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História Passado e Futuro - Quinto


Escrita por: amac

Capítulo 5 - Quinto


“ Olá, lembras-te de mim?”

 

   Entro em estado catatônico por alguns instantes, engulo em seco várias vezes e por mais que tente falar, a minha garganta simplesmente não consegue reproduzir um único som, começo a perguntar-me por que raio o efeito do álcool passou tão rapidamente, se ainda me encontrasse num estado de embriaguez se calhar acharia engraçada toda a situação, tento ganhar algum tempo e só espero que a minha veia de actriz não me traia nesta hora de necessidade extrema, esmero-me por fazer uma expressão pensativa enquanto ganho tempo e coragem para falar, felizmente parece que sou bem sucedida e ele (não aquele ele) quebra o silêncio que a esta altura já se tornou constrangedor:

 

“ Peço desculpa, pensei mesmo que ainda te recordasses de mim, é verdade que já passaram alguns anos, mas eu nunca me esqueci de ti, na verdade acho que todos nós estávamos na esperança de te encontrar por cá, quando soubemos que a tour ia passar pela tua cidade Natal, falámos logo no teu nome”.

 

Sei bem o nome da pessoa que se encontra à minha frente, se ao início estava em choque de ter caído nas armadilhas do destino, segundos mais tarde fiquei chocada com a evolução, se é que o posso dizer, do rapazinho tímido e com imensas dúvidas em relação a basicamente tudo, ao homem alto e entroncado que está a meros centímetros de mim, se não fosse pelo sorriso, não sei se o teria reconhecido tão facilmente, finalmente reajo como uma pessoa normal com todas as faculdades cognitivas no sítio e é a minha vez de falar:

“Jungkook? És tu? Meu Deus, peço imensa desculpa pela minha atitude, mas logo ao início não estava a ver quem era”, balelas, mas é uma omissão piedosa,  simplesmente não ia dizer ao rapaz que estava a tentar fugir deles, que por ironia ele encontrou-me e que depois fiquei sem palavras por perceber no homem que ele se tornou.

 

 Eis que chega o momento que mais receava, chega a altura em que o Jungkook chama os outros seis rapazes e passados estes anos, vou vê-lo finalmente à minha frente, sinto o meu corpo a ficar dormente e tenho a sensação que a minha alma quer fugir a todo o custo da minha pele, vejo a expressão feliz e espantada de cada um, vêm a correr ter connosco e cumprimento quase de forma automática cada um deles, a verdade é que também tinha saudades destes sete meninos, que não são mais aqueles meninos que conheci em Seoul, todos eles cresceram e se transformaram em homens deslumbrantes, finalmente chega a vez do último membro do grupo me cumprimentar e piada das piadas, é ele.

 

“ Nem acredito que és tu, nem imaginas as saudades que tive, aliás, que todos tivemos”, enquanto fala abraça-me de forma carinhosa, sinto-me a sucumbir debaixo do calor que ele emana, do toque suave e electrificante, percebo que a minha pele reage ao pequeno toque e pede mais, mas infelizmente o contacto é quebrado e tento não demonstrar o efeito que tem em mim.

 

 Os rapazes vão fazendo algumas questões normais nesta situação, mas o meu olhar traí-me e volta sempre a recair sobre a mesma pessoa, apesar de todos eles serem homens lindos, mas não posso deixar de notar a forma como ele cresceu, sem dúvida que já não é um menino, é um homem em todos os sentidos da palavra, a forma grave como fala, o olhar penetrante, os pequenos gestos que me fazem perder a cabeça, não ajuda em nada a forma como a camisa branca que ele tem vestida tem os dois primeiros botões despertados, cada poro da pele dele irradia sensualidade e nestes poucos minutos já estou sobre o efeito do seu feitiço, não sou capaz de desviar o olhar, o magnetismo que me faz querer aproximar é maior do que antigamente, se antes ele era um rapazinho de corpo franzino, isso mudou completamente e agora está a chegar ao auge. Ouço palavras a serem trocadas, mas não me consigo focar em nada porque o meu foco está na forma como ele simplesmente move os lábios, a certa altura que não sei mencionar exactamente qual vejo uma mão a acenar em frente ao meu nariz:

 

“ Já que estamos a aqui na tua zona, podes nos indicar um bom sítio para descontrair? E estás convidada, mesmo que tentes escapar, connosco é impossível, és nossa convidada de honra”, olho para a expressão do Jimin e desato a rir.

