1. Spirit Fanfics >
  2. Paws in my heart >
  3. Dias de Chuva

História Paws in my heart - Dias de Chuva


Escrita por: Starco

Notas do Autor


Oooooi meus queridos!
Desculpem a demora, como disse anteriormente, essa fic é meio aleatória com os capítulos, então é normal demorar um pouco. Já com a Tira esse fone, Jisung!, eu já estou terminando! Só estou tendo uns problemas com escola e trocentos trabalhos, mas logo eu vou postar um novo capítulo ok chuchus?
Espero que gostem deste capítulo porque é muito nhonhonho
Enjoy sz

Capítulo 2 - Dias de Chuva


Fanfic / Fanfiction Paws in my heart - Dias de Chuva

 

 

Caro e confidente diário,

 

Hoje foi um daqueles dias que eu mais amo: chuvoso e tranquilo.

Ótimo dia para ler um bom livro enquanto tomo um cappuccino quentinho e observo Jisung brincando no chão com o novelo de lã cinza que minha mãe comprou e nunca usou.

 

Claro que isso aconteceria se Jisung fosse um gato calmo.

O que não é verdade não é?

 

.

.

.

 

 

- O que está fazendo Lele?

 

 

Com o intenso temporal do lado de fora da casa, Chenle acordou com um ótimo humor. Amava chuva, ela inspirava-lhe desde a ponta dos seus dedos até o fundo do seu coração. O cheirinho de terra molhada e grama orvalhada lá fora entraram por suas narinas quando abriu a janela e colocou a mão branquinha para fora, sentindo as gotas da chuva torrencial gelar sua pele. Olhou para longe sem um ponto específico e inspirou fundo, deixando-se levar por aquela brisa refrescante.

 

 

- Você não acha a chuva linda Sungie? – Sussurrou no mesmo tom que o felino lhe perguntou, virando-se para encará-lo. Estava sentado em sua poltrona, com a cabeça apoiada nos braços, com a típica expressão sonolenta de todas as manhãs.

 

 

- Não. Não dá pra brincar lá fora. – Retrucou baixinho espreguiçando-se e logo após escolhendo-se no assento por causa da repentina brisa fria que entrava no quarto. Enroscou a cauda felpuda em suas pernas para se proteger. – Friiio... Também dá muito sono.

 

 

- É por isso que é bom, é gostoso pra dormir. – Riu da reação do gatinho que resmungava palavras de tédio enquanto ajeitava-se para cochilar novamente. – Pelo menos assim você não me dá trabalho. – Disse enquanto deixava um cafuné na cabeça do outro, recebendo um ronronar sonolento em resposta. Sorriu e saiu de seu quarto, passando para dar uma olhada no de Jisung antes de descer as escadas rumo á cozinha.

 

 

Uma bagunça como sempre.

 

 

Nem precisava entrar no quarto pra saber que as cobertas da cama estariam, no mínimo, grudadas no teto. Jisung também era bagunceiro enquanto dormia e Chenle tinha sempre que arrumar toda a bagunça, mas iria deixar aquilo para mais tarde. Certeza que o felino pularia naquele quarto mais tarde e arrumar logo de manhã não adiantaria de nada.

 

 

Desceu as escadas e deslizou os pés até a cozinha, sentindo o cheiro de café recém-feito no ar. Olhou para a bancada e viu lá seu copo de cafeína de todo dia, que amava incondicionalmente, junto de um pequeno bilhetinho amarelo com alguns dizeres escritos.

 

 

“Chenle,

 

Tenho horário extra hoje no trabalho e vou sair tarde da faculdade. Não me espere para o jantar.

 

Markinhos Lee.”

 

 

- Por que ele insiste nesse nome ridículo? – Disse enquanto amassava o papelzinho e o jogava na lixeira, pegando o café e indo para a sala logo em seguida. – Depois eu que sou infantil, sinceramente Minhyung. – Riu soprado sentando no sofá, ajeitando-se para tomar calmamente o café amargo sem açúcar antes que precisasse arrumar alguma bagunça de Jisung.

 

 

Enquanto Chenle aproveitava sua curta calmaria, o felino acompanhava com o olhar o tic-tac do relógio em cima do criado-mudo, ainda deitado na poltrona com a maior expressão de tédio no rosto. Planejava correr pela grama ou sair correndo pela rua, atiçando cachorros que não conseguiam lhe alcançar. Mas aquela chuva não parecia acabar, temia por ficar o dia todo preso dentro de casa e cochilar não estava adiantando muito. A cada vez que cochilava, o tempo parecia ficar ainda mais lento.

 

 

Resmungou para o nada e levantou-se da poltrona, espreguiçando-se e apoiando os braços no parapeito da janela, olhando para fora tentando enxergar a beleza que seu dono tanto via. Várias poças de água pelo jardim, um céu escuro e nublado, casas fechadas, nenhum movimento nas ruas... Admitiu para si mesmo que Chenle tinha um senso de beleza estranho. Abriu a janela e esticou um braço para fora, pegando as gotas nas mãos assim como o outro fez.

