o cheiro delicioso que ele podia sentir da porta. Ela vestia apenas uma de suas blusas laranjas que iam até o meio de sua cocha, e tinha os pés descalços, os cabelos azuis presos no coque frouxo que ele amava soltar.

Sem mais poder se conter, ele aproximou-se devagar e a abraçou por trás a ouvindo dar um risinho quando ele cheirou seus cabelos.

— Você continua completamente desatenta. - ele murmurou em um misto de preocupação e aborrecimento que a fez revirar os olhos ao virar-se e encará-lo.

— Primeiro que eu sabia que você estava aí me secando há alguns minutos. - ela disse com uma arrogância que ele achou adorável - e segundo... - ela o surpreendeu ao lhe dar um selinho rápido e um lindo sorriso que sabia que o faria esquecer o sermão. - Bem vindo de volta.

— Espertinha. Ainda vamos conversar sobre essa sua completa falta de zelo por seu próprio bem estar.

— Não seja um pai resmungão e me diga o que faz em casa tão cedo atrapalhando a minha tentativa de surpresa romantica.

— Hmm seria alguma coisa para eu comer enquanto estamos nús?

— Pervertido. - ela riu corada, fechando a panela e se deixando ser puxada em direção a sala, onde eles cairam no sofá abraçados.

— A vovó resolveu me dar uma missão para mostrar a todos que meu treinamento com ela não atrapalha meus deveres na ANBU. Deve ter sido ideia de algum consselheiro idiota.

— Quando partirá? - ela perguntou enquanto brincava com os cabelos loiros que haviam crescido mais alguns centimetros o fazendo cada vez mais parecido com o Quarto.

— Hoje a noite. - ele respondeu já com os olhos quase fechados com o cafuné que de repente parou o fazendo abrí-los novamente.

— Nem pense em dormir! Eu não menti para o consselho dos Hyuugas e vim fazer o almoço para você passar a tarde dormindo e depois comer um ridiculo ramem antes de ir. - ela tinha o tom de uma velha matrona o que acabou fazendo Naruto rir e imaginar como ela seria quando se tornasse mãe. - Vamos, levante-se! Eu preciso ver se o ensopado está pronto. - Mas ele nem se mexeu e ela apenas tentou levantar-se, mas ele continuou a segurá-la e rir de seu esforço - Bakaaaa, deixe-me iiirr!!

A pequena briga deles, contudo foi interrompida por uma batida na porta que os fez se entreolharem, ela assustada e ele desconfiado. Se fosse Sasuke ou Sakura - os únicos que o visitava - ele os enxotaria dali em dois segundos. Infelizmente para Naruto, antes do próximo segundo eles ouviram uma voz feminina vinda do corredor.

— Naruto-kun. Sou eu, Torh.

O loiro praguejou mentalmente e automaticamente levantou-se arrumando as próprias roupas e marchando em direção a porta de má vontade. Não tinha idéia do que a ruiva poderia querer, e definitivamente não queria saber. Ouviu os passos da Hyuuga e sabia que a mesma não estava mais a vista quando ele abriu a porta.

No corredor, a ANBU tinha um olhar emburrado que logo se tornou satisfeito ao vê-lo.

— Naruto...

— Algum problema Torh? Achei que iamos nos encontrar apenas a noite. - assim que as palavras sairam ele logo se arrependeu percebendo como elas soaram e como o sorriso da ruiva se alargou ao mesmo tempo que ele sabia que Hinata poderia escutá-lo - Para a missão. - ele completou tarde demais.

— Eu sei. Apenas...achei que podiamos conversar um pouco. - ela disse um pouco incerta, começando a mexer nos cabelos ruivos soltos. - Faz algum tempo que não nos falamos e talvez as coisas possam ter ficado um pouco esquisitas, e eu achei que, já que vamos passar esse tempo juntos, talvez devessemos... - ela hesitou dando uma risadinha nervosa que apenas o irritou ainda mais, mas a garota deveria estar tão concentrada em suas próprias palavras que não percebera. Ela então o olhou e deu um passo perigoso em sua direção - Naruto, eu...

— Naruto-kun por que não chama sua amiga para entrar? - eles então puderam ouvir uma voz lá de dentro, calma e suave, e por um instante Naruto quis rir do modo como a Anbu congelou e tinha os olhos arregalados e o pescoço começava a ficar vermelho.

— E-e-eu a-achei q-ue você e-estava sozinho... - ela gaguejou mortificada apenas para sentir-se ainda pior quando uma Hinata Hyuuga vestida apenas como uma blusa laranja que era obviamente de Naruto por baixo de um avental, apareceu descalça segurando o que parecia uma colher de pau. - Hyuuga-sama.

— Olá. Eu a conheço. É...

— Torh. - Naruto completou - Tsunade nos designou para uma missão por estarmos abaixo da cota de missões.

— Eu tive alguns problemas de saúde e por isso pedi um afastamento. Mas já estou bem. - A ruiva tagarelou ainda nervosa com a presença de Hinata.

Por um instante as duas kunoichi's então se encararam. Aos poucos o constrangimento de Torh voltava a se tornar inveja da líder do clã que seja lá por qual motivo conseguiu prender o Uzumaki, sua beleza era inegavel, ainda sim a diferença entre eles também era, e em tão pouco tempo tornarem-se tão intimos ao ponto daquela cena era quase uma piada suja.

Hinata reconheceu a ameaça imediatamente ao perceber a duvida nos olhos pequenos e a pontinha de esperança a cada segundo que seus olhos iam em direção ao loiro alto entre as duas. A beleza da anbu era inegavel, alta e esguia, os cabelos ruivos sedosos caiam sensualmente pelos ombros e a Hyuuga podia apostar que tinham sido soltos propositalmente para aquela visita. Ainda sim, a liberdade que ela tinha de aparecer no apartamento dele, somado as suas palavras um minuto antes, fazia-a se perguntar até que ponto o relacionamento de trabalho entre aqueles dois alcançou.

— Você vai ficar para o almoço? - Hinata repetiu dessa vez com os olhos fixos na mulher a sua frente que não pareceu intimidar-se ou pelo menos até ver Naruto passar os braços pelos ombros da morena e puxá-la mais para perto enquanto a olhava com um sorriso quase satisfeito.

Aquilo, naquele momento, foi demais para a Anbu que decidiu juntar o que restou de sua dignidade e ergueu o rosto, sem saber que ali Hinata pudia reconhecer a mágoa por trás de sua mascara.

— Infelizmente eu tenho que me preparar para a missão.

— Eu espero não ter atrapalhado.

— Não. O que eu tinha para falar pode ficar para outra hora. - e bem ali, naquelas palavras, expressas de forma tão casuais havia uma ameaça escondida que a ruiva sabia que a Hyuuga entenderia caso realmente conhecesse o noivo e sua fama. - Foi um prazer reve-la Hyuuga-sama. Naruto. - e então ela virou-se e se foi caminhando lentamente até ouvir um chamado que ela conhecia muito bem. Ao virar-se, o loiro a olhava sozinho da porta.

— Quero que saiba que está tudo bem entre nós. Pelo menos da minha parte...

— Da minha também. Eu fico mais aliviada. - ela sorriu e o viu finalmente fechar a porta antes de voltar a caminhar em direção a saida, o sorriso transformado em uma fina linha de  tensão e raiva.

Naruto observou sua sala por dois minutos pensando se deveria ir até a cozinha com Hinata. Realmente não sabia o que ela estava pensando agora, no momento que a ouviu encarar a ruiva tão despreocupada e quase ironica ele não pode deixar de encher-se de um orgulho estupido, mas quando ela se foi em silencio de volta para a cozinha a realidade o abateu que sua noiva não era estupida e conhecia seu passado sujo o suficiente para incomodar-se.

Não soube quanto tempo ficou ali debatendo consigo mesmo o que fazer quando a própria Hinata voltou a surgir novamente sem o avental, o olhando como se o mesmo fosse um demente.

— O que está fazendo aqui? O almoço já está pronto! Eu estou chamando a horas! Assim vai esfriar e você vai dizer que prefere um pavoroso ramem.

Um riso saiu sem que ele pudesse controlar. Podia ser de nervoso ou alivio, mas foi o suficiente para a mulher olhá-lo como se o mesmo tivesse lhe dirigido o pior dos xingamentos.

— Está louco? - ela disse baixinho, por que Hinata não era do tipo de se exaltar, mas Naruto sabia o quanto ela deveria estar irritada, e ainda sim arriscou-se a andar até ela com dois passos largos e arrebatá-la em seus braços ainda que fosse xingado no processo. - Solte-me! Seu louco, insensivel! Eu aqui me esforçando para... - ela foi calada por um beijo - Não pode me beijar sempre que quiser me calar!!

— Por que não? Funciona para mim. - ele riu aproveitando para puxar a liga que prendia o cabelo dela e a vendo fuzilá-lo com o olhar até percebeu que o mesmo a carregava de volta para o sofá.

— O que está fazendo? Devemos almoçar para você começar a se preparar. Precisa estar descansado. - ela disse afoita já no intuito de soltar-se, mas logo se viu deitada no sofá presa por ele - Heii!

— Pra que tanta pressa? Vocês mesmo disse que prepava uma surpresa pra mim. - ele disse divertido.

— A surpresa era o almoço!

— Então eu acho que vou comer a sobremesa primeiro. - ele rebateu com um sorriso malicioso, abaixando o rosto até ficar a milimetros da boca dela.

— Pervertido. - ela murmurou, antes de ouvi-lo rir e ter sua boca tomada pela dele.

O beijo começou lento, com cuidado as mãos dele iam descendo pelo corpo dela até chegar a barra da camisa que ele foi puxando para cima sem pressa, tocando cada parte do corpo que ia descobrindo se demorando um pouco mais nos seios voluptuosos o que a fez soltar um gemido manhoso enquanto suas faces se tornavam um bonito tom de rosa.

Com sua ajuda, ele tirou a camisa dela e em seguida o seu próprio casaco seguido da regata preta. Ele a observou tocar os gominhos de sua barriga com as mãos delicadas, quase com uma curiosidade sensual arranhando com as unhas sua pele e sorrindo angelical por fazê-lo arrepiar. Sem pressa, ele abaixou-se novamente e a beijou com carinho, enquanto as pernas dela se abriam e ele tomava seu lugar entre elas como num encaixe perfeito, e a ouviu gemer com o atrito que começava a atiçar seu centro de prazer.

A Hyuuga suspirou quando ele arrastou seus lábios pelo queixo dela, e em seguida pelo seu pescoço, descendo cada vez mais em direção ao seu colo. Suas mãos seguraram nos ombros fortes e então se entrelaçaram nos cabelos loiros os apertando forte quando a boca dele se fechou sobre seu mamilo. Engolindo um gemido, ela abaixou o olhar flagrando aqueles olhos azuis a olhando com fome enquanto continuava chupando seu mamilo e tinha uma das mãos invadindo a barra de sua roupa intima.

Kami-sama em outros tempos ela desmaiaria apenas com a realização de que estava completamente molhada, mas agora suas cochas apenas se abriram mais para aquela mão invasora, desejando mais que qualquer coisa um toque sem pudores ou vergonha, só algo para abrandar o tensão que queimava em seu baixo ventre.

Com um toque ela suspirou tremula em expectativa misturada aquela fascinação por saber que Naruto a observava com atenção e fome e algo dentro dela, secreto e pervertido, sempre se excitava com aquela perspectiva. Enquanto podia sentir-se deliciosamente explorada, seus olhos nunca deixaram os dele, como uma especie de desafio e convite que o fez sorrir perigosamente como uma raposa prestes a atacar sua presa. E foi quando um dedo a invadiu que ela não aguentou e desviou o olhar arqueando o corpo para ele que nesse momento a puxou contra si e tomou sua boca com sofreguidão como se tentasse engolir seus gemidos a medida que seus dedos entravam nela e a levavam ao ponto de loucura.

