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História Paternal Love - Encontro inesperado


Escrita por: chimminiez

Notas do Autor


Gente, vocês não sabem o quanto eu tô surtando. Como assim a fanfic chegou a 1.028 favoritos? Mano q
Obrigada mesmo, sério, eu agradeço cada apoio que vocês me dão <3
Capítulo betado pela @nist amor meu <3
Boa leitura dengos <3

Capítulo 6 - Encontro inesperado


Os raios de sol entravam pela janela entreaberta e descoberta das cortinas. O vento leve fez sua pele se arrepiar, Ainda sonolento e com os olhos pesados, abriu os mesmos, piscando algumas vezes para que sua visão focasse.

Embora sentisse um calor estranho pelo corpo e o cheiro de Jeon pelo seu quarto, o ômega se perguntava por que dormiu tão bem. Young não havia perturbado seu sono na noite passada. Era estranho, afinal, seu filhote também parecia estar mais quieto nessa manhã, ao contrário de todos os dias quando acordava agitado e machucando a si.

Ele nunca tinha dormido tão bem como na noite anterior, seu corpo parecia ter sido abraçado e aquecido. Era uma sensação tão boa. As dores não estavam tão presentes, a não ser pelos seus pés ainda doloridos.

Perguntou-se se dali para frente tudo iria piorar. Se algum alfa olharia para si e assumiria uma relação, mesmo que tivesse que carregar um bebê como bônus. Seu peso só aumentava, sem contar com as estrias que surgiam. Céus! Quem olharia-o? Ele estava acabado, sem dinheiro e sem pai para seu filho.

Não que estivesse desesperado. Contudo, ser pai solteiro era uma vergonha. Como seu filho sobreviveria ao bullying que ele viu amigos da escola sofrendo? E quando o dinheiro de Jungkook acabasse, o que faria? Voltaria para as ruas para pedir esmolas? Talvez ele merecesse tudo o que estava acontecendo por ter ignorado o que sua mãe lhe dissera.

Olhou para criado-mudo, arregalando os olhos ao ver que já estava tarde e Jungkook provavelmente deveria ter ido trabalhar. Queria gritar com o moreno e dizer que passar tantas horas trabalhando no escritório lhe daria muitas dores.

Levantou-se da cama, derrubando o calendário e, ao pegá-lo no chão, sentiu seus olhos lacrimejarem ao ver que ele faria seis meses hoje. Sorriu pequeno acariciando a barriga, antes de correr para o guarda-roupa, pegar uma calça moletom, uma pantufa e uma blusa fina amarela, para então ir à procura de Song.

Ao chegar na cozinha, viu Song mexendo no celular, mas ela logo direcionou o olhar para si quando notou sua presença.

— Parece que dormiu bem… Está sorridente — ela disse, deixando um beijo na sua barriga e um carinho nos seus cabelos.

— Sim! Incrivelmente não senti frio e nem dores ontem, eu dormi nos céus. Era como estar abraçado com um anjo. — Jimin brincou, arrancando uma risada da mais velha.

— É claro que dormiu com um anjo, mas o Jungkook está titulado como um anjo pervertido, se me permite dizer.

O ômega franziu o cenho, soltando a maçã em cima da mesa.

— O que o Jungkook tem a ver com isso? — o Park sentiu um calafrio se apossar do seu corpo quando ela olhou-o sorridente demais.

— O Jungkook dormiu com você. Era óbvio que você precisava de calor e estava quase impossível dormir com você gemendo de dor. — Rapidamente um rubor brotou nas bochechas gordas do rosado, que sentiu-se envergonhado por atrapalhar o sono alheio. — De madrugada quando me levantei para tomar água, vi que que estava muito quieto e então fui ver como.estava. O Jungkook estava quase caindo da cama, mas ainda assim não tirava o nariz do seu pescoço e você sequer se mexia.

