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História Paraíso Sombrio - A liberdade é uma carícia


Escrita por: biasensei

Notas do Autor


Yo, minna! Tudo bem com vocês?

Primeiramente, gostaria de mandar um trilhão de beijos e abraços a todos que dedicaram um tempinho para me desejar votos de felicidade, saúde (tooooodo mundo me desejou isso, e acreditem, eu tô precisando! Kkkkkkkkkkkkkkkk), amor, paz, inspiração... a todos que me mandaram mensagens, e que mensagens! Recebi cada coisa linda, de deixar os olhos brilhando! Recebi mais imagens e desenhos, tanto da fic, quanto de como imaginam que eu sou, rs – cada coisa linda *0* - recebi fotos, poemas e... a Suiren-san me fez uma surpresa! Ela fez uma one-shot dedicada à mim <3 E adivinhem só... é um hentai kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk E ainda por cima, ela e o amigo dela, P., que é fotógrafo, fizeram uma fotinha toda linda pra mim <3 é pra morrer de tanto amor, meodeos <3 eu não consigo parar de digitar corações <3 socorro <3
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O link da one estará nas notas finais, o link da foto que eles fizeram pra mim está nas notas finais dela. AAAHHHH, Suiren, mlr... muito obrigada! Tu bem sabe quanto carinho eu tenho por ti, preciso nem dizer isso! <3

Então... obrigada gente, muito mesmo! É maravilhoso poder contar com todo esse carinho, e o melhor, sinto que é de coração, o que torna tudo ainda mais especial! Saibam que a recíproca é muito mais que verdadeira :3 A cada comentário, a cada mensagem que recebo, percebo que vocês são a grande razão do meu escrever e da minha coragem para prosseguir. Galerê-san... vocês são demais! Muito obrigada mesmo!

Ah, um abração pra linda da luanabieber37, pela lindeza de sempre, e pelo enorme carinho que me dedica <3 Te gosto desse tantão, menina!
Special Thank’s à Hyuuzu-san, pelas capas divosas. Você sempre arrasa! xD

Mil desculpas pela demora, mas é final de semestre :'( a vida tá louca e corrida :'(
Prometo que, quando minhas férias chegarem, voltarei a postar com a mesma frequência de sempre, mas espero que continuem comentando, dando suas opiniões, seus palpites... não escondam nada dessa autora-san, contem tudinho! *0*

E pra quem estava com saudades da ação NaruHiniana, o momento chegou. Lembram que eu iria fazer um super especial abalador de estruturas e tudo mais? Resolvi fazer melhor, já que, pela ordem da trama, o especial iria demorar demais pra sair. Então, decidi juntar a ação com os momentos dos casais mais amados dessa fic. Os acontecimentos entre eles irão se desenrolar na ambientação que já estava planejada. Viu só como não sou uma autora-san tão má? Não quis fazer vocês esperarem! xD (autora-san querendo reverter a fama de malvada mode on)
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

A trilha sonora dos próximos capítulos será composta de músicas eletrônicas MARAVILHOSAS. Elas darão o contexto perfeito para as cenas que eu vou tentar desenvolver, então, por favor, escutem! *0* Sei que dá um pouco de trabalho, mas eu escolho com muito carinho e atenção xD A primeira música é I Could Be The One, de Avicii e Nicky Romero. O link estará nas notas finais e eu espero que gostem da ambientação que ela dá. xD Então, quando virem o trecho da música no capítulo, coloquem no volume máximo, e... vamos lá!
Ah, eu tenho mais duas músicas eletrônicas maravilhosas que vão me inspirar nos próximos capítulos, então fiquem espertos nas trilhas sonoras que vão aparecer na fic, ;)
(Eu conheço poucas músicas desse gênero porque não é um estilo que eu goste muito, mas tem umas que são um espetáculo, então só vai ter música top por aqui *0*)


Algumas coisas ficarão confusas no inicio, mas tenham paciência, tudo será explicadinho, se não for nesse, será no próximo capitulo. Qualquer dúvida, chamem lá nos comentários que eu venho correndo xD

É isso! Negocio tá começando a esquentar! Viesh!

Ah, continuo sob ameaças por causa do Jiraya! Pelo visto, a história do Asuma tá mexendo com os brios do galerê, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk todo mundo com medo de eu matar o Ero-sennin, óh. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk gosto é assim, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bom... é isso! Espero que gostem xD E, por favor, não deixem de comentar, me contem o que acharam! *0*

Boa leitura, e nos vemos nas notas finais!

Capítulo 23 - A liberdade é uma carícia


 

 

 

 

 

Quando Hinata retornou à sala, viu que todos se reuniam em torno de Jiraya e Shikamaru. Sakura permanecia no sofá junto à Temari, que já demonstrava um semblante bem melhor se comparado à quando chegou. Atentos, Kiba, Deidara, Sai, Naruto e Gaara ouviam o que o Nara dizia.

-Todos nós conhecemos um pouco o Hidan, exceto Kiba e... Hinata. – Shikamaru tentou sorrir para a Hyuuga. Era uma pena que não tivesse tempo para se deter à cordialidades. Em se tratando da atual situação, todo minuto era precioso - Por isso vou repassar algumas informações a vocês. – Shikamaru começou, tentando situar os dois que estiveram longe daquela situação durante o inicio de suas investigações - Ele é um monge praticante do Jashinismo e é completamente doido, além de ser uma pessoa muito perigosa. Eu não tinha ideia de que ele estava envolvido com a Akatsuki, embora não me surpreenda... Hidan é mesmo insano.

