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História Partners in Time - Truth or Dare


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


Como prometido, eis o 3º capitulo da fanfic. Quase não postei porque fiquei doente, mas como já tava feito, só precisei formatar.

Espero que curtam!

Capítulo 3 - Truth or Dare


Fanfic / Fanfiction Partners in Time - Truth or Dare

MAX

 Chloe, não me mata, lembra que eu salvei sua vida hoje.

- Foi preciso minha quase morte pra você criar coragem de me reencontrar?

- Falando desse jeito até parece que sou uma completa idiota. É, na verdade sou mesmo.

- Eu me odeio por não conseguir ficar com raiva de você. E para de fazer essa carinha pra tentar me comover.

- Que carinha? - perguntei fazendo "a carinha".

- OLHAÍ, TÁ FAZENDO DE NOVO! MAX, VOCÊ É PRATICAMENTE UM EMOJI HUMANO!

Não aguentei aquela acusação e comecei a rir alto. Chloe riu junto comigo.

- Vou te dar uma trégua por enquanto, mas você está em observação, fique ciente - disse  levantando a sobrancelha esquerda.

- Sim, senhora. Agora podemos ir pro seu quarto?

- Uau, Maxine! Mal chegou e já quer me levar pro quarto? Você já foi mais tímida.

Fiquei vermelha instantaneamente ao me tocar do que disse, mas tentei disfarçar. - Você parece outra pessoa, mas o senso de humor continua o mesmo.

- Reclamações só com a gerência e ela não está em casa ainda. Guarde pra quando estivermos no Two Whales. 

Ao entrar no quarto de Chloe, pude notar que não era só ela que tinha mudado, aquele cômodo parecia uma extensão de sua nova personalidade. Era muito bagunçado, cheio de coisas espalhadas pelo chão, pôsteres e pichações nas paredes, um notebook em cima da escrivaninha, com mais alguma bagunça e uma cama desarrumada. Uma bandeira, que servia como cortina, completava o cenário.

- E então, o que achou?

- Combina com seu novo eu: bagunçado, mas com muita alma.

- Entenderei como um elogio.

- E foi.

Ela deitou na cama e logo acendeu um cigarro. Notei que não era de nicotina. Então decidi explorar aquele lugar.

Havia muitas fotos do passado, dela com William, comigo. Muitas revistas jogadas, cinzeiros cheios e garrafas, muitas garrafas. Continuei vasculhando e, dentro de uma caixinha de metal, encontrei uma foto dela com uma garota que eu não conhecia.

- Quem é essa? - perguntei, mostrando a foto, que logo foi arrancada de minha mão por ela.

- Nossa, Max! Você continua a mesma bisbilhoteira de sempre.

- Eu tento dar sempre meu melhor. - ela riu.

- Essa é a Rachel, foi ela quem me salvou depois que meu pai morreu e você foi embora. Não sei o que teria sido de mim se ela não tivesse aparecido - senti uma pontada de ciúme com aquele comentário, mas logo tentei reprimir aqueles pensamentos egoístas - ela era linda, contagiante, todos a amavam, você ia adorar conhecê-la - parecia o oposto de mim.

- Que bom que você encontrou alguém pra me substituir. Mas onde ela está agora?

- Em Los Angeles. O plano era irmos juntas, então consegui um dinheiro emprestado pra bancar a viagem, mas não foi suficiente pras duas, então ela acabou indo sozinha. - Chloe tentava não demonstrar muita emoção, mas eu notei que aquele assunto doía nela.

- Mas que ótima amiga, hein? - o ciúme me venceu novamente. Meu deus, o que estou fazendo?

- Falou a garota que me deixou 5 anos sem notícias.

- Desculpa, não quis ofender. Não sabia que você arrastava um caminhão por ela, mas agora parece meio óbvio. - Alguém me pare antes que eu perca o resto que me sobra de dignidade com esse ataque de ciúmes.

- Peraí, você tá com ciúmes, Max? Eu entendi direito? 

- Que bobagem, não tem nada a ver. - droga, fui descoberta.

- Tá sim, não minta, Caulfield, ou vai receber um ataque mortal de cócegas.

- Não, por favor, tudo menos isso.

- Então admita.

- Ok, ok, talvez eu tenha sentido um pouquinho de ciúme por ter sido substituída. Ainda mais por alguém que parece tão melhor que eu.

- Você não foi substituída e ninguém é melhor que você, Max. Não seja idiota.

- Como assim ninguém...?

Antes que ela pudesse me responder, ouvimos passos lá embaixo subindo a escada e uma voz masculina resmungando.

Chloe rapidamente jogou o cigarro que fumava pela janela e borrifou desodorante por todo o quarto. Eu mal conseguia respirar com aquele cheiro terrível que agora empestava o ambiente.