— Naruto... - ela gemeu quando finalmente teve sua boca livre e tinha seus braços ao redor do pescoço dele. - Eu não quero seus dedos.

— Desde quando ficou tão promiscua Hinatinha? - ele murmurou arrastado, passando novamente os lábios pelo rosto dela próximo a sua orelha.

— Desde que eu conheci você, provavelmente. - ela respondeu de imediato com um pequeno sorriso no rosto afogueado, em seguida soltando uma curta exclamação de surpresa ao sentir os dedos dele a deixarem.

Ele tinha gostado da resposta pois tinha um sorriso arrogante nos lábios enquanto trilhava um caminho de beijos molhados pela barriga dela e em seguida arrastava sua calcinha, propositalmente ignorando aquela parte e dando beijinhos em suas cochas e pernas satisfeito ao ouvi-la rir ao tocar a parte de trás de seus joelhos. Então com calma, ele tirou a própria calça, e em seguida sua cueca sabendo que tinha os olhos da noiva fixos em si a todo instante e em seu intimo sentindo-se realmente orgulhoso dela sentir-se segura o suficiente com ele para libertar-se de suas vergonhas e pudores.

Pensando nisso, ele a viu aproximar-se dele - agora ambos nús - e o puxar de volta para o sofá, sem qualquer hesitação e sim um sorriso travesso, passar uma perna sobre ele e sentar-se em seu colo tomando seu rosto com as mãozinhas delicadas e o fazendo olhá-la antes de beijá-lo com um carinho que sempre fazia seu coração esquentar e sua mente pensar o quanto aquela mulher era perfeita. E era isso o que pensava enquanto a via encaixar-se e então descer empalando-se em seu pau e o engolindo com prazer.

Ela tinha um sorriso nos lábios, um misto de inocencia e malicia que apenas sua Hinata conseguia demonstrar e quando ela abriu os olhos que havia fechado apenas em um primeiro momento, ele podia ver o calor neles e sabia que ela via o mesmo em seus próprios olhos. Por que eles eram perfeitos. Um para o outro.

O ritmo lento começou a não ser o suficiente, ela tentou acelerar com sua ajuda que tinha as mãos em seu traseiro, mas logo a tortura começava a ser demais para os dois corpos que aquela altura já confessavam a necessidade por mais. Mais fundo. Mais rápido. Mais forte. O brilho implorativo nos olhos prateados e a boca rosada entreaberta soltando o ar devagar e curtos gemidos o fizeram desistir por fim daquela posição. E sem maior aviso ou cuidado, ele segurou o corpo contra o seu e então a virou novamente deitada sobre o sofá, apoiando seu cotovelo no estofado para não desabar completamente sobre o corpo fragil sob o seu.

Entretanto ela não parecia disposta a distanciar-se minimamente, e também sem aviso entrelaçou suas pernas na cintura dele, o grudando sobre si e tomando sua boca com toda a fome e desespero que podia expressar, e o sentindo tão fundo dentro de si que a fez estremecer e apertá-lo também o levando a completa loucura.

— Kami-sama! - ele rosnou imediatamente e nesse momento qualquer pensamento coerente perdeu-se na nevoa de tesão cru e arrebatador que se abateu sobre eles.

Segurando as pernas dela, ele acelerou o ritmo das estocadas como se sua vida dependesse daquilo, os gemidos baixos se tornando gritos e urros e que se danassem os vizinhos e toda a Konoha por que naquele momento não existia ninguém mais além de Hinata e Naruto. Não havia pensamentos ou obrigações, não havia passado ou futuro, apenas aquele momento em que ele entrava e saia dentro dela, segurando suas pernas com força, entrando e saindo, mais rápido, mais forte, mais fundo, mais delicioso, mais Naruto, mais Hinata. Até que os dois fossem arrebatados pelo extase explosivo de um orgasmo selvagem. Primeiro Hinata que estremeceu e soltou o ar junto a um gemido esganiçado que fez seu corpo arquear. Depois Naruto que sentiu seu membro ser estrangulado, somada aquela cena promiscua que era ver aquela mulher gozar, e o levou até o fim avassalador.

Sem forças ele se deixou deitar por cima dela, com a cabeça em sua barriga e não demorou muito para sentir as mãoszinhas macias de sua noiva de volta em seus cabelos daquele jeito gostoso que estava minutos atrás.

— Você ainda vai me matar. Mas adimito ser uma boa maneira de morrer. - completou ofegante, recebendo um tapinha nos ombros e uma risadinha cansada.

— Baka. Eu ainda sou muito nova para ser uma viúva.

— Como se eu fosse te deixar mesmo solteira para algum mauricinho dar em cima. - ele resmungou a fazendo revirar os olhos. - Foi uma boa maneira de me desejar boa viagem. - ele brincou então a sentiu ficar tensa e já mais recuperado, levantou o rosto para olhá-la.

A morena mordia o lábio inferior e olhava distraidamente para o teto, até ser surpreendida com um selinho que a fez despertar de seus pensamentos.

— No que você está pensando com tanta preocupação?

— Não é preocupação.

— Eu conheço essa ruguinha. - ele tocou o espaço entre as sobrancelhas a fazendo bufar.

— É apenas bobagem. Um pressentimento ruim. Apenas... - ela hesitou sentindo-se uma boba - ...prometa que terá cuidado.

— Eu prometo. - ele murmurou e ela aceitou.

***

— Muitos recrutas entraram no periodo que eu estava fora. Alguns deles eu obviamente não aceitaria, mas Naruto com seu coração mole os deixou entrar e agora eu tenho que colocá-los na linha. Ou talvez o dobe estivesse querendo me ferrar. - Sasuke bufou e olhou em direção a sua ouvinte que tinha um sorriso no rosto que dizia que ela acreditava na segunda opção. - Maldito.

— Oh por favor, eu tenho certeza que Naruto não foi mal assim.

— Admito que o dobe se saiu bem - confessou de má vontade levando mais um montante de comida até a boca - apesar de claramente ter um deficit em fazer relatórios. - ele precisou completar apenas para não perder o costume. Mas Sakura pareceu aceitar a critica com satisfação e ele se deu conta de que a rosada pouco falou desde que eles começaram a comer a comida encomendada do restaurante mais próximo - Por que está tão calada? - ele resmungou.

— Por que eu estou te ouvindo. - ela deu de ombros e o viu franzir o cenho.

— É ruim falar sozinho.

Dessa vez, a rosada não pode controlar a gargalhada mesmo que apenas fizesse o Uchiha lhe lançar um olhar como se ela fosse uma criança incomoda.

— Desculpe... - ela pediu quando finalmente conseguiu parar de rir. - Apenas...parece que trocamos os papeis por alguns minutos. Mas foi bom você perceber o quanto é ruim falar sozinha. - ela revirou os olhos.

— Eu gosto de ouvi-la. - ele novamente falou algo romantico como se tivesse falando do tempo o que fazia a rosada precisar de dois segundos para perceber e derreter por dentro - Além do mais, quando fica calada quer dizer que está devaneando coisas sem sentido que uma hora ou outra tornam-se paranoias malucas.

Sakura o olhou chocada dessa vez, lembrando-se das palavras de Ino aquela manhã e imediatamente sentindo-se em meio a um complor.

— Isso não é verdade. Eu tenho pensamentos muito realistas e pertinentes que de fato o mundo Shinobi adoraria ouvir. E eu realmente não tenho que ficar ouvindo criticas de um Uchiha resmungão e uma Yamanaka que claramente não tem nada naquela cabeça de vento. - ela bufou e percebeu pela sobrancelha levantada do Uchiha que talvez tenha ido um pouco longe demais. - Desculpe, talvez Ino tenha razão e eu de vez em quando invente algumas sakurisses.

— Algumas o que? - Sasuke pigarreou.

— Paranoias bobas. Mas que pra mim fazem bastante sentido. - A rosada devaneou, mas voltou a realidade ao sentir o Uchiha sentar-se mais próximo de si.

— Qual o problema? - ele perguntou sério, o jantar já havia sido esquecido e ela quis se bater por ter estragado uma noite calma e tranquila com suas sakurisses, mas era tarde demais e o melhor que poderia fazer era desabafar de uma vez.

— Ino me disse hoje de manhã que eu tentava mudar o meu jeito de ser por causa de você.

— Eu não quero que faça isso.

— Obrigada. - ela sorriu - Só que me ocorreu que talvez você também estivesse tentando mudar para me agradar. Por que a verdade é que eu tentei mudar você durante todo o nosso relacionamento. Mas...

— Mas...?

— Eu também não quero que mude por minha causa, por que depois pode se arrepender e me odiar por isso, ou por que eu não quero que se obrigue a ser uma pessoa que não é, mas principalmente...por que eu gosto de Sasuke Uchiha do jeitinho que ele é. Direto, sarcastico e arrogante. - ela riu, ainda que seu sorriso não chegasse até seus olhos. - Eu amo você. E eu não quero que se sinta obrigado a dizer para mim sempre, ou me elogiar para que eu me sinta menos insegura.

— Haruno, se eu te elogio ou digo que te amo, é por que é o que eu quero dizer. Não completamente por você, mas também por mim. - ela o olhou confusa - Por que eu gosto de ver como você fica confusa e depois como seus olhos brilham e você morde a bochecha envergonhada. E eu também gosto como o som disso faz eu me sentir. - ela o abraçou - Completo.

— Desculpa. Eu apenas sou uma garota boba e insegura. - ela riu e ele passou o polegar limpando uma lágrima que ela nem havia percebido ter derramado.

— Tudo bem. Eu gosto de Sakura Haruno do jeitinho que ela é.

Sem conseguir se conter, ela o beijou afoita, quente, não pela primeira vez sentindo-se incapaz de esperar mais um segundo para...

— Kami-sama, vão para um motel. - a voz de Sayuri imediatamente a fez desencostar do moreno, o fogo de um segundo atrás apagado por um balde de gelo Uchiha. Sem nenhuma hesitação a morena juntou-se a eles a mesa - Ora ora, não vão me dizer que a Haruno resolveu cozinhar novamente.

— Foi encomendada. - Sasuke respondeu antes que Sakura pudesse e Sayuri riu enviesado.

— Bem, sendo assim é segura. - e sem mais delongas começou a servir-se.

— Onde está Kiba? Vocês não vão sair hoje? - A rosada resmungou voltando a comer de má vontade, mas notou a careta irritada da Uchiha.

— Aparentemente Akamaru está gripado e o pulguento não pode sair do lado dele.

— E por que não deixa Akamaru em casa?

— Ele está em casa. Mas como eu disse, o pulguento do Kiba não pode sair do lado dele nem por um minuto! - ela bufou e Sakura riu. - Eu não vejo graça.

— Eu vejo em você sendo trocada pelo Akamaru. Na verdade eu até entendo, afinal Akamaru é um cachorro de pedigree, já você...

— Ora faz-me rir, cabeça de pirulito! Numa escala de raças, eu seria a mais pura e valiosa e depois de muitos vinha o akamaru e lá embaixo aquele Inuzuka pulguento.

— É tão bonitinho como vocês já estão até dando apelidos carinhosos um para o outro. - a rosada continuou a provocar satisfeita ao ver a morena arregalar os olhos chocada

— Já ia me esquecendo...E bem, beeeem, beeeeeeeeem lá embaixo, depois dos carrapatos do Akamaru estaria a cadelinha Sakura com seus olhos grandes e cara de tonta.

— Se tem alguma vira lata aqui é você sua boneca velha de vodu!

— Melhor que ser um algodão doce mastigado!

Enquanto uma nova discurssão se seguia, Sasuke colocava mais um montante de comida na boca, saboreando sua refeição e lembrando-se de uma epoca distante onde a mesa dos Uchihas já foi cheia. Itachi lhe sorria e ele acenou com a cabeça, sabendo que onde o irmão estivesse, estaria satisfeito que ele tenha cuidado de Sayuri e se acertado com Sakura. Ou não.

