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História Paraíso Sombrio - O menino redemoinho


Escrita por: biasensei

Notas do Autor


Yo, minna! Tudo bem com vocês?

Autora-san meio dodói postando capítulo novo! :'(
Viram só? Voltei a postar com a mesma frequência de antes, porque estou em recesso. Meu tão esperado, amado e merecido recesso. *0*

E como se não bastassem as mensagens carinhosas que recebo sobre o Jiraya... Agora tô sendo ameaçada por causa do Gaara também!
“AUTORA-SAN, QUE HISTÓRIA É ESSA DE VOCÊ ARREBENTAR O CORPO LINDO E SARADO DO RUIVO MAIS DELICIA DESSA FIC?! TRATE DE TIRAR ELE VIVO E INTEIRINHO DA SILVA DAQUELE LUGAR OU VOCÊ IRÁ SE DEPARAR COM UM MONTE DE LEITORES FURIOSOS E QUERENDO A SUA CABEÇA!!!”

Autora-san arranjando sarna pra se coçar '-'
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gente, eu amo essa empolgação e envolvimento de vocês!

Será, meu povo? Será que é o fim da linha pro Gaara?
Ah, gente por falar nele, esse ruivinho mostrou porque é um dos boys mais divantes dessa fic, hein? Ô Gaarinha do meu coração! <3
Não tô dizendo que o Sasuke é o personagem mais controverso dessa história? Vocês não decidem se amam ou se odeiam esse Uchiha! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ele sempre aparece nos momentos de tensão, que nem alma penada. UI!
Sakuritcha tomando as rédeas da situação, viesh! Ela tá mesmo manjando dos babados todos e não conta pra gente! Que rosada malvada!

Hoje eu mando um xero especial pra HinataChaan, sempre tão atenciosa e empolgada com a história, flor, eu adoro o carinho que você dedica a mim e à minha fic... Muito obrigada!

Abraço apertado, apertadíssimo, pra Suiren-san, minha amiga, meu amor, meu caso, minha linda, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk que mesmo sumida dos comentários, sempre me diz o que acha dos capítulos pelo Facebook, e morre de ciúmes quando não cito ela nas notas... Te amo, cê sabe! <3

A música de hoje é do Jimmy Hendrix, <3<3<3<3 Por favor, escutem, Jimmy Hendrix é foda, e a música vai dar um clima todo especial pra cena em que ela aparecer. Fiquem espertos na indicação no decorrer do capítulo!
O link estará nas notas finais, espero que gostem xD
Mas chega de enrolação, né?

Boa leitura, e nos vemos nas notas finais!

P.s.: Pra quem sentiu saudade, as notas grandes voltaaaaraaammm! kkkkkkkkkkkkkkkk

Capítulo 29 - O menino redemoinho


 

 

 

 

Memórias de um passado distante

 

 

Seus passos ecoavam por toda a rua escura, enquanto desviava habilmente dos rastros de lama e sangue que encontrava no caminho. Estava naquela cidade há pouco menos de uma semana e não gostava muito dela. Era pequena demais e não havia muitas mulheres, e as que encontrava eram quase todas casadas ou cansadas demais da vida para se interessarem por casos de uma noite só. Ele queria ir embora. Achar aquele moleque estava lhe dando mais trabalho do que havia imaginado. Não tinha um lugar mais fácil para abandonarem um jinchuuriki? Como é que ele havia ido parar ali?

Ele continuou caminhando até ouvir o barulho estranho de sacos sendo revirados. No final da rua, distinguiu uma silhueta pequena que remexia os sacos de lixo desesperadamente em busca de algo.

O homem se aproximou, e seus olhos brilharam quando viu os fios loiros e sujos do garotinho, que sangrava por um corte no abdômen. Deveria ter uns seis ou sete anos, era difícil dizer. A roupa esfarrapada, os pés descalços, a pele manchada de sangue, suor e sujeira, eram as características que pintavam o triste quadro a sua frente. Mesmo assim, ele não pôde deixar de suspirar, aliviado. Finalmente o encontrara. Aqueles cabelos, aqueles olhos azuis, mesmo embaçados pelo vazio e sem brilho... eram inconfundíveis.

O menino continuou revirando o lixo sem sequer erguer a cabeça para observar o homem jovem e estranhamente grisalho que se aproximava e se agachava perto de onde ele estava.

-Ei, moleque. Tá procurando o que ai? – o mais velho perguntou.

-Comida. – o garoto respondeu, e parou de remexer os sacos quando achou restos do que parecia ser um jantar de muitos dias atrás.

O homem fez uma careta. O cheiro daquilo era horroroso. Exalava podridão.

-Esse corte aí na sua barriga não tá doendo, não? – perguntou, mas o garoto parecia não estar prestando atenção em sua presença ali.

Distraidamente, o menino se sentou, remexendo a sacola de comida.

-Posso tratar do ferimento, se você deixar. – o homem insistiu – Posso lhe dar comida e água fresca, e uma casa.