Logo o dono da voz adentrou o quarto. Era David, o segurança de Blackwell que sempre parecia desconfiar de todos. Aquele cara era muito problemático, não é à toa que a Chloe o odiava tanto.

- Chloe, que droga de cheiro é esse e o que essa garota está fazendo no seu quarto?

- Não que seja da sua conta, Sargent Pepper, mas essa garota é minha amiga de infância que, por acaso, resolveu me visitar hoje e esse cheiro... esse cheiro... - ela parecia procurar uma história miraculosa pra justificar, mas a explicação não vinha de lugar nenhum.

- Eu to com problema de gases, isso é muito constrangedor, mas a Chloe acabou borrifando desodorante pra dispersar. - puta merda, de onde eu tirei essa história? Eu olhei pra Chloe e ela olhava com os olhos arregalados pra mim e eu podia jurar que ela estava se segurando pra não gargalhar.

- Bem... O-ok, meninas, só não aprontem nada de errado. E, você, menina. - falou olhando diretamente pra mim. - melhor ir num médico, se não melhorar. 

Depois ele saiu e fechou a porta. Exatos 5 segundos depois disso, Chloe começou a gargalhar com os olhos já cheios de lágrimas. 

- Meu deus, Max, de onde você tirou essa história? - ela falava entre uma gargalhada e outra. - nem eu conseguiria te constranger tão bem assim.

- Constrangimento é meu nome do meio, Price.

- Depois dessa, vou te tirar do seu período de observação, você merece por me salvar de novo. - ela passou a braço por cima do meu ombro. - agora vamos ao Two Whales, porque eu to morrendo de fome e aposto que você também.

- Ainda bem, não aguento mais esse cheiro horrível.

- Não me culpe, foi você quem peidou no meu quarto.
________________________

Estar no Two Whales de novo era como voltar no tempo. O lugar estava praticamente igual desde a última vez em que estive ali. Não só o lugar, mas também a Joyce que, a não ser por algumas novas linhas de expressão que povoavam seu rosto, continuava quase com a mesma aparência.

Ficamos algum tempo, comendo e conversando com a Joyce, enquanto ela dava broncas na Chloe e me dizia pra cuidar dela.

Depois voltamos as três juntas pra casa delas e, por sorte, o David tinha saído para Blackwell.

Chloe e eu subimos para o quarto pra conversar, enquanto esperávamos o jantar (sim, nós adoramos a comida da Joyce).

- Max, vamos brincar de verdade ou desafio? 

- Só nós duas? 

- Não to vendo mais ninguém aqui, a não ser que você queira que eu chame minha mãe. - ela debochou - vai ser legal, a única diferença é que a chance de pagar mico é maior.

- Ok, você me convenceu.

- Ótimo, eu começo. - ela disse animada - o que você escolhe, Max?

- Verdade.

- Como anda a sua vida amorosa em Arcadia Bay, tão movimentada como em Seattle?

- Sim, ou seja inexistente.

- Como assim, Max? Vai me dizer que não existe nenhum garoto por aí arrastando um bonde por você? E aquele tal de Warren?

- De onde você conhece o Warren?

- Wow, toquei na ferida, né? 

- O Warren é só meu amigo. Quer dizer, ele tem uma quedinha por mim, mas eu finjo que não percebo.

- Wow, Max Fatale! É destruidora de corações e ainda fica escondendo o jogo. 

- Exagerada! O Warren é legal, só não faz meu tipo.

- Alerta de friendzone! - ela fazia um gesto como se falasse por um megafone - então, você não curte o estilo nerd, mas quem sabe um bad boy? - ela me encarou, se aproximando e abrindo mais os olhos, fingindo surpresa - ou seria uma bad girl?

- Para, Chloe! Você já fez bem umas 5 perguntas numa única.

- Ok, sua vez, eu escolho verdade também.

- Você e a Rachel já tiveram algo?

- Mas que fixação, hein?

- Responda sem reclamar.

- Ok. Não tivemos nada, já nos beijamos uma vez ou outra, mas só de brincadeira.

- Não por falta de vontade sua, né? - eu e minha bocona.

- O que?

- Nada. Só pensei alto. Sua vez, eu escolho verdade.

- Com quantos caras você já ficou?

- Ficar como?

- Estou falando de sexo, Max.

- ...

- Então?

- Nenhum.

- O que? Não é possível!

- É - eu queria pular pela janela e cavar um buraco pra me enfiar. - eu já estive perto de, você sabe, mas acabou não acontecendo. Enfim, é isso.

- Hum, ok. Minha vez. E agora vou deixar as coisas um pouco mais perigosas, escolho desafio. Seja criativa, Maxeinstein!

- Eu te desafio a ir na casa da sua vizinha e perguntar se ela não viu uma calcinha sua que você perdeu depois de jogar pela janela.

- Wow, MadMax, você não brinca em serviço, hein?

Saímos correndo da casa e, enquanto a Chloe tocava a campainha da casa ao lado, eu me escondia atrás de sua caminhonete assistindo a cena.

