História Paupérrimo - ShiIta - Capítulo 06.

Quando Itachi abriu os olhos, se surpreendeu ao ter sua cintura abraçada e um corpo quente atrás do seu. No geral, quando dormia com Izumi, era ele quem a abraçava e não o contrário. Mas aos poucos, sua memória fora se refrescando e ele lembrou da noite passada, ou melhor, da madrugada quase manhã que viveu com Shisui sobre essa cama.

Seu coração instantaneamente se disparou. Ele mordeu o lábio em nervosismo, ocasionalmente, reprimindo um sorriso bobo que insistiu em fluir de seus lábios.

Se virou cuidadosamente, ficando de frente para o homem que ainda adormecia em um nítido sono profundo e tranquilo. O Uchiha mais novo acariciou o rosto dele com cuidado, as pontinhas dos dedos escorregando sobre a pele quente, apreciando toda sua fisionomia e sua aparência tão marcante a atraente.

Poderia ficar ali o observando por horas mas, sabia que tinha que voltar para sua casa e dependia da carona de Sasuke para isso, já que os táxis raramente aceitavam corridas ali. Ainda assim, queria aproveitar mais um pouco com Shisui. Queria mais dele, sentir mais dessa experiência nova e consequentemente, também queria aprender como era o sexo nessa perspectiva, queria também agrada-lo.

Cuidadosamente, Itachi se desvencilhou dos braços fortes que o envolvia e se afundou por debaixo daquelas cobertas, dando graças a Deus mentalmente por terem dormido sem roupas. Ele aproximou os lábios do pescoço de Shisui após se ajeitar sobre ele e sorriu ao ter um resmungo em resposta. Logo depois, sua boca desceu sorrateiramente até o peitoral do homem, deixando um beijo singelo em cada mamilo, passando a língua pelo local, espiando ansiosamente por baixo da coberta o momento em que o outro se despertaria.

— Hum... Tachi? — resmungou aquela voz rouca e sonolenta, a mão instintivamente se afundou para baixo da coberta e Shisui sentiu o corpo ansioso sobre o seu lhe observando com perversão. — o que você... Ah..

Ele engoliu o seco ao sentir Itachi descer com a língua por seu abdômen e não demorou a afundar os seus dedos nos cabelos soltos e longos, empurrando a cabeça do mais novo para baixo até o mesmo se ajeitar entre suas pernas e ficar diante de sua ereção já bastante desperta.

Sentiu Itachi segurar seu membro e começar a lambe-la devagar, arrancando suspiros de sua boca. Era notório como o outro estava sendo cauteloso por nunca ter feito aquilo antes. Ele movia sua língua suavemente, brincava em torno da glande e ainda mais devagar, a colocava na boca fazendo suaves sucções que  definitivamente estava tirando qualquer juízo de Shisui.

Puxou aquela coberta para longe de seus corpos e sorriu podendo encarar Itachi nitidamente. Ajeitou os fios de cabelos entre os seus dedos e usou da outra mão para segurar o próprio membro, o deslizando em torno do contorno dos lábios do primo.

— Me deixe te ajudar com isso .. — sussurrou com sua voz embargada de tesão, vendo como Itachi se ajeitava ali e abria a boca para si. — você é uma perdição..

Introduziu lentamente todo seu membro dentro daquela cavidade e cuidadosamente começou a mover seu quadril, de baixo para cima, fodendo devagarinho a boca do Uchiha que tentava manter o controle de sua respiração apenas pelas narinas.

Shisui sorriu ao sentir as coxas serem apertadas pelas mãos de Itachi. Apreciou aquele rosto avermelhado com os olhos inundados em lágrimas. Era tão belo e erótico que, por mais que desejasse se desmanchar em prazer dentro daquela boca, seu corpo precisava de mais. Seu corpo, precisava do corpo dele.

Se retirou devagar daquela boca após mais algumas estocadas e se sentou sobre a cama, encostando suas costas contra a cabeceira, trazendo Itachi para si ao manter seu aperto nos fios lisos.

— Bom dia, Tachi...

— Bom dia, Sui...