-É melhor você ir embora daqui, tio. – o garoto respondeu, ainda com os olhos vazios fixos no que seria sua primeira refeição em dias.

O homem sorriu.

-Infelizmente, não posso fazer isso. Você é minha missão. Estive procurando por você há... muito, muito tempo.

O garoto respirou profundamente, impacientando-se.

-Olha, tio, você parece gente boa, é por isso que tem que sair daqui. Coisas ruins acontecem com quem fica perto de mim.

-Já disse que não po...

-Vá embora daqui! – a voz sombria e dual do garoto soou como se um monstro tivesse despertado dentro dele, os olhos azuis ganhando um brilho avermelhado. Ele então sacudiu a cabeça, fechando os olhos, para logo abri-los novamente. O azul sem vida voltou a predominar em seu olhar, e ele se voltou para a comida. 

O mais velho piscou, surpreso. Então o poder do Bijuu estava fora de controle dentro dele... bem, era de se esperar. O menino deveria estar tentando usar aquela energia para sobreviver em meio ao caos de estar abandonado há tantos anos. E, com certeza, havia gente atrás dele. Aquilo explicava o ferimento no abdômen que sangrava ininterruptamente e as outras cicatrizes que, mesmo sob a luz fraca do poste, ele podia distinguir claramente na pele suja do menino.

-Não posso ir. – o homem novamente insistiu – Você é minha missão, já disse. E não me chame de tio. Faz eu parecer mais velho.

-Você é velho. – o garoto respondeu sem hesitar, para logo em seguida abocanhar um punhado do arroz azedo.

-COMO É?! – o homem exaltou-se. Ele passou a mão no rosto, tentando manter-se paciente – Pare de comer isso. – falou, segurando as mãos do menino, impedindo-o de pegar mais da comida estragada – Já disse que quero cuidar de você. Deixe-me...

Mas o homem não pôde completar sua frase. Algo o havia atingido nas costas, e estava ardendo. E pelo líquido quente que agora escorria por sua roupa, deveria estar sangrando. E muito.

Ele então se virou para trás, procurando o autor do golpe. Na escuridão da rua, ele não conseguia distinguir nada.

O garoto continuou comendo como se nada tivesse acontecido.

-Quem está ai? – o mais velho perguntou, ficando de pé. Mas que raio de golpe havia sido aquele? Estava doendo como o inferno!

Ele ouviu o riso baixo de alguém escondido sob as sombras.

-Se vai querer brincar de esconde-esconde, saiba que eu sou muito bom em encontrar o que procuro... – o homem debochou, mas não houve qualquer resposta à sua provocação.

Era melhor que arrastasse o garoto dali e fosse embora antes que se envolvesse em problemas maiores. Certamente, alguém estava atrás do jinchuuriki. Não era hora de se envolver em batalhas desnecessárias.

Com aqueles pensamentos em mente, o homem se virou, a fim de agarrar o menino e ir embora o mais rápido possível, mas logo sentiu uma rajada de chakra sombrio vindo em sua direção. Ele olhou para trás rapidamente, aparando o golpe com o antebraço. A sombra do chakra se desfez quando atingiu sua pele.

-Se não vai aparecer... – o homem disse, apoiando a mão espalmada no chão, concentrando seu próprio chakra. A energia vasculhou as entranhas do asfalto, a procura do alvo.

Logo um grito de dor fez-se ouvir por toda a rua.

Atingido pelo chakra que ganhava a intensidade de uma corrente elétrica, o inimigo se revelava.

O homem sorriu, satisfeito, aproximando-se do outro que agonizava de dor.

-Está atrás do jinchuuriki, é? – perguntou, agarrando o jovem rapaz ruivo, que tinha o rosto cheio de piercings e ainda se contorcia com o chakra que circulava em seu corpo – Acontece que eu cheguei primeiro e não vou deixar você tocar nele.

Dessa vez, o menino parou de comer e começou a fitar aquela cena com mais atenção. O homem percebeu isso e o fitou, achando ter visto o lampejo de algo nos olhos azuis que o encaravam. Parecia surpresa, mas tinha algo a mais. Seria... esperança?

Mas aquele olhar foi sua perdição. Aproveitando-se daquela distração, o inimigo se libertou das mãos fortes que o agarravam, retirando dos bolsos dois punhais com os quais, habilidosamente, atingiu os ombros do homem. Envolvidas em seu próprio chakra, as lâminas do ruivo cortavam dolorosa e profundamente as vias de energia que circulavam no corpo daquele que antes o segurava, fazendo-o cair de joelhos com a dor furiosa que o atingia.

-Você não chegou aqui primeiro. – disse o ruivo – Faz muito tempo que eu estou na cola desse moleque...

De joelhos, ainda sentindo a dor invadir todas as suas veias através das lâminas cravadas em seus ombros, o homem ergueu as mãos, agarrando o inimigo pela gola da camisa, trazendo-o para perto de si.

-Você não vai levá-lo... – disse, descarregando outra corrente de chakra no pescoço do ruivo – Porque, a partir de agora... serei eu quem estará sempre olhando pra onde ele for...