-Minha mestra comentou algo sobre ele, enquanto estava na ORDEM. – Kiba falou, tentando lembrar-se das palavras de sua mentora – Algo sobre ele estar no comando de uma rede de assassinos e ser impiedoso com as vítimas...

-O que é Jashinismo? – Hinata interrompeu, confusa.                                                                                 

-É uma... religião. – Shikamaru respondeu, parecendo desconfortável com o termo – Ou pelo menos ele acha que é. Hidan adora o deus Jashin, que prega a descoberta dos prazeres da dor e da morte. – resumiu, para que a Hyuuga compreendesse.

Hinata olhou para o Nara, horrorizada com o que ouvia, mas permaneceu em silêncio. Que tipo de pessoa era aquele Hidan, para praticar algo como aquilo? Que tipo de organização era essa Akatsuki, com a qual Gaara e Sasuke estavam envolvidos? A morena começou a pensar que, se havia pessoas do tipo do tal Hidan envolvidas... Sasuke e Gaara não deviam fazer coisas muito boas por lá também.

-Eu não pensei que Hidan estivesse envolvido com a Akatsuki... – Deidara resmungou, imaginando o quanto seria complicado resgatar Asuma – Aquele bastardo filho de uma puta.

-Eu sabia. – Gaara admitiu, e sua expressão não demonstrava nenhuma emoção.

-Claro que sabia. – Shikamaru enfatizou, estreitando os olhos para o ruivo. Ter Gaara por perto lhe parecia ser algo muito problemático. Poderia mesmo contar com ele? Será que Gaara era realmente um aliado?

Tendo em mente tudo o que havia descoberto, o Nara tinha motivos suficientes para desconfiar de tudo e de todos, inclusive de Gaara, que estava envolvido com a Akatsuki e talvez soubesse de mais coisas do que admitia, mesmo que nem Sasuke se desse conta disso. Aliás, o Uchiha era outro de quem Shikamaru tinha sérias suspeitas, mas não era hora para analisar aquilo. Deveria concentrar-se em resgatar Asuma enquanto havia a possibilidade de ele estar vivo.

-Mas por que ele iria ter interesse na morte de Asuma? Tirando o fato de ele ser completamente maluco e obcecado por esse negocio de prazer da dor e da morte...  – Naruto resmungou, se arrepiando ao lembrar-se da última vez em que havia se deparado com Hidan – Por que logo Asuma?

Shikamaru trocou um discreto olhar com Jiraya, lembrando-se de que tinha que manter sua promessa. Guardaria segredo sobre o que havia descoberto.

-Não sei.  – o Nara mentiu – Mas descobriremos quando chegarmos ao templo Jashin.

-E como vamos conseguir entrar? – Ino perguntou, começando a entrar em pânico.

Shikamaru sorriu para os amigos.

-Eu tenho um plano. – respondeu, exibindo a todos uma expressão diabólica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hinata fitou a fachada do estabelecimento com um olhar estreito. Aquilo não era, nem de longe, o que ela esperava encontrar. Quando ouvira Shikamaru dizer que eles iriam até o Templo Jashin, ela pensou que ele estivesse de fato se referindo a um templo e não a uma boate. Afinal, quem daria um nome como aquele à uma boate? E que monge faria de sua religião um lugar como aquele?

A morena logo se deu conta do tipo de gente com quem estavam lidando. Em se tratando de alguém que cultuava a dor e a morte, aquele era o menor dos problemas que enfrentariam ali.

Sai, Deidara, Naruto e Hinata se aproximavam da entrada da boate de forma aparentemente distraída e natural, como se fossem um grupo de amigos procurando diversão. Naruto caminhava com a mão enlaçada à cintura de Hinata, que trajava uma roupa que Ino havia lhe emprestado, afim de dar mais realidade ao personagem que ela iria assumir. Obviamente, a morena não estava muito confortável com a blusa lilás que deixava parte de sua barriga à mostra, os saltos ou a saia preta de couro, curta e colada demais. Mas não reclamaria; seu maior desejo, naquele momento, era contribuir para que tudo corresse conforme Shikamaru havia planejado.

As luzes de neon piscavam e iluminavam os símbolos reluzentes da fachada, desconhecidos, que pareciam mandalas e lembravam características da mitologia oriental.

Ao chegarem até o portão preto, o quarteto encontrou dois seguranças que lhes barraram a passagem.

-Boa noite. – Naruto sorriu com naturalidade, parando diante dos grandalhões de terno que guardavam a entrada. Deidara e Sai pararam logo atrás.

-Apenas a lista VIP tem entrada garantida aqui hoje. – um dos seguranças falou, enquanto o outro encarava o quarteto à sua frente de forma mais atenta que o normal. Sai estreitou os olhos ao ver que o grandalhão cutucava discretamente o parceiro, como se o chamasse atenção.

-Estamos na lista VIP. – Naruto falou, tranquilamente, ainda sorrindo.

-A lista já está esgotada, rapaz. – o segurança insistiu, avaliando aquelas pessoas com um pouco mais de atenção. Seu chefe havia instruído todos os funcionários do estabelecimento sobre as características de algumas pessoas que poderiam ir atrás dele. “Aquele grupinho de ateus”, dissera o chefe. Só de pensar em desobedecer as ordens dele, os seguranças sentiram um arrepio percorrer suas espinhas.