— O J-J-Jungkook…

— Por deus, Jimin! O Jungkook só quis lhe ajudar, o coitado está com dores nas costas. Você bem que podia ajudá-lo.

O ômega voltou a pegar a maçã, comendo nervosamente enquanto sentava na cadeira. Era informação demais.

Jungkook havia dormido consigo para lhe ajudar, certo? Mas por que ele estava querendo novamente estar embrulhado nos braços dele? O calor que sentiu foi algo que nem mesmo o pai de Jinyoung o transmitiu quando estavam juntos. Gostava dos carinhos e cuidados exagerado para consigo e do jeitinho que Jungkook sorria ao tocar sua barriga.

Ele era um bom alfa, então por que Jin ficava na defensiva? Jeon aparentava ser calmo e trabalhador, talvez a visão que passaram para ele sobre casais seja nojenta e fria, mas Jeon tentava de todas as formas ver tudo de modo diferente. O alfa era atencioso, focado demais no trabalho, mas esforçado quando se trava de algo que ele próprio queria construir.

Jimin via-o como um bom amigo, mesmo que ele lhe fizesse ter reações diferentes de amizade. Contudo, no momento, só poderia dizer que um sentimento de amizade nascia entre eles.

— E o-onde ele está? D-Digo, o senhor Jeon? — Queria muito vê-lo e agradecer por ter cuidado de si.

— Está no quarto dele. — Song respondeu, voltando a mexer no celular, o que deixou Jimin curioso, porque a senhora não era de deixar seus afazeres e ficar de bobeira.

Levantou da cadeira, levando consigo a maçã, enquanto seguia para o quarto de Jungkook. Teria batido na porta, se a mesma não estivesse entreaberta revelando a figura de Jungkook parado de frente para o espelho. Jimin pôde admirar as costas nuas do alfa, que tencionou ao que a camisa de botões era vestida. O ômega mordeu o lábio entrando no quarto, porém não conseguindo a atenção de Jungkook, pois ele estava ocupado demais espreguiçando o corpo e gemendo de dor nas costas.

Logo o nariz do alfa foi apreciando o cheiro de cereja ficar mais forte. Droga! Se o Park fora do quarto já deixava seu cheiro, dentro do cômodo era quase gritante o quão bom e viciante ficava. Como um cachorrinho farejando a comida, o alfa fungou fechando os olhos, suspirando audível de satisfação. O ômega sentiu-se envergonhado pela segunda vez naquela manhã, olhando como o alfa gostava do seu cheiro.

O moreno abriu os olhos e, ao encarar o espelho, surpreendeu-se ao ver o menor parado ali com as bochechas rubras e as mãos entrelaçadas; Jeon se perguntou há quanto tempo ele estava parado, como se estivesse criando coragem para algo.

Ele caminhou lentamente, não desviando o olhar do abdômen exposto por causa da camisa aberta. Os dedos pequenos e inchados tocaram suavemente o primeiro botão da camisa para encaixar certinho, fechando-a com calma. O alfa não conseguia parar de olhá-lo, era como se dependesse de gravar cada momento perto dele sem senti-lo tenso.

O cheiro de Jimin parecia ficar mais forte a cada botão que ele fechava, até parar prontamente quando seus dedos tocaram a pele do alfa sem querer. Os olhos do ômega encararam os seus, demonstrando que estava confortável ao seu lado.

— Obrigado por ontem, nunca dormi tão bem. — Ele sussurrou, voltando a abotoar sua camisa. O alfa prendeu a respiração, sentindo-se constrangido e levemente bobo pelo agradecimento. Balançou a cabeça, torcendo o nariz. Sua mão alcançou a barriga do ômega por impulso, tendo seu toque recebido com satisfação.

— Deveria ter me contado, principalmente sobre as dores nos pés. — Jeon afastou-se um pouco para pegar sua gravata, sendo seguido pelos olhos atentos do Park.

— Não queria que ficasse preocupado. — Retrucou, sentando-se na cama alheia enquanto observava o alfa terminar de se arrumar. — Hoje é sábado… precisa mesmo trabalhar?