-Ah, é? – o outro exibiu um sorriso debochado, em meio a dor - E se eu cegar você? Quem mais vai olhar pra ele?

O homem não entendeu o que o ruivo queria dizer com aquelas palavras, mas a compreensão não demorou a vir. Com força, o inimigo arrastou as lâminas dos ombros até o queixo do mais velho, deixando vestígios de sangue por onde passava. Ao perceber a intenção do ruivo, o homem ainda tentou se afastar, mas não daria tempo.

Ele gritou de dor ao sentir os punhais carregados de chakra sendo arrastados pela superfície de suas bochechas até seus olhos. As lâminas estavam prestes a passar por suas pálpebras e cegá-lo... mas antes que isso acontecesse, algo mudou.

O homem abriu os olhos, tentando enxergar por trás da cortina de sangue que escorria por seu rosto, até que viu um pequeno vulto enfurecido com os pés apoiados nos ombros do inimigo, as mãos em forma de garras cravadas no rosto cheio de piercings.

-Solta o velhote! – o garoto rosnou, irado. Ao seu redor, um chakra sombrio circulava, fora de controle, queimando o ruivo que tentava a todo custo se soltar.

-ME SOLTA SEU DEMONIOZINHO DE MERDA! – gritou.

O homem apoiou as mãos no chão, piscando as pálpebras feridas. Havia sido pego desprevenido e teve receio de liberar seu poder para derrotar aquele rapaz, com medo de assustar o garoto. Mas, pelo visto, havia se preocupado a toa. Era ele quem estava assustado com a aura maligna que cobria o corpo miúdo, mas agora imponente, que dilacerava a pele do inimigo.

O ruivo agarrou o menino pelos cabelos, atirando-o com força contra o muro onde estavam encostados os sacos de lixo. Metade da parede cedeu com o baque, o cimento endurecido sendo esfarelado junto com os tijolos, cobrindo o lugar com uma fumaça espessa.

Do meio da cortina de poeira, o menino surgiu novamente, atirando-se de encontro ao corpo do inimigo, rosnando com uma raposa ensandecida. Ele já não falava, não pensava. Tomado pelo chakra sombrio, o garoto havia se transformado em uma arma inconsciente, que seguia apenas o instinto assassino que guiava sua besta interior.

Os dois caíram, e quando o menino estava prestes a desferir um murro certeiro no rosto do ruivo, foi atingido por um chute no estômago que o atirou para cima, fazendo-o voar para perto da lama. Mas ele já não estava mais ciente do que fazia. Mesmo que o golpe que acabara de receber tivesse feito com que seu ferimento no abdômen sangrasse ainda mais, mesmo que o impacto contra o muro lhe tivesse aberto novos ferimentos, ele parecia não sentir. Insanamente, o garoto se agachou, os dedos das mãos cravando no asfalto enlameado como se fossem garras. O brilho vermelho em seus olhos era horripilante.

E quando ele recuou um pouco, tomando impulso, preparando-se para atacar novamente, sentiu algo lhe atingindo o estômago.

A mão espalmada do homem que o havia defendido atingiu seu abdômen, os cinco dedos cravando-se no ferimento, envolvendo o corpo do garoto com uma luz esverdeada que ardia. O menino gritou de dor, mas o grito parecia mais um rosnar ameaçador de um animal ferido.

O homem o atirou para longe, fazendo o corpo miúdo do loiro cair sobre os sacos de lixo. A aura maligna havia desaparecido. O sangue que antes escorria em seu abdômen estava estancado, a ferida misteriosamente fechada, a marca dos cinco dedos formando um desenho estranho ao redor de seu umbigo.

O inimigo se levantou, na intenção de agarrar o menino, mas o homem não deixou. Seu punho cerrado atingiu-o com força no rosto, fazendo o sangue escorrer pela boca.

O ruivo caiu no chão com o impacto, e antes que o mais velho avançasse novamente em sua direção, ele tratou de se erguer para... fugir.

Correndo rumo às sombras da noite, em um piscar de olhos, o inimigo desaparecera.

 

 

Percebendo que não havia mais qualquer vestígio da presença do ruivo, o homem se deixou cair de joelhos, exausto, a dor invadindo-o completamente. Seu corpo tombou de encontro ao asfalto frio, a bochecha batendo na superfície áspera e um pouco molhada. Suas pálpebras feridas tentavam distinguir a sombra pequena que se aproximava com o cenho franzido.

-Ei, velhote. – o menino chamou com uma voz arrastada e entediada, tentando esconder a preocupação que começava a se espalhar por sua expressão – O que você fez com a minha ferida?

O homem rolou para o lado no asfalto, agora ficando deitado de barriga para cima, a fim de encarar o garoto.

-Se você me chamar de velhote mais uma vez, vou lhe dar um cascudo. – resmungou, tentando recuperar o fôlego – Eu fechei o ferimento e selei o Bijuu dentro de você. Ele estava fora de controle.  Não ia demorar para tomar conta do seu coração completamente.