O mais velho sorriu acariciando a bochecha do outro e tomou-lhe em um beijo calmo, o fazendo se sentar sobre seu colo. Sua mão acariciou toda a lateral do corpo do Uchiha até descer em direção a virilha, segurando a ereção do menor, a estimulando bem devagar em um ir e vir que arrancavam gemidos manhosos do outro.

Sem desfazer o beijo ao máximo que conseguia, Shisui pegou o tubo de lubrificante que ainda estava sobre a mesa de cabeceira e o destampou, enchendo seus dedos com o gel que logo em seguida se dirigiram para o meio das nádegas do mais novo.

— Shisui... — gemeu arrastado o nome alheio ao sentir o gelado se espalhar por sua região íntima, o arrepiando dos pés a cabeça. Suas mãos se repousaram sobre os ombros do primo enquanto seu quadril se mantinha erguido para ele ter mais acesso ao seu corpo. — eu quero sentir logo você..

Shisui se segurou para não invadi-lo naquele momento após aquela frase tão provocativa. Mesmo desejando reciprocamente aquilo, não desejava machuca-lo de forma alguma. Por isso deixou seus dedos brincarem ali inicialmente, em um lento ir e vir, enquanto a sua boca se mantinha nos mamilos durinhos e sensíveis, sendo puxados pelos dentes, chupados pelos lábios e molhados pela língua.

Desfrutava com ganância daqueles pequenos botões rosados, mantendo a todo instante o seu olhar ao rosto do outro, não deixando de capturar uma sequer daquelas belas reações. Os rolares de olhos, os gemidos roucos, a forma que jogava a cabeça para trás, para o lado, deixando aqueles longos cabelos caírem como cascatas por seus ombros, envolvendo parte daquele corpo como um belo manto destacando-se em sua pele tão clara.

— Você é surreal demais... — moveu mais algumas vezes seus dedos naquele interior estreito e os retirou com ainda mais cuidado, conduzindo sua glande imediatamente para aquele canal bem lubrificado. — eu poderia facilmente me apaixonar por você.. — completou aquela frase ruidosa, se enfiando devagarinho no corpo alheio, bem devagar, apreciando a forma que Itachi jogava a cabeça para trás arrastando seu gemido.  — perfeito...

Itachi apoiou suas mãos nas coxas de Shisui, mantendo seu corpo inclinado daquela maneira até se acostumar com a invasão. Ainda era um incomodo mas não se comparava com o dolorido da primeira vez. Ele respirou fundo se recompondo e logo voltou a mirar o outro, completamente perdido naquele delírio erótico, o olhando como se estivesse bêbado por tanto tesão.

Sorriu ao assimilar em sua mente as palavras que foram ditas para si e, por conta própria, começou a movimentar seu quadril, erguendo devagar e sentando com força fazendo Shisui sumir dentro de si a cada vez que o sugava para dentro de seu canal.

— Eu não estou muito diferente de você ... — admitiu sem abandonar o sorriso nos lábios, acelerando cada vez mais o ritmo das suas cavalgadas. — você está me enlouquecendo... — segurou firme o rosto de Shisui, deixando que ele se agarrasse a sua cintura fina lhe auxiliando nos movimentos de sobe e desce. — eu também poderia me apaixonar por você!

Shisui abriu um sorriso contra os lábios alheios e o tomou com sua boca em um beijo vasto, desfrutando com sua língua, sentindo Itachi ser ainda mais entregue ao ato enquanto se agarrava aos fios de cabelos ondulados.

Suas línguas brincavam em um ósculo perfeito  na medida em que seus corpos se colidiam em um ritmo rápido e bastante intenso. Itachi já vibrava ao sentir como a ereção de Shisui raspava em seu ponto doce o deixando completamente bambo sobre seu corpo. Mas tudo aquilo se tornou ainda melhor e impossível de suportar quando entre o ósculo, o maior lubrificou mais os dedos com o gel que ainda estava pela cama e o espalhou por todo cumprimento de Itachi, o masturbando freneticamente, o obrigando a cessar o beijo devido aos gemidos constantes que escapavam de sua boca.