Jungkook andou até si, ajudando-o a se levantar da cama e assim sair do quarto.

— Eu vou auxiliar a organização do evento beneficente da “Babies and Dads”, mas não se preocupe, vou voltar cedo para buscá-lo. — O ômega parou perto da porta, confuso.

Buscá-lo? Para quê?

— Me buscar? — Indagou, vendo o alfa abrir a porta um pouco apressado após conferir a hora.

Jeon aproximou-se rapidamente e inconscientemente, levando os lábios finos até a testa do ômega e, em seguida, beijando a barriga cheinha, sem pensar muito que aquele ato deixaria o ômega desconcertado e vermelho.

— Vou levá-lo para o evento de hoje, vou apresentá-lo para o pessoal da empresa. — Dito isso, Jungkook saiu, arrumando a gravata e deixando para trás o ômega paralisado.

Entrou no elevador, escorou suas contas no metal e enfim percebeu o que tinha feito. Um rubor nasceu em suas bochechas ao que imaginou o ômega estático pela intimidade. Mas o que Jeon podia fazer, afinal, quando estava perto do Park ele sentia-se confortável e agia por impulso. Os feromônios que ele soltava quando estava consigo deixava seu lobo agitado.

Quando saiu do elevador, encontrou sua secretária/vizinha o esperando. Ela arrumou a franja sensualmente para chamar sua atenção, contudo, os pensamentos dele ainda estavam no garoto dos fios rosados. Jungkook queria muito rir pelo esforço que ela fazia para ganhar sua atenção, usando roupas caras e um decote desconfortável, sem contar nos brincos e colares chamativos. Mas o que ela não sabia era que Jeon se interessava por pessoas humildes e que não estavam querendo lhe dar um golpe.

— Chegou a correspondência, senhor. — Ela o entregou os envelopes e arrumou o vestido. — Você está fedendo aquele ômega. — Ela comentou, tampando o nariz.

— Esqueceu que “aquele ômega” é o meu ômega? É óbvio que teria o cheiro dele em mim, ou você acha que eu ia feder ao seu cheiro, srta. Lee? — A mulher engoliu em seco, encolhendo os ombros. — Aliás, eu vou levá-lo hoje de noite ao evento e quero lhe pedir uma coisa.

— Sim, senhor.

— Quero que fique de olho nas pessoas que vão se aproximar dele. — Era a primeira vez que Jungkook apareceria com um ômega publicamente revelando um suposto relacionamento, todos cairiam em cima do pobre Park.

— O senhor tem tanto medo de deixá-lo sozinho porque ele pode conhecer um homem rico e deixá-lo? — Disse a Lee em um tom de brincadeira, mas Jeon ficou mais sério.

— Jimin não é ambicioso, ele não corre atrás de homem ricos ou algo desse tipo. É a primeira vez que ele vai a um evento assim, temo que ele se estresse e isso possa afetar nosso bebê. — O alfa abriu a porta do carro, mas, antes que entrasse, voltou a olhar para a secretária. — Descarte qualquer hipótese de meu ômega me deixar, isso está fora de questão. Não é a toa que ele deixa cheiro dele em mim para espantar ômegas enxeridas. — Entrou no carro e abaixou o vidro para encará-la firmemente. — Seu trabalho hoje vai ser cuidar do meu ômega. Qualquer coisa, me avise.

A mulher estava tão atordoada que apenas assentiu, constrangida por ser tão invasiva na vida do seu chefe. Jungkook despediu-se, balançando a cabeça antes de fechar a janela. Seu celular vibrou e ele arregalou os olhos ao ver a mensagem de seu appa, Donghae.

“Amanhã chegamos.”

[...]

Jimin estava terminando de arrumar a sala quando ouviu a campainha tocar. Apressou-se para abrir a porta, já que Song estava na cozinha. Era uma das coisas que o ômega gostava de fazer quando Jeon não estava, ajudava Song a fazer os afazeres da casa, mesmo que não tivesse muita coisa.