Repentinamente, o pé do menino acertou seu estômago com força, fazendo-o arfar de dor e surpresa.

-O que foi que eu disse pra você, seu velhote desgraçado?! – o menino rosnou, furioso, o pé acertando a barriga do homem repetidas vezes – Eu não disse pra você ir embora?! Eu não disse que coisas ruins acontecem com quem se aproxima de mim?! E se ele tivesse conseguido te cegar, seu idiota?! – gritou, vendo o sangue que minava da ferida no rosto do homem. Aquilo, com certeza, deixaria uma grande cicatriz para a vida toda.

O homem segurou o pé do garoto antes que ele lhe acertasse mais uma vez, e riu.

-Você é imprevisível, garoto... Bem que me disseram que você não seria uma missão fácil.

O outro pé do menino atingiu seu estômago com força.

-Pare de falar coisas que não entendo, velho!

Cansado daquilo, o homem se levantou, arrastando o garoto pelas duas pernas, deixando-o pendurado de cabeça para baixo. Segurou-o um pouco a frente de seu corpo, tentando controla-lo.

-Pronto, assim você não vai mais conseguir me chutar. – comemorou, rindo.

E então, com o punho cerrado, o menino acertou sua genitália.

Os joelhos do homem cederam novamente, e ele largou o loiro, que caiu de cabeça no chão.

-Seu pirralho de uma figa, você quer tirar a minha única alegria de viver?!

-Quer dizer que, além de velho, você também é pervertido? – o menino provocou.

Ainda lacrimejando de dor, o homem tentou sorrir.

-Bem... digamos que sim. – admitiu – Ei, essa pancada na sua cabeça deve ter doído. Desculpe.

O menino desviou o olhar, se sentando no asfalto.

-Eu não sinto nada, tio.

Sem compreender, o mais velho sentou-se ao lado do garoto, esquecendo-se da dor e dos ferimentos.

-Como assim, não sente nada? – questionou, confuso.

-Não sinto. Já faz muito tempo desde que senti alguma pancada, alguma dor. Tudo em mim parece meio dormente... Acho que é melhor assim. – o menino respondeu, abraçando os joelhos.

O homem fitou o garoto com atenção, sentindo uma pontada de tristeza. O corpo cheio de cicatrizes, a fome evidente, o olhar sem vida... Pelo visto, aquele garoto havia feito uma escolha. Para não sofrer, era preciso não sentir.

O que havia acontecido com ele, afinal? Pelo que ele deveria estar passando, por todos aqueles anos, abandonado, fugindo daqueles que procuravam seu poder, driblando a pobreza e a fome?

-Ei. – o homem chamou, se levantando – Quer comer alguma coisa?

O menino o fitou com um olhar emburrado.

-Você atrapalhou meu jantar, o jantar que eu demorei tanto pra achar. Claro que eu quero comer alguma coisa. – respondeu, ouvindo seu estômago roncar.

Uma veia saltou na testa do homem.

-Pelo visto, lidar com você vai ser uma provação, hein? – o mais velho resmungou, tentando ignorar a dor dos ferimentos. – Meu nome é Jiraya. Qual é o seu?

-Eu não tenho um nome.

-Como não tem? Todo mundo tem um nome.

-Mas eu não tenho, ora. – o menino resmungou, impacientando-se.

Jiraya pensou um pouco.

-Hum... Então eu vou te batizar. – debochou, passando os dedos na língua, umedecendo-os com saliva, para em seguida esfregá-los na testa do menino – Em nome de... do... do deus que autoriza os batismos por ai – começou, desnorteado - você vai se chamar... Naruto. Uzumaki Naruto.

O loiro se desvencilhou das mãos cheias de cuspe de Jiraya. Aquele velho era pirado.

-Naruto?! E que diabos de sobrenome é esse?! Uzumaki?! Isso não parece nome de gente. – cruzou os braços, fazendo birra.

-Eu gosto de “Naruto”. Uzumaki é o sobrenome de uma jovem que conheci certa vez... ela era birrenta que nem você. Acho que teria gostado de conhece-la... – Jiraya falou, e seu olhar, de repente, pareceu tristonho.

Mas Naruto não percebeu. O mestre continuou:

-E também significa “redemoinho” em japonês, você não sabia? Acho que é um nome apropriado, já que você parece ser uma peste.

O garoto fitou Jiraya com os olhos estreitos.

-Você é maluco, velho.

-Ei, eu acabei de te batizar, isso me faz ser seu padrinho! Não seja mal agradecido! – indignou-se o homem, acertando a cabeça do loiro com um cascudo. Será que ele sentiria aquilo?

Silenciosamente, Jiraya se questionava se seria capaz de despertar aquele menino revoltado para a vida e fazê-lo sentir novamente.

Com aquilo em mente, ele se abaixou um pouco.

-Ei. – Jiraya chamou, indicando o próprio ombro – Sobe aqui. Vamos para casa.