— Shisui... Eu...

Ele não completou a frase. Era impossível falar algo coerente quando sentia seu pau ser tão bem massageado e sua próstata acertada frequentemente. Shisui se movia de baixo para cima fazendo seus movimentos se encontrarem e se chocarem arduamente. Se sentia cada vez mais mole, mais trêmulo, mais perdido de puro prazer.

Encarou Shisui completamente desnorteado. Abriu um sorriso bêbado de prazer e caiu sobre o mesmo, abraçando seu tronco gozando entre seus corpos, sentindo seu primo ainda ir e vir dentro de si até chegar ao próprio orgasmo e se derramar em seu interior.

— Puta que pariu...

Shisui riu baixinho com o xingo alheio e cuidadosamente se retirou do corpo do outro, o mantendo sobre si enquanto acariciava suas costas suadas, os cabelos longos e soltos, aproveitando dos beijos castos que eram deixados sobre seu pescoço.

— Eu falei sério sobre me apaixonar por você.. — ele sussurrou, chamando toda a atenção de Itachi para si. — você está mexendo comigo de verdade e eu tenho mil receios quanto a isso..

Itachi se ajeitou ali, saindo de cima do corpo do outro. Cobriu parcialmente sua nudez enquanto se virava para o lado, ficando de frente ao outro..

— Que receios?

— Nossos mundos tão diferentes... Você até dias atrás se denominava hetero e ia se casar com Izumi... Eu sei do que quero, do que gosto,  mas eu abomino indecisões ou incertezas. E eu não sei o que você realmente quer Itachi. Você é uma incerteza que eu quero e isso me faz ficar com receio.

O mais novo ficou em silêncio por alguns instantes, refletindo sobre tudo aquilo até conseguir encarar Shisui novamente.

— Eu também tenho receios... Como você mesmo disse. Minha vida até dias atrás era uma e olhe hoje. Tenho receios de que tudo esteja indo bem demais e amanhã algo aconteça.

— Algo?

— Você sai com várias pessoas sem compromisso. É adepto do casual. Você mesmo disse que não gosta de se comprometer ou algo assim e você sabe que sou o oposto. Eu nunca me envolvi com outro alguém que não fosse Izumi e você mudou isso bruscamente. Porque eu só me envolvia com ela por ter a certeza de que futuramente iria me casar. E você também é uma incerteza para mim e ainda assim isso tudo aconteceu. E se amanhã você simplesmente enjoar de mim e me dar um pé na bunda porque é adepto demais a sua vida casual?

— Não deveria pensar assim. Eu já te disse, eu evito sentir, evito que se apeguem a mim, evito até trazer alguém pra casa, evito ter muita intimidade porque sou difícil de me interessar ao ponto de querer algo com alguém. Não quero magoar ninguém e o casual é uma ótima opção para alguém que quer ser solteiro. Mas você é diferente, Itachi. Eu já disse... Você vem me fazendo ir contra os meus próprios princípios. Eu já cheguei até aqui, eu não tenho motivos para simplesmente te dar um pé na bunda.

Itachi sorriu fraco e deitou sua cabeça no peitoral alheio, suspirando enquanto recebia de bom grado as carícias em suas costas desnudas.

— É muito cedo para falar de algo sério... — o maior pontuou, sem deixar de acaricia-lo. — mas não quer dizer que não vá acontecer. Eu estou disposto a deixar isso fluir. Eu quero sair mais com você, te conhecer mais e vice versa..  eu quero você, Itachi. Mas precisamos deixar o tempo fluir isso, vai ser justamente o tempo que vai nos fazer entender e aprender como lidar um com o outro e encaixar esses mundos diferentes.

O mais novo subiu seu olhar novamente, agora se afastando de Shisui e se sentando sobre a cama em frente a ele.

— Acho que a parte mais difícil é a família. Eu não sei como eles iriam reagir se eu contasse que.. eu estou com um homem e esse homem é você.

— Eu acho que essa é a parte principal... Acho que é o que você vai ter que encarar primeiro antes de deixarmos tudo fluir. Vai ser pior quando lá na frente, quando já estivermos mais envolvidos, você soltar essa bomba e eles tentarem fazer algo contra essa relação.