Sasuke não ligava realmente. Estava feliz e planejava continuar assim por enquanto.

***

— Kami-sama, isso estava uma delicia. - Ino gemeu de satisfação ao terminar sua refeição no restaurante favorito.

Em sua frente, Gaara já havia terminado e deu um mínimo sorriso para sua acompanhante.

— Que bom que gostou. Eu não conhecia muito bem os lugares bons de comer na cidade.

— Bem, você acertou em cheio pois este é meu restaurante favorito.

— Imaginei já que foi Shikamaru quem me recomendou há algum tempo. Ele disse que sempre vinha aqui com seu time.

A loira riu com melancolia lembrando os tempos de time 10. As brigas, as implicancias, as lutas, tudo parecia tão distante agora.

— Eu não queria deixá-la triste. - ela ouviu o ruivo e percebeu que talvez tenha ficado melancolica demais.

— Não é tristeza. - explicou calmamente limpando os lábios com o guardanapo - É saudade.

— De Shikamaru?

— Do meu time. - ela respondeu acida, mas o ruivo mantinha-se inexpressivo - Não sente falta das missões com seus irmãos?

— Não é como se tivessemos nos separado. Rara as vezes em que Kankurou ou Temari não me acompanham em alguma viagem.

E ainda sim ali estava ele, sozinho por escolha ao invés de seguir seus dois irmãos para Suna. Para Ino ainda era o misterio o porque.

— Além do mais, quando eramos mais jovens, a existencia do Shukaku nunca deixou que nos aproximassemos.

Aquilo era triste.

— Eu...sinto muito. - ela murmurou de repente arrasada ao lembrar de como Naruto era tratado desde a infancia e pensando como teria sido para Gaara quando até seus irmãos tinham medo dele.

— Não precisa chorar.

— O que? - ela paralisou chocada e rapidamente limpou os olhos mareados que nem ela tinha notado - Não estou chorando! São apenas os hormonios que deixam minhas emoções loucas! Não seja um insensivel também. - ela bufou.

— Eu entendo. As mudanças de humor repentinas também se dão a gravidez.

— Do que diabos você está falando? - ela resmungou impaciente, lembrando agora muito intensamente o quanto detestava aquele homem.

— As alterações drásticas em seu humor se dá devido aos hormonios. Li isso em um livro em Suna.

— Você está parecendo Sai! Pois guarde suas opiniões e as do seu livrinho estupido para você. - ela rosnou.

— Eu peço desculpas se a chateei. Apenas tentava entender melhor a situação para...ajudá-la.

A confissão fez a loira pela segunda vez aquela noite paralisar chocada, e toda a raiva e irritação por aquele ruivo de repente se derreteu em uma grande e brilhante massa de carinho e surpresa.

— Kami-sama, você é tão fofo. - E assim que aquelas palavras sairam por sua boca, ela quis que Pain ou a Kyuube aparecesse e destruisse novamente Konoha apenas para que ela pudesse morrer feliz no processo e não ter que continuar a encarar um chocado ruivo.

— O que?

— E-e-e-eu q-quis d-d-dzer q-quer....Argh!!! - ela exclamou já irritada - Esqueça ok?! Como você disse, eu não estou controlando muito bem minhas emoções então nada do que eu disser é realmente válido e deve ser levado a sério.

Ao invés de rir ou quem sabe fazer alguma piadinha como Shikamaru ou Chouji, ou até Sai fariam, o Kazekage acenou com a cabeça em concordancia e muito respeito. Em seguida acenou para o garçom.

— Já vamos? - ela perguntou tentando parecer o mais casual possivel, no fundo convencendo-se que o melhor era realmente terminar com aquele desastre.

— Achei que podiamos caminhar um pouco enquanto conversamos já que não fizemos isso direito ainda.

Ele tinha um ponto. Fora os hormonios da gravidez e algumas atualizações sobre o estado do bebê eles não haviam conversado muito.

Ao sairem do restaurante, Ino novamente ignorou os olhares maliciosos de alguns aldeões, contudo não deixou escapar o modo como algumas moças solteiras e até comprometidas não perdiam a oportunidade de analisar o ruivo da cabeça aos pés com olhos famintos. A loira não era santa, lógicamente notando desde o momento que o mesmo fora lhe buscar em casa, o quanto o mesmo estava apetitoso vestindo aquelas roupas casuais - Calça e uma blusa de algodão que Ino nunca achou que teria no guarda roupa do Kazekage - lhe dando um ar mais leve e sensual de uma forma que ela nunca havia visto. Contudo toda aquela babação em cima do seu acompanhante era quase insultante, era como se ela fosse apenas invisivel e a verdade é que era assim mesmo que se tornara desde que todos ficaram sabendo de sua gravidez. Os olhares conquistadores de antes se tornaram julgadores, e de kunoichi desejada, ela tornou-se quase uma pária.

— Algum problema? - o ruivo perguntou e ela forçou-se a sorrir.

— Bobagem. Então, pelo visto você não conhece muito bem a cidade o que é um defeito grave.

— Honestamente eu não vejo o que possa ter em Konoha que não tenha em Suna ou em outras vilas ninjas. - ele rebateu a vendo arregalar os olhos como se o mesmo tivesse dito um sacrilégio, em seguida notando que o ruivo sorria e apenas brincava com ela.

— Baka!! Eu vou ignorar o que você disse e agora vai me pagar um sorvete por esse insulto a vila mais maravilhosa do mundo Shinobi.

— Há quem discorde.

— Eu não conhecia esse seu lado engraçadinho, Kazekage - ela ironizou e ele a olhou confuso.

— Eu falo sério visto a longa lista de inimigos da cidade. Na verdade, eu e a Hokage já analisamos alguns dados e...

— Ok! - ela o cortou - Você tem o senso de humor muito parecido com o de Sai, ainda que não seja tão incoveniente.

— Eu acho que nunca pedi desculpas a você por ter concluido erroneamente sobre seu relacionamento com esse ninja, Sai.

— Foi a coisa mais horrivel e nojenta que alguém já havia me dito - ela ri - Sai é um bastardo, mas admito que ele é um ninja incrivel e a verdade é que ele é muito amigavel quando se conhece e o entende minimamente.

— É inspirador como vocês ninjas de Konoha parecem ser mais tolerantes com pessoas diferentes.

A esta altura eles avistaram uma pequena pracinha onde as crianças menores brincavam, mas que aquele horário não havia ninguém e Ino logo adiantou-se para sentar em um dos balanços e Gaara não teve outra opção a não ser sentar-se no balanço ao lado.

— Nem sempre foi assim. - ela suspirou com uma pontinha de culpa começando a se balançar - Naruto sofreu muito, ninguém lhe dava uma folga, incluindo eu. Mas aquele cabeça oca mostrou o quanto estavamos errados e conseguiu mudar o modo de pensar não apenas das pessoas da vila, como também de todo o mundo Shinobi. Continua mudando na verdade. Infelizmente ainda há muitas pessoas preconceituosas e estupidas nessa vila. - ela cuspiu a ultima sentença com raiva. - eu vejo isso muito mais agora.

— Os ignore. Nenhum dele fará qualquer diferença em sua vida e por isso não devemos valorizar suas opiniões.

Ino surpreendeu-se com as palavras do ruivo.

— Como você...?

— Temari e Matsuri me alertaram que muitas pessoas ainda vêem com maus olhos mulheres grávidas e solteiras, mesmo em vilas ninjas, e que você pode ser alvo de alguns comentários crueis.

— Elas tinham razão... - a tristeza repentina da kunoichi fez automaticamente a mão de Gaara fechar-se tensa ao lado de seu corpo, e foi surpreendido quando a mesma o olhou com um sorriso pequeno nos lábios - Mas você também tem razão. Essas pessoas não importam. Eu sou uma kunoichi forte e independente e nunca liguei para a opinião dos outros e sou perfeitamente capaz de cuidar sozinha de mim e do meu filho...

— Nosso filho. E você não está sozinha. Eu vou cuidar dele e de você.

— Rum! Eu não preciso que ninguém cuide de mim. - ela cruzou os braços emburrada, mas tinha um brilho desafiador nos olhos azuis que Gaara aprendeu a admirar mesmo que ainda a tirasse do sério. Bem, ela não era a única que podia jogar esse jogo.

— Desculpe desconfiar de suas capacidades, mas seu histórico de ações impulsivas me faz um pouco descrente. - as suas palavras acertaram em cheio a fúria da kunoichi que agora tinha uma expressão bastante perigosa - Além do mais meu filho, como filho de um Kazekage terá de ter certa educação mais rigorosa.

— O MEU filho vai ser livre para viver do jeito que quiser e certamente não ficará preso em uma redoma de areia. Ele vai brincar e ser popular.

— Ele vai estudar bastante e ser respeitado.

— Ele certamente puxará a minha beleza e o meu carisma.

— Do entanto que puxe o meu bom senso.

— COMO É QUE É, ORA SEU RUIVO BESTA!

— Mas eu espero que ele tenha sua força e sua independencia. - ele falou então com sinceridade, fazendo a ira da loira imediatamente abrandar e sua face corar.

— Mesmo que com isso venha a minha teimosia de bonus? - ela rebateu brincando e ele acenou lentamente sem tirar os olhos dela.

— Você acredita nos seus ideiais e em si mesma, eu não vejo isso como teimosia. Apesar de ser inegavel sua falta de respeito... - ele então ficou chocado ao ser interrompido por nada menos que um beijo surpresa da kunoichi. Um pressionar de lábios forte e demorado o suficiente para que ele novamente pudesse sentir a maciez dos lábios rosados, e rapido o bastante para deixá-lo com desejo de mais - ...as regras sociais.

— O que isso quer dizer afinal? - ela perguntou com o cenho franzido, ignorando completamente a cara de bobo do kazekage - Você está dizendo que eu não sou uma dama? Pois saiba que a minha educação é de primeira qualidade e... - mas foi a vez dela ser cortada por um novo beijo.

Mas Gaara não contentou-se apenas com um selinho, ele puxou o ferro do balanço com uma mão e com a outra prendeu o rosto dela aproveitando-se de seu choque para aprofundar o beijo, chupando seus lábios com volupia e entrelaçando suas linguas até que eles tiveram que separar-se por falta de ar.

— O que...houve...com...nosso acordo de...sermos apenas amigos? - ela perguntou ofegante.

— Você que começou... - ele pigarreou e ela bufou alto.

— Isso não está dando certo. Era para nos conhecermos melhor, entrarmos em um acordo de como ser bons pais. - ela confessou frustrada.

— Tudo bem. - ele então disse calmamente a deixando confusa.

— O que?

— Vamos nos conhecer melhor. De fato é uma boa idéia. O que quer saber?

Ino piscou surpresa com a boa vontade fácil do Kazekage, mas logo sorriu animada.

— Qual a comida que você mais detesta?

— Chocolate.

— Agora eu tenho certeza que você não é uma pessoa normal. - ela resmungou balançando a cabeça em frustração.

***

A noite quente fez Naruto remecher-se frustrado, sentado no galho da árvore. Lá embaixo, a ursa dormia em seu saco de dormir enquanto ele havia decidido pegar o primeiro turno de vigia. A verdade é que não tinha sono, mas pressa de terminar a missão o mais rápido possivel e voltar para Konoha.

Hinata não falou mais sobre Torh ou a missão, mas ao despedir-se e dizer que o amava, ele podia entender que ela decidira lhe dar um voto de confiança. E ele não a decepcionaria. Olhando em seu pulso ele viu a fina liga de cabelo lilás que ele havia tirado dos cabelos azulados aquela tarde e ficara consigo como um talismã.