Naruto fitou o homem com um olhar desconfiado, pensando se deveria ou não acompanha-lo. Ele disse que lhe daria um lar, comida... Disse que olharia para onde ele fosse. O menino sabia que não tinha como Jiraya ser pior do que todas as pessoas que já haviam passado por seu caminho.

Pesando as possibilidades que tinha, – e que não eram muitas - Naruto subiu nos ombros de seu “padrinho”, apoiando as mãos pequenas nos compridos e grisalhos cabelos que o homem mantinha precariamente amarrados com uma liga.

-Seus ombros não tão doendo, não, velho? – o menino perguntou, lembrando-se que o inimigo havia ferido Jiraya naquele local também.

Jiraya parou de caminhar, erguendo a cabeça para fitar o rosto de Naruto sobre sua cabeça.

-Se continuar me chamando de velho, eu vou derrubar você no chão. Estou bem, não se preocupe. – mentiu.

Os dois ficaram em silêncio, enquanto Jiraya caminhava em direção ao carro, que estava estacionado um pouco distante dali.

-Ei... – Naruto chamou baixinho, fazendo Jiraya novamente parar para encará-lo – Por que você brigou com aquele cara? Ele tava atrás de mim. Você não precisava ter...

-Porque eu sou seu padrinho, moleque. – Jiraya interrompeu, sorrindo – E, a partir de hoje, também sou seu mestre. Vou ensinar você a controlar seu poder, para que não possa ferir a mais ninguém... nem a si mesmo. Vou fazer você esquecer seu passado de sofrimento.

Os olhos azuis do garoto piscaram, a expressão um pouco perplexa. Ele não entendia direito o significado das palavras daquele homem, mas sabia bem que o passado que carregava em suas costas seria muito difícil de esquecer. E, mesmo que estivesse sob a proteção de Jiraya, Naruto tinha certeza de que o sofrimento não cessaria. Mais pessoas viriam atrás dele, mesmo que ainda não compreendesse direito o por quê.

Quando chegaram no carro, Jiraya colocou Naruto no banco do passageiro, enlaçando-o com o cinto de segurança. O menino revirou os olhos. Já estava todo estropiado, do que adiantava aquele cinto?

Quando finalmente ocupou o banco do motorista, Jiraya ligou o som e deu partida no carro.

Uma música de batida forte se fez soar, preenchendo o ambiente. O mestre sorriu, satisfeito. Ouvir o som da guitarra perfeitamente melodiosa, da voz embriagante que saia, estridente, dos alto-falantes, era certamente um alivio depois daquele dia conturbado. Apenas mais um dia comum na vida que ele levava...

“There must be some kind of way out of here…”

Mas, de repente, ele se deu conta de que Naruto estava quieto demais.  Pelo canto do olho, ele fitou o garoto, e seu sorriso se alargou ao perceber que o loirinho mantinha os olhos fixos na estrada, balançando a cabeça no ritmo da música.

-Você gosta? – Jiraya perguntou.

Naruto o encarou, parando imediatamente de mexer a cabeça.

Percebendo que o menino não iria responder, Jiraya sorriu ainda mais.

-É Jimmy Hendrix. – o mestre explicou, animando-se – Se você gosta disso, vou mostrar tudo o que tenho de musica pra você. Deixe-me ver... – Jiraya divagava, cada vez mais empolgado, esquecendo-se até mesmo da dor de seus ferimentos – Pink Floyd, Led Zeppelin, Kansas, The Doors, The Cure, The Who, Lynyrd Skynyrd, Pearl Jam, Janis Joplin... – sorriu, lembrando que Tsunade adorava Janis Joplin - Eu tenho os mocinhos também. Beatles, The Animals... – delirava.

Naruto pigarreou, chamando o mestre de volta à realidade.

-Ah, desculpe. – Jiraya sorriu, sem jeito – Não se preocupe, teremos tempo pra isso.

-O que você quer comigo, velho? – o menino questionou, sem entender o porquê de ter sido resgatado por aquele homem maluco.

Jiraya fitou a estrada a sua frente, os olhos apertando-se com o sorriso de satisfação que se espalhava em seu rosto, distraído pela voz de Jimmy Hendrix.

-Eu quero te mostrar o mundo, Naruto...

 

 

 

 

***

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Naruto acordou meio tonto, sentindo a nuca latejar um pouco. Ele se esforçou para abrir os olhos, tentando compreender o motivo do sonho que acabara de ter. As lembranças de quando Jiraya o resgatara tomaram sua mente enquanto dormia, e agora ele sentia seu peito pesado com um sentimento que ele não sabia explicar.

Confuso, ele ergueu o corpo, sentando-se, esfregando a mão no rosto.

E, de repente, se deu conta de que havia algo errado.

Estava sentado em um chão de barro, ao seu redor, um imenso jardim – que mais parecia uma floresta de tão grande e arborizado – estendia-se por onde a vista alcançava. Deslocado, seus olhos vasculharam o local em busca de uma explicação. Tudo estava embaralhado em sua mente.

-Oi, Naruto.

