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História Patience - Justin Bieber - Elemento Surpresa


Escrita por: belieber_dafic

Notas do Autor


Boa Leitura!!❤

OBS. Lembra que no começo da fic eu avisei à vcs que nessa história, o foco não é 100% nos protagonistas? Então. Gosto de contar as histórias de cada um dos personagens, espero que gostem do cap de hj!❤

Capítulo 17 - Elemento Surpresa


Penitenciária Estadual de San Quentin - Califórnia EUA

1 de setembro de 2017 


P.O.V Bárbara Palvin 

- 7 meses de gravidez, ela está enorme, hein? - A doutora Venessa diz após o ultrassom da Alycia. 

Agora estava tão perto, minha barriga estava tão pesada e grande, e me surpreende nessa fase eu estar me sentindo tão bonita, mesmo nessa prisão maldita. 

Tem sido tão difícil... Tantas ameaças, intrigas, solidão... Mas ela tem sido meu alicerce, ela é a razão de eu estar conseguindo suportar tudo isso. Não queria criar minha filha nesse ninho de criminosas, fazer uma crianças estar pagando pelo que fiz, é injusto... Porém, não sabia o que seria sem ela. 

- Sim, ela está. - Respondo com um sorriso.

- Você ainda não recebeu nenhuma visita? - Me olha com ar preocupado. 

- Não, ninguém veio. Meu pai, noivo... Parece que eu morri pra eles. - Digo, engolindo um seco.

Isso estava me destruindo, receber essa decepção e vergonha da parte deles. 

- Mas eles vão vir, hoje. - Comento, me lembrando. 

- Que bom... - A moça sorri. - Eles vão entender, eu acredito... Que tenha sido legítima defesa. 

- Mesmo assim, pra eles... Não faz diferença, eu tirei a vida de uma pessoa e sou um lixo de ser humano, é isso... É isso que eu sou. - Enxugo uma lágrima na mesma hora e vejo que ela não sabe o que fazer. - Ah, desculpe... Você não é nada minha para ficar ouvindo minhas lamúrias... Enfim, obrigada doutora Venessa, bom saber que a Alycia está saudável. 

- Ela será um bebê adorável. - Aperta minha mão e eu deixo o consultório. 

Volto ao pátio, e assim que começo à me servir pro almoço, Sabrina e as capangas dela já começam a sujar meu uniforme com gelatina, à troco de nada. 

- Qual é seu problema, maluca? - Resolvo afrontar essa doida.

- Vê se toma cuidado com o jeito que fala comigo, mimada do caralho.

- Ela só vai parar quando xupar a boceta dela! - Uma das amigas de Sabrina diz e todas as outras acompanham o riso. 

- Prefiro morrer... - Murmuro e me sento afastada dessas insuportáveis. 

Nunca vou ter paz enquanto continuar presa aqui, e preciso arrumar um jeito de "simpatizar" com essas malucas. Quando já estou comendo, vejo Emma e Thalia se sentarem com suas bandejas com o mesmo sorriso falso de sempre, e reviro os olhos. 

- Qual é, olho azul? - Thalia dá de ombros. 

- Não precisa nos odiar só porque mentimos. - Emma complementa sua fala.

- Eu não vou julga-las por terem matado alguém, afinal eu fiz o mesmo, sou tão pecadora quanto vocês. Só não queria que tivessem me enganado, mentido pra mim logo de cara.

- Só não queríamos passar uma má impressão, entende? - Thalia afasta os fios de cabelo de meu rosto. 

- Tudo bem, já foi. - Digo. 

- Amigas então? - As duas dizem em coro.

- Amigas... - Sorrio e as duas se sentam uma de cada lado para um abraço. - Preciso ter alguém que vá com a minha cara aqui... Só não entendo porque estão sendo legais comigo, mas gosto!

- Uma pessoa à mais para o relacionamento, sabe? - Emma diz e arregalo os olhos. - É brincadeira, não somos um casal! Somos hetero... - Ela pisca pra Thalia. 

- Sei... - Rio. - Ainda bem que tenho sono pesado...

- É sério! - As duas respodem e lhes solto um sorriso. - Só de dia..

Minha vida atual tem sido uma merda mas o destino sempre dá um jeito de por pessoas incríveis no meu caminho.

Termino o almoço, e sou levada até a sala de visitas, aquela com várias outras presas, onde cada uma tem uma mesa que pode falar com mais dois familiares ou amigos. 

Estava anciosa pra isso, mas não sabia o que esperar, já que meu pai demorou demais para marca-la, e eu nunca poderia solicitar uma. Todos devem estar me odiando pelo que eu fiz. 

