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História Partituras - Mãe, sinto sua falta...


Escrita por: Ketty01

Notas do Autor


Aeeeo voltei com cap. Quentinho pra vcs, espero que gostem 💜

Capítulo 8 - Mãe, sinto sua falta...


Fanfic / Fanfiction Partituras - Mãe, sinto sua falta...

O som das talheres batendo na porcelana era o único som emitido naquela enorme e silenciosa sala de jantar.

Desde que o Sr. Jang deu a notícia de que estava noivo de Sun Hee, seu filho já não se comunicava tanto com ele em comparação a antes. Era uma reação infantil de Yi Jeong, mas o rapaz não se importava se aquilo era infantilidade ou não.

Enquanto levava os Jeotgaraks até sua boca, Yi Jeong lembrava de quando sua relação com seu pai era mais saudável, de quando aproveitava sua infância sem se preocupar com responsabilidades, de quando sua mãe ainda era viva e tocava piano para ele ficar escutando.

Pensava em que aqueles momentos tão únicos e preciosos nunca voltariam, e sem perceber, de seus olhos jorravam lágrimas tristes de amargura, de saudade.

Sr. Jang abaixou seus Jeotgaraks presos firmemente entre seus dedos, e fitou o rapaz a sua frente, tão lastimado, com os lábios tensos e tristes, com seu rosto respingando lágrimas, como se estivesse derretendo em tristeza.

-Yi Jeong? – Buscou pela atenção do filho, que imediatamente enxugou o rosto com as mangas cumpridas de seu suéter.

Um silêncio sufocante se formou naquele cômodo, era como se pudessem se afogar naquele clima estranho que se formou ali.

E Sr. Jang nem ao menos sabia lidar com o filho naquela situação, já que o rapaz desde que sua mãe faleceu se trancava em seu quarto e guardava tudo para si, impossibilitando que alguém viesse a ver ele derramar sequer uma única lágrima.

Sem conseguir se conter, Yi Jeong deixou escapar os soluços do seu choro, e sem pensar duas vezes soltou as talheres na mesa e andou a passos largos até seu quarto, segurando seu rosto, sentindo como se a qualquer momento, aquelas lágrimas quentes pudessem fazer seu rosto desmoronar.

 

(...)

 

Nos seus dias de folga, Kyung-Il costumava sair com Do Kyun, isso quando Yang Mi não quase o obrigava a leva-la a algum cinema ou restaurante, ou qualquer outro lugar.

Naquele dia, Kyung-Il estava mais aéreo, o que preocupou Do Kyun.

Enquanto ingeria o álcool do recipiente de vidro, Kyung-Il fixava seu olhar em um ponto qualquer, como se tivesse ido dali até o mundo da lua.

-Hyung?

Kyung-Il se assustou num sobressalto e olhou para o amigo.

-O que aconteceu com você? Desde que chegamos você anda meio aéreo

-Não é nada... – Kyung-Il terminou de beber o resquício que sobrou dentro do copo.

-Não parece não haver nada – Dokyun apoiou seu cotovelo no balcão, enquanto seu pulso sustentava sua cabeça.

-É só que... Eu estou com vários problemas

-Isso envolve amor? – Do Kyun sorriu.

-Eu não sei dizer... Estou com um problema que parece que vai me sufocar se eu não resolvê-lo logo

-Você pode me contar, quem sabe eu possa te ajudar.

Kyung-Il confiava bastante em seu amigo, mas estava inseguro em relação a dizer sobre especificamente aqueles problemas.

-Já vou adiantando que não é tão simples, e nem que de fato exista uma solução. – Kyung-Il pediu ao garçom mais uma rodada de soju[1]. – Eu já havia lhe dito que estou dando aulas particulares de piano para o filho do noivo da minha irmã, o garoto é bastante problemático e difícil de lidar.

-Ok, então esses problemas envolvem esse garoto?

O mais velho segurou a respiração por alguns segundos e logo em seguida respondeu afirmando com a cabeça.

- A alguns meses minha relação com ele tem melhorado, mas... Ele tem agido de modo estranho...

-Como assim? – Do Kyun franziu o cenho e Kyungil suspirou.

-E vou direto ao ponto – O professor deu um grande gole da bebida em seu copo. – Eu acho que ele gosta de mim, do tipo: estar apaixonado.

Do Kyun arregalou os olhos.

-Você quer dizer que ele é.... Homossexual?

-Eu não sei ao certo, porque sempre que nos aproximamos demais ele fica um pouco tímido, então eu acredito que ele não tenha tido nenhum tipo de experiência amorosa com ninguém... Mas, Do Kyun, esse não é o principal problema.