 

“Ok, ok, eu e as minhas amigas estamos num barzinho na rua paralela a esta, é um local bem simples, mas acho que vão gostar da pista de dança na parte subterrânea”, olho para o Ho-seok e para o Jimin, pois sei que sempre que têm oportunidade gostam de mostrar os seus dotes enquanto dançarinos.

 

   Lá nos dirigimos até ao bar e tenho um grupo de mulheres extremamente furiosas à minha espera, quando me vêem a chegar rodeada de sete homens extremamente bem parecidos, lançam-me olhares curiosos e expressões do género “menina, vais ter muito que explicar”, digo aos sete para irem entrando enquanto tento acalmar e explicar às minhas amigas o que se está a passar:

 

“ Vais ter muito que explicar”.

 

   Pela cara da Oleka sei que não tenho hipóteses de escapar a uma boa explicação, tento não me demorar então conto tudo num resumo muito sumarizado do que se passou na Coreia e do que se está a passar neste momento e o facto de que estou prestes a entrar em pânico porque não sei como agir ou o que fazer:

 

“ Então, mas agora a pergunta para um milhão de euros, qual deles é?” Começo a soltar uns guinchos nervosos e lá aponto da forma mais subtil que consigo, felizmente os rapazes estão distraídos com os pedidos das bebidas e não estão de momento a olhar para a zona onde me encontro.

 

 Solto um suspiro longo e profundo, parece que o tinha preso dentro do meu peito há eternidades, elas olham para mim e começam a abraçar-me feitas loucas, no fundo continuamos a ter 16 anos mentalmente, no corpo de mulheres entre os 26 e os 32, recebo beijos, gritos histéricos ao ouvido e por um curto período de tempo tenho a sensação que vou ficar surda, tal é a euforia:

 

“Mulher, tu vai-te a ele, nós estamos aqui para te apoiar, não sejas parva e aproveita esta oportunidade única, mexe esse rabo bom e mostra do que és feita”, a Raffa quase saltita enquanto fala e vai-me empurrando para a entrada, quando tento descer um degrau quase escorrego, mas bendito momento em que me consigo equilibrar.

 

 Vejo o Namjoon a acenar e reparo que conseguiram arranjar mesa, sento-me entre o Jungkook e o Seok-jin que abrem espaço para conseguir passar, em cima da mesa vejo oito copos e sei que um deles me pertence, agradeço o gesto e vou bebendo para tentar esconder a minha falta de coragem, os rapazes vão falando entre si e vão contando piadas e aventuras pelas quais têm passado, no decorrer da noite constato que o meu corpo está a relaxar, graças às cervejas que me vão sendo oferecidas, não estou completamente fora de mim, mas sei que o que bebi é o suficiente para me descontrair e por isso a certa altura sou eu que começo a partilhar histórias que vivi no Japão e às tantas estamos a contar piadas e ver quem desiste primeiro da bebida. O primeiro a desistir é o Seok-jin, como o mais velho tenta dar o exemplo, mas parece que os outros não parecem preparados para desistir para já, meia-hora depois o Yoongi quase adormece na cadeira e o Ho-seok também desiste, oferece-se para levar o Yoongi para o hotel onde estão hospedados e de repente o Jimin tem a ideia mais miraculosa de sempre, irmos todos continuar o consumo alcoólico no hotel, não sei porquê, mas culpo o último shot que bebi, acho a ideia engraçada e concordo em ir com eles. Lá tentamos a custo sair do bar e encontrar dois táxis disponíveis, numa questão de vinte minutos chegamos ao hotel e vamos todos para o quarto que o Taehyung e o Jimin partilham, um deles abre o mini bar e eu acabo por desistir, sinto o meu corpo quase sem reacção e sei que é o sinal para parar, mas ainda estão quatro a concurso, até que o Namjoon e o Jimin desistem também, no entanto o Jungkook e o Taehyung parece que continuam com a competição e pelo ar dos dois, nenhum quer dar o braço a torcer, tem de ser o Namjoon a pôr fim ao jogo:

 

“ Rapazes, chega, amanhã à tarde temos de viajar até Madrid e vocês não podem estar nesse estado”, ambos olham para o Namjoon e sem reclamar aceitam a opinião do irmão mais velho e líder do grupo, mesmo passados estes anos é bonito ver que ele continua a ser respeitado e a encaminhar os outros seis rapazes.