 

 

- Friiio! – Recuou rapidamente a mão quando sentiu o choque térmico e sacudiu a mesma, enxugando-a nas suas roupas. Sacudiu-se com frio, com suas partes felinas todas felpudas. Continuou olhando para fora, mexendo o nariz para cima para sentir o ar puro. Foi ai que espirrou levemente quando uma gota caiu em seu nariz, arrepiando-se inteiro. – Que eu não esteja resfriado, porfavorzinho. – Suplicou para si mesmo antes de prestar atenção numa borboleta voando perto da janela.

 

 

Seguindo seus instintos felinos, acompanhou a pequena borboleta branca com o olhar, movendo minuciosamente o corpo para não ser notado, apenas balançando a cabeça quando a borboleta fazia muitas voltas. Quando pousou no parapeito da janela, viu ali a chance de capturar com as mãos a pequena, achando-se astuto o suficiente para pegá-la. Preparou-se totalmente, se escondendo atrás da poltrona e pulando de uma vez na direção do inseto, que imediatamente alçou voo e afastou-se do felino que agora caía direto no jardim de sua casa, molhando-se com a chuva.

 

 

Jisung grunhiu de dor ao chegar ao chão, sentindo-se encharcado em poucos segundos. Procurou com o olhar aquela borboleta e a achou em sua frente, como em outro desafio para capturá-la. Bufou irritado e começou a balançar os braços no ar, tentando acertá-la de alguma forma, sem sucesso. Não percebeu quando começara a correr em círculos pelo quintal, capturar aquela coisinha era questão de vida ou morte.

 

 

Já fazia um bom tempo desde que começara a perseguir a borboleta quando desistiu da empreitada, esbaforido e caído no chão. Podia até dizer que se fundira com a água de tão molhado que estava, sentindo o nariz entupido e alguns espirros para vir nada agradáveis. Choramingou e pediu que pelo menos chovesse até amanhã, para que não visse um dia todo ensolarado enquanto cuidava da gripe que com certeza havia pegado.

 

 

Levantou-se do chão e caminhou até a janela da sala, entrando por ali, todo encharcado e tremendo da chuva, surpreendendo um Chenle quando se jogou no sofá. Quase ficou encharcado de café também se não fosse seu dono tirando a caneca com o líquido para longe de ambos.

 

 

- Jisung, por que diabos você está todo encharcado sendo que eu acabei de sair do quarto com a certeza que você estava dormindo? – Chenle encarava Jisung, quase desmaiado de cansaço, com as sobrancelhas erguidas, surpreso o suficiente para não ficar com raiva.

 

 

- Janela... Frio... Chuva... Borboleta... – O felino se virou de barriga pra cima tentando responder o dono, apenas para jogar as pernas em cima de Chenle, molhando o outro. – E eu aqui no sofá.

 

 

- Deixa eu ver se entendi, você pulou da janela, nessa chuva forte, quase morrendo, apenas para pegar uma borboleta? – Questionou tentando tirar as pernas do felino de seu colo.

 

 

- Uhum.

 

 

- Não conseguiu, entrou em casa encharcado e só pulou aqui no sofá?

 

 

-Uhum. – Sorriu amarelado com a leve expressão de fúria se formando no rosto de seu dono. Quando sentiu a mão rechonchudinha encostar numa de suas orelhas felinas, sentiu uma carga de frio e espirrou, parando a ação do dono. – Não e-estou resfriado.

 

 

Chenle suspirou fundo e levantou do sofá, indo em direção ao gato e pegando-o no colo. Jisung esperneava e sacudia-se, tentando cravar suas unhas em qualquer lugar que o impedisse de chegar ao banheiro. Apesar de tomar banho, não era algo que apreciava muito por causa de seus hábitos gatunos. Miava numa tentativa de chamar a atenção de Chenle que não parecia ligar para sua birra.

 

 

- Eu não quero tomar banho Lele, por favor! – Choramingou quando foi colocado na banheira. Chiou baixinho quando escutou a torneira sendo ligada com água quente. – Nãããoo!

 

 

- Para de birra Jisung, você vai ficar pior se não tomar banho logo. – Retrucou enquanto retirava as roupas do felino, deixando-o apenas com a roupa íntima. Sabia que Jisung não se importava com as roupas mas...  Ele sim. – É pra você aprender a não tomar chuva. Você é louco?

 

 

- Eu estava tentando entender por que você gosta de chuva. – Sussurrou enquanto Chenle jogava a água em sua cabeça, lavando com cuidado as orelhas felpudas. Ouviu uma risadinha de seu dono e levantou a cabeça, encarando-o confuso. – O que é tão engraçado?

 

 

- Você. – Continuou rindo enquanto começava a ensaboar o outro, recebendo resmungos raivosos. Apertou as bochechas deste levemente achando aquela reação incrivelmente fofa. – Que gracinha tentando me entender.

 

 

- N-não, não sou. – Ruborizou com o comentário e deu tapinhas nas mãos do dono que ainda mantinha um sorriso no rosto.