O vejo e conforme me aproximo percebo que sua feição não é nenhum pouco positiva. Como pensei, tem vergonha de mim. Scott nem fez questão de vir, minha irmã não fez questão de vir...

- Pai... - Me sinto, já contendo as lágrimas. 

- Bárbara... 

- Por favor, não me chama assim... Eu sou sua filha, sua filhinha... 

- Não é desde que se corrompeu e matou uma pessoa. O que aconteceu com você, o que fez com sua vida?

- Eu cometi esse erro, essa atrocidade, eu sei que fiz... Mas precisava fugir, precisava proteger minha filha... 

- Você só tem mentido. O seu depoimento, que o detetive Correy me contou, é lotado de mentiras. - Me encara com ódio. - Você mentiu o tempo todo, mentiu pra proteger esses estrumes que te sequestraram, porque agora é uma deles!

- Eu não poderia entregar quem me salvou!

- Se quisesse tanto se ver livre teria contado tudo... Jeremy e Justin estariam na prisão e você diminuiria sua pena... Poderia dar um futuro digno pra essa criança que você fez! 

Ele parece ter tanto nojo de mim...

- Você não é o mesmo que disse que ia me proteger, após eu estar desaparecida por 6 meses... Ignora o fato que estive sequestrada por tanto tempo... 

- As vezes penso que gostou!

- Você enlouqueceu... - Encaro o chão.

- Se não foi estuprada, engravidou como? A verdade é que se apaixonou pelo filho do maior filho da puta que conheci, e é por isso que não quer depor contra eles! 

- Se ser correta e não trair as únicas pessoas que se importaram comigo é ser uma deles, eu sou uma deles! Não é questão de estar apaixonada, eu... Eu não posso ser uma filha da puta e os prejudicar!

- Eu tenho vergonha de você! Matou um homem, veio parar nesse buraco e ainda colabora com criminosos! - Se altera. - Você sujou o nome da família! Você é uma vergonha, Bárbara! 

- Que seja, que seja uma vergonha então! - Respondo no mesmo tom. - Você não tem ideia de 1% do que estou passando aqui, de tudo o que me aconteceu... 

- É merecido! Está colhendo o que plantou! Eu só vim aqui para romper o que tínhamos, pois não quero que pense que vou te ajudar, em nada... Você deixou de ser minha filha, Bárbara... 

Nessa hora meu mundo está tão desmoronando que só me vejo derramar milhares de lágrimas, de sentir a dor no peito mais forte que já senti, sem dúvida hoje é o segundo pior dia da minha vida... 

- Quer que eu diga o que... Vá embora, saia por aquele porta... Mas saiba, saiba que eu... Não me arrependo de nada, que fiz tudo isso pela minha filha, e que se eu puder vou matar o filho da puta que me causou tudo isso... Vou me tornar uma filha da puta por completo então, pai.

De repente, Charlie lança o olhar de maior repúdio que já recebi, e cospe... cospe em meu rosto, se levantando e me deixando ali, acabada, morta por dentro. 

O desespero me faz dar o mais e maior grito que já dei... Do fundo de minha alma, como o maior pedido de socorro que já fiz, como um manifesto da dor que eu sentia... Com as poucas palavras de meu pai, ele consegui me destruir, tirar minha alegria por completo e me fazer sentir-se o pior ser humano do mundo... 

Os guardas me seguram e levam de volta à cela, enquanto permaneço com os olhos vagos e sinto meu meu corpo se destroçar por dentro. 

Uma dor inexplicável, como se eu tivesse acabado de ver meu pai ser morto em minha frente. Porque hoje, seus olhos me disseram o quão grande era o ódio que sentia por mim, e que agora... Sua filhinha amada não passava de uma completa estranha. 

E isso aconteceu em tão pouco tempo... 

Passo duas horas seguidas em completa angústia, deixando minha tristeza se expressar por meio de incontáveis lágrimas, e silenciosamente, eu me matava por dentro. 

Isso é interrompido quando sinto mãos fortes tamparem minha boca, sou arrastada e colocada num saco preto, e quando vejo, já estou numa outra cela. E eu sei exatamente de quem é. 

As portas estão "fechadas" com colchões que impedem qualquer um de fora ver o que está acontecendo aqui. 

As mulheres que me prenderam tiram a máscara e identifico exatamente quem eu esperava. A trupe de Sabrina e a própria. 

E é claro, quem vem até mim? A maldita chefe... 