Abriu a porta, assustando-se ao ver Seokjin parado com uma caixa na mão. Ele vestia uma calça apertada, uma camisa de tecido grosso e um casaco. Estava fazendo frio lá fora? Isso o preocupou ao lembrar que Jeon não saiu com alguma peça de roupa que protegesse do frio.

— Vai me convidar para entrar ou ainda está chateado comigo? — Ele disse, abraçando o corpo do ômega menor e fazendo um breve carinho na barriga alheia. — Hoje faz o sexto mês. Como está se sentindo?

— Bem. O que é isso na sua mão? — O Park indagou ao sentir um cheirinho delicioso vindo da caixa, embora não quisesse parecer tão curioso.

— São mas barrinhas de chocolate que o Nam comprou para mim como pedido de desculpa por esquecer nosso jantar. Você quer? — O ômega sequer esperou o mais velho estender a caixa para si, tomou a iniciativa, pegando da mão alheia. — Vou dar uma olhada na casa. Onde está a Song?

O rosado estava tão ocupado comendo os chocolates que sequer respondeu ao amigo e nem reparou quando Jin saiu do alcance dos seus olhos. Minutos se passaram até que o acastanhado voltasse para a sala e encontrasse Jimin completamente lambuzado de chocolate.

— Quando os pais os Jungkook chegam? Porque eu tenho certeza que não vão acreditar que vocês são “quase casados”, já que sequer dividem o mesmo quarto. — Jimin deu de ombros, levantando-se do sofá para atender o celular que Jungkook deixara para caso precisasse de algo.

— Jungkook? — Estranhou a ligação do alfa e a respiração acelerada dele.

— Meus pais chegam amanhã. — Ouviu o barulho de algo caindo e logo o alfa reclamou com quem quer que fosse para prestar mais atenção. — Quem está aí com você?

— Hm, é o Jin hyung... — E antes que o rosado terminasse de falar, o celular foi tirado das suas mãos e logo a voz de Jin se fez presente.

— Sua anta! Como acha que seus pais vão pensar que vocês têm algo se nem o quarto vocês dividem? — O grávido sentou-se no sofá, observando toda a conversa de Seokjin, ambos falando sobre sua saúde e o que fazer quando a família Jeon chegar, até Jin lhe entregar o celular. — Ele quer falar com você.

— Mude suas coisas para o meu quarto ainda hoje, deixe o mais parecido como se um casal dormisse ali. Por favor.

Seokjin foi uma completa ajuda, sem contar que Song também ajudou a levar as coisas para o quarto de Jungkook. Céus! Ele agora iria dormir com o alfa, seu corpo arrepiava-se só de pensar em ficar na mesma cama que o moreno. Não algo malicioso, mas por nervosismo. Nunca havia dormido com outro alfa além de seu ex, sem contar na noite anterior com Jungkook.

Agora eles teriam que se mostrar um casal e o rosado sentia medo de falhar ou acabar tendo sentimentos confundidos, além de uma amizade. Oras, ele não podia pensar em Jungkook como algo a mais, como algo romântico. Ele só estava ajudando-o e, futuramente, ele não estaria mais ali, Jeon deixaria-o ir embora e seguiriam em frente. Era assim que as coisas aconteciam.

Ninguém fica para sempre. Todos um dia vão embora, não importa o quão importante fosse para o outro, o quanto a amizade ou amor ainda fossem presentes, eles sempre vão.

Suas roupas agora estavam misturadas às do alfa, seus pertences espalhados pelo quarto como se realmente fossem um casal. Então era assim que um casal vivia? Ele adorava ver a relação de Namjoon e Seokjin, o Kim mais velho fazia de tudo para deixar o ômega feliz. Não que Seok não retribuísse, eles eram perfeitos juntos e tinham um amor lindo e engraçado ao mesmo tempo.