-Tenho certeza de que você pode abrir uma exceção para um casal e alguns amigos. – Naruto sorriu mais abertamente, estendendo a mão para um dos homens, como um cumprimento. Mas Hinata pôde ver que, entre os dedos do loiro, havia um grande maço de dinheiro.

O segurança aceitou o cumprimento de Naruto e logo em seguida, colocou a mão no bolso. Avaliou novamente o quarteto, lembrando-se das palavras de seu chefe. “Aqueles hereges são quase todos como irmãos. Fiquem atentos, se eles conseguirem passar, o deus Jashin ficará muito contente em receber as almas de vocês através da minha foice”, ele dissera, para logo em seguida exibir aos empregados um sorriso de puro escárnio.

-Se beijem. – foi a ideia que o grandalhão teve para provar que aquelas pessoas não eram os irmãos aos quais seu chefe havia se referido.

Obviamente, ele havia interpretado as palavras de seu chefe de maneira errônea.

Naruto sentiu Hinata estremecer em seu braço.

-O quê? – o loiro piscou, atônito com aquele pedido inesperado.

-Vocês não são um casal? Se beijem. – o segurança exigiu, sorrindo com o visível nervosismo do rapaz.

Naruto olhou para Hinata, que parecia mais pálida que o normal. Ela sabia que não podia deixar seu medo estragar o plano. Não podia deixar que os fantasmas de sua mente arruinassem toda a estratégia montada. A Hyuuga engoliu em seco, fitando aqueles olhos azuis que a encaravam. O loiro franziu a testa, vasculhando sua mente em busca de alguma solução.

Nada. Não conseguia pensar em nada.

-E então? – o outro segurança perguntou, sorrindo com ironia.

-O que há com vocês dois?! – Deidara sibilou baixinho, atrás de Naruto, impaciente - Se beijem logo!

Hinata engoliu em seco novamente, encarando Naruto com os olhos arregalados.

-Que porra! Vocês querem estragar o disfarce?! – Deidara cochichou, entrando em desespero.

Na mente de Deidara e Sai, a voz de Ino soou preocupada.

“O que houve? Estão com problemas para entrar?”

“O problema é que o Naruto é um idiota.”, Deidara resmungou mentalmente, ouvindo Ino xingá-lo. Ter a loira em sua mente através daquele jutsu não era nada agradável, principalmente pelo fato de que Naruto, Hinata e Gaara não estavam sob o efeito do poder de Ino. Na mente da Hyuuga, apenas Sasuke conseguira entrar. Na mente de Naruto e Gaara, os Bijuus barravam qualquer tentativa da loira de tentar se aprofundar em suas consciências.

“Sai, o que está acontecendo?”, Ino perguntou ao amigo, depois de xingar Deidara de alguns palavrões. 

O moreno respirou profundamente, revirando os olhos para toda aquela confusão. E logo em seguida, ele se aproximou de Deidara, sorrindo teatralmente para o loiro.

-Ai, amor! – Sai falou, apoiando a mão no ombro de Deidara, fazendo com que sua voz soasse mais aguda que o normal – Ele quer ver o casal se beijando, não tá ouvindo? Me beija logo!

Deidara tossiu, engasgado, olhando para Sai com os olhos arregalados.

-O QUÊ?! – guinchou, começando a se desesperar de verdade.

Naruto e Hinata observavam a cena embasbacados, tentando compreender a repentina atitude de Sai.

-Vo... vocês que são o casal? – um dos seguranças perguntou, surpreso.

-Claro, querido! – Sai falou, novamente fazendo ecoar pela rua sua voz teatralmente agudizada, fazendo gestos espalhafatosos com as mãos – Esses ai – disse, referindo-se à Naruto e Hinata – são nossos amigos, né, amor? – perguntou, olhando para Deidara, que demonstrava cada vez mais pânico.

-É?! – Deidara tentou confirmar, mas sua voz soou mais como uma pergunta.

-Então, é beijo do casal que vocês querem? Pois é beijo do casal que vocês vão ver. – provocou Sai, aproximando-se ainda mais de Deidara.

-PE-PE-PERAÍ, A-A-AMOR, NÃ-NÃO PRECISA DI-DI-DISSO, NÃO! – o loiro gaguejou, realmente se desesperando, enquanto Naruto e Hinata tentavam conter o riso.

-Que é isso, amor, eles querem ver! – a voz aguda de Sai ecoou novamente pela rua.

-Não precisa, não precisa! – os seguranças apressaram-se em dizer, apavorando-se com a possibilidade de presenciarem aquela cena. – Podem entrar, sejam bem-vindos ao Templo Jashin! – um deles abriu o grande portão preto, dando passagem aos quatro jovens.

Sai fitou os guardas com um olhar que continha um misto de ironia e raiva. Deidara observou atentamente aquela expressão – era difícil ver o moreno exprimir qualquer sentimento e perceber aquele olhar o deixou apreensivo.

Naruto apoiou um dos braços nos ombros do moreno e, sem desgrudar a mão da cintura de Hinata, avançou pela rampa que dava acesso ao salão. Era terrível que seu amigo tivesse que usar o preconceito alheio como uma arma, mas a situação exigia métodos desesperados.

-Obrigado. – o Uzumaki sussurrou, aliviado por terem conseguido entrar.

Sai assentiu, sorrindo.

