História Parte De Mim (Yoonseok) - A sobremesa

 Rejeitando, quando é que Min Yoongi sonharia com esse dia. Logo eu, o mais requisitado, o mais paparicado. Agora sendo rejeitando pelo meu próprio alfa.

Assim que Hobe saiu, para algum lugar aonde eu não tinha ideia já que ignorei todas as possíveis tentativas de um diálogo. Corri para o guarda-roupas, me vesti com qualquer roupa e saí do apartamento atrás das únicas duas pessoas que saberiam o que fazer.

Jin e Tae eram betas, mas diferente de mim, que passava os ruts dopado de remédio ou com algum plug. Eles eram experientes e já tinham se envolvido com algum alfa alguma vez. Então assim que saí, combinei algum lugar para nos encontrarmos.

Quando cheguei no parque, ambos degustavam calmamente um sorvete que me parecia delicioso. Sentei-me entre os dois, na grama aonde estavam, e suspirei pesadamente.

—Acho que o assunto é ainda pior do que eu imaginava, Jinnie-ah—. Falou Tae, mordendo uma parte de sua casquinha saborosa.

O mais velho ali assentiu e ofereceu seu sorvete lambido para mim.

—Que nojo, hyung. Pode ficar—. Disse recusando o sorvete lambido.

—E então, desembucha de uma vez. Eu preciso voltar antes do almoço de amanhã—. Disse o mais velho. Cínico.

Eu suspirei, era difícil dizer de uma vez que fui rejeitado assim.

—Jung e eu estamos morando juntos, mas isso vocês já sabem. O problema mesmo é que ele anda me evitando, não quer dormir comigo, sempre que o clima esquenta ele se afasta. Até mesmo recusou quando eu... Bem, quando eu me ofereci totalmente para ele—.

Eu sabia que poderia ser aberto com os betas, sempre fui. Mas eu não pude evitar ficar desconfortável diante desse assunto.

—Você abriu as penas e ele recusou? Esse é realmente um problema, não é Jinnie-ah? Eu nunca vi um alfa rejeitando uma foda—.

No mesmo momento em que Tae falava, uma ômega que passeava pelo parque com seus filhotes passava por nós. Assim que ouviu o que Taehyung dizia, olhou feio em nossa direção e apressou o passo puxando as crianças. Taehyung riu e revirou os olhos.

—Eu nunca vi um lúpus assim, Yoonnie. E é exatamente por isso que eles tem a fama de serem rudes e insaciáveis, eles não recusam esse tipo de coisa nunca—. Jin dizia enquanto lambia o restante da massa do sorvete.

Olhei em direção a Tae e ele assentiu, mordendo o último pedaço da casquinha doce.

—Mas Yoongi, não era você que estava se guardando?—.

—Eu não estava me guardando, Taehyungie!—.

Ambos os betas riram soprado, apenas para me irritar.

—Yoongi, você é simplesmente o único ômega dessa cidade, não existe alguém mais desejado do que você. E você sempre rejeitou os melhores e piores alfas e betas, nunca passou um rut com alguém. Se não estava se guardando estava fazendo o que? Cú doce?—. Disse o mais velho, fazendo o outro rir alto.

—E-eu só não me sentia preparado, não queria que fosse só por prazer, só por causa do rut—.

Ok, eu sou um babaca. Sei que tive muitas chances de perder a virgindade com um alfa, com os melhores do colégio, com os melhores da cidade. Mas eu sentia que precisava esperar e agora entendo que era por causa de Hoseok.

—Vocês vão me ajudar ou não? Eu não preciso de mais ninguém me julgando por não ter dado pra' ninguém até hoje—. Soltei irritado, em meio aos risos dos betas. Nem mesmo me preocupei por estar em um local público e lotado de crianças correndo.

—Ok, ok. O que vamos te dizer é bem simples, na real. Você só precisa se insinuar—. Falou Jin.

—Um lúpus nunca resiste. Hoseok é um pouco diferente, mas acho que ele não vai durar muito também—. Falou Tae.

—E-então eu preciso agir sensualmente e me jogar em cima dele?—.

—Quase isso, pequeno ômega. Usa o que você tem a favor, olha o seu cheiro. É muito mais fácil seduzir alfas com um cheiro desses—. Jin se levantou, segurando seu celular e limpou a bermuda que usava com as mãos.