Inquieto com o tempo quente, ele decidiu ir até o lago próximo, mas antes certificou-se não haver nenhum perigo ao redor. Com agilidade e silencio, ele se esgueirou entre as arvores até chegar ao olho d'agua onde eles haviam enchido suas garrafas. Agachou-se e tomou uma porção de água cristalina em suas mãos espirrando em seu rosto e pescoço. Aliviou o calor levemente, mas quando limpava o rosto com a barra da camisa, percebeu que não estava mais sozinho.

— Ainda não está no seu turno, Torh.

— Também fiquei com calor. - a ruiva deu de ombros, aproximando-se a passos lentos e calculados e agachando-se ao lado dele. Pelo reflexo da água pura pode vê-lo dar meia volta provavelmente com a intenção de retornar ao acampamento - Nunca pensei que veria Naruto Uzumaki fugindo de uma mulher. - ela provocou, tendo o resultado esperado quando o loiro imediatamente estancou no lugar e a olhou como se ela fosse louca.

— Eu não fujo de nada, Torh, muito menos de uma mulher. - ele disse com desdém, mas ela apenas sorriu vitoriosa por ele ainda ser movido por seu orgulho. Sem pressa, ela abaixou parte de sua camisa expondo o ombro desnudo e passando a mão molhada por ele sem importar-se em molhar a própria roupa no processo.

Sabia que ele continuava a olhá-la e lentamente levantou-se e o encarou também. Kami-sama, como tinha saudades daquele homem, a selvageria de seu toque, a dureza de suas palavras sujas enquanto a levava ao extase. Sentiu o roçar do seu mamilo no tecido da roupa com mais clareza agora e o olhar dele sobre esse ponto a fez sentir-se mais quente.

— Eu sei que as coisas não terminaram muito claras entre nós. - ela começou com calma e adiantou-se até ele - Mas eu entendo que talvez você não estivesse pronto para começar alguma coisa naquele momento e foi a coisa certa por que realmente as coisas poderiam ficar complicadas com nós dois trabalhando juntos. - a esta altura ela tinha as mãos no braço dele. - Eu senti sua falta. Nos divertimos juntos, você não pode negar. - ela disse com chateação teatral e conseguiu arrancar um pequeno riso dele. - Fizemos loucuras no banheiro daquele sede.

— Se Yamato desconfiasse. - ele resmungou divertido e ela aproveitou para aproximar-se ainda mais. - Seriamos expulsos.

— Bem isso é que deixava as coisas mais divertidas, não? - ela provocou agora colando o corpo sobre o dele e segurando seu braço de modo que o mesmo resvalasse por sua cintura até seu quadril.

Ele podia sentir os seios empinados e cobertos apenas por aquele fino tecido imprensados contra si, a boca dela já tão próxima e seu quadril provocando seu membro de forma obscena. Aquilo era muito desleal. Ele não era burro, a Anbu não escondia suas intenções, ela estava se oferecendo descaradamente para o que o loiro quisesse pegar.

— Torh, nós estamos em missão. - ele murmurou, a boca dela já a milimetros da sua. A ruiva tinha os olhos já fechados e as mãos em seu pescoço.

Kami seria tão fácil.

— Eu não me importo. - ela disse em um gemido sensual que sem duvida atiçaria o tesão de qualquer homem, e por um instante ela finalmente achou que havia ganhado quando ele levou sua mão até o pescoço dela com a aspereza que ela já conhecia e amava.

Mas tão logo ele o fez, seus olhos cairam sobre o fino elastico colorido em seu pulso e qualquer tesão que podia estar começando, apenas se foi, deixando somente o sentimento frio de culpa.

Quando os lábios dela, desavisados, tocaram os seus, ele afastou-se imediatamente e demorou quase dois segundos para que Torh pudesse ver através de sua nevoa de prazer que algo havia dado errado. Teimosamente, ela tentou ignorar a visivel rejeição e se aproximar novamente.

— Desde quando pensa tanto, Naruto? Você logo será Hokage afinal e ninguém poderá mandar em você. - Seu riso nervoso contudo ficou engasgado quando ele segurou seus braços e então afastou-se dela seca e definitivamente.

Ele não a olhava diretamente, mas tão pouco a tocava agora.

— Nada mais vai acontecer entre nós, Torh. E o fato de eu virar Hokage não tem nada a ver com isso. Eu estou noivo de Hinata. - um silencio frio se abateu sobre eles, antes que o loiro finalmente resolvesse recuar - Eu vou voltar ao acampamento.

— Ela deve ser realmente muito importante para seus planos. - a ruiva agora tinha um tom desdenhoso, quase debil, mas o veneno era obvio.

— O que isso quer dizer? - ele se voltou novamente a ela que riu com ironia.

— Eu não sou tonta. Esse casamento com a herdeira do clã Hyuuga, e de repente você ainda mais próximo de se tornar um Hokage mesmo depois de quase ter destruido a vila. De novo.

Por um instante, a ruiva arrependeu-se de ter dito aquelas palavras quando percebeu nos olhos de Naruto uma brilho frio que ela nunca havia visto. Um flash rápido e vermelho passou pelos olhos azuis e a Anbu por um segundo soube o que era estar encarando a própria morte. Seus olhos então se arregalaram assustados ao ouvir a risada baixa e perigosa do ex amante.

— É isso que pensa? Que estou com Hinata por interesse? Não poderia estar mais enganada, Torh.  Na verdade, meu relacionamento com Hinata quase me fez ter que desistir de uma vez desse sonho. - ele explicou lentamente apenas pelo prazer de ver o medo e apreensão na ex parceira.

— V-você desistiria de virar Hokage por ela?

— Eu me uni definitivamente a Raposa de nove caudas por ela. - ele rebateu rapidamente, deliciando-se agora com o sentimento de rejeição e inveja que passava pelos olhos da ruiva. Ele aproximou-se então a passos lentos, adorando o modo como ela retesou de medo - Entende agora, ursa? - ele a rodeou e chegou próximo a sua nuca o suficiente para ela sentir o seu hálito, e com os sentidos mais aguçados devido ao poder da raposa ele podia sentir sua excitação dali. - Minha noiva, minha Hinata é a pessoa mais importante pra mim. É a única pessoa que importa pra mim na verdade - ele riu - e para a Kyuube agora.

Surpreendentemente nesse momento, a Anbu não tinha mais medo e sim raiva e empurrou o loiro com o máximo de força que conseguiu, mas apenas o divertiu mais.

— DESDE QUANDO AFINAL ESSA HYUUGA É TÃO IMPORTANTE? VOCÊS NUNCA FORAM NADA UM DO OUTRO, NEM AO MENOS AMIGOS E DE REPENTE, VOCÊ JÁ É UM CACHORRINHO NOS PÉS DELA! ADMITA QUE É SÓ POR INTERESSE! IA SER MUITO MAIS CORRETO, NARUTO!

Ele a calou segurando em seus braços e a fazendo olhá-lo diretamente.

— Não há interesse nenhum a não ser o de ter Hinata ao meu lado para sempre. E apenas para você não ficar batendo sua cabecinha linda, eu vou te contar um segredo: Eu e Hinata sempre fomos mais do que amigos.

— M-mas você disse que não havia ninguém. - Nesse momento a ruiva já tinha lágrimas nos olhos.

— Bem, naquele momento nós realmente tinhamos tido alguns desentendimentos. - ele confessou com um revirar de olhos e então riu venenosamente - Você foi um bom passatempo. Mas depois ficou enjoativo realmente. - e dizendo isso afastou-se a deixando paralisada chocada. - Alias, apenas para exclarecimento: Eu serei Hokage por que eu sou o melhor para o cargo. E vamos ser francos, esse sempre foi o meu destino. - concluiu arrogante com um sorriso vitorioso no rosto. - Agora eu fiquei com sono, então o turno é todo seu. Eu aconsselho a se molhar para apagar todo esse...calor. - zombou e então deu meia volta e se foi a passos calmos, finalmente de volta para o acampamento.

Ele ainda podia ouvir um choro fino e humilhado, mas não ligou, seu olhar fixo no elastico lilás em seu pulso. Sua Hinata o esperava.

***

Dias depois...

— Sua pele é sempre assim tão branca ou você tem alguma aversão ao sol?

Gaara olhou para a loira com sua melhor expressão de descrença, mas ela nem pareceu se importar, pelo contrário apenas pareceu lhe dar mais ideias. Era sempre assim, desde que o Kazekage havia concordado com o jogo de perguntas entre eles.

— E já que tocamos no assunto, as suas sobrancelhas...é algum tipo de genetica ou apenas preferencia estetica?

— Yamanaka...

— O que? Eu apenas quero ter uma noção de como ela será - a loira então olhou para a própria barriga com carinho.

Os dois estavam na barraca do Ichiraku, escolha da kunoichi que repentinamente acordou com desejo de ramem. O problema que quase causou um infarto no dono do estabelecido, e ansia de vomito nos demais clientes, foi quando a loira derrramou uma grossa calda de amendoim dentro da vasilia de macarrão.

— Devido ao clima de Suna, nos protegemos mais do sol.

— E quanto a... - ela fez um sinal indicando a região acima dos olhos do ruivo.

— É de nascença.

A loira prestava atenção enquanto tinha a coler ainda enfiada na boca, com uma expressão quase infantil.

— Sorte sua que tem um rostinho bonito - ela disse de repente, gargalhando ao vê-lo corar - Vamos. É sua vez.

— Você pinta o cabelo?

— BAKA!!!!!

— Ainda gosta do Shikamaru? - ele refez a pergunta rapidamente dessa vez a pegando de surpresa.

— Ora, ora, o kazekage fazendo perguntas intimas - ela cantarolou com incrivel bom humor - Será que está me sondando para contar tudo a irmãzinha.

Mas antes que ele pudesse rebater, ela continuou calmamente:

— - Sempre vou gostar do Shikamaru, mas apenas como amigo. Realmente nós nunca dariamos certo e eu acho que nunca realmente gostei dele de outro jeito. - ela concluiu pensativa, em seguida dando uma risadinha - Pode dizer isso para sua irmãzinha ficar despreocupada.

— Achou mesmo que eu abandonaria você?

O sorriso da loira esmoreceu: - É apenas uma pergunta por vez.

— Você me fez duas. - ele rebateu

— Eu não sei, ok?! - ela confessou, após um tempo - Eu, na verdade, não conhecia nada de você além de histórias.

— E agora?

— Bom, você realmente não alguém que me humilharia e mandaria os guardas me colocarem para fora do casamento... - ela tagarelou sem se dar conta despertando uma confusão ainda maior com o ruivo.

— Casamento? Que guardas?

— NADA! Esquece! Foi apenas um sonho bobo! Agora é minha vez! - ela falou rapidamente, então o olhou com cautela - O que você pensou de verdade quando soube que seria pai?

— Primeiro que eu a mataria por querer esconder isso de mim. - ele confessou a fazendo reviarar os olhos - E depois...me perguntei se eu poderia ser um bom pai....

— Eu também pensei se eu seria uma boa mãe. Tive medo. - ela suspirou melancolica - Nossa! Temos uma coisa em comum finalmente.

— Ainda sente medo?

— É uma pergunta.

— Sim

— Sinto. Mas não é um medo ruim. Eu me sinto mais confiante. e talvez...por que agora eu sei que não estou sozinha.

— Que bom. - ele disse satisfeito. - Agora é sua vez.

***

— Vejo que a missão ocorreu sem quaisquer percalço. - Tsunade analisou sem muita surpresa, então olhou para os dois Anbus calados a sua frente - Há algo que vocês queiram acrescertar?

— Não - os dois disseram em unissono, apenas despertando mais a curiosidade da Hokage.

— Bem, Torh pode tirar o dia de folga. Você voltará as atividades normais a partir de amanhã com o esquadrão.