- Ah, Palvin... - Kamala faz uma falsa expressão de tristeza. - Você me enganou, que feio! Descumpriu o nosso trato, nosso acordo...

Suspiro e a sinto se aproximar.

- Fez questão de brigar com o seu papaizinho rico, e agora ele não vai vir te buscar.... O que faz com que... Eu não esteja livre. Entende a gravidade disso? 

- Nunca garanti que iria fugir, muito menos te levar junto. 

- Olha como fala com a Kamala! - Sabrina rosna. 

- Calma, Sabrina. - Ela coloca uma mão entre nós. - Bárbara, eu vou ser bem clara... - Se abaixa ficando à minha altura e encaro os olhos verdes. - Você ia me levar junto sim, de qualquer forma... E agora que vai apodrecer aqui, significa que eu... Eu também não vou estar fora desse buraco. E você vai pagar, vai pagar à cada dia que eu continuar vivendo aqui. 

- Não, não! - Exclamo quando vejo Sabrina surgir com facas, chaves, instrumentos pontiagudos. 

- Sim, sim... - Passa os dedos pelos meus lábios. - Vai sim, vai pagar. Tem que aprender com quem pode quebrar um acordo aqui, novata. Tem que sofrer as consequências, tem sim. Só espero que nada ocorra ao seu bebê, sua voz de choro deve ser insuportável e estou com uma dor de cabeça... 

Ela se afasta, e as capangas de Sabrina começam a se enfileirar na minha frente. Estão fazendo fila para me espancar. 

Tento proteger a barriga e sinto um murro em minha costela inferior, me fazendo agonizar de dor. E vem outras, outras e outras, comigo apenas tendo meus gritos abafados enquanto sentia sangue jorrar de dentro de mim, com os pontapés. 

Kamala olha tudo de longe, lixando as unhas. Até que, ouvimos pontapés na porta e o grito de uma vez bem conhecida, e acho que não é só por mim. 

- Kamala, para agora! 

O queixo da árabe cai, e me percebo no mesmo estado de choque que o seu. Apura os ouvidos para ver se o que ouve é verdade. Ela conhece Kendall? 

- Parem. - Diz para as mulheres que me batiam. 

Me recomponho na cadeira mesmo me sentindo completamente fraca, e vejo Kamala ir até a porta, mas não parece confiante e intimidadora como sempre. 

Resolve então abrir a porta, e vejo Kendall surgir, do mesmo jeitinho que antes, já lançando um sorriso pra mim.

- Quanto tempo... - Kamala se coloca na sua frente. 

Kendall faz contato visual com ela de uma forma que parece que as duas vão se fuzilar. 

- Solte-a. - Kendall impõe.

- Não... - Kamala responde lentamente. 

- Solte a garota! - Ela aponta um dedo no rosto de Kamala, que fecha os punhos. - Sabrina, solte a Bárbara. 

- Não recebo mais ordens suas...

- Solte a filha da puta! - Kamala grita, com raiva. 

Ambas se olham com tanto ódio, que eu não consigo nem imaginar o que lhes aconteceu e como elas se conheceram. 

- Satisfeita? - Kamala segura seu queixo, não deixando que Kendall interrompa o contato visual. - O policial que te pegou depois de dois anos foragida... Deve ter sido realmente muito bom. Ele te comeu também? 

- Sai da minha frente. - Kendall lhe impurra e vem até mim. - Como você está? - Coloca meus braços apoiados em seu ombro. - Vamos... - Me guia até a porta, porém Kamala consegue puxar seus fios de cabelo de modo com que a arraste pra perto dela. 

- Temos muito o que resolver após 700 dias... 

- Eu não devo nada à você. - Kendall vocifera, e seu olhar de odio é tão grande que Kamala finalmente a deixa ir embora. 

Kendall me leva até a enfermaria, assim que vê a quantidade de cortes e ferimentos que estou. 

Nunca tive tantas dúvidas na vida, mas simplesmente não tenho forças para perguntá-la como e porquê veio parar aqui. 

- Vim trazer essa garota, ela levou uma surra. - Kendall diz à doutora Venessa, que se espanta, mas com sua ajuda me coloca na maca. 

- Não achei que ia te ver nesse lugar depois de tanto tempo, Kendall.

- Pois é, eu também não. 

- Não mudou nada... - A doutora suspira, e ela deixa o consultório.

P.O.V Kendall Jenner 

Flashback On, três anos atrás, junho de 2014. 

Me colocaram apoiada de ombros nessa parece e agora estão revistando meu cu, que ótimo! 