—Você sabe o que fazer, Yoongi. Só precisa tirar essa áurea puritana e fofinha—.

Fofinha? Ele falava de mim ainda?.

—M-mas Jinnie. Espera, e-eu preciso saber como funcionam as coisas, quero dizer, o que eu faço na cama? E-eu não faço ideia, eu preciso comprar camisinhas?—.

Eram tantas perguntas, uma mais constrangedora do que a outra.

—O seu corpo vai saber o que fazer, relaxa. E sobre as camisinhas, você vai ter que comprar sozinho—.

O mais velho saiu dando uma piscadela, me deixando ainda mais nervoso e ansioso.

—Taehyung, me ajuda!—. Disse desesperado. Mas o outro também já se levantava e ia embora.

—Eu preciso ir, Yoongi. Vai dar tudo certo. E não esquece das camisinhas!—. Ele gritou a última parte, fazendo a atenção de vários pais ali no parque, se voltarem para nós. Principalmente para mim, que já explodia de vergonha.

Você me paga Kim Taehyung

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Após o episódio constrangedor no parque, me dirigi até o mercado mais próximo. Estava tarde, acabei passando tempo de mais vagando pela cidade pensando em como agir com meu alfa. Precisava preparar algo para a janta e tomar coragem para entrar na farmácia e comprar o ponto alto da noite.

Será que eu precisaria comprar lubrificantes? Ou o meu corpo realmente ajudaria para comportar um alfa? Oh céus, até mesmo pensar nisso me deixava desesperado.

Já dentro da farmácia, após comprar alguns ingredientes para o jantar. A moça atendente me encarava enquanto eu tentava me esconder atrás da touca de minha blusa.

Você só precisa entrar lá, pegar qualquer um dos pacotes, pagar e correr.

Mas a atendente insistiu em ajudar. E mesmo tentando ser sutil, a moça continuava a fazer perguntas constrangedoras.

—Você toma anticoncepcional?—.

—N-não, e-eu não pensei nisso—.

Haviam três ou quatro pessoas naquele lugar, e eu jurava que todos estavam ali apenas para me ver passando vergonha.

—Ah mas é importante, sua omma não lhe ensinou nada? É a sua primeira vez?—.

—M-moça, eu só quero levar esse pacote—. Me escondi mais dentro da touca.

—Ah querido, não fique com vergonha. Isso é algo totalmente normal. Você pegou o tamanho certo?—. A moça pegou a embalagem de camisinhas e passou no sistema, finalmente.

—Tamanho? E-eu nã...—.

—O Tamanho do seu alfa, querido. Se comprar um tamanho menor ela pode estourar na hora—. Me interrompeu a moça.

Com certeza se eu já estava vermelho, começaria a ficar roxo.

Joguei a embalagem no bolso e deixei o dinheiro no balcão do caixa. Saí correndo daquele lugar o mais rápido possível.

Eu nunca mais volto aqui!

•

Não fora difícil preparar o jantar graças a internet, pelo menos isso não seria um fiasco.

Corri para tomar um bom banho, não fazia ideia de quando Hoseok chegaria e já estava dando sorte por ele não ter chego ainda.

Vesti o temido shortinho preto, o que não deveria ter saído do meu antigo quarto. E procurei alguma blusa do alfa para vestir, era delicioso sentir o cheiro dele ali, mesmo que por causa da marca eu já o carregue naturalmente agora.

Só deu tempo para que eu apagasse as luzes e fosse para a cozinha, logo o barulho do elevador se fez no corredor e eu sentia meu alfa se aproximando.

Agir sensualmente, agir sensualmente, agir sensualmente.

•

Hoseok comia satisfeito, e realmente havia ficado muito bom. Mas eu precisava continuar colocando o meu plano em prática, ou apenas acabaria desistindo agora mesmo.

—Depois arrumamos a cozinha, vamos assistir a um filme?—. Sugeri, e o alfa aprovou.

Fui até o armário mais alto e procurei pelas taças de vinho, essas que foram presentes de nossos pais, assim como quase tudo aqui.

O olhar do alfa queimava sobre mim, eu nem ao menos pensei sobre isso, mas essa era bem uma daquelas posições bem favoráveis e clichês.

Me estiquei ao máximo, fazendo a blusa larga se erguer, expondo o que eu queria.