-Não se preocupe. É fácil manipular mentes preconceituosas e atrofiadas. – o moreno respondeu.

-Acho que é hora de nos separarmos. – lembrou Hinata, sentindo a adrenalina correr novamente em suas veias.

Os quatro pararam próximo à porta que dava para onde a festa se desenrolava. 

-Certo. Lembrem-se do plano. – disse Sai, olhando seriamente para os três amigos que se reuniam a sua volta - Nossa única fonte de comunicação em comum é a Ino, já que o jutsu dela não permite que a gente se conecte mentalmente entre si. Naruto e Hinata, por favor, deixem seus celulares ligados. Não é seguro utilizar celular aqui, mas já que a mente de vocês é quase impenetrável, é a única maneira de mantermos contato. Não usem o celular à toa, pode ser perigoso. Se virem alguma coisa suspeita, avisem! Lembrem-se que o jutsu da Ino é um feitiço de comunicação e não de leitura de mentes. Essa é apenas a primeira boate do Hidan que estamos visitando, já que ele tem várias. – instruiu, ouvindo Deidara bufar. Obviamente, Hidan era seu concorrente no mundo dos negócios.

-Lembrem-se que nosso objetivo não é somente achar Asuma. – foi a vez de Naruto instruir os amigos - Tem muita coisa mal resolvida nessa história e qualquer pista será útil.

Todos assentiram. Era hora de começar a agir.

As palavras de Naruto ascenderam a chama do chakra de Hinata e logo ela sentiu o poder começando a despertar novamente. As pontas de seus dedos formigavam e seus olhos tinham o brilho de quem não ficaria no banco de reserva na hora do combate. Hinata não seria mais a garota que era sempre protegida por alguém.

Ela ajudaria. Daquela vez, ela lutaria também.

-Ah, e mais uma coisa... – Naruto falou, antes que Sai e Deidara se afastassem. Seu olhar era duro, o azul escurecido pela energia sombria que circulava ao seu redor – Se virem algum membro da Akatsuki... matem. – ordenou, vendo Deidara sorrir e Sai assentir.

-Vamos lá! – Deidara animou-se e logo se afastou dali, seguido por Sai.

 

 

 

 

 

 

Naruto e Hinata caminhavam até o local combinado, o loiro ainda mantendo a mão na cintura da garota, tentando misturar-se ao ambiente sem chamar atenção. Os dois se sentaram nas cadeiras próximas ao balcão do bar, observando o movimento, esperando.

 

“Muito bem!”, a voz de Ino soou na mente de Jiraya, Sai, Deidara, Kiba, Sakura e Shikamaru. “Jiraya já entrou pelos fundos, Shikamaru está no segundo andar e entrou pela escada de incêndio na lateral esquerda, Kiba estraçalhou os seguranças do portão da lateral direita, Naruto e Hinata já estão no bar, Sai e Deidara entraram pela frente e a Sakura seduziu o guarda do portão sudeste. Cercamos o perímetro! Assumam suas posições! Por favor... tomem cuidado! E se encontrarem o Hidan, não entrem em confronto com ele!”, a loira falou e todos assentiram, embora seus planos fossem exatamente o contrário.

 

 

 

No terraço acima do prédio onde funcionava a boate, o ponto mais alto daquele local, Ino mantinha-se em posição de meditação, as mãos juntas, os dedos sinalizando o jutsu em execução. Atrás dela, um certo ruivo mantinha-se em pé, de braços cruzados, a expressão séria, os olhos atentos a qualquer aproximação.

-Você não precisava ter ficado aqui. – Ino falou, sem virar-se para olhar para Gaara, temendo perder a concentração.

-Apenas faça seu jutsu, Ino. – o ruivo resmungou, sem querer prolongar aquela conversa. Obviamente, ela sabia o quanto ficava vulnerável quando usava aquele jutsu. O corpo da loira ficava totalmente desprotegido e ele não estava disposto a deixa-la sozinha naquelas condições. E não havia adiantado ela insistir que ele fosse ajudar os outros, alegando ser forte o suficiente para defender-se sozinha e que ficaria bem. Ele não a deixaria sozinha, desprotegida, vulnerável.

Ino suspirou pesadamente, tentando não pensar muito naquilo. Gaara era teimoso e, mesmo que ele não dissesse aquilo em voz alta, ela sabia que a intenção do ruivo era de protege-la de qualquer perigo.

-Eles conseguiram entrar. Todos eles. – Ino disse, e sua voz estava carregada de tensão e receio. Seu coração estava apertado.

Gaara apenas assentiu. Esperava que Naruto e os outros pudessem achar Asuma. Ele iria torcer por isso.

Mas, conhecendo Hidan, Gaara sabia que as chances de o mestre de Ino estar vivo eram mínimas. Mesmo que todos procurassem manter a esperança, cruzar com aquele monge maníaco era o mesmo que assinar a sentença de morte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Eu poderia ser aquela que fará você se sentir daquele jeito

Eu poderia ser aquela que libertará você”

 

 

 

A música eletrônica alta embalava os corpos que se moviam na pista de dança, enquanto alguns casais aleatórios se agarravam nos cantos da boate. Sentados, Naruto e Hinata esperavam atentamente pelo sinal que os daria permissão para agir. Vez por outra, alguma mulher aproximava-se, insistindo em encarar Naruto, como um convite, mas ele logo desviava os olhos. Não era hora para distrações.

As investidas daquelas mulheres não passavam despercebidas aos olhos de Hinata.

