(...)
3 meses depois...
– Louis? Louis? – O balancei e ele virou, me olhando. Era madrugada e eu estava de coberta a frente da sua cama. – Eu quero comer uma coisa.
– A cozinha é lá embaixo. – Ele se virou, deitando de costas pra mim.
– Mas Louis, é uma coisa diferente. – O puxei de novo. – Eu sei que você precisa dormir, mas precisa atender as minhas necessidades.
– O que exatamente você quer?
– Pato.
– Pato? – Ele me olhou. – Da onde surgiu isso?
– Hoje de tarde, eu estava assistindo Masterchef e eles fizeram pato.
– E você não poderia ter desejo de tarde? Na hora que dava para arrumamos isso? Não, claro que não... – Ele sentou na cama. – Aonde vamos arrumar isso?
– Liga pro Niall.
– Que horas são?
– 2h:30m.
– Tudo bem, eu vou ligar pra ele. – Sentei na cama depois de lhe dar seu celular, que estava sobre o criado-mudo. Louis ligou para Niall e ele demorou pra atender, quando isso aconteceu, Lou colocou no viva voz.
– O que você quer cara? – Niall perguntou.
– Pato.
– Que?
– Aisha está com desejo de pato e você é nossa única salvação.
– É primeira vez que escuto isso... Okay, eu vou aí e faço o pato pra ela.
– Obrigado, cara.
Ele desligou e comemorei. Louis pediu que eu ficasse lá embaixo e esperando porque o mesmo voltaria a dormir. Assenti e corri para a sala, me sentei no sofá e fiquei esperando Niall chegar. Eu estava muito animada. Já sinto o gosto do pato, ainda com o tempero de Niall... Que delícia.
Ouvi a campainha tocando minutos depois e fui abrir a porta. Encontrei Niall e ele sorriu. Fomos até a cozinha e pude ver o pato morto dentro de uma sacola. Corri para o banheiro e vomitei na privada. Dei descarga, lavei a boca e retornei à cozinha. Niall perguntou se eu estava bem e assenti com a cabeça. Sentei na mesa e fiquei o vendo preparar meu desejo, logo aquele cheirinho gostoso pairou pelo ar e minha barriga roncou.
Chamei Niall e disse que estava morrendo de fome. Ele pediu que eu mantasse a calma, que o mesmo já estava acabando. Bebi um pouco de suco enquanto ouvia a carne fritando na frigideira. Perguntei se ele está fazendo algum molho para acompanhar o pato, Niall assentiu e falou que eu vou amar mais ainda. Disse que já amo há muito tempo. O mesmo riu e o fogão foi desligado. Niall pegou um prato e me serviu. Pedi que ele me dissesse o que havia no prato enquanto comia. Niall sentou na cadeira a minha frente e começou a dizer os ingredientes. Eu apenas assentia e comia, ficando com desejo de mais. Ele ainda manja dessas coisas de dizer o que tem no prato e foi isso que aumentou mais a vontade. Niall terminou de falar os ingredientes e falou que precisa ir. O agradeci pela ótima comida e por ter me ajudado. Niall falou que poderia lhe chamar sempre que eu tivesse desejos, o abracei e o mesmo se foi. Terminei de comer, depois guardei o resto.
Tranquei a porta e subi para o quarto. Entrei no de Louis e deitei ao seu lado. O abracei e beijei seu rosto várias vezes, ele nem se mexeu. Levantei seu braço e o coloquei em meu pescoço, peguei o outro e coloquei sua mão em minha barriga, cheguei mais pertinho dele e fiquei embaixo do seu queixo. Louis está tão quentinho, ele sempre é assim, parece um forninho. Ri baixinho e ele se mexeu. O chamei, só pra ver se ele está acordado. Ele abriu um olho e sorri.
– Já comi e não consigo dormir. – Ele passou a mão por meus olhos, os fechando e ri. – Assim não adianta.
– Brilha, brilha, estrelinha, faça Aisha dar uma dormidinha.
– Idiota, é sério.
– Estou cantando sério.
– Para, amor, assim não me ajuda, conta uma história.
– Okay... Há muito tempo, existia uma princesa e essa princesa dormiu pra sempre. Fim.
– Chato.
– Querida, dorme.
– É difícil com essa barriga enorme.
– Você dorme com a barriga?
– Como dorme sem ela?
– Eu estou magrinho.
– Cala a boca, Louis.
– Ah, vem cá. – Ele sentou encostando as costas na cabeceira e me deitou sobre seu peito. – Bom, eu vou te contar uma história, mas me ajude a montar os personagens.
– Ta legal, começa.
Louis iniciou a história que era sobre um casal que estava passando por problemas. Eles não se entendiam como antes, o homem tinha um caso com a secretária e eles viviam um casamento infeliz. Um dia, ele pediu o divórcio para pode ficar com a secretária e isso deixou sua mulher bem abalada, mesmo com as brigas, ela ainda o amava muito. A mulher disse que agora seria ruim, por causa do filho deles que estava indo bem na escola, depois de muitos anos e ela também falou que por uma semana ele teria que levá-la todo dia até a porta nos braços. Ele aceitou, não importava mais, era apenas uma semana e ele logo seria livre desse casamento infeliz.
Essa uma semana se iniciou e ele sempre a levava nos braços até a porta. Nem era tanto esforço pra ele, já que o mesmo era forte, mas ele se sentia um pouco incomodado. O filho deles achava legal, divertido e bem romântico. No segundo dia, ele começou a prestar mais atenção na mulher, ela era linda, perfeita, até com suas imperfeições. Ele achou isso normal, era sua ex-mulher ali. Ele tinha se apaixonado por essa beleza. No terceiro dia, enquanto levava ela até a porta, pensou um pouco se valia a pena abandonar sua família. Ele só queria a secretária porque eles transavam mais vezes do que o casal e era tão bom todas essas vezes. No quarto dia, ele percebeu que sua ex-mulher parece estar mais magra. Ela tinha a aparência bem abatida e cansada. De noite, ele via a moça escrevendo algo em uma carta, mas nem deu bola. No quinto e último dia da semana, ele falou para a secretária que não queria mais ficar com ela, que não valia a pena abandonar sua família por sexo e saiu mais cedo do trabalho, indo direto para sua casa. O caminho foi um dos mais torturantes que ele fez na vida e parecia nunca ter um fim, mas assim que estacionou em frente à sua casa, o alivio subiu. Ele entrou correndo e foi para o quarto. Abriu a porta do mesmo e encontrou sua mulher, ela dormia e parecia estar tendo um pesadelo, de tanto que se mexia. Ele se aproximou dela e a acordou. Ele a abraçou com força e disse que ela poderia dormir tranquilamente, pois o mesmo nunca mais sairia de seu lado novamente e sempre estaria aqui para protegê-la. A mulher o olhou nos olhos e foi ali, que eles se apaixonaram novamente.
Olhei para Louis com os olhos cheios de lágrimas e falei que agora mesmo eu não conseguiria dormir mais.
– Só fechar os olhos e pensar em coisas boas.
– Você me emocionou
– Você que é chorona. – Ele beijou minha bochecha.
– São os hormônios.
– Também.
– Essa história dá um livro
– Eu sei, querida.
– Você leu em algum lugar isso? – Ele riu e assentiu. – É bonito de qualquer forma.
– Obrigado.
– De nada.
– Ainda está sem sono?
– Estou. – Assenti sem graça.
– Não sei mais o que fazer.
– Canta.
Ele alisou meu cabelo e começou a cantar uma música de ninar. Fechei os olhos e deixei o sono chegar.
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