 

 

Ambos mantiveram-se em silêncio enquanto Chenle terminava de banhar o gatinho que já havia desistido de escapar do banho, esperando que acabasse o mais rápido possível. Este ficou em pé parado para que o dono o enxugasse, já que se mexesse um centímetro corria o risco de levar um tapa na fuça. Esperou que o outro terminasse e saiu do banheiro o mais rápido possível, com o medo de ter que ficar trancafiado naquele cubículo úmido novamente.

 

 

Andou até sua cama e jogou-se, sentindo a tontura da febre tomar conta de si. Bufou triste, talvez não pudesse brincar amanhã se o resfriado continuasse. Droga de borboleta branca e instintos felinos.

 

 

- O que está fazendo? – Ouviu a voz de seu dono que estava parado na porta. Sentou-se sobre a cama quando este adentrou o quarto. – Vai trocar essa roupa, não vê que está molhando a cama? – Resmungava enquanto sumia dentro do guarda-roupa preto, pegando algumas peças de roupa e jogando-as em cima da cama. – Se troca logo, vou descer pra preparar algo pra você.

 

 

- Faz chocolate quente Lele... Por favor... – Jisung ajeitou-se na cama e ronronou, tentando novamente convencer seu dono. – Juro que eu durmo mais cedo.

 

 

Chenle estreitou os olhos e analisou a cara de pau do gatinho de estar exigindo algo que não merecia, mas o que fazer quando você não consegue resistir ao olhar pidão de um felino? Revirou os olhos antes de bater a porta e disse um “Tudo bem” enquanto ia em direção á cozinha.

 

 

E é claro que antes de começar a se vestir, Jisung abriu o famoso sorriso do seu camarada gato Cheshire. Sabia que se fizesse muita manha uma hora ou outra Chenle acabaria cedendo, mas isso fica em segredo certo?

 

 

Pegou as roupas e se trocou rapidamente – arrumando a cauda felpuda nos buracos das roupas feitas especialmente para si – dando uma voltinha na frente do espelho. Roupas quentinhas e confortáveis, sem deixar de serem esteticamente fofas. Chenle tinha mania de escolher a dedo cada roupa sua, mesmo que Jisung não entendesse bem o porquê. Para ele, bastasse qualquer coisa que o escondesse do frio ou coisa parecida.

 

 

Pulou na cama novamente, deitando espaçosamente, com pernas e braços jogados de forma aleatória. Sentiu novamente a tontura da febre e resmungou pra si novamente, tentando arrumar uma posição boa na cama. Talvez se fosse um gato mais obediente poderia agora estar ao menos pulando pela casa.

 

 

- Senta direito Jisung, se não eu não vou te dar. – Seu dono aparece na porta com uma bandeja com os copos enchidos com chocolate quente assim como pedira. Sentou-se rapidamente na cama, levantando as orelhas em expectativa. – Que cara é essa? Quer tanto o chocolate que até se faz de santo? – Soltou uma de suas risadas estranhas e calorosas que Jisung achava muito fofas em seu dono.

 

 

- Sim, me dá, me dá o chocolate. – O felino estendia os braços na direção da bandeja com um olhar sedento. Se tinha um alimento humano que gostava, era chocolate. Pura criação divina.

 

 

- Calma apressadinho. – Chenle se aproximou com cuidado, desviando a bandeja das garras ansiosas de Jisung e repousou a mesma em cima do criado-mudo ao lado da cama. Pegou uma das xícaras e assoprou por um bom tempo, para depois entregar para o gatinho desesperado. – Toma com cuidado, ainda está quente...

 

 

Jisung pegou com cuidado e bebericou aquela bebida dos deuses que tanto amava. Estava perfeita. Poderia até dizer que estava curado do resfriado depois daquele gole.

 

 

Os dois beberam calmamente o líquido doce ao som natural da chuva torrencial lá fora, caindo como se nunca fosse acabar. Era calmo, gostoso e trazia um sentimento de paz, até mesmo para o gatinho que não estava acostumado com isso. O silêncio os envolvia agora como um velho amigo esquecido que viera fazer uma visita e contar histórias de toda sua jornada enquanto estava longe.

 

 

Para Jisung, era o melhor momento para se ajeitar e deitar sobre seu dono, apalpando como de costume seu peito e repousando a cabeça ali, encolhendo-se ao seu lado e o abraçando como se fosse uma pelúcia gigante.

 

 

Para Chenle, era como se estivesse dentro de alguma história que já lera, quando o personagem principal aproveita o monótono dia de chuva para apreciar coisas simples como cuidar de seu felino e cair no sono enquanto lhe enche de carinhos.

 

 

.

.

.

 

 

Afinal, a vida sempre nos surpreende e insiste em nos provar o contrário do que pensamos.

Porque ela é contínua, não segue nada do que alguém lhe diz.

 

 

 

 

Pacificamente, Zhong Chenle.

 

 


Notas Finais


Não me responsabilizo por ataques de fofura porque eu já estou morta com eles.
Espero que tenham gostado sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...