-Uma dose de uísque, por favor. – Naruto pediu ao barman. Sua expressão demonstrava tranquilidade, mas seus olhos azuis vasculhavam, discretamente, cada canto daquele lugar.

-Duas. – Hinata pediu, fingindo não notar o olhar surpreso que o loiro lhe lançava.

-Você vai beber? – perguntou Naruto, confuso.

Mas ela não respondeu. Continuou observando o barman trazer os copos cheios com um líquido de cheiro forte. Seu estômago embrulhou. Como Naruto e os outros conseguiam viver bebendo aquilo?

Quando o barman depositou os dois copos no balcão, Hinata estendeu a mão para pegar a bebida, mas antes que pudesse alcança-la, Naruto puxou os dois copos, afastando-os dela.

-O que há com você? – o loiro questionou. Desde que se afastaram de Sai e Deidara, ela não havia falado uma única palavra sequer, parecendo distante, fria.

Hinata mantinha o olhar apático, fitando o copo que Naruto havia afastado dela.

-Devolva. – falou, sua voz soando de maneira inexpressiva.

-Não. Você não vai beber. Você é fraca para bebida e eu estou planejando tirar proveito disso em uma outra ocasião. – o loiro falou, exibindo à Hinata um sorriso malicioso.

-Devolva, Naruto. – ela novamente pediu, sua voz ainda inflexível.

Ele a fitou, franzindo o cenho, cada vez mais confuso. Hinata ergueu a mão na direção do copo que estava em sua mão, mas ele novamente afastou a bebida.

Cansada daquilo, ela novamente voltou-se para o barman.

-Traga mais duas doses, por favor.

-Não traga, não. – falou Naruto, antes que o barman pudesse voltar-se para a estante de bebidas – Vou perguntar de novo: o que há com você? – ele questionou, encarando-a com seriedade.

-Duas doses. – Hinata voltou a pedir, sem sequer virar-se para Naruto, mantendo os olhos fixos no rapaz atrás do balcão.

O barman mal se moveu quando ouviu novamente a voz de Naruto.

-Fique onde está. – o loiro falou, sem tirar os olhos da Hyuuga. O barman ficou paralisado entre os dois – Eu fiz alguma coisa?

-O que está esperando? Traga a bebida! – ela exaltou-se com o barman.

-É pra trazer ou não? – o funcionário perguntou, já cansado daquela discussão.

-Sim! – ela respondeu.

-Não! – Naruto intrometeu-se.

O barman suspirou pesadamente, impacientando-se com aquela situação e logo encheu mais dois copos, colocando-os na frente de Hinata.

-A moça paga, a moça manda. – disse ele, sorrindo, recebendo as notas que a morena depositava no balcão.

Antes que Naruto pudesse dar um jeito de afastar aqueles copos também, Hinata virou a primeira dose de uma só vez, sentindo o líquido descer quente em sua garganta, como se rasgasse tudo dentro de si. Ela sacudiu um pouco a cabeça, seu corpo inteiro arrepiando-se com o rápido efeito da bebida.

Naruto estreitou os olhos, fitando aquela cena com uma expressão incrédula.

Hinata permaneceu em silêncio por alguns instantes, encarando o segundo copo disposto no balcão, ao seu alcance. O que aconteceria se ela bebesse apenas mais uma dose? A bebida afastaria as más lembranças que assolavam sua mente? Responderia às dúvidas que tinha sobre Naruto? Se ele vivia bebendo aquilo, algum efeito bom o álcool devia trazer...

-Você não quer mais me beijar. – ela falou, de repente, antes de agarrar o outro copo.

Naruto piscou, confuso.

-Como é que é?! – ele grunhiu.

-Naquela hora, na entrada. Você não quis... você não quer mais... – ela balbuciou, mas não conseguiu concluir a frase. Sentia-se tola por dizer aquilo e ao mesmo tempo confusa com a atitude de Naruto. E se ele estivesse cansado de ir devagar? E se ele não estivesse mais disposto a esperar por ela? Hinata sabia que havia muitas opções de mulheres para ele naquele lugar e em qualquer outro. Por que ele haveria de prender-se logo a ela?

Sim, ele deveria estar cansado de esperar que ela se livrasse de seus eternos traumas. Ou talvez ela estivesse fazendo tempestade em copo d’água. Afinal, por que ela se importava tanto com aquilo? Que tipo de sentimento Naruto estava despertando dentro dela, além de todos os outros que ele já havia trazido à tona?

Com todas aquelas dúvidas na cabeça, sem conseguir raciocinar direito, Hinata levantou-se da cadeira, ainda sentindo seu corpo aquecer-se com a bebida.

-Aonde você vai? – Naruto perguntou, vendo a morena afastar-se com o outro copo na mão.

-Vou procurar pelo Jiraya! Ele já deveria ter dado noticias.

-Hinata, não é hora pra pirar. Concentre-se no plano! – falou ele, levantando-se também e tirando o copo da mão da garota, tentando segurá-la pelo braço.

Mas a morena logo se desvencilhou e pegou a outra dose que o loiro havia soltado no balcão. Hinata não queria pensar naquelas coisas agora. Ela sabia que deveria se concentrar na estratégia montada por Shikamaru, mas com tudo aquilo em mente, seria impossível. Na esperança de colocar a cabeça em ordem, a Hyuuga caminhou por entre as pessoas que dançavam enlouquecidamente na pista de dança. Naruto apressou-se em segui-la, sem conseguir alcança-la em meio a toda aquela gente que se movia de maneira irritante à sua frente.