— Hai! Obrigada Hokage-sama. Naruto-san. - e dizendo isso ela se retirou

- Hm será que eu notei uma certa tensão entre vocês? - a loira provocou e foi a vez do homem dar de ombros impassível - Você consegue ser mais sem graça que o Uchiha  - ela pigarreou - Por falar nisso, ele veio até mim fazer um pedido interessante. Creio que deva falar com ele assim que sair daqui.

Naruto levantou uma sobrancelha descrenta, mas por fim concordou.

— Naruto, eu quero te informar formalmente que isso foi sua última missão. E que sua nomeação para Hokage se dará daqui a um mês.

O loiro hesitou de repente o seu sonho parecendo acontecer mais rápido do que ele esperou. Mas ele estava pronto.

— Agora está dispensado. Vá ver Sasuke, é uma ordem

Ele se foi deixando a loira sozinha em sua sala, por enquanto.

Ela mal via a hora de livrar daquele inferno.

***

Assim os dias passaram..

Tenten encontrou Neji no meio do campo de treinamento, mas o mesmo não estava treinando. Apenas parado com os olhos fixos no horizonte.

— Pensando em Hanabi-san? - ela chutou, desviando os olhos quando ele a percebeu.

— Em parte.

— Preocupado?

— Não. - A resposta dele a surpreendeu - Hanabi é forte e pelo visto já sabe escolher seu próprio caminho.

— Nem sempre escolhemos bem. - A Mitarashi deixou escapar, mas logo arrependeu-se.

— Então devemos lidar com as consequencias e darmos o nosso melhor.

Novamente o Hyuuga a surpreendeu e ela deu um risinho provocativo.

— Nossa, você 'tá parecendo o Naruto. - ela disse o deixando vermelha.

— Acho que viemos aqui para treinar e não falarmos besteira. - Pigarreou já ficando em posição de ataque e sendo seguido pela mestre das armas.

***

 - O que você quer agora Torh?

— Só dizer que você não perde por esperar, Uzumaki Naruto.

***

— Achei essa reunião uma ótima idéia, porquinha. Realmente precisava de uma folga das loucuras do hospital e daqueles Uchihas que só pensam em trabalho - Sakura bufou, mal tentando esconder sua irritação enquanto tomava sua bebida.

Ino havia programado uma pequena reunião em sua casa, aproveitando que o pai estava em missão e a mãe visitando uma amiga em outra vila. Sakura concordou rapidamente, assim como Kim que aos poucos ia se enturmando com as kunoichi's. Tenten relutou um pouco avessa a reuniao de mulherzinha, mas acabou aceitando. Hinata apesar de bastante atarefada com o clã resolveu aceitar o convite

As cinco estavam espalhadas na espaçosa sala de estar dos Yamanakas, tomando suas bebidas e comendo pizzas e doces distribuidos na mesinha de centro.

— Como você está Ino? Sua barriga já está aparencendo - Hinata observou, comendo um pedaço de chocolate.

— Os enjoos já estão passando por um milagre de Kami-sama. Mas a minha fome simplesmente não passa - E como para reinterar tal afirmação, ela colocou um grande pedaço de bolo na boca - E eu ando tendo algum tipo de tara por calda de amendoim.

— Desejos de grávidas - Sakura explicou divertida - Já tive pacientes que comeram terra... - Ela ficou satisfeita com a expressão de nojo das amigas, principalmente a de Ino - ...e minhocas.

— QUE NOJO, TESTUDA! EU NUNCA FARIA ISSO! - A loira gritou revoltada fazendo todas então caírem na gargalhada.

— Eu realmente nunca pensei ver as poderosas Kunoichi's de Konoha fazendo coisas tão normais quando...uma festa do pijama. - Kim confessou, recebendo um sorriso das novas amigas.

— Bom, até os deuses precisam relaxar de vez em quando. - Ino rebateu arrogante.

— Não se preocupe Kim-san, você logo acostuma com as frescura dessas duas. - Tenten disse com um revirar de olhos.

— E com as grosserias da Mitarashi. - Sakura provocou.

— Hinata, querida, e como andam os preparativos para o casamento com aquele loiro cabeça oca? - Ino quis saber fazendo todas as atenções se voltarem para a Hyuuga.

— A verdade é que não tivemos muito tempo para pensar nisso. - ela deu de ombros, calmamente.

— Como você consegue falar isso com tanta calma? - Sakura bufou frustrada - Você é realmente um ser superior, Hinata-chan. - concluiu frustrada recebendo um risinho da Hyuuga.

— Por que não diz então como você queria o seu casamento, testuda. - Diante da expressão chocada da rosada, ela continuou - Eu sei que você já pensou nisso.

— Bem, eu queria meu casamento como uma coisa mais íntima sabe, sem muitos convidados. - ela confessou, levemente constrangida - O templo decorado com sakuras e então petalas sendo jogadas pelo caminho até o altar, onde Sasuke estaria me esperando todo sério com seu kimono formal do clã. Eu gostaria que minha mãe me levasse ao altar. E bem eu sei que parece estranho, mas queria vestir um vestido perolado com uma longa calda, e meus cabelos soltos com uma coroa de flores. Tudo bem simples, sem todas as ornamentações comuns e rigidas. Realmente nem precisava ser no templo da vila, podia ser em um campo, ou jardim. - ela suspirou e então percebeu que todas a olhavam em silencio. - Eu sei, eu sou estranha! Não me julguem!!! - bufou alto, entornando de uma vez só sua bebida.

— Não Sakura-chan. Parece lindo. - Hinata a acalmou.

— Eu realmente achei que iria querer algo grandioso testuda. - Ino murmurou, o que fez a rosada pensar.

— Talvez antes sim. - ela confessou com um indicador nos lábios - Mas tanto tempo se passou, tanta coisa aconteceu, acho que alguma coisa mudou. Percebi que só de ter as pessoas que eu amo ao meu lado, tudo será perfeito.

Um grande "awwwww" foi ouvido, enquanto Tenten revirava os olhos.

— Kami vocês são umas mocinhas mesmo. - a mestre das armas resmungou e foi acertada com uma almofadada na cara por uma Ino grávida sentimental e chorosa.

— INSENSIVEL!

***

— Eu não sei por que eu tenho que aprender tantas regras apenas para um dia. - Naruto queixou-se como uma criança birrenta enquanto recebia uma massagem relaxante de Hinata.

Os dois estavam no apartamento dele, e novamente ela vestia uma de suas blusas.

— Por que a vida é feita de regras, meu amor. Bem vindo ao mundo adulto. - ele ouviu a morena, ficando chocado com a sua clara ironia.

Então ela deu um gritinho surpreso, quando ele virou-se com brusquidão a derrubando na cama e imediatamente ficando por cima dela.

— Estamos muito engraçadinhos, não estamos?

— Admito que ver Naruto Uzumaki cumprindo regras sociais vai ser algo imperdível. - a mulher provocou com um sorriso traquina.

— Pois saiba que eu as mudarei assim que for Hokage. - ele disse arrogante.

— Nem mesmo o Hokage pode fazer isso, Naruto-kun.

— Ah Hyuuga...como você ainda consegue me subestimar? - foi a vez dele ironizar, antes de finalmente beijá-la.

***

— Você não acha que o Sasuke e a porquinha estão muito proximos? - A rosada perguntou, desconfiada, ao saber que a amiga tinha ido ao clã não pela primeira vez aquela semana.

— Ciúmes, chiclete mastigado? - Sayuri provocou fazendo Sakura perceber com quem falava e revirar os olhos, irritada.

***

— Sua vez - Gaara disse calmamente, enquanto entregava um sorvete de amendoim com calda de amendoim para Ino, enquanto passeavam novamente pela pracinha.

— Eu não sei. - ela confessou, suspirando de prazer ao provar o sorvete - Me conte algo que eu ainda não saiba.

O ruivo hesitou, então a olhou com seriedade.

— Eu vou precisar ir para Suna em breve - ele disse, então ela desviou o olhar tentando não transparecer sua tristeza.

— Eu já esperava.

— E quero que você vá comigo.

***

— Hei ero-sensei, eu sei que faz muito tempo que não venho aqui. – O loiro murmurou olhando ao redor como se estivesse envergonhado de olhar para o tumulo de pedra a sua frente, mas por fim soltou uma risadinha – Eu acho que só queria me distrair afinal de contas. – confessou finalmente olhando o nome do falecido Sannin dos sapos. – Não me julgue! Velho saliente! – resmungou fazendo um biquinho infantil e depois voltou a rir e agachou-se passando o dedo na gravura esculpida na pedra.

JIRAYA

— Eu finalmente consegui, sensei. – ele disse por fim com um misto de carinho e saudade.

Mais do que qualquer outra pessoa, ele queria que o padrinho tivesse ali aquele dia, mas sabia que o ero-sannin estaria com ele, assim como seu pai e sua mãe, olhando-o de onde quer que estivessem.

— Droga! – bufou alto ao perceber que já era tarde. – Depois eu volto para mostrar como ficou. – ele riu daquele jeito traquina, enquanto fazia o sinal de nice com o polegar para cima.

E por fim se foi. Destino: Monte Hokage.

— Está atrasado! – Shizune disse horrorizada assim que ele chegou ao prédio e tratou imediatamente de vesti-lo com uma enorme túnica branca e vermelha, o que o fez fazer uma careta – Como pode se atrasar logo hoje? – ela continuava tagarelando irritada, mas ele não a ouvia – Naruto! Naruto! – ela chamou quando ele saiu do seu alcance, enquanto ela ajeitava os adornos da roupa. Por fim, ela suspirou ao vê-lo caminhar em direção a uma moça morena sorridente.

Em poucos passos, ele chegou até a morena e a beijou de surpresa, ficando satisfeito ao vê-la ficar completamente vermelha como sempre ficava mesmo depois de tudo. Talvez por isso a amasse tanto. Hinata nunca deixaria de ser a Hyuuga certinha, doce e tímida com quem ele iria se casar e descobriu o verdadeiro amor através do companheirismo e do apoio incondicional apesar das brigas e jeitos diferentes.

Ele a admirou, enquanto ela ajeitava o que ele não deixava Shizune fazer.

— Tsunade-sama está uma fera com sua demora. – ela disse quase repreensiva.

— Eu apenas...precisava ir... – ele disse um pouco irritado com sua falta de melhor explicação, mas a Hyuuga apenas sorriu amavelmente, como sempre o entendendo sem que ele precisasse se esforçar muito.

— Eu sei. E tenho certeza que foi o melhor. – E naquele momento, Naruto pensou se merecia tanto amor e tantas coisas boas que estavam acontecendo, e como sempre, Hinata percebeu as duvidas do homem – Você lutou muito, sofreu, mas também nos salvou e merece tudo o que está conseguindo hoje e que ainda vai conseguir conquistar. – ele tentou falar, mas ela balançou a cabeça e sorriu – Tudo bem ter medo, o importante é não deixar que ele te domine. Nós vamos apoiá-lo sempre.

— Kami você é incrível – Ele murmurou, sentindo um nó em sua garganta e encostando os lábios nos dela, brevemente, apenas para senti-la mais próxima.

— Eu confio em você, todos nós confiamos. – ela disse por fim e finalmente se afastou, o guiando em direção a porta de onde havia saído antes. – Pronto?

Ele sorriu com a confiança característica.

— Pronto. DatteBayoo!

Hinata sorriu e caminhou em direção a outros líderes dos principais clãs de Konoha, e demais conhecidos do loiro. Bem na frente estava Tsunade vestida com o traje formal do Hokage e ajeitando o chapéu que ficava um pouco frouxo nela.

— O por do sol já vai começar. – Shizune anunciou e Tsunade sorriu, olhando pela primeira vez para o loiro que se aproximou devagar.

— Se demorasse mais um pouco, eu te caçaria, baka. – a loira ameaçou, mas sua voz estava embargada.