Ele pulou de susto, deparando-se com a figura de uma moça que estava sentada bem à sua frente, com os braços cruzados e uma expressão emburrada.

-Ino?! – surpreendeu-se o loiro, e sua consciência foi, repentinamente, inundada pelas lembranças do que havia acontecido na boate – Ino! – ele se levantou, agarrando a amiga pelos ombros – Onde nós estamos?! Cadê os outros?! Onde estão Hinata e Gaara?! Cadê o Ero-sennin?! E o Shikamaru?!

-Eu não sei. – Ino respondeu, enfezada – Sakura me mandou ficar aqui também. Quem aquela testuda pensa que é, pra ficar dando ordens em todo mundo daquele jeito? – reclamou, embora ela soubesse que havia algum motivo importante por trás da atitude da rosada. Será que tinha a ver com Sasuke? O que estava acontecendo, afinal?

-O quê?! Do que você tá falando?! Nós temos que...

-Naruto, nós não podemos voltar lá. – Ino interrompeu – Tem alguma coisa errada acontecendo e, principalmente para você, permanecer naquele lugar pode ser perigoso!

-O quê?! Ino, é nossa família que está lá! Nós temos que ir salvá-los!

-Nós não podemos, entendeu? Por algum motivo, Sakura não quer que a gente fique lá, e algo me diz que ela sabe mais do que nós. Então vamos confiar que tudo vai ficar bem, e que eles vão conseguir resgatar nossos amigos, está bem? – ela tentou tranquiliza-lo.

Mas Naruto mantinha-se irredutível.

-Se você quiser ficar ai, que fique! Sakura me deve uma por ter me acertado daquele jeito, e eu vou voltar lá, quer você queira vir comigo ou não!

-Não seja imprudente! Não é só a sua vida que está em jogo, Naruto!

O loiro deu as costas à amiga, sem querer mais perder tempo com aquela discussão.

-Se quiser ficar aqui, fique, mas eu não posso ficar de braços cruzados enquanto minha família está em perigo. Eu vou salv...

Mas Ino não deixou que ele continuasse. A seringa em sua mão atingiu Naruto no pescoço, enquanto ela aplicava o tranquilizante. Seus jutsus não funcionavam muito bem com ele; Kyuubi tratava de expulsá-la sempre que tentava entrar na mente do loiro. Dessa forma, lhe restavam os métodos tradicionais. A injeção que Sakura havia lhe dado para o caso de Naruto querer voltar à boate havia servido, afinal.

Os olhos azuis do loiro se fecharam, o corpo desfalecendo nos braços de Ino.

-Desculpe, Naruto... Mas, até onde sei, você não pode voltar lá, ou vai acabar morrendo. E não posso correr o risco de perder você também... - ela disse, as lágrimas rolando por seu rosto.

Pelo telefonema de Shikamaru que recebera pouco antes de Naruto acordar, ela tinha certeza de que era melhor manter o amigo ali. Afinal... já bastava que houvessem lhe tirado seu mestre. Não poderia correr o risco de deixar aquele loiro desmiolado ir pro meio do fogo cruzado.

Delicadamente, Ino deitou o corpo de Naruto entre as flores, dirigindo-se para o interior da floricultura. Trancou o grande jardim, e sabendo que cadeados e correntes não bastariam para conter o loiro, selou a porta com um jutsu especial. Em seguida, subiu até seu escritório, onde pôde deixar seu corpo cair na poltrona macia. Mais lágrimas pesadas desabaram por seu rosto, silenciosas, fartas, doloridas.

Ansiosa, seus olhos embaçados fitaram o telefone, aguardando que ele tocasse e lhe trouxesse noticias de sua família... de seu amor.

 

 

 

 

 

Enquanto isso, desmaiado no imenso jardim, Naruto se perdia dentro de si mesmo, as lembranças do passado embaralhando sua mente...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Memórias de um passado distante

 

 

O banheiro estava imundo. Parecia que um verdadeiro redemoinho havia se instalado ali – pelo menos tinha acertado no nome. Uzumaki era algo apropriado para Naruto. Como havia sido para a falecida Kushina, que também era um redemoinho, quase tão traquina quanto Naruto parecia ser. Pelo menos aquilo, Jiraya sabia de quem o menino havia herdado.

Depois de quase ter um infarto tentando dar um banho no garoto, – que esperneava para longe da água como o capeta fugia da cruz – sem ter uma roupa que servisse, vestiu o menino com uma de suas camisas. Naruto havia lhe lançado um olhar incrédulo, sacudindo os braços para tentar alcançar o buraco das mangas compridas, querendo deixar suas mãos livres. A barra da camisa batia em seu tornozelo. Jiraya era grande demais.

-Bom... eu  moro sozinho, então não tem muita coisa pra comer... – Jiraya se desculpou, coçando a cabeça, sorrindo, um pouco envergonhado pela bagunça em seu apartamento. Como estava sempre viajando, não carregava muitas coisas consigo, nem se detinha a arrumações. Embora tivesse muito dinheiro, levava consigo apenas aquilo que lhe era estritamente necessário. Podia sacar dinheiro sempre que precisasse, em qualquer lugar. Não se preocupava com isso.