Dedilhando na cômoda do alfa, estranhou os comprimidos ali, assustou-se quando Seokjin entrou como um furacão e tomou-os das suas mãos, porém foi tempo o suficiente para ter lido o nome da caixa.

— Isso é Passiflora Incarnata e Serenus? — Seokjin colocou os remédios dentro da gaveta e encarou Jimin sério, jogando para ele umas roupas. — Jinnie...

— Sim, o Jungkook tem alguns problemas em controlar sua raiva, Jimin, como um TEI. Ele é como uma bomba, prestes a explodir quando está irritado, por isso você o vê tão calmo com tudo. Mas não se preocupe com isso, ele só vem melhorando e tendo menos ataques de fúrias. — Ele sorriu fraco, bagunçando o cabelo do Park, que ainda estava chocado. Seria por isso que Jin estava receoso em deixá-lo ficar com o alfa? — Conversamos sobre isso depois, agora vá se arrumar. O Jungkook ligou, disse que vai se arrumar no escritório e que eu levasse você até ele. Passo aqui para te buscar, ok?

— Ele não vem? Por quê? — Jimin não conseguiu disfarçar a chateação por Jeon não voltar para casa. Ele tinha que trabalhar tanto assim? Ele acabaria doente.

— Houve alguns imprevistos com os microfones e o buffet, mas ele está esperando por vocês. — O rosado franziu o cenho até o outro ômega apontar para sua barriga. — Volto logo.

Após a saída de Jin, Jimin sentiu-se pequeno e sozinho naquele quarto grande do alfa. Agora entendia o porquè de Jin sentir-se receoso em deixá-lo sob os cuidados do moreno. Jungkook sofria de transtorno explosivo, poderia a qualquer momento ter um de seus surtos e machucá-lo, embora Park acreditasse com todas as forças que ele não encostaria um dedo em si para machucar. E se esse fosse o defeito que Jungkook tivesse, o rosado ajudaria quando ele precisasse, assim como ele estava fazendo consigo.

É para isso que servem os amigos, certo?

[...]

Seu coração batia rápido, tão rápido que pensava que a qualquer momento ele rasgaria seu peito, mas não antes que seus ouvidos fossem estourados pelo tanto que ouvia Seokjin tagarelar ao seu lado. Ambos estavam no elevador do prédio onde seria o evento, desde que saíram da casa do alfa moreno, Jin não parava de falar o quanto queria ver o marido e esperava que não tivesse nenhum ômega perto dele. Estava ansioso para ver Jungkook, principalmente para fazê-lo acalmar Jinyoung, que fazia uma festa dentro de si ao sentir seu nervosismo. Ou talvez fosse saudades do moreno e do calor que ele transmitia.

Quando elevador parou, foi puxado para fora, encolhendo-se no moletom branco de lã ao que algumas pessoas presentes olharam em sua direção, mesmo que estivesse ocupado demais procurando Jungkook. Ao encontrá-lo, seu estômago revirou-se pela ansiedade ao vê-lo caminhar até si, olhando-o com ternura.

Jeon estava conversando com três alfas quando sentiu o cheiro de Jimin, mas o rapaz ainda não havia aparecido. Ele podia sentir o cheiro do rosado a quilômetros e ao se deparar com a pequena figura do grávido procurando timidamente por si, não perdeu tempo em ir a encontro dele.

Todos olhavam com curiosidade para aquele ômega que era abraçado pelo empresário, chocados pela intimidade. Jeon tocou suavemente a cintura do rosado, tentando livrá-lo dos olhares e levando-o para uma das mesas que ainda estavam vazias. O ômega resmungou dolorido, levando a mão do alfa até sua própria barriga, estimulando-o para acalmar o bebê.