Ele apenas riu, coçando a nuca, igualmente emocionado. E então quando ela o mandou se aproximar, ele pensou que tudo fosse um sonho e que era bom demais para estar acontecendo.

— Eu, Godaime Hokage, Senju Tsunade, anuncio hoje formalmente minha escolha de sucessão perante ao novo conselho da vila...

Atonito, Naruto viu os rostos conhecidos, todos sorrindo, alguns emocionados como Ino e Sakura. Outros eram mais sérios, mas não menos confiantes, como o caso de Iruka, Kakashi, Shikamaru, Neji, entre outros.

— ...aos líderes dos clãs da cidade, e ao Kazekage...

Seu olhar se cruzou com o de sua amada esposa, que agora como líder absoluta do clã Hyuuga, estava ao lado de outros líderes, como Chouji e Shino. Até mesmo Gaara estava lá.

— ...um ninja que demonstrou durante todos esses anos, e principalmente nos mais difíceis, que tem a capacidade e força não apenas para a luta, como também tem as qualidades de um justo e bondoso líder, além de um coração humilde e sincero o suficiente para lutar e proteger a vila da folha. O filho do Yondaime Hokage...

Ele viu os quadros dos cinco Hokages, no penúltimo, o rosto de um loiro de sorriso doce e confiante.

— ...Namizake Minato, e de uma excepcional ninja, Uzumaki Kushina – ela olhou sorrindo para o rosto assustado e orgulhoso do loiro e por um momento lembrou-se do pirralho que conheceu a anos atrás – líder do clã Uzumaki, e ninja hiperativo conhecido por seu jeito ninja de nunca desistir dos seus sonhos e lutar pela justiça.

— Oba-chan... – um engasgo saiu dos lábios dele, sem que ele conseguisse evitar, e pela primeira vez, ela sorriu diante do apelido.

— ...Uzumaki Naruto. – Finalizou enquanto retirava o chapéu símbolo do Hokage da vila e se aproximava de Naruto que ainda mantinha-se paralisado pelo choque.

Ele fechou os olhos quando ela colocou o chapéu em sua cabeça, naquele momento repassando todo o seu poder a ele, e por fim lhe dando um abraço apertado.

— Pirralho, Jiraya e seus pais ficariam orgulhosos.

— Oba-chan...

Mas ela não o deixou falar, e deu inicio ao ritual em que os líderes dos clãs, e os representantes dos habitantes, e de alianças externas, aceitavam Naruto e firmavam uma aliança.

— O Clã Hyuuga apoia e promete lealdade ao novo Hokage de Konoha e está em absoluta disposição as suas ordens. – Hinata disse polidamente, mas ao final sorriu docemente. Os outros líderes fizeram o mesmo.

— Em nome de Suna, eu reafirmo a aliança militar e comercial com Konoha. – Gaara disse e recebeu resposta semelhante de Naruto.

Quando o último reafirmou sua lealdade, o sol começava a se por e Naruto finalmente olhou lá para baixo. O loiro quase não acreditou ao ver quase toda a cidade aos pés do monte Hokage, uma multidão que apenas os esperava atônitos as palavras da ex-Hokage.

— Eu vos apresento o Rokudaime Hokage, Naruto Uzumaki.

E foi o suficiente para a multidão cair em grande euforia e gritos e aplausos começaram a ser ouvidos, para ainda o choque de Naruto.

— Vamos baka, fale alguma coisa. – Tsunade disse, divertida com a perda da fala do ninja escandaloso.

— Eu...prometo lealdade a Konoha, e protegê-la com minha própria vida se for necessário. – ele disse confiante, sorrindo daquela forma que todos conheciam e a festa apenas continuou.

***

— Parabéns Naruto! – Ino abraçou o loiro quando o mesmo foi recebido apenas pelos amigos, sem tanta formalidade. Ao lado dela, Gaara tinha um pequeno e quase imperceptível sorriso.

— Parabéns, Naruto.

— Que bom que vieram! – o loiro riu.

— Como se fossemos perder, o maior idiota da vila realizar seu sonho. – Ino disse indignada e depois sorriu – Mais do que merecido.

— Quem diria que você conseguiria, heim Naruto. – Kiba disse rindo latido – Eu não. – ele brincou.

— Baka! Tenha respeito!! – Naruto exigiu brincando. – Até você Uchiha. – ele ironizou vendo a morena ao lado do Inuzuka com seu sorriso zombeteiro de sempre.

— Não é como se eu tivesse muita escolha.

— Cuidado para não ser mordido por certa cobrinha, Naruto. – o moreno rebateu irritado e recebeu um olhar azedo da morena. Os dois não tinham jeito.

Depois de vários parabéns, uns muito emocionantes como foi o caso de de Kakashi, Naruto conseguiu visualizar a líder do clã Hyuuga que estava conversando calmamente com uma mulher de cabelos róseos presos em um coque formal. Ele se aproximou e elas o receberam com um sorriso.

— Parabens Hokage! – a rosada disse sinceramente.

— Eu já vou indo com  Neji, vejo vocês depois. – Hinata riu e deu um selinho no loiro, antes de se afastar para dar mais privacidade aos amigos e ele seguiu-a com o olhar até que ela estivesse a salvo próxima a Neji.

Ao voltar o olhar para a amiga, a mesma lhe sorria emocionada.

— É visível o quanto a ama. – ela disse sem se conter e ele apenas deu os ombros sorrindo travesso. – Você finalmente conseguiu baka!!

— Não finja surpresa! – ele ironizou a fazendo revirar os olhos.

— Tenho é medo por Konoha. Então qual será sua primeira ordem? Esculpir seu rosto no monte Hokage? Realizar um torneio?

— Quase. – ele disse enigmático – Minha primeira ordem é...FESTA!

— Eu devia saber! – ela deu um tapa na própria testa e o loiro passou os braços por seu ombro.

— Na verdade eu já organizei algo. Vamos?

— S-sim, claro. – ela disse incerta, olhando para todos os lados – Apenas espere um instante, você viu a porquinha? Um instante ela simplesmente desapareceu. E ela prometeu que ia ficar comigo já que o maldito do Sasuke aparentemente não tinha tempo para vir ver a sua nomeação. – ela bufou alto, se deixando levar pelo então Hokage e sem perceber seu sorriso calmo. – Isso é um ultraje, você realmente devia socá-lo por isso. Pode ir, eu deixo.

— Tenho certeza que o teme tem seus motivos. – ele cantarolou e então ela o olhou com o cenho franzido.

A esta altura eles já estavam na rua, o loiro havia a convencido a cortar caminho evitando assim a multidão. Ainda sim, um ou outro ainda os parava para saudar o novo Hokage. Estranhamente, Sakura não encontrou nenhum dos amigos e muito menos Ino.

— Ok, o que está acontecendo? Você está muito calmo e todos parecem ter sumido!

— Eu disse para eles irem logo para a festa.

— Espere um minuto. Algo acabou de me ocorrer. – ela piscou o olhando aborrecida – Vocês prepararam uma festa sem mim. – choramingou – Até a porquinha sabia e não me contou.

— Foi uma coisa meio em cima da hora. – ele desconversou, até que finalmente eles chegaram ao seu destino e a esta altura Sakura estava mais do que chateada ao perceber que não apenas havia sido deixada de fora da festa, como a mesma ocorreria no Bairro Uchiha e nem ao menos Sasuke havia lhe dito algo.

Tamanha sua decepção, que claramente a rosada poderia ter notado muito facilmente o que estava por vir.

Ao ser praticamente arrastada para os jardins do clã - lugar que ela nem sabia que já havia sido refeito já que o mesmo era muito longe da casa principal e ela francamente ainda tinha um pouco de medo de andar por ali sozinha. – ela então paralisou.

Primeiro por que o jardim era lindo. Muito espaçoso e incrivelmente cheio de flores de vários tipos. Segundo por que absolutamente todos os seus amigos estavam lá, e bem no centro deles havia um grande tapete vermelho que se estendia até um pequeno coreto enfeitado com flores de sakura delicadas.

— M-mas o-oque...é isso? – ela balbuciou vendo então Ino aproximar-se.

— Achei que fosse lógico, testuda. É o seu casamento.

— Que eu vou realizar. – Naruto completou orgulhoso.

— NANI? – ela praticamente gritou e então finalmente o viu.

Aproximando-se vestido com o traje formal do clã Uchiha, Sasuke era como uma estátua de mármore perfeita, lindo e sóbrio, os cabelos negros amarrados em um rabo de cavalo e aqueles olhos ônix fixos nela a deixando quase sem ar.

— S-sasuke-kun.

— Eu achei que não tínhamos por que adiar mais. – ele disse então como sempre direto e firme, mas apenas a deixando mais chocada ao perceber que Ino não mentira e aquele era realmente seu casamento. – Sakura, você aceita se casar comigo. Agora.

— Ah meu kami. E-eu...e-eu...

— É claro que ela aceita. – Ino revirou os olhos, mas a rosada olhava diretamente para o moreno.

— V-ocê t-tem certeza, Sasuke?

— É o meu desejo. O maior deles.

Então ela sorriu, emocionada, e antes que Ino pudesse evitar, jogou-se nos braços do moreno que a segurou sem problemas.

— Eu aceito. Eu sempre vou aceitar.

— Certo, certo, mas vamos deixar isso para a cerimônia! Você precisa se arrumar. – A loira disse já impaciente tentando afastar os noivos, e ficando satisfeita ao ter a atenção da amiga.

— E-eu não tenho um kimono. E-eu não tenho nada. Oka-san talvez...

— Que Oka-san o que! Eu já dei um jeito em tudo, vem comigo.

Instantes depois...

— É perfeito.

Sakura mal conseguia explicar em palavras tamanha sua emoção. As duas estavam no quarto de uma das casas onde tudo parecia já ter sido ajeitado. Em frente a um grande espelho, a noiva via-se dentro de um lindo e impecável vestido branco de seda. A parte de cima assemelhava-se a de um Kimono, mas com mangas não tão largas, e com um decote transpassado, uma fita azul escura – da cor do kimono do Uchiha – prendia-se na cintura e fazia um bonito laço atrás. A parte de baixo era fluida e escorrida até o chão fazendo uma singela cauda arrastando atrás de si. Nos cabelos, uma belíssima coroa de flores de sakura, com algumas outras flores brancas menores penduradas que se misturavam com os cabelos rosados.

— E-eu não posso acreditar. – Sakura confessou – Ino! Não me diga que a ideia foi sua.

— Por incrível que pareça, a ideia foi do Uchiha. Todos ajudamos. Eu mais que todos, obviamente. – a loira gabou-se, mas tinha os olhos cheios de lágrimas.

— Porquinha. – Sakura derreteu-se indo abraçar a amiga.

— Ah! São esses malditos hormônios! Eu estou tão feliz por você! – confessou sinceramente para a melhor amiga, mas a percebeu hesitar. – O que foi?

— Estou com medo. – a rosada disse por fim e Ino não controlou a risada.

— É claro que sim. Vai mudar toda a sua vida. Mas quer saber? Você não tem que pensar tanto! Apenas...viva o momento! – aconsselhou fazendo a outra suspirar alto.

— Eu queria tanto ser como você agora.

— Bem, e eu como você! Quem sabe assim não estaria com a cabeça prestes a explodir. – a declaração fez a médica piscar curiosa e apreenssiva.

— Porquinha, aconteceu alguma coisa?

— Não! Não vamos falar disso! Hoje é o seu dia!

— E parte disso, eu devo a você! Precisa deixar que eu retribua! – Sakura exigiu e ela nem precisou continuar, pois logo a loira atirou-se em seus braços como uma criança a procura do colo da mãe.

— Gaara vai voltar para Suna amanhã. – ela disse baixinho. Foi a primeira vez que ela disse em voz alta como se não quisesse assustar a si mesma. – E quer que eu vá com ele.