Justin vai me pagar tão caro por ter inventado essa porra de missão, eu estou presa, presa com meus malditos 19 anos! Espero que Maya o deixe uma semana sem transar como castigo..

A policial que me revistava finalmente se afasta e assim que se aproxima da colega à minha esquerda, leva um empurrão da mesma. 

- Respeito comigo, filha da puta! - Ela diz em tom ameaçador. 

Me viro para encarar a tal mulher, e confesso que me espanto com sua beleza. Ela tem cabelos negros, lisos e compridos, pele parda e olhos verdes. Lindíssima, porém completamente arisca. 

- VAI TOMAR UMA SURRA, MALDITA! 

- Não precisa disso... - A mulher segura seu braço. - Já entendi. 

Consegue fazer a policial se acalmar, como? A enfeitiçou? 

Todas as presas colocam o uniforme preto, e somos levadas finalmente, até nossas celas. Olha que sorte eu tenho, tenho como companheira de cela a mesma mulher que consegui enfeitiçar a guarda. 

Se bem que, ela é tão deslumbrante que talvez valha a pena... O que tenho na cabeça, essa maluca não vai nem olhar na minha cara. 

Três meses depois. 

- Acho que deveria me agradecer por salvar sua pele, Kamala! - Digo correndo atrás dela pelos corredores da prisão. 

- Eu sei me virar sozinha. 

- Claro que sabe, é a grande traficante das arábias... - Ironizo e a percebo revirar os olhos. - Qual é, o que te fiz para nem sequer falar direito comigo e agir assim?

Bufa e para de andar, me fazendo alcançá-la. E é aí que me surpreendo com ela me empurrando contra a parede, me impossibilitando de me mexer, e falando naquele tom de ameaça bem perto de meu ouvido. 

- Você vai aprender por bem ou por mal que não quero ninguém me ajudando. Comprei de Emma, Sabrina e suas capangas, e estou conseguindo fortalecer a porra do meu império aqui. 

- Você poderia levar uma surra, parece que não sabe como essa Emma é... 

- Não é porque me meti em uma briga e saí com um arranhão que preciso que uma filhinha de papai como você tente me ajudar, ou seja lá o que for. 

- Pode me largar. Tá machucando. 

Ela me solta com tanta força que chego a bater a cabeça na parede. 

- Já entendi, Kamala. Não vou me meter nos seus rolos. Mas... - Tomo coragem. - Não deveria fingir que o que fizemos na noite passada simplesmente não existiu. 

Atingi seu ponto fraco novamente. Ela volta à me pressionar com força contra a parede. Seu olhar caminha de meu colo à minha testa, parando bem no centro de meus lábios. 

- O que quer, Jenner? - Diz lentamente, enquanto não paro meus olhos nem por sequer um minuto, de encarar aquela imensidão verde que são os seus, imaginando quantos segredos eles devem guardar consigo. 

- Nada, apenas que nos tratemos aqui, de igual pra igual. Eu não sou menos que você, e você não vai pisar em mim como faz com as outras mulheres daqui. Não sou sua escrava, nem nada. 

- Ótimo... - Ela diz, se afastando, e finalmente me deixando livre para respirar direito. 

Não que eu esteja odiando completamente esses empurrões contra a parede, mas precisava de ar. 

Eu ainda vou entender essa mulher.

Flashback On
 

Caminhando pelos corredores daquela familiar prisão, me lembrava de tudo que vivi naqueles 350 dias que passei ali. São de fato muito tempo, mas são tantas lembranças que parecem ser muito mais. 

Encarando as presas que há tanto tempo não via, percebia seus olhares de medo. Estou tão diferente, e melhor que nem saibam como é minha versão sem estar com Kamala, pois não quero que pisem em mim. É melhor pensarem que sou como era quando estava com ela, assim pelo menos elas me respeitam. 

Ia esperar a Bárbara acordar, e na mesma hora lhe esclareceria tudo sobre minha vinda à esse lugar. E por mais que odiasse relembrar o ano que passei nesta prisão, ela mereceria saber quem foi a Kendall Jenner que ela não conheceu. 

Porém, ao voltar à minha cela, sinto o tão familiar toque em meu braço. 

- Precisamos conversar...


Notas Finais


Essas palavras do pai da Bárbara definem muito os rumos que a fic vai tomar... Imagina o quanto deve doer ouvir isso de alguém tão próximo, né?

E a Kendall então?? Vocês não tem ideia de como ela na prisão, e o rolo dela com a Kamala?? Kkkkkk vou ficar quieta se não solto um spoiler!!

Obrigada por lerem, até o próximo!❤


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