Uma senhora gordinha e baixa, de uns 60 anos, atendeu a porta.

- Oi, tudo bem? Eu não queria incomodar a senhora a essa hora, mas preciso muito saber se viu uma calcinha minha aí pelo seu quintal. Perdi ontem quando a joguei pela janela no calor do momento e não acho em lugar nenhum.

- O QUÊ?

- Uma calcinha, vermelha, fio dental, bem pequenininha. Tem certeza que não viu? É fácil de reconhecer.

- VOCÊ FICOU LOUCA?

- Por favor, ela é a favorita da minha namorada. Olha ela ali atrás do carro esperando uma resposta positiva. Nós vamos achá-la, amorzinho, não se preocupe! - ela apontou pra mim enquanto dizia isso e eu quis morrer - nossa vida sexual depende disso, você precisa nos ajudar!

- EU NÃO VI NADA, SAIA LOGO DAQUI - e bateu a porta na cara da Chloe.

- APOSTO QUE VOCÊ DEVE TER ACHADO E TÁ PENSANDO EM USAR, NÉ? POR ISSO NÃO QUER ME DEVOLVER! - ela gritava e acho que toda a vizinhança podia ouvir - MAS ADIVINHA? ELA NÃO VAI CABER EM VOCÊ. - ela saiu de lá com um sorriso triunfante.

- Não acredito que você fez isso.

- É, amorzinho! Parece que não teremos nossa calcinha de volta tão cedo. - falou fazendo uma cara de desapontamento. Logo depois subimos e voltamos ao jogo.

- Bom, Max, agora é sua vez e nada de verdade. É hora de um desafio.

- É justo depois do que te fiz passar.

- Maxine Caulfield, prometi ao Warren que você ligaria pra ele quando estivesse melhor, então vou aproveitar a oportunidade e te desafiar a seduzir ele enquanto faz essa ligação.

- Não!

- Sim. Não adianta fugir do seu destino. Esse jogo é sagrado.

- Tudo bem. Mas preciso de uma bebida antes - ela me passou uma garrafa de cerveja e eu bebi uns 5 goles antes de ligar. Disquei o número e ele atendeu na primeira chamada.

- Alô, Warren? - tentei fazer uma voz sexy.

- Max, é você?

- Sim, só queria te ligar pra dizer que estou bem e que senti falta de te ver hoje, ouvir sua voz.

- O-obrigado, Max.

- Você sentiu minha falta também?

- C-claro.

- Não sabia que ele era gago - Chloe cochichava do meu lado enquanto eu me controlava pra não rir.

- Fico feliz em saber, mas me tira uma dúvida: o que você está vestindo agora?

-Me... Meu pijama do Hu..lk. 

- Nossa, que sexy! - ela cochichou.

- Para, Chloe! - falei num sussurro.

- Max - demorou um pouco, mas ele devolveu a pergunta - e vo-você?

- Eu estou aqui só de toalha, indo pro banho. 

- Você es... está nua?

- Pode-se dizer que sim - eu podia ouvi-lo hiper ventilando do outro lado da linha.

- Amorzinho, desliga esse telefone e vem aqui pra começarmos um pouco de ação entre garotas - o que a Chloe estava fazendo?

- O que foi isso, Max? Tem alguém aí com você?

- Não, Warren, é só... a tv.

- ...

- Está um pouco tarde, Warren, vou desligar, boa noite e tenha bons sonhos. Te vejo amanhã.

- Tu..tudo bem, Max. Boa noite!

- Wow, MadMax! Tenho certeza que o Warren não prega o olho essa noite e você é o motivo.

- Que nojo, Chloe!

- Você sabe que é verdade.

- Não importa, agora é sua vez de ser desafiada.

- Manda ver!

- Chloe Price, eu te desafio - fiz uma pausa dramática - a me beijar.

- O que? Como assim?

- Você ouviu. Um beijo. Nada de selinho. Quero um beijo de verdade. - acho que o álcool tinha começado a fazer efeito. 

- Eu te beijar? - tinha conseguido deixá-la realmente nervosa.

- Wow, a Chloe Fodona Price está nervosa por causa de um beijo? Não pode ser. Onde está aquela garota rebelde que ia explodir Arcadia Bay? Cadê sua atitude punk... - antes que concluísse a frase, ela se inclinou em minha direção e me beijou. Eu correspondi e ela colocou uma das mãos na minha nuca tentando conduzir melhor a ação. Depois se aproximou mais, colocando a mão livre em minha cintura e aumentando a intensidade do beijo. Nós continuamos ali cada vez mais envolvidas naquele momento até que...

- Meninas, desçam logo, o jantar está pronto! - nunca odiei tanto a Joyce na minha vida.


Notas Finais


Ficou bem longo, espero que não tenha ficado cansativo.

Vejo vocês em breve. :)


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