Também não estava muito certo se poderia dar conta da responsabilidade de cuidar de um discípulo, principalmente um como aquele. Um jinchuuriki. Carregar um Bijuu dentro de si era sinônimo de problemas. Como iria treinar uma criança como aquela?

Ele já tinha noção de como se dava a relação entre mestre e discípulo. Aquele menino não seria seu primeiro companheiro – ele já havia treinado outras pessoas antes. Porém, ao contrário de todos os seus amigos que eram mestres, ao contrário de seu próprio mestre, ele não havia desenvolvido um laço muito profundo com nenhum dos discípulos que já haviam passado por suas mãos. Ao questionar seu tutor a respeito, o velho e finado Sarutobi lhe dissera que o dia em que ele se sentiria verdadeiramente um mestre iria chegar.

“Quando?”, ele havia questionado.

“Quando você conseguir enxergar em seu discípulo o filho que você sempre quis, mas que nunca conseguiu ter”, seu mestre havia lhe respondido.

Ótimo. O velho Sarutobi sempre fora alguém cheio de respostas evasivas que ele nunca compreendia, por que daquela vez seria diferente?

A verdade é que Jiraya era um homem solitário, apesar de ter muitos amigos. Vivia uma rotina boêmia, de lugar em lugar, de mulher a mulher, de bebida a bebida, sem nunca se fixar em nada. Ele chamava aquilo de “pesquisa”, seus amigos chamavam de “safadeza”. Nos últimos anos, ele andava se questionando um pouco sobre aquele estilo de vida. A mulher que ocupava seu coração não o correspondia da mesma maneira, portanto, ele preferia manter aquele sentimento em segredo – mesmo que nunca perdesse uma oportunidade de tentar seduzi-la sempre que podia, o que já lhe havia rendido vários hematomas. Tsunade era uma mulher violenta e, para sua tristeza, era apenas uma grande amiga. Infelizmente, ele não via a si mesmo como um homem capaz de montar uma família, cuidar de alguém. Então, por que seu mestre lhe passava aquele tipo de missão? Por que havia deixado como ordem expressa, antes de morrer, que ele deveria cuidar daquele jinchuuriki? Será que Sarutobi não sabia que ele era um descuidado e irresponsável – palavras com as quais o próprio mestre já o bronqueara tantas vezes – e não poderia cuidar direito de ninguém?

Esses pensamentos passavam como borrão na cabeça de Jiraya enquanto ele observava Naruto revirando a pequena dispensa de seu apartamento.

-Só tem esse negocio pra comer aqui, velho. – o loiro falou, revirando as pilhas e pilhas de macarrão instantâneo que havia ali.

-JI-RA-YA. – disse o homem, dando um cascudo na cabeça de Naruto a cada sílaba pronunciada – Já disse que meu nome é Jiraya, e não “velho” ou “velhote”. E isso ai é macarrão instantâneo. E é uma delícia. Vou preparar para nós, e você vai comer e vai adorar. Entendeu?

Naruto atirou dois pacotes do macarrão na direção de Jiraya, que os agarrou no ar e suspirou.

-Pois taí. – disse o loiro, saindo da dispensa – Não é melhor cuidar dessas feridas no seu rosto?

Jiraya, que estava caminhando na direção da cozinha com os pacotes de macarrão na mão, estancou, fitando o menino.

-Está preocupado? – perguntou, com uma expressão debochada.

-Não enche, velhote. – Naruto resmungou, sem querer dar o braço a torcer.

Jiraya suspirou novamente. Iria matar aquele garoto. Com certeza iria. Um jinchuuriki a mais, ou a menos, quem notaria a diferença?

Sem responder à provocação, Jiraya caminhou até a cozinha. Lavou o rosto na torneira da pia, o sangue seco tingindo de vermelho a bancada. Estava ardendo e infecionando, principalmente nas pálpebras. Se continuasse daquele jeito, talvez o ferimento comprometesse sua visão. Deveria chamar Tsunade?

Não, melhor não. Não queria preocupar ninguém. Se fosse necessário, colocaria álcool puro em cima da ferida, para desinfetá-la. Não era nada.

Querendo afastar aqueles pensamentos, Jiraya colocou a água para ferver em uma panela grande, e assim que o vapor começou a inundar o cômodo, ele despejou os dois pacotes do macarrão instantâneo. Adicionou o tempero que acompanhava o macarrão e esperou que a mistura ficasse pronta.

-Venha lavar as mãos, Naruto. – chamou, distraído.

Mas o menino não veio.

Jiraya se virou para onde o loiro estava sentando e viu que ele o fitava com uma expressão de deboche.

-Velho, eu sempre comi lixo sem reclamar, pra quê eu vou lavar as mãos agora?

Sem dizer mais nada, Jiraya se aproximou de Naruto. E, antes que o menino pudesse esboçar qualquer reação, o agarrou pela orelha, arrastando-o até a pia.