Itachi mordeu o lábio inferior em nervosismo. Não queria nem imaginar como seria contar algo assim para Fugaku. Sabia que ele faria uma verdadeira guerra.

— Eu vou conversar com ele em breve... Não tenho pra onde fugir se quero mesmo isso.

Shisui abriu um sorriso fraco e levou sua mão até o rosto alheio, deixando um carinho naquela bochecha avermelhada.

— E quanto aos nossos mundos tão diferentes? Moramos muito longe um do outro ... Você trabalha até tarde, eu tenho horários diferentes..

— Não coloque empecilhos cedo demais em algo que ainda está engatinhando. Estamos nos virando bem até agora. Sempre que temos chances estamos saindo, nos vendo, então fica tranquilo..  mas você sabe que é você que sempre vai vir pra cá, não é?

Itachi o olhou de forma séria e franziu o cenho.

— Mesmo que você converse com seu pai, Itachi. Eu não sou bem vindo na sua casa e nem quero ir até lá. Temos muito mais liberdade aqui, temos uma privacidade que não teremos lá e você sabe disso.

— Merda... Isso é tão complicado..

O Uchiha bufou, abraçando as próprias pernas, acabando por fazer Shisui rir e se aproximar dele, o envolvendo em um abraço por trás.

— Não vamos nos martirizar por antecedência. Vamos apenas continuar como estamos, curtindo sempre que conseguirmos nos ver... Vai conversando aos poucos com seu pai até o momento em que se sentir preparado para abrir todo o jogo. E independente do que aconteça, eu vou estar aqui com você. Faça tudo no seu tempo, Tachi.. só não demore quanto a dizer isso a ele. Quanto mais tarde, mais difícil vai ser. E não é só sobre mim, é sobre quem você é! Um adulto que está conhecendo a si mesmo e não pode viver sendo quem não é para atender aos caprichos do pai.

Itachi o olhou no fundo dos olhos, apreciou a carícia que se mantinha em seu rosto e o puxou para um beijo apaixonado, passando seus braços urgentemente em torno daquele pescoço.

— Eu retiro o que disse...

— Quanto ao quê? — Shisui perguntou confuso, ainda hipnotizado com aquele rosto que estava  bem diante do seu.

— Sobre poder me apaixonar por você... — acariciou aquela pele quente e sorriu, mordendo suavemente o lábio inferior. — eu acho que já estou.. completamente apaixonado.

— Ah é? — o maior abriu um sorriso largo e empurrou Itachi de volta para a cama, deitando-se sobre ele, começando a beijar todo seu pescoço enquanto suas mãos acariciavam a pele macia. — e como tem certeza disso? Ou só está tentando me iludir? Seu playboyzinho mesquinho..

Itachi gargalhou com aquela últimas palavras e o abraçou com suas pernas, revirando os olhos assim que obteve a atenção do outro.

— Porque agora eu sei o que é estar apaixonado por alguém de verdade. O que você me faz sentir não é um terço do que senti com Izumi quando achava que sentia algo. É bem... Diferente. É mais intenso, viciante..

O maior nada disso, apenas sorriu com aquelas palavras e tomou Itachi mais uma vez para si, se embolando novamente naqueles lençóis, afinal, não sabia quando se veriam novamente. Aproveitariam ao máximo um do outro.

XxX

Pouco antes do anoitecer, Itachi ligou para seu irmão que havia ido lhe buscar. Durante todo o caminho, teve de lidar com um Sasuke o enchendo de perguntas e curiosidades, entretanto, Itachi nada disse. Era tudo novo até para ele, precisava saber ainda por onde começaria a se abrir sobre sua nova realidade.

Quando chegou em casa, tudo o que desejou era mais um banho e dormir. Isso porque sentia que seu corpo precisava de uma água mais quente do que o chuveiro de Shisui poderia oferecer. Porém, quando estava subindo as escadas, se deparou com um Fugaku entrando no seu caminho, com uma expressão nada amigável.