 

 Sei que o meu tempo com eles está quase a terminar, pelo menos para já, não tive coragem de referir que daqui a algum tempo também eu estarei a trabalhar para a Bighit, prefiro que seja surpresa. As despedidas começam e vejo que os rapazes ficam com um ar triste por terem de se despedir, tento sorrir e lhes dar força para a tour que têm pela frente, pelo que captei, vão andar pela Europa durante três meses, ou seja, irei chegar a Seoul primeiro do que eles, portanto vai dar tempo para me enturmar com tudo antes de me preocupar com a reacção deles ao verem que lhes omiti uma informação importante, custa-me virar as costas, mas por fim dirijo-me à saída, tento prolongar os meus passos e ao olhar para trás vejo o Jungkook a correr até mim:

 

“ Ainda bem que te consegui apanhar, estava com medo que já tivesses ido para casa”, diz entre pausas para recuperar o fôlego.

 

“ Não recuperei de tantas bebidas, portanto estou a levar tudo com calma”, dou uma gargalhada e ele junta-se a mim.

 

“ Achas que poderias dar uma volta comigo aqui nas imediações do hotel, juro que não te tomo muito tempo”, aceno que sim e ele estende o braço para que eu entrelace o meu com o dele.

 

  Vamos andando lentamente e de vez em quando dou por mim a olhar para o ar de espanto dele, parece estar satisfeito pela atmosfera que nos envolve e nenhum de nós é capaz de quebrar o silêncio, a certa altura ele pára e coloca-se à minha frente, parece hesitante, olha em volta e quando volta a olhar para mim apenas sorri:

 

“ É melhor voltarmos para trás, é mais fácil apanhares táxi na entrada do hotel, fico mais descansado assim”, apenas aceno verticalmente com a cabeça e seguimos caminho.

 

 Quinze minutos depois chegamos ao átrio do hotel e sinto o braço do Jungkook a ficar tenso, a minha mente ainda não está sóbria e por essa razão não tento sequer perceber a razão de tal atitude atípica, apesar de tímido ele sempre foi um rapaz relaxado, mas parece que algo o perturba, espero que seja ele a falar, mas o som da sua voz nunca deixa os seus lábios, em vez disso sinto duas mãos quentes na minha cintura, quando olho para cima vejo-o com um sorriso sedutor e as pupilas dos seus olhos a dilatarem-se até que o seu olhar fique praticamente negro de luxúria, sei bem o que vai acontecer a seguir, mas não sou capaz de parar a loucura que está prestes a suceder, segundos depois sinto os seus lábios molhados nos meus, ao início é inocente e sem pressas, mas pouco depois o beijo começa a ficar profundo e dou por mim a subir as minhas mãos até ao seu cabelo, os meus dedos brincam com cada mexa de cabelo, é tão suave e sedoso, sinto-me a ser empurrada contra uma parede e solto um gemido, isso só lhe dá mais motivação para continuar o beijo e as suas mãos começam a descer até ao meu rabo enquanto me eleva, o tempo parece parar e perco a noção do mundo à minha volta, consigo finalmente respirar quando os seus lábios descem até ao meu pescoço, não sou capaz de o parar, o meu corpo está envolto num ardor de prazer, não é todos os dias que se tem um homem lindíssimo a venerar o nosso corpo, como se trata-se dum oásis no deserto, cada movimento que faz é preciso e é nesse momento que o ouço a voz dele meio rouca:

 

“ Nem imaginas como sonhei com este momento, mas isto supera todos os sonhos molhados que tive contigo nestes anos, és deliciosa, deixas-me louco”, ao ouvir isto não sou capaz de conter o meu gemer de prazer e sinto as minhas pernas a perder a força.

 

 A temperatura continua a aumentar, já não bastam os seus lábios, sinto a sua língua a percorrer de forma deliberada cada centímetro do meu pescoço até chegar à junção do pescoço com o ombro e solto um grito, sei bem a sensação que um chupão causa nesta zona, as suas mãos deixam o meu rabo e sobem, passam pela cintura, o que me causa um arrepio prazeroso e continuam a sua ascensão até aos meus seios, inclino a cabeça para trás como se quisesse dar mais fácil acesso e a sua boca vai deixando um trilho de beijos até ao início do meu decote, a nossa respiração é pesada e estamos tão envolvidos com a sensação que os nossos corpos provocam um ao outro que não damos conta dos passos que se aproximam, até que chegam demasiado perto e param:


“ O que é que se passa aqui?” Quando finalmente consigo recuperar os meus sentidos fico chocada por ver mais uma chapada do destino e vejo o olhar espantado dele...



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