Lee, secretária do Jeon, não conteve um sorriso ao ver algumas ômegas irritadas com o sorriso bobo que o alfa lançava para a barriga do rapaz grávido, que acariciou os fios negros, incentivando-o. Seokjin, que estava sentado ao lado de Namjoon, olhava como a face rude do Jeon desfazia-se rapidamente ao estar perto do Park e do bebê. Talvez ele devesse dar uma chance para ambos.

O rosado estava tão bobo por seu filho ficar calmo quando Jungkook conversava com ele e acariciava sua barriga, que não conseguiu evitar levar a mão até o cabelo do alfa e acariciá-lo, deixando-o mais confortável com seu filho.

— Parece que ele sentiu sua falta. — Comentou, brincando com o cabelo do alfa e jogando-o para trás, arrancando uma risada de ambos.

— Eu também senti falta desse danadinho. — E, como resposta, Young chutou contra a mão de Jungkook, que riu e voltou a falar. — Senti de você também...

Automaticamente, o rosado lembrou-se do beijo que ganhou na testa e na barriga pela manhã e imediatamente tirou a mão do cabelo do alfa e fingiu tossir, tentando levantar Jungkook quando um homem se aproximou. O homem de terno coçou a garganta, fazendo Jeon se endireitar, assumir uma expressão um pouco séria e abraçar a cintura do ômega.

— Meu caro Jeon. — O senhor cumprimentou o moreno, curvando-se e, logo em seguida, apertando a mão de Jungkook. Ele direcionou o olhar para Jimin, frio e um tanto malicioso, não era a toa que ele era casado com dois ômegas e estava à procura de mais um. — E quem é esse rapaz tão belo?

Jungkook conhecia aquele olhar, assim como já havia sido direcionado para seu pai ômega. Se Hyukjae não tivesse chegado a tempo e tirado Donghae dos braços brutos, com certeza um tipo de abuso aconteceria. Ele era um dos CEO’s mais famosos pelas três empresas que ele próprio construiu, ou seja, ele tinha mais poder que Jeon e isso o irritava muito. Direcionou o rosado para trás de si, segurando a mão gelada dele.

— Esse é meu ômega e noivo, Park Jimin, senhor Kang. — Sorriu forçadamente, tentando se livrar da presença chata que era o velho. Levou os lábios até o ouvido do menor, sussurrando baixinho. — Pode me esperar na mesa do Jin e do Nam hyung? Eu vou levar o senhor Kang até a mesa dele, volto em cinco minutos. — O rosado fez uma careta, não gostando nenhum pouco de ser deixado novamente pelo alfa, mas ele agradeceria muito a ele depois por tirar o velho tarado de perto de si. — Prometo trazer sushis para sua mesa.

O Park assentiu e viu Jungkook e o outro alfa irem até a outra mesa rodeada de alfas de terno e papéis na mesa. Ao se virar para ir até Seokjin, assustou-se quando uma mão tocou suas costas e deslizou até seu quadril. Afastou-se rapidamente, chamando a atenção da secretária de Jungkook, que olhava-o há um bom tempo.

— Não é de me surpreender que esteja aqui. O que fez para conseguir entrar? Se vendeu? Ou foram as esmolas que você pedia nas ruas? — Aquela voz rouca preencheu seus ouvidos, arrancando de si toda a paz que sentiu durante meses, até mesmo anos. Um terrível pavor instalou-se pelo seu corpo, que não obedecia para se mover. Se não fosse pela Lee, Jimin jamais conseguiria fugir das mãos sujas do homem que um dia se apaixonou e se entregou.

A Lee puxou-o fracamente para perto de si, enquanto olhava irritada para o alfa. Jimin virou-se e seu queixo caiu.

Seu ex, Chang-wook, estava ali. Não só isso o deixou chocado, mas também uma mulher que estava ao seu lado, grávida.


Notas Finais


Eu morro de amores por Jikook aaaaaaa <3
Esse é meu perfil no Wattpad: https://www.wattpad.com/user/Chimminiez
Obrigada todos que sempre comentam, isso ajuda muito em saber se estão gostando <3


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