Sakura arregalou os olhos afastando-se da amiga para olhá-la direito.

— Ino! Isso é....você não quer? – indagou e viu a loira retorcer as mãos, nervosamente.

— Não...quero...Eu não sei ok?! Esses dias... – ela hesitou, mas finalmente deixou-se esvaziar todos os seus pensamentos - ...eu senti que estávamos nos aproximando. Ele não é tão frio e sem sentimentos como eu pensava, e tem um ideal de justiça e proteção com Suna que é realmente inspirador. Eu não tenho duvidas de que ele vai ser um bom pai. M-mas aceitar ir para Suna parece loucura! Até para mim!! – bufou.

— Não é loucura. – Sakura disse para o choque da kunoichi grávida – Ele quer acompanhar a gravidez. Ele quer você por perto. É bem normal. Na verdade é bonito. E se vocês estão se dando bem, por que não?

— Não é tão simples... – a loira resmungou e foi a vez de Sakura rir.

— Pare de Sakurisses, porquinha! Além do mais, Shikamaru está em Suna. Então não é como se você estivesse sozinha.

— Estou com medo.

— É claro que está. Mas você sempre poderá contar comigo. Longe ou perto, eu vou te salvar porquinha. – finalizou sinceramente e as duas se abraçaram novamente, sorrindo cúmplices e emocionadas.

— Eu te amo testuda. Obrigada.

— Eu é que te agradeço, sua maluquinha.

Ino então se afastou.

— Agora já chega! Assim vai amassar todo o vestido e você precisa casar logo por que eu não aguento mais chorar e to morrendo de fome!

Sakura riu, mas concordou. Era a hora do casamento.

Ela andou pelo tapete vermelho onde agora podia notar que havia várias pétalas de rosas brancas. Ela viu cada um dos seus amigos com sorrisos no rosto. Ela apoiou-se nos braços quentes de sua mãe que caminhava ao seu lado, como sempre, e lhe sorria daquela forma que lhe dava certeza que tudo terminaria bem. Então seu olhar foi parar no coreto branco e florido a sua frente. Seu melhor amigo com as vestes formais de Hokage a esperava com aquele enorme e bondoso sorriso de sempre. Então ao seu lado estava ele.

E foi quando seus olhos se cruzaram que todo seu nervosismo finalmente se foi. Quando viu aqueles olhos ônix tão confiantes, tão certos, sem qualquer hesitação, ela também não teve mais dúvidas. Aquilo estava acontecendo. E seria a melhor coisa da vida deles.

Ao dizer o tão esperado “sim”, uma lágrima solitária escorreu por seus olhos, mas dessa vez não era de dor, nem de apreensão, nem com ressalvas.

— Eu vos declaro marido e mulher. – O Hokage anunciou seguido por uma grande comemoração de todos os convidados. Mas Sakura não podia ouvi-los.

Ela não poderia estar mais feliz.

Quando ele tocou em seu rosto, tão carinhoso, ela não conseguiu deixar de olhá-lo, e quando aproximou seus lábios, ela deixou-se derreter.

— Finalmente. – ela o ouviu dizer antes de enfim tomar seus lábios em seu primeiro beijo oficial como Sr e sra Uchiha.

“Finalmente”.

 ***

— Um brinde aos recém-casados! – Naruto disse erguendo o copo sendo acompanhado por todos.

A esta hora, todos estavam de volta a casa principal comemorando e principalmente dando os parabéns ao casal.

— Agora só falta você parar de enrolar a Hinata-chan, Naruto-kun! – Lee disse alto, já começando a ficar bêbado.

— Não esqueça que agora eu posso mandar te prender, Rock-lee! – o Hokage anunciou fazendo todos rirem.

— Ah ninguém vai conseguir aguentá-lo agora. – Kiba resmungou virando uma garrafa, mas então se viu sendo puxada por uma Uchiha até a escada da mansão. – Ué, achei que Sasuke e Sakura ficariam aqui.

— Eles vão tirar alguns dias para a lua de mel. – Sayuri confidenciou provocativa – E advinha quem vai tomar conta do bairro Uchiha. – sorriu e Kiba a imitou, terminando de tomar sua bebida em uma só golada e então a acompanhando para o andar de cima.

Na mesa da comida, Ino suspirou de alegria deliciando-se com os brigadeiros de amendoim que havia encomendado. Foi quando Sakura apareceu e a puxou para a cozinha longe da algazarra de todos.

— O que foi agora testuda? Eu não posso fazer mais nada por você. – A loira disse com grosseria teatral, e em seguida as duas sorriram cúmplices.

— Oka-san acabou de me dizer que ganhamos alguns dias para aproveitarmos a lua de mel fora da vila.

— Sim. Nós imaginamos que o Uchiha nunca ia descansar direito se ficasse próximo o suficiente do trabalho. E todos sabemos o quanto vocês dois precisam tirar o atraso. – disse maliciosa.

— Pervertida. – a rosada disse com as faces quentes – Mas e quanto a você? Decidiu sobre aquele assunto?

A loira titubeou, saboreando um ultimo brigadeiro, antes de sorrir para a rosada.

— Eu decidi. – disse por fim com uma firmeza surpreendente, mas não precisou dizer mais nada, pois a melhor amiga já havia entendido tudo.

Elas se abraçaram pela milionésima vez aquele dia, dessa vez ainda mais apertado.

— Apenas um grito de socorro e eu vou atrás de você. – Sakura afirmou sentindo o corpo da amiga tremer e ela sabia que a mesma voltara a chorar – Se dê uma chance porquinha. E se puder...dê uma chance para o Gaara também.

— Eu te amo.

— Eu também.

Ao saírem da cozinha, a noiva foi surpreendida pelo então marido que a trouxe para perto o suficiente para lhe dar um beijo.

— Está pronta, sra. Uchiha?

— Para que, Sr. Uchiha?

— Para fugir.

— Com você? Sempre.

***

— Ai que fofo os dois vão fugir da própria festa de casamento. – Kim suspirou emocionada.

Ela conversava com Hinata e Tenten que também viram a cena, animadas.

— Com licença, mocas. – Naruto as interrompeu imediatamente pegando na mão de Hinata – Eu vou roubar minha noiva um segundo. – e sem esperar por resposta, saiu arrastando a Hyuuga para a sala que havia virado uma pista de dança.

Uma música lenta tocava e ele colou seus corpos enquanto mexiam-se no ritmo calmo da melodia.

— Eu não sabia que gostava de dançar. – ela murmurou no ouvido dele, suas mãos acariciam seus ombros largos enquanto ele tinha as mãos em sua cintura.

— Eu apenas queria uma desculpa para te roubar. – ele disse sem qualquer pudor a fazendo rir.

— Como se sente Sr. Hokage?

— Cansado. – ele rebateu a fazendo rir novamente.

— Você nunca fica satisfeito? – ela perguntou e por um momento ele a olhou e ela pode perceber um brilho estranho passar pelos olhos azuis.

— Ficarei em breve. – ele murmurou, pegando sua mão e beijando propositalmente o anel de safira em seu dedo, sem deixar de olhá-la e a fazendo corar.

***

Ino encontrou Gaara em uma das sacadas, olhando para a noite estrelada lá fora. Respirando fundo, ela tomou coragem e aproximou-se lentamente.

— Oe, estava te procurando. – ela anunciou, corada, quando ele virou-se para observá-la aproximar-se e ficar ao lado dele na sacada.

— Acho que me excedi um pouco na bebida. – ele murmurou e ela finalmente notou que ele estava mais pálido que o normal. – Achei que um pouco de ar fresco ajudaria.

— Bem, agora você sabe como eu tenho vivido nos últimos meses. – ela brincou.

— Algum problema? – ele perguntou e a loira franziu o cenho – Você disse que estava a minha procura.

— Oh sim! Claro! E-eu apenas achei que poderíamos conversar sobre...sobre a sua...partida. – ela começou um pouco nervosa – Você irá mesmo amanhã.

— Deveria. – ele disse, voltando a olhar para o céu lá fora. – Eu venho tentando deixar as coisas em ordem com a minha ausência. Mas a verdade é que isso está ficando cada vez mais difícil. Um kage nunca fica tanto tempo longe de sua vila.

— Então...por que? – ela soltou e engoliu em seco quando ele voltou a encará-la – Por que ainda está aqui? – para sua surpresa, um pequeno sorriso despontou nos lábios finos do kazekage.

— Você realmente pensa bem pouco de mim, não é Yamanaka? – ele murmurou parecendo um pouco cansado, e deixando a kunoichi desconcertada.

— Desculpe. Eu só não achei...

— Que eu falasse sério quando disse que queria fazer parte da vida do bebê. – ele completou amargamente – Achei que tivesse ficado claro quando eu a convidei para me acompanhar a Suna.

— Eu aceito.

— De qualquer forma...o que?

Ino não conseguiu controlar a risada ao ver o rosto completamente chocado do Kazekage sempre tão altivo. Os olhos verdes estavam levemente arregalados e os lábios abertos como se as palavras não conseguissem sair.

— Eu aceito ir para Suna. Por um tempo. Acho que você tem esse direito depois de ter ficado tanto tempo aqui. E eu acho que mereço umas férias. Eu mal aproveitei minha ultima estádia com todo aquele drama acontecendo. – ela fez uma careta. – Então quando partiremos? – de repente ela estava incrivelmente animada com a viagem o que pegou o ruivo completamente de surpresa. – Ou será que você desistiu?

— O que? Não!! Absolutamente! Você apenas...me pegou de surpresa. – ele confessou.

— Eu acho que tenho feito isso com frequência heim?! – ela provocou e os dois acabaram rindo. – Você  está rindo, mas não sabe na fria que está se metendo. Se acha que nossa convivência foi ruim da última vez, imagina agora que estou mais hormonal e dramática do que nunca.

— Eu nunca disse que nossa convivência foi ruim. Foi...desafiadora.

— Nossa! É a primeira vez que escuto essa. – a loira brincou – Arrogante, pavio curto, e a clássica “fresca”, mas desafiadora foi a primeira vez.

— Eu gosto.

— Do que? – ela perguntou distraída, até prender o fôlego ao notar o quanto estavam próximos e os olhos dele fixos nos seus tão profundamente que pareciam despir sua alma, enquanto respondeu com a voz mais baixa:

— De desafios.

E dizendo isso, ele se afastou repentinamente a deixando um tanto atordoada.

— Eu acho melhor voltarmos para festa. Parece que Naruto quer fazer um novo brinde.

— S-sim...c-claro. – ela gaguejou o acompanhando.

Mas enquanto caminhavam de volta a companhia dos amigos, ela lhe dava olhares de soslaio, se perguntando se realmente havia entendido mal ou o Kazekage havia flertado com ela durante toda aquela conversa?

Kami-sama a ajudasse, pois a convivência seria bem mais do que desafiadora caso ele continuasse com isso.

***

— Onde estamos indo? – A rosada perguntou rindo. Desde a cerimônia ela não conseguiu tirar o sorriso do rosto. Quando se viu em frente a uma casa conhecida, ela olhou para o marido – Foi aqui que Ino ajudou a me vestir. – Informou e depois quis se bater – Mas você já sabe disso, por que provavelmente foi quem arrumou o quarto – concluiu debilmente. Talvez estivesse um pouco bêbada afinal. E não apenas de felicidade, mas de sake.

— Não arrumei apenas isso. – ele disse arrogante e então a puxou para dentro da casa. Eles subiram as escadas e foram ao quarto ao fim do corredor, no lado oposto aos aposentos que a rosada havia se arrumado. Ele abriu a porta e a deixou entrar primeiro.

O quarto maior que o antigo era completamente iluminado por velas e decorado com rosas e incenso. A cama espaçosa tinha pétalas de rosa vermelha, e tinha a posição em frente a uma sacada de onde podia-se ver o céu completamente estrelado e bonito.

