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História Paraíso Sombrio - A Queda das Estrelas


Escrita por: Joao42k

Notas do Autor


O título é uma referência a uma história que escrevi há uns cinco anos e nunca vou postar aqui rsrs

Espero que você goste, adorei escrever rsrs

Te vejo lá embaixo.


(Não no Submundo, infelizmente, nas notas finais mesmo kk)

Capítulo 4 - A Queda das Estrelas


Fanfic / Fanfiction Paraíso Sombrio - A Queda das Estrelas


O coração de Perséfone parecia que iria explodir. Os sentimentos estavam se acumulando enquanto o alce caminhava e eram tantos que ela não sabia qual deles sentir.
Ela desistiu de tentar e olhou ao redor. Conforme o alce se deslocava, luzes se acendiam e iluminavam a Ponte da Rainha. Perséfone não fazia ideia de onde aquilo iria levá-la, mal podia esperar para descobrir.
Flores brotaram nas margens dos rios enquanto passava, várias flores prateadas e perfumadas. Fazia com que ela se lembrasse de casa. Se esse era o pedido de desculpas de Hades, talvez ela transformasse algumas ninfas em árvores mais vezes.
Ao chegar em um grande arco no final do caminho, todas as luzes se apagaram. Perséfone se viu sozinha na escuridão e nenhum som se ouviu.
"Tem alguém aí?" Ela chamou. "Hades, não tem graça!"
Risos. Era uma risada gostosa e masculina que Perséfone conhecia muito bem.
Ela sentiu mãos fortes segurando-a pela cintura e retirando-a de cima do alce.
"É tão bom ouvir sua voz." Ele sussurrou.
Perséfone sentiu-se grata às sombras por Hades não poder vê-la corar. Aquela voz grave sussurrando em seu ouvido... Ela queria mais, mas ele parou.
O deus colocou a mão atrás de suas costas, amassando o casaco de pele que Afrodite insistiu para que usasse. Eles começaram a caminhar. 


"Não dá para ver nada." Afrodite sussurrou.
"Acho que essa era a ideia." Hécate disse. "Ele quer surpreendê-la."
"Mas ele tá fazendo tudo errado!" Ela revirou os olhos. Um grande desperdício, já que ninguém podia ver. "Talvez eu possa dar uma ajudinha."
"Não!" Hécate apertou-a mais forte. "Se você estragar isso, ele jamais me perdoará."
"Ah... foi ideia sua. Por isso tá uma droga." Hécate lutou contra o impulso de socá-la.
Afrodite estalou os dedos e luzes coloridas começaram a piscar.


Sempre que Perséfone tentava ver o rosto do deus, as luzes se apagavam e ela não conseguia ver sua face. Ela estava morrendo de ansiedade, precisava dele e queria saber se ele precisava dela, mas a única resposta que tinha era um leve riso que a derretia toda.
Uma música começou a tocar no fundo, bem baixinha. Perséfone seu corpo sendo puxado para perto do dele, mãos segurando seu corpo de maneira firme e a respiração dele roçando seu pescoço. 
As luzes piscaram e ela pode vislumbrar brevemente seu sorriso. Eles giravam e balançavam pelas sombras, era um momento mágico.
"Hades..." ela sussurrou, sua voz tremia.
"Seja bem vinda, deusa da Primavera."
As luzes se acenderam de vez e Perséfone se viu dentro de paredes de madeira, do mesmo jeito que ela deixara antes de ser destruído. 
Ela olhou ao redor, maravilhada.
Ela abriu a boca para agradecer, mas não teve tempo. Os lábios de Hades tocaram os seus ferozmente, cheios de desejo. Conforme a beijava, suas mãos percorriam seu corpo e Perséfone sentia-se nua. Ela queria estar nua! 
A deusa sentiu as mãos de Hades em suas costas, procurando alguma coisa.
"Sinto saudades dos vestidos." Ele disse.
Perséfone o afastou e começou a rir. Droga, o que tinha de errado com ela?
"Lamento te decepcionar." Disse. 'Afrodite, eu te mato!' Pensou. "Estraguei tudo, não foi?"
O sorriso do deus a derreteu novamente. Ela estava com tanta saudade...
"Lamento te decepcionar, mas ainda há muito mais."
As luzes se apagaram. Quando voltaram a se acender, estavam do lado de fora, na colina próxima ao lago Averno, o melhor lugar do mundo inferior.