-AAAIIIII, VELHOTE DE UMA FIGA! – o loiro reclamou.

-Vamos, lave as mãos, Naruto. – Jiraya falou, colocando a cabeça do menino na pia, deixando-o todo molhado – Isso, desse jeito...

-EU VOU MATAR VOCÊ, VELHO! – Naruto gritava, indignado.

Jiraya riu, e logo soltou o garoto, que sacudiu os cabelos encharcados, molhando tudo. Emburrado, o loiro saiu da cozinha e foi se sentar na cadeira que ficava perto do balcão – não havia mesa naquela casa.

O macarrão estava pronto, enfim. Jiraya despejou o conteúdo da panela em dois pratos e os depositou sobre o balcão, com dois garfos. Antes de se sentar e comer, ele procurou uma garrafa de vodka para acompanhar seu macarrão. Naruto o fitou com uma careta.

-E você bebe? Velho, você é um alcóolatra? – o loiro debochou.

-Quase. – respondeu Jiraya, sorrindo, para logo em seguida virar um gole da bebida – Não faça essa cara, um dia aposto que você vai ficar que nem eu... Velho, pervertido e alcóolatra! – disse, soltando uma risada alta que estrondou as paredes do pequeno apartamento.

-Deus me livre! Esse negócio tem um cheiro horrível! E eu nunca vou ficar velho... – delirava o menino – Nem ser pervertido, nem alcóolatra como você.

-Isso é o que veremos. – Jiraya desafiou, debochado – Agora coma, ou o macarrão vai esfriar.

Emburrado pelas implicâncias do mais velho, Naruto pegou o garfo de forma desajeitada – ele nunca havia usado aquilo para comer, antes. Desde que se entendia por gente, usava as mãos para se fartar com os restos de comida que encontrava por ai – e colocou um pouco de macarrão na boca.

E foi quando seus olhos azuis embaçados ganharam brilho pela primeira vez, um brilho diferente de qualquer outro que Jiraya já havia visto. E, também pela primeira vez, Naruto sorriu.

E aquele era o sorriso mais bonito, inocente e sincero que Jiraya já havia visto em toda a sua vida.

-MAS ISSO AQUI É MUITO BOOOOOMMMM! – Naruto exclamou, começando a comer o macarrão como um desesperado.

Jiraya piscou, embasbacado pelo sentimento estranho que começava a aquecer seu coração. E quando, enfim, conseguiu esboçar alguma reação, sorriu de volta.

-Coma devagar ou vai se engasgar, tem mais na dispensa. – falou o mais velho.

Naruto tirou os olhos do prato para fitar Jiraya.

-Eu posso comer mais? – perguntou o menino, sem acreditar.

-Claro. Quantos você quiser. – Jiraya respondeu.

Naruto novamente sorriu, e novamente o homem sentiu seu coração aquecer-se. O que era aquilo?

-Obrigado, padrinho! – disse o menino, voltando a comer como um desesperado.

 

E foi naquele momento que Jiraya finalmente compreendeu o sentimento do qual seu mestre havia lhe falado, daquela vez.

Naruto era o seu menino. Era o filho que ele nunca havia sido capaz de ter.

 

Jiraya finalmente compreendia o que era ser mestre.

E pai.

Ambos, finalmente, tinham uma família.

 

 

***

 

 

 

 

 


Notas Finais


Oi!
E aí? Gostaram?

Link da música do Jimmy Hendrix:
https://www.youtube.com/watch?v=TLV4_xaYynY

Estou pressentindo que vou receber muitas mensagens e comentários de ameaças depois desse capítulo... @_@
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aconteceu de o Jiraya e o Naruto terem o mesmo gosto musical da autora-san, olha que coincidência! Kkkkkkkkkkkkkkkkk Acho que o Jiraya também é completamente viciado em música que nem eu... engraçado como as coisas as vezes batem certinho, hihihihihihi
Não dá pra colocar tudo de música que eu gosto aqui, porque se não a fic vai ser só isso, né @_@ Mas bem... pra quem conhece, toca aqui o/ Pra quem ainda não conhece, corre e vai conhecer agora, ;)

O que acharam da relação entre Naruto e Jiraya, no comecinho? Narutim era um cãozim, hein? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Lembrando que essa é apenas uma parte do passado do loiro... Muita coisa aconteceu na vida dele, tanto antes, quanto tempos que Jiraya apareceu. Preparem-se para flashbacks futuros, hihihihihi

Ino, tadinha... Sem mestre, será que vai ficar sem amor também? @_@
MUWAHAHAHAHAHAHA!

O babado NaruHiniano está adiado para daqui a dois capítulos... Não se preocupem, vai passar rapidinho... e vai valer a pena! ;)

Bom, é isso. Não se esqueçam de comentar, analisar, opinar, enfim, deixem a opinião de vocês por aqui, porque ela é meu principal incentivo para continuar a escrever. Portanto, façam essa autora-san feliz e comentem! xD

O próximo capítulo deve sair logo, loguinho!

Bjks!


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