Parecia mágico. E perfeito.

— Você pensou em tudo. Eu não devia estar surpresa na verdade. – ela engoliu o bolo em sua garganta, emocionada e aproximou-se para tocar os lábios nos dele. – Eu te amo – ela murmurou ainda de olhos fechados.

— eu tambem te amo... – ela o ouviu dizer com a voz grave, antes de tomar sua boca novamente.

O beijo se intensificou, lentamente, assim como seus toques que começavam a se diversificar. Sasuke a tocava com carinho ao mesmo tempo em que a puxava ainda mais de encontro ao seu corpo. Automaticamente, suas mãos havia decido as mãos para o peitoral de Sasuke, sentindo o coração dele disparado, assim como o seu. Os beijos dele, deixaram sua boca, indo para seu pescoço e ficando por lá, por um bom tempo, fazendo ela soltar longos suspiros, tentando recuperar o folego que parecia lhe faltar nos momentos em que ele mordiscava o lobulo de sua orelha ou apenas passava os lábios frios em sua nuca.

Ele sentiu quando as delicadas mãos dela subiram até seu pescoço e ali ficaram, lhe causando um tremor, e involuntariamente sentindo o intenso desejo, reprimido de todos esses anos, voltar com força total. Aquela mulher, ali, em sua frente, tão entregue a si, que ele amava tanto o estava deixando louco e ele tambem a estava enlouquecendo de uma maneira que ela nunca imaginou.

Suas bocas voltaram a se encontrar, em um beijo intenso, deixando suas pernas bambas e ela soltou um gritinho de surpresa quando foi pega no colo e Sasuke a carregou em direção a cama arrumada, a depositando ali com cuidado sem deixar de tocá-la, distribuindo beijos em seu rosto e pescoço. Sakura sentia o peso de Sasuke sobre si e um gemido subiu por sua garganta, ao sentir as mãos dele entrando por seu vestido e subindo por suas cochas.

— S-sasuke-kun... – ela o chamou, tremula e engoliu mais mais um gemido quando ele deu um beijo em seu colo e depois finalmente levantou a cabeça para olhá-la.

O Uchiha estava ofegante, com os cabelos desgrenhados e os musculos rigidos de desejos, quando seus olhos se encontraram com os de Sakura que agora parecia brilhar como nunca, enquanto suas bochechas rosadas denunciavam sua vergonha misturado pelo fervor do momento.

— Sasuke-kun, e-eu não sei o que... – ela estava nervosa e nem sabia o que pensar, ao mesmo tempo que ele parecia saber o que ela pensava e aproximou seus rostos e a beijou lentamente, a fazendo sentir um arrepio gostoso.

— não pense em nada, Sakura... – ele sussurrou, firme porém carinhoso - ...apenas sinta. – completou e não precisou dizer mais nada, pois a rosada não tinha mais dúvidas.

Ela confiava naquele homem com toda a sua alma.

Logo suas bocas voltaram a se encontrar em um beijo cheio de sentimento, agora com um novo: Desejo. O som de suas respirações se misturavam e ela segurou firme nos cabelos dele, quando o mesmo desceu sua boca e agora abaixava a alsa do vestido, beijando cada parte descoberta e logo depois desamarrava o lindo laço branco que  prendia a roupa, ao mesmo tempo que ela corava, agora de vergonha ao ser observada de maneira tão intima por ele. Sasuke a observou por um instante, saboreando-se com a pele de seda tão macia quanto o vestido que o adornava, mas logo seria descartado. Tomou-a em seus braços e começou a distribuir beijos pelo corpo macio dela até chegar em seus seios, o que a fez jogar a cabeça para trás e soltar um pequeno gemido de prazer. Isso foi o suficiente para despertar nela o desejo de senti-lo também, sua pele junto a dela, e assim apressou-se em tentar se livrar do kimono do moreno, passando a mão por seu peitoral e depois pela sua costa agora descoberta. Ele a ajudou, desamarrando o proprio kimono e o jogando longe, em um lugar qualquer, facilitando com que ela pudesse aproveitar tanto quanto ele e por fim finalmente conseguiu fazer o mesmo com o vestido imaculado de seda.

Agora, sentindo-o tão perto de si, suas peles quentes se tocando, a rosada já podia sentir a enlouquecedora sensação entre suas pernas, fazendo com que abrisse suas pernas e gemesse ao senti-lo encaixar-se perfeitamente no meio delas. Era tanto para aguentar.

O desejo que tomava conta de seu corpo, parecia dominá-la naquele momento e mesmo ser saber exatamente o que fazer, ela se deixava levar.

O brilho do luar, deixava o lugar mais romantico enquanto os dois enamorados saciavam finalmente seus desejos...

Já não aguentavam mais, já haviam chegado ao limite. Suados, descabelados, apaixonados eles precisavam consumir aquela paixão.

Sasuke desceu suas mãos para as pernas de Sakura e foi tirando sua calcinha lentamente, e mesmo depois, continuou com a mão ali, apalpando suas pernas e depois subindo até a sua cintura. A rosada então o beijou enquanto com as pernas flexionadas, tentava tirar a cueca dele que era a unica coisa que os impedia naquele momento e percebendo o desespero dela, ele a ajudou e logo os dois estavam nus.

— Kami-sama, eu esperei tanto por isso. – ele confessou a tendo de novo em seus braços e olhando naqueles olhos verdes tão brilhantes que por algum tempo achou que não veria mais.

Ela o beijou, mordendo o seu lábio inferior e o provocando, mas principalmente lhe dando permissão para continuar. Então com todo carinho, ele voltou a se encaixar entre as pernas dela e a abraçou,  enquanto murmurava juras de amor em seu ouvido. E assim, seus corpos suados se encontraram fazendo os dois gemerem de prazer. Sasuke fazia movimentos lentos e intensos, cuidadoso para que a esposa não sentisse dor, enquanto ela sentia o ar lhe faltar, ao mesmo tempo que um prazer explosivo começava a se espalhar por todo o seu corpo, queimando seu baixo ventre e a fazendo gemer e arranhar as costas dele a cada movimento de vai e vem.

Logo os movimentos foram se intensificando, ficando mais erráticos e profundos, enquanto gemidos e gritos tomavam conta de todo o quarto.

— Eu amo você. – ele disse com a voz rouca, hipnotizado com a imagem daquele mulher abaixo de si, sem controle, com o rosto avermelhado e os lábios entreabertos de onde gemidos baixos escapavam e Sasuke teve certeza que nunca viu nada mais belo.

Ele a beijou e juntos, chegaram ao apice, quando Sasuke sentiu ela ficar mole e tremer em seus braços. Ele deixou-se cair ao lado dela e depois a puxou, para cima de si. Ambos ofegantes, ele admirou seu rosto afogueado, agora com os cabelos caindo sobre ele.

— Eu sempre amei você, Sasuke-kun. – ela disse ainda ofegante – E sempre vou amar.

Eles voltaram a se beijar, enquanto no ceu, as estrelas eram as unicas testemunhas do seu amor...

Naquela noite, o céu estrelado era a unica testemunha de todos os amores...

— Naruto-kun! Estão todos olhando! – Hinata brigou, ainda que sem forças quando foi beijada no meio da rua pelo noivo possessivo.

— São invejosos. – ele deu de ombros, voltando a puxá-la em seus braços e beijá-la sem sentido.

— Você está bebado. – ela acusou, rindo provavelmente também um pouco alta.

— Eu não ligo por que EU SOU O HOKAGE! – ele berrou atraindo ainda mais atenção de todos – E essa mulher maravilhosa aqui logo vai ser minha esposa!

Para a vergonha ainda maior da Hyuuga, todos os expectadores começaram a aplaudir e gritar, deixando o loiro ainda mais satisfeito e a puxando novamente de encontro a si.

— Nada mais vai me separar de você – prometeu fazendo ela sorrir e eles se beijarem.

...amores puros, apesar de não muito tradicionais...

— Minha vez. – Ino disse animada, enquanto caminhava com o Kazekage em direção a sua casa. – Então o grande Kazekage já teve quantas namoradas?

— Que tipo de pergunta é essa? – ele engasgou ficando corado do jeito que Ino planejava.

— Bem, eu preciso saber se vou encontrar alguma ex-psicotica tentando arrancar meus cabelos em Suna.

— Matsuri pode ser um tanto excentrica, mas não pode ser considerada uma psicopata.

— MATSURI? AQUELA MATSURI? VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO?

— Por que eu brincaria sobre isso?

— Kami, você trabalha com ela. Como isso pode não ser estranho?

— Somos maduros. – ele disse simplesmente a fazendo estreitar os olhos. – Você e Shikamaru ficam estranhos? – ele rebateu.

— É diferente.

— Como?

— Somos grandes amigos.

— Eu e Matsuri também nos consideramos assim.

— Sei... – ela resmungou, de repente bastante tensa e deixando o ruivo confuso.

...amores secretos que talvez não sejam tão secretos assim...

— Você parece tão calado esses últimos dias... – Tenten observou o Hyuuga que caminhava ao seu lado.

— Eu decidi atender o pedido de Hanabi.

Apesar do nome despertar um nó no estomago da mestre das armas, a curiosidade foi maior.

— Que pedido? – questionou, franzindo o cenho.

— Que eu era livre para ser feliz. – ele disse simplesmente, mas ainda deixando a kunoichi confusa.

— Que tipo de pedido é esse?

Para sua frustração, o Hyuuga apenas sorriu sem olhá-la e continuou a caminhar.

— Oe Neji!! Não me deixa falando sozinha! O que esse papo sem sentido quer dizer afinal?

Ele lutaria para conseguir tudo o que havia deixado para trás. Era uma promessa.

...amores que ainda nem são amores ainda...

Kiba e Sayuri finalmente separaram-se ofegantes, nús, e olharam-se tentando mascarar mutuamente a dúvida de quando todo aquele jogo havia ficado tão intenso. Em seguida, os dois riram e voltaram a se beijar, decidindo em silêncio que não davam a minima para essa pergunta.

— Pronto pra próxima? Ainda temos alguns quartos para batizar antes do casal algodão doce voltar. – ela provocou fazendo o moreno rir feroz e puxar-lhe pelo cabelo para mais um beijo.

...amores aonde tudo é mais do que um sentimento. É um significado de vida...

—  eu não posso mais viver sem você... – confessou a abraçando ainda mais enquanto observavam o céu

— naruto-kun... – chamou e ele a olhou - não importa o que aconteça...eu sempre vou te amar...! – ela disse, sincera e ele sorriu

— eu fico feliz de ouvir isso, por que eu não vou deixar você sair de perto de mim nunca mais...

— Você é tão possessivo.

Ela revirou os olhos, até ser beijada novamente e eles ouvirem as palmas e os urros da plateia anonima nas ruas de Konoha. O que eles não perceberam é que nem todos eram tão felizes...

DIAS DEPOIS.

A fúria tomava conta de todo o clã Hyuuga, deixando todos em pânico.

No centro, Hinata olhava atônita para o Hokage furioso que agora tinha as mãos em volta do pescoço de um homem que podia se considerar morto.

— Naruto-kun! Solte-o!

— Ele estava beijando você. – ele disse pausadamente, ainda olhando sua vitima, antes de voltar seu olhar para sua suposta noiva que agora podia ver um brilho vermelho nos olhos azuis. – Ou será que você o estava beijando também? – provocou com um sorriso feroz.

Mas qualquer um que pudesse vê-lo saberia que tudo o que o loiro tinha era nada mais do que fúria. E aquilo nunca significava uma boa coisa.


Notas Finais


Vocês amaram tanto quanto eu? kkkk Admito que foi um dos caps que eu mais gostei de escrever. O que acharam?
Obrigada mais uma vez pelos bonitos comentários que estou recebendo! Beijos e até a próxima!!


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