-Hinata! – ele gritava, mas sua voz era abafada pela batida da música que explodia por todo o ambiente. Vez por outra ele era puxado pela camisa por alguma mulher, que insistia em querer arrastá-lo para dançar. Ele desvencilhava-se das mãos que investiam em sua direção, tentando fixar o olhar nos cabelos de Hinata, única parte dela que ainda conseguia identificar em meio à multidão. Os fios negros se esvoaçavam para cada vez mais distante, tornando-se quase indistintos sob as luzes que piscavam, acompanhando o ritmo da música.

Quando enfim conseguiu atravessar o salão, Naruto viu a morena indo em direção aos fundos da boate. Ele novamente apressou o passo, praguejando mentalmente sobre aquela situação. Hinata sumiu na curva do corredor estreito que dava para o portão no sul da boate e ele também seguiu naquela direção, sentindo seu sangue esquentar ao perceber que, encostados na parede do corredor, três homens a observavam com malícia, os olhos fixos no rebolado discreto com o qual ela caminhava. Um dos homens adiantou-se em segui-la, mas devido à movimentação da boate, Hinata não percebeu.

Naruto apressou ainda mais os passos, praticamente rosnando de raiva.

“Se acalme. Não é hora de perder o controle.”, o loiro ouviu a voz de Kyuubi soar em sua consciência.

-Não enche, Kyuubi! – ele gritou, esquecendo-se de que deveria manter a comunicação com o Bijuu em pensamento.

“Essa moça está mexendo demais com você, Naruto. Cuidado para não fazer nenhuma bobagem.”

-Do que você tá falando?! – o loiro questionou, sem diminuir a velocidade com a qual ele seguia o homem que ia atrás de Hinata.

Kyuubi suspirou. Naruto ainda não compreendia os impactos da chegada de Hinata em sua vida e aquilo podia se tornar um problema. Quando Jiraya iria contar pra ele?

“Concentre-se no plano. Não faça nada imprudente. E, principalmente: tome cuidado com essa garota. Seu desejo por ela manipula suas ações. Mantenha a cabeça fria.”

Naruto suspirou pesadamente, tentando obedecer aos conselhos de Kyuubi, mas a raiva aumentava cada vez mais ao ver que o homem estava, de fato, seguindo Hinata.

Os olhos do loiro começaram a perder o brilho azul, escurecendo-se em um tom de vermelho vivo.

“Naruto!”, Kyuubi rosnou, repreendendo seu hospedeiro. “Não seja idiota! Esses sentimentos não são saudáveis para o seu coração! Não transforme essa garota em sua perdição!”

-Cale... a... droga... dessa... boca... Kyuubi... – Naruto sibilou, sentindo a fúria tomar seus sentidos ao chegar até o fim do corredor e não ver ninguém. Ele selou o Bijuu, mantendo-o distante de seus pensamentos, sem poder intervir.

À sua frente só havia a saída de emergência e duas portas que davam para os banheiros feminino e masculino.

Ele esmurrou a porta do banheiro feminino uma vez.

-HINATA!

Ninguém respondeu. E Naruto tratou de esmurrar a porta uma outra vez. E outra. E outra.

Impaciente, ele deu um último murro, mais forte, quebrando a trava da porta.

-HINATA! – o loiro gritou novamente. Avançando para dentro do banheiro, ele encontrou várias outras portas, que davam para os sanitários. Começou a abrir todos os boxes, até que deparou-se com o último compartimento, que estava fechado. Desferindo outro murro na porta, ele forçou a tranca e, quando a madeira cedeu, Naruto pôde ver que Hinata jazia sentada sobre a tampa do vaso sanitário, o rosto escondido por uma mão enquanto a outra segurava o copo vazio. Os olhos vermelhos de Naruto vasculharam o box, mas só a morena estava ali.

Sem conseguir conter a raiva que explodia em sua mente, Naruto agarrou o braço de Hinata com força, arrastando-a para fora do banheiro feminino.

-Me solta! – ela tentou desvencilhar-se, mas o loiro a segurava com tal força que era impossível livrar-se de seu aperto.

Ao saírem do banheiro, ele a agarrou pelos pulsos, fazendo-a chocar as costas na parede, o copo desequilibrando-se de sua mão e estilhaçando-se no chão. Os cacos espalharam-se por todos os lados, mas nenhum dos dois pareceu se importar. Naruto bateu as mãos com força na parede, ao lado da cabeça de Hinata, encurralando-a. Ele respirava profundamente, encarando-a com os olhos escurecidos de fúria. Sua garganta reprimia o grito que ele queria soltar, de ódio, de confusão, de urgência.

-Pra onde você estava indo?! Onde está aquele cara?! – ele gritou, descontrolado.

-Eu disse a você que iria procurar o Jiraya! – ela respondeu, irritada.

Naruto aproximou um pouco mais o rosto do dela, olhando no fundo dos olhos perolados a sua frente.

-Não minta pra mim, Hinata. – ele sibilou, as unhas arrastando-se pela parede, enquanto tentava se controlar para não fazer nenhuma bobagem.

-Não estou mentindo! Eu não sei de cara nenhum! O que você acha que eu sou?! – a morena perguntou, ofendida com aquela desconfiança.