—Seokie, você pode me ajudar?—. Falei manhoso.

Ouvi dizer que o truque do ômega manhoso sempre dá certo. Não custava tentar.

O outro apenas pigarreou e se aproximou, colando seu peito em minhas costas, suas mãos dançaram por meus braços e seguiram até as taças de vidro. Eu deixei de me esticar para abaixar, pegando a garrafa de vinho, ainda fechada, em uma porta baixa. Com certeza era uma visão tentadora.

Me afastei, passando pelo alfa que continuava estático, e fui para a sala.

—O que você quer ver, amor?—. Perguntou, a voz soando tons mais baixo que o normal.

—Qualquer um, Hope-ah. Só quero passar um tempo com você antes que as aulas voltem de verdade—.

Estávamos em um recesso, já que as provas de final de bimestre haviam acabado.

Me sentei no tapete felpudo em frente a mesinha de centro, coloquei a garrafa sobre a mesma , junto com as taças. Hoseok sentou atrás de mim, deixando um espaço entre as pernas para que eu me escorasse em seu peito.

Enchi as taças com a bebida e entreguei uma delas ao moreno atrás de mim. Logo o filme, no qual eu estava totalmente desinteressado, começou a rodar.

O que eu preciso fazer agora? Pensa Min Yoongi, pensa.

Hobe pousou uma das mãos em meu peito, em seguida eu coloquei uma de minhas mãos por cima da sua e entrelaçamos os dedos.

Antigamente eu diria que era loucura e que nenhum alfa tocaria assim em mim, mas por hora, tudo que eu mais quero é sentir os toques do meu alfa por meu corpo todo.

Meu coração estava acelerado, eu me sentia mais do que nervoso. Não queria ser rejeitado novamente.

Segurando firme em sua mão, como estava. Deslizei seus dedos até minha coxa, o que a princípio me pareceu divertidamente delicioso. Mas quando o alfa resmungou e voltou a subir a mão junto da minha, eu me entristeci.

Talvez eu realmente não o atraísse tanto. Como os betas haviam dito, não é comum alfas, principalmente lúpus, rejeitarem um ômega disposto a sexo.

—Hoseok-ssi, você não gosta do meu corpo?—. Perguntei, soltando meus dedos dos dele para acariciar a mim mesmo.

—Yoongi-ah, pare de falar. E-eu quero ver o filme, ok?—.

Ignorado. Mas eu pude ouvir a falha em sua voz.

—Eu quero que você me toque, alfa. Preciso sentir você—.

Levei meus toques a meu próprio corpo em minhas pernas, apertando as coxas com firmeza, até alcançar meu próprio membro, ainda dentro do shorts.

—Se você não me tocar, eu mesmo farei por mim. E eu adoro me tocar, Seokie-ah, sempre penso em você—.

Meus dedos massagearam toda a extensão de meu pênis, ainda coberto e quase desperto.

Pensar que Hoseok estava ali, observando enquanto eu me tocava, era excitante.

Logo adentrei o shorts, segurando o membro e massageando a glande. Meu corpo arrepiou e eu flexionei ambas as pernas, abrindo-as e dando mais liberdade para os movimentos.

—Ah, Hobie-ah. Mais rápido—. Gemi em um sussurro, aumentando a velocidade com a qual me masturbava dentro do shorts. Tudo na intenção de provocar Hoseok e seu lúpus.

A alfa atrás de mim rosnou, segurou ambos meus pulsos me fazendo parar com os movimentos.

—Você só pode está brincando, ômega. Me fazer perder a cabeça assim é pedir para não sentar por dias—.

A voz rouca e grossa era diferente da voz doce do alfa que eu conhecia, e eu não precisava encara-lo para ter a certeza de que seus orbes estavam naquele tom escarlate sinistro.

Enfim o alfa me puxou mais para cima, me fazendo chocar com mais força contra seu peito que subia e descia. Os braços coberto por veias que saltavam me apertaram contra si e entraram entre minhas pernas. Os dedos longos e finos seguraram no cós de meu short e puxaram-no, para fora de meu corpo, fazendo meu membro teso pular livre para fora.

Um arrepio congelou meu corpo quando senti aqueles mesmos dedos finos e longos segurarem meu pênis pela base. Em seguida o alfa começava a trabalhar ali, deixando meu corpo extasiado e mole com os toques.