— Quero conversa com você! Agora!

E Itachi sabia que não tinha outra escolha. Ainda tinha o assunto Izumi pendente com o patriarca e só por isso o seguiu até o escritório, se sentando em uma das poltronas enquanto encarava Fugaku.

— O que deu em você para terminar com Izumi?

— Eu só percebi que não a amo. Seria uma relação infeliz e eu quis evitar antes de definitivamente nos casarmos.

— Itachi, as coisas não são assim! — bufou, se servindo de uma dose de whisky. — eu não amava sua mãe quando me casei com ela. Tinha um carinho especial e o amor e paixão foram se construindo com o tempo, com o casamento e os filhos. É assim que é, Itachi! E você e Izumi se davam muito bem. Não entendo porque agiu desse jeito tão imprudente e repentino.

Itachi suspirou agoniado. Esfregou as mãos no rosto com força e subiu o olhar para o pai.

— Eu só não consigo mais ficar com ela, tá bom? E ela mesma já entendeu isso. Já está tudo bem, não tem porque remoer o que já resolvi com ela.

— Você é um inconsequente. — pontuou após virar a dose da bebida que tinha em suas mãos. — mas eu não vou insistir nisso. Você é bem focado no trabalho e isso basta. Sei que não tem cabeça ou pretensões em uma relação amorosa já que a sua única pretendente foi descartada.

Itachi engoliu o seco, as mãos trêmulas de ansiedade em vontade de abrir logo o jogo. Mas se manteve calado ao ver Fugaku continuar a falar.

— Ainda assim, você é um homem e eu sei que como homem você tem suas necessidades. Só não seja um burro como seu tio Kagami foi, engravidando uma qualquer por aí. Não quero um neto bastardo. Cuide-se se for dormir com uma qualquer.

Itachi sentiu enjoo daquelas palavras tão insensíveis. Suspirou angustiado para sair logo dali. Se levantou da poltrona quando pensou que o assunto já estivesse encerrado mas foi surpreendido por uma nova pergunta.

— Onde esteve esse fim de semana?

Itachi encarou a porta, engolindo o seco imaginando que seu pai o analisava, consequentemente analisando suas roupas "casuais" nada tradicionais para seu estilo.

— Itachi, você não estava com Shisui, estava? — o mais novo tremeu, com seu coração acelerado. Ele se virou em direção a Fugaku e o notou analisá-lo com atenção. — tem algo para me contar, Itachi?

As palavras vieram até a ponta de sua língua. Entretanto, seu medo foi maior. Se sentia um ratinho encurralado naquele lugar e sua única vontade era ir logo ao próprio quarto, se trancar ali, conversar com Shisui por mensagens até dormir.

— Itachi você e o...

— Eu não tenho mais contato com esse pé rapado, pai. Não falo mais com Shisui desde o incidente aqui em casa. Não se preocupe!

Fugaku o analisou em silêncio e sorriu satisfeito com aquilo.

— Ótimo. É assim que deve ser. Ele no mundo dele e você bem distante. — se sentou mais relaxado em sua poltrona e fez um gesto para que seu primogênito pudesse ir. — vá se arrumar para o jantar.

E após assentir, Itachi deixou aquele escritório, reprimindo um choro enquanto seguia para seu próprio quarto. Quando se jogou em sua cama, pegou o celular de seu bolso, notando que Shisui havia lhe mandado uma mensagem o pedindo para avisar quando chegasse.

Sorriu fraco com a preocupação do outro. Shisui era tão adorável... Ele ainda seria assim para si se houvesse ouvido o que acabará de dizer para seu pai por medo e em uma tentativa errônea de afastar Fugaku das idéias e presunção que envolveria seu primo?

— Eu sou um merda...

Resmungou para si mesmo massageado suas temporas. Se sentia um escroto por toda aquela situação, quando sabia que Shisui não mediria esforços em elogia-lo e enaltece-lo para seu tio Kagami.

Mas se essa mentira para Fugaku fosse o necessário para poder ter mais liberdade com Shisui as escondidas e sem novas propostas de casamento arranjado... Assim ele faria!