-Maluca! – ele explodiu novamente em um grito, ainda perto demais da garota – Como você pode dizer que eu não quero te beijar, se desde que você chegou, tudo o que eu faço é tentar te ter pra mim?!

-Essa não é a questão! – ela respondeu, seus pensamentos desorganizados impedindo-a de raciocinar com coerência.

-Então... qual... é?! – Naruto novamente sibilou cada palavra com raiva, aproximando ainda mais seu rosto do de Hinata.

-Você... – ela tentou responder, perdendo o foco com aquela proximidade – Por que você não... – Hinata novamente tentou, mas não conseguiu concluir sua frase. Os olhos perolados desviaram do olhar de Naruto, fixando o chão.

-Olha pra mim, Hinata. – o loiro mandou, mas ela permaneceu com o rosto baixo.

-Vamos procurar o Jiraya... – ela pediu, tentando empurra-lo.

-Não! – ele novamente a forçou contra a parede – Diz! – insistiu.

Hinata permaneceu em silêncio e os dois se encararam por um momento. Que garota mais complicada!

Percebendo que não havia maneira fácil de se livrar daquela situação, Hinata suspirou, rendendo-se.

-Por que você não quis me beijar naquela hora? – ela perguntou, repentinamente.

Naruto franziu o cenho, sem compreender aquela pergunta.

-Do que você está falando?! – perguntou, incrédulo.

A morena suspirou novamente, baixando o rosto, sem falar mais nada.

-Eu não... quis?! Você só pode estar brincando! – ele novamente se exaltou – Hinata, eu quero ficar com você. Eu quero ter você pra mim. Eu quero te beijar, eu quero seu corpo, quero você. Eu quero você. – ele repetiu, os olhos fixos e intensos nos dela.

-Então por que...

-Porque eu não quis que fosse daquele jeito! – ele admitiu, contrariado por ter que falar sobre aquele tipo de coisa – Forçado, sem desejo, tenso!

Hinata arregalou os olhos, surpresa com aquelas palavras. Não passava pela sua cabeça que Naruto se importasse com ela daquela maneira. Até onde sabia, o loiro nutria por ela sentimentos de puro desejo. No que aquilo estava se transformando?

-Você ainda... ainda... – ela tentou, as palavras sufocadas pelo choque.

-Ainda quero beijar você? – ele perguntou, levando uma das mãos até a nuca de Hinata – Claro que quero. Quero beijar você, sua boca, seu corpo, quero que você seja minha, quero te ter na minha cama, te ouvir gemendo meu nome... – ele falou, afundando o rosto no pescoço da morena. As palavras soavam abafadas pela pele pálida de Hinata, enquanto os lábios de Naruto arrastavam-se até a orelha da garota.

Hinata sentiu suas pernas fraquejarem.

E se sentiu pronta.

Ela não precisava que acontecesse em um lugar especial, ou em uma ocasião especial. Não precisava que ele lhe comprasse flores, ou lhe dissesse que a amava. Bastava que Naruto a libertasse e aquilo, ele já estava fazendo. Bastava que ele a quisesse em seus braços e ela seria dele, totalmente dele, quantas vezes ele quisesse. Não precisava esperar mais. Tudo em sua vida havia se transformado por causa dele. E não tendo nada de muito precioso que pudesse dar a ele, em forma de gratidão à todo o amor que havia preenchido sua vida desde que o loiro a fez parte da família, nada mais justo que entregar a si mesma nas mãos daquele que havia transformado parte das trevas em seu coração na luz de uma nova vida.

Ela ergueu os braços, enlaçando o pescoço de Naruto, trazendo-o para mais perto.

Hinata se sentia livre. E a liberdade era a saudade das carícias de Naruto em seu corpo.

Ele aproximou ainda mais o rosto do dela, sua língua delineando o contorno dos lábios vermelhos da morena, mordendo o lábio inferior, sentindo-a arfar de desejo.

Não havia mais plano, estratégia, amigos, Asuma, Hidan, Jashinismo, boate. Não havia mais nada em que eles pudessem deter a atenção que não fosse os lábios um do outro, o desejo ardente que crescia, sufocado, espalhando-se pelo corpo dos dois.

Não havia mais nada que não fosse o sentimento que se agitava, forte, acordando, no peito de Naruto e Hinata.

Naruto aconchegou-se um pouco mais às curvas do corpo de Hinata, que o recebia sem esforço, sem barreiras. Tudo ao seu redor parecia ter virado breu. Os olhos semicerrados da morena era tudo o que ele conseguia enxergar.

O calor da bebida que se espelhava pelo corpo de Hinata ganhava agora um novo sabor. A mente em desordem, furacão de ideias e sentimentos, dificultava seu raciocínio. Mas ela sabia que queria. Queria selar seus lábios nos de Naruto, queria ele a fizesse dele. Ali, na parede, ou em qualquer outro lugar. Não fazia diferença.

Ela fechou completamente os olhos, esperando pelo beijo.

 

 

Mas ele não veio.

Confusa, ela abriu os olhos, percebendo que Naruto a encarava seriamente. Os olhos dele ainda eram de um azul escuro, o desejo tingindo sua expressão.

Mas por que ele não a beijava?

-Não aqui. Não agora. – ele sussurrou e depositou um rápido selinho nos lábios dela, para logo em seguida afastar-se.

Atônita, Hinata piscou, confusa, ainda encostada na parede.

-Não quero que seja assim. – ele novamente explicou, percebendo o questionamento na expressão da garota – Você está sob o efeito da bebida e... e nós temos uma missão a cumprir.