Hoseok brincava com a glande avermelhada, passava um dos dedos pela fenda que cuspia pré-gozo. A sua outra mão adentrou a blusa e resolveu apertar um dos mamilos.

Eram tantas sensações, meu quadril ia de encontro a mão do alfa que me torturava lentamente, procurando por mais. Enquanto gemidos baixos arranhavam minha garganta.

—Hum, mais rápido, Hobie. Pare de me torturar—.

Os movimentos praticamente pararam, me fazendo resmungar em desaprovação.

—Você me torturou com essa roupinha, ontem e hoje. Me deixa brincar um pouquinho com você agora, vai ser o seu castigo—.

O hálito gelado do moreno batia contra minha pele quente me fazendo vibrar. Suguei com força meu lábio inferior, antes que o próprio alfa puxasse com a mão desocupada meu queixo eu sua direção e me deixasse provar de seu lábios inchados.

Joguei um dos braços para trás, segurando na nuca alheia, sentindo a mão do alfa voltar a bombear meu pênis, agora com velocidade.

Gemi entre seus lábios, passando a língua por sua boca em um beijo bagunçado e quente. Apertei seu cabelo entre os dedos, arranhando seu pescoço com minhas unhas curtas.

O alfa gemeu quando voltei a chocar meu quadril contra sua pélvis. O volume em seu baixo ventre roçava em minha bunda.

Um calor descomunal me invadiu, os gemidos se tornaram frequentes e mais altos, os movimentos já eram desordenados pela velocidade. E então eu me desfiz entre os dedos do alfa que continuaram os movimentos, prolongando os espasmos em meu corpo.

Antes que eu pudesse puxar o ar para o pulmão, Hoseok segurou me pelo cabelo, desencostando minhas costas de seu peito. Me ajoelhei no tapete e ele forçou meu tronco para baixo, deixando-me completamente exposto para si.

Eu queria, foi isso que eu busquei e agora chegou a hora. Mas por que eu me sentia estranho? Por que eu sentia medo?.

—Yoonnie, eu vou cuidar de você. Não sinta medo, eu vou te dar prazer mais uma vez enquanto te preencho de mim—. Sua voz era rouca, baixa, transbordava luxúria, mas tentava soar como algo doce. O que me fez relaxar um pouco mais quando senti um de seus dedos me invadindo.

Lembrei-me se Seokjin dizendo que meu corpo saberia como reagir, e sim, ele sabia. E eu soube quando senti a lubrificação natural escorrer entre minhas coxas.

Hobe já movimentava o seu terceiro dedo ali, alargando meu buraquinho rosado para penetrar e finalmente me invadir com seu pênis.

Meu estômago revirava, por que sexo é tão extremamente bom assim? Eu sentia borboletas se batendo para sair, e quando o alfa finalmente se afundou em mim, eu as soltei junto com um gemido alto.

Ele não esperou muito para que prosseguisse, minha lubrificação ajudava seu membro a deslizar com facilidade em meu interior apertado. As estocadas deixaram de ser cuidadosas para se tornarem rudes e rápidas, fundas.

Quanto mais Hoseok se afundava, mais longe eu pedia para que ele fosse. Até que as estrelas do céu invadiram aquele cômodo, os astros de alinharam e fenômenos aconteceram dentro de mim. O alfa continuou atingindo aquele ponto, freneticamente, me fazendo gemer por mais.

—Hoseokie-ah!—. Chamei por seu nome em sua última estocada funda em meu ponto sensível, antes que o mesmo se desfizesse em mim, atando o nó em meu ventre enquanto meu gozo escorria pelo tapete felpudo.

Me joguei ali mesmo, exausto, sentindo o corpo suado grudar no tapete. Hoseok se jogou próximo a mim, assim que se recuperou do orgasmo.

—Está tudo bem?—. Ele perguntou.

—Sim, não poderia estar melhor. Obrigado Seokie—.

Senti seus dedos virem acariciar minhas costas nuas, e sorri satisfeito.

—Me perdoa por ser sua primeira vez e eu ter simplesmente te jogado no chão, eu estava fora de mim—.

—Tudo bem, alfa. Que tal fazermos minha segunda vez na cama agora?—.

Hoseok riu e concordou em seguida.