"Muito melhor, não acha?" Afrodite lutava para não soltar gritinhos.
"Fui eu quem arrumou aquela cama..." Hécate sibilou. "Tem ideia do tempo que levou?"
"Bem... Ela não vai sair de lá, não é mesmo?" Ela notou algo estranho. "Era para aquilo acontecer?"
Hecate também percebeu. As flores prateadas estavam secando, como se queimadas pela geada.
"Não... Eu não sei o que está acontecendo."
A grama, antes verde, começava a ficar toda preta e, se Perséfone não estivesse ocupada demais beijando seu marido, estaria chorando.
Afrodite saiu das sombras o mais silenciosamente possível. 
"Me ajude." A deusa usou seu poder para ressuscitar as flores, porém elas voltavam  vermelhas.
Hécate encantou parte delas, que voltaram violeta. A deusa notou que voltavam a morrer. Hécate usou todo seu poder para mantê-las vivas e a grama verde novamente.
Afrodite Jogou as pétalas de suas rosas no ar e essas caíram sobre o casal.
"Segure mais um pouco." Ela sussurrou para Hécate. "Tudo hoje deve ser perfeito!"
Hécate estava concentrada demais para responder.
Afrodite procurou em volta o que diabos estava causando aquilo. Ela notou uma forma no meio do lago, quase transparente. Ela tinha algo nas mãos, uma lança de gelo. Sem hesitar uma única vez, ela atirou-a contra o casal.
Afrodite conseguiu transformá-las em borboletas coloridas momentos antes de atingí-los.
Perséfone abriu os olhos. Uma nuvem de borboletas estava colorindo sua visão com suas asas brilhantes. A deusa estendeu um dedo e uma delas pousou ali.
"Você realmente me surpreendeu." Ela sorriu. "Isso foi mesmo ideia sua?"
"Subestima-me, deusa da primavera?" Seu olhar estava tão supreso quanto o dela, mas Perséfone fingiu não notar.
"Esse foi o melhor dia de todos." Ela disse. "Eu te amo."
"Eu também te amo." Ele murmurou. "Mas o dia não acabou. Eu trouxe as estrelas para ti."
"Você o que?" Ela não acreditou no que estava ouvindo. Zeus ficaria irado. "Não acha que exagerou um pouquinho?"
"Talvez." Ele sorriu. "Venha, vou lhe mostrar."
Uma carruagem puxada por quatro cavalos veio voando até a colina. Marceus era quem a conduzia. Ele a cumprimentou com uma mesura.
Hades colocou-a no banco e sentou-se ao lado dela. Perséfone deitou a cabeça em seu peito. Pelos deuses, ela sentia tanta saudade daquilo. Ela adorou o tempo que passou com sua mãe, mas Deméter não tinha uma carruagem voadora. Nem músculos. 
Quanto os pequenos pontinhos brilhantes começaram a aparecer, ela pensou que estava em um sonho. Era tão bonito... até mesmo a lua estava lá, ela não sabia como ele havia convencido Ártemis a guiá-la para lá, só para eles.
"É tão lindo..." Ela disse, com os olhos brilhando. 
"Nada disso se compara a você." Ele fez um gesto com a mão e uma "poeira" vermelha, brilhante e fina começou a cair lentamente.
Rubis... estava chovendo rubis. Era algo que ela nunca vira, as  pedras caíam como flocos de neve. Perséfone nunca vira neve na vida, muito menos neve vermelha. Se fosse realmente um sonho, ela nunca mais queria acordar.
 


Notas Finais


Tem ideia de quem poderia querer estragar um reencontro tão esperado e tão complicado de escrever? (Levei o dia inteiro kk)
Por favor, me conte suas expectativas.

Até o próximo o/


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