Hinata baixou o rosto, percebendo como havia sido precipitada. Naquela noite, havia algo mais importante que seu crescente sentimento por Naruto. Uma vida estava em jogo. Ela não podia ser egoísta. Tinha que preparar-se para proteger e lutar por seus amigos, por sua família.

O loiro tocou o rosto da garota com delicadeza, fazendo-a erguer a cabeça para encará-lo.

-Eu quero você. – ele repetiu as palavras que havia dito anteriormente – Quero muito. Não se esqueça disso.

Ela assentiu, compreendendo que aquela situação era perigosa demais para se deter à atos impensados. A morena encarou Naruto por um longo minuto, vendo que ele parecia incerto se deveria sair dali ou não.

Ter Hinata ali, tão perto, era tentador demais. Talvez, se ele apenas chegasse um pouco mais perto... e mais perto...

-ATÉ QUE ENFIM ACHEI VOCÊS! – Kiba gritou, aparecendo no corredor, respirando com dificuldade pela pressa com a qual havia procurado pelos amigos. Ele estreitou os olhos ao perceber a proximidade entre os dois. Os cacos de vidro espalhados no chão também não lhe passaram despercebidos.

Ainda encarando Hinata, Naruto cerrou os lábios numa linha rígida, respirando pesada e impacientemente.

-Calma, Naruto. – Hinata sussurrou para o loiro.

Naruto se virou para o recém-chegado, fitando-o com uma expressão ameaçadora.

-O que é, Kiba?! – perguntou, mas logo se surpreendeu ao ver Sakura chegando logo atrás do Inuzuka – Sakura?

-Finalmente achamos vocês. – ela suspirou, parecendo aliviada, mas sua expressão demonstrava grande preocupação.

-Alguém precisa ligar pro Sasuke! Agora! – Kiba anunciou, urgente.

-O quê?! Por quê?! – Naruto indignou-se.

-Nós subimos até o segundo andar, tentando achar alguma coisa e... – Kiba começou, mas franziu o cenho, confuso, sem saber como continuar.

-E o quê, Kiba? – Hinata perguntou, começando a se impacientar também.

-A gente ouviu uma conversa de uns seguranças e... – o Inuzuka novamente se interrompeu ao ver que um homem saia de dentro do banheiro masculino.

Naruto estreitou os olhos, percebendo que aquele era o cara que estava, supostamente, seguindo Hinata. Pelo visto, o loiro havia enlouquecido a toa.

Ao perceber que o homem se afastava, Kiba suspirou. Não podia ser descuidado e falar o que não devia em um lugar cheio de suspeitos como aquele.

-E o quê, cara?! – Naruto questionou, impaciente.

O moreno olhou ao redor, mas não havia mais ninguém ali exceto seus amigos. Ele novamente suspirou e, com uma expressão de desgosto, encarou o loiro.

-Eu acho que foi o Sasuke quem matou o Itachi! – Kiba finalmente falou, fazendo Naruto arregalar os olhos azuis em direção a Sakura.

A expressão desolada da rosada logo assumiu um tom de angústia que fez Hinata estreitar o olhar. A morena podia sentir que havia muito mais segredos no coração de Sakura do que ela deixava transparecer. Hinata podia sentir seu poder latejando dentro de si furiosamente, pulsando na direção da curadora à sua frente, o desejo de descoberta ganhando vida.

O que Sakura escondia naquele coração?

 

 

 

Mas o que ninguém reparou foi que, de todos ali, Hinata foi a única que não pareceu nem um pouco surpresa com a revelação de Kiba.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Oi!
E aí? Gostaram?


O link da musica:
http://www.youtube.com/watch?v=EGS5Q6Rq6Pg

O que acharam da cena do Sai no começo do capítulo?
E das confusões na cabeça da Hinata? Acho que ela está começando a descobrir que os sentimentos dela por Naruto são mais intensos do que ela pensava @_@ Tá toda confusa! Kkkkkkkkkkkkk
E das cenas NaruHiniana? *0*

Kiba... você está criando uma legião de inimigos. Tô começando a achar que você não sai dessa fic vivo @_@
E pra quem estava com saudades da Kyuubi ela voltou... será que a Kyuubi sabe de alguma coisa sobre a Hinata que Naruto ainda não se deu conta? O.O

Viesh, será que a Hinata sabe dos paranauês todos? E a Sakura? Será que ela sabe de alguma coisa também? HIHIHIHIHIHIHI
TRETAS, TRETAS, TRETAS! *0*
E com o Sasuke-kun chegando, sinto cheiro de safadeza no ar... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

E não se preocupem... safadezas NaruHinianas não demorarão a aparecer também.

E com Ino e Gaara naquele terraço, sozinhos... sei não, hein?

Sai e Deidara também não ficarão de fora! xD

(Leitores querendo me matar neste momento kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Ah, o link da one que a linda da Suiren dedicou a mim:
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-naruto-a-professora-2216047
Nas notas da one está o link da foto que ela e o amigo dela fizeram *0*

Bom... é isso. Por favor, não se esqueçam de comentar e me dizer o que acharam, tá? Lembrem-se que é o comentário de vocês que me deixa desesperada para continuar a escrever xD Então comentem, recomendem a leitura dessa fic aos amigos, favoritem, façam essa autora-san feliz *0*

Até o próximo ;)

Bjks!


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