-Não?

Kyung-ll negou com a cabeça.

-O problema, o-o problemão mesmo é que... – Kung-Il refletiu sobre as palavras que estava prestes a dizer – Ah, esqueça isso.

-Você vai recuar agora? Vamos, me diga logo o que é, hyung!

Kyung-Il estava nervoso, seus pés batiam insistentemente no chão repetidas vezes.

- É que... Eu costumo pensar bastante nesse pivete... Devo me preocupar?

Do Kyun baixou a cabeça deixando escapar um pequeno e sutil riso.

-Eu acho que vocês devem conversar sobre isso e tentarem entender o que vocês dois estão sentindo. Aliás, me surpreende muito o fato de você não ligar tanto pelo fato de ter várias garotas apaixonadas por você, mas ficar tão preocupado com a paixonite do filho do seu patrão. Me pergunto se você também não goste desse moleque.

-Aish! O que você está falando? Eu sou hetero, e tenho uma namorada. – Kyung-Il ficou um pouco envergonhado com a fala do mais novo.

-Não estou dizendo que há algum problema em você gostar de outro cara, pra falar a verdade acho isso bastante normal, qual é, estamos no séc. XXI, gostar de alguém do mesmo gênero não é nenhum bicho de sete cabeças. E outra que você não parece gostar muito da Yang Mi, pra falar a verdade sempre achei que vocês estivessem juntos por obrigação, ela parece forçar você a estar com ela.

Kyung-Il concordou mentalmente com a fala de Do Kyun, era fato que ele não amava Yang Mi, um amor do tipo de querer estar sempre juntos, sentir os abraços e os beijos um do outro, o máximo que Kyung-Il poderia sentir por ela era amizade, e o fazia se sentir mal o fato dele saber que estava com ela por obrigação.

No final, ambos dividiram a conta e foram cada um para a sua casa.

 

(...)

 

Após chorar horrores, a respiração do pequeno Yijeong finalmente voltou a seu ritmo normal, agora sua cabeça doía insistentemente, era como se ela fosse explodir, e seu rosto se encontrava em um enorme torpor.

Alguém batia na porta do seu quarto, mas o rapaz não deu qualquer atenção, só queria ficar ali entre as cobertas, com o travesseiro sobre sua cabeça.

Sr. Jang abriu a porta e entrou, já havia bastante tempo desde a última vez que o empresário havia entrado naquele cômodo, e por esse motivo naquele momento ele se culpou por tantas vezes deixar seu filho ali sofrendo sozinho, sem sua companhia.

O homem se sentou sobre a cama de seu filho, e acanhadamente deslizou sua mão sobre os lençóis macios de ceda.

A verdade é que ele não sabia o que dizer.

Mais uma vez a atmosfera entre os dois era tensa e desconfortável.

A primeira fala foi de Sr. Jang, “Me desculpe”, aquelas duas palavras que fizeram o coração de Yi Jeong palpitar.

-Me desculpe por nunca ter te ajudado a superar a morte da sua mãe. Eu sei que isso não é desculpa, mas eu também estava me sentindo desolado, mesmo assim eu deveria ter te ajudado por que você era apenas uma criança, e eu era a única pessoa que lhe restava – aquelas palavras pouco a pouco foram aquecendo o coração machucado de seu filho.

-Você sabe que a morte da sua mãe me deixou bastante arrasado, mas agora eu tenho que seguir minha vida, mesmo que seja com outra pessoa. Mais uma vez, me desculpe por não ser um pai presente e exigir muito de você, eu só quero que você seja bastante feliz e siga tendo uma vida próspera mesmo sem sua mãe ao seu lado.

Sr. Jang levou sua mão até o ombro coberto de seu filho e o apertou leve e calorosamente, como se o pudesse transferir forças.

Sr. Jang se levantou, olhou para seu filho, a pessoa que ele mais amava e logo em seguida cruzou da porta para fora.

 

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[1] não sei se todos aqui sabem, mas soju é uma bebida alcoólica originária da Coreia que é feita de arroz, a bebida nacional mais vendida do mundo, ganhando até da vodca, whisky e rum (esses coreano cachaceiro huahus xD) 


Notas Finais


Aiiin gente, que fofo o yijeong com o pai dele 💖
Só eu que fiquei imaginando aquele sorriso lindo do dokyun quando ele ria?? Adoro aquelo sorriso socorroooo. 😍
Espero que tenham curtido, comentem se gistaraaam
Bjs 🌸🌸


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