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História Peculiaridades do paciente 143. - Park Jimin ft. Jung Hoseok - Você gosta de rosas?


Escrita por: YImagineBangtan

Capítulo 3 - Você gosta de rosas?


Fanfic / Fanfiction Peculiaridades do paciente 143. - Park Jimin ft. Jung Hoseok - Você gosta de rosas?

DIA 2

—Doutor Hoseok deseja falar com você na sala dele. — A moça de aparência jovem me avisou após ler o meu nome na ficha de presença.

—Hã... — Eu murmurei em dúvida por não a conhecer.

—É a enfermeira que está com o 143, não é? — Eu confirmei com a cabeça. —Doutor Hoseok deixou avisado para que quando chegasse fosse a sala dele.

—Certo. — Eu confirmei, apertando a minha bolsa e fui em direção ao elevador.

E então eu notei que não fazia ideia de onde era a sala de Jung.

—É... — Eu disse me virando e a moça tratou de me responder rapidamente.

—Segundo andar, vigésima segunda sala. — Ela disse com um sorriso de " Você não poderia ser mais óbvia, novata. "

—Obrigada. — Respondi com um pequeno sorriso envergonhado e me virei, logo entrando no elevador.

Rapidamente meus olhos se focaram no pequeno mapa aos lados dos botões.

—Como eu não tinha notado isso aqui? — Me questionei, enquanto apertava o botão do segundo andar. —Segundo andar, área infanto-juvenil. — Li baixo e apertei o botão para as portas se fecharem.

Depois de alguns segundos as portas de aço se abriram, revelando um ambiente um pouco diferente do que eu estava ontem, as paredes tinham uma mistura de branco e verde, deixando assim o lugar mais vivo. Segui andando pelo corredor, até encontrar a porta número vinte e dois.

Bati quatro vezes e em alguns instantes Jung a abriu, com um pequeno sorriso me convidou para entrar.

—E então como foi? — Ele perguntou, enquanto fechava a porta da sala.

—Com Park Jimin? — Perguntei, aliviando um pouco a pressão que fazia na bolsa.

Jung se apoiou na mesa com as mãos aos lados do corpo, fazendo um sinal positivo com a cabeça.

—Ele te assustou? Tentou alguma coisa? — Ele parecia sério e aquilo me preocupava de certa forma.

—Não... Para falar a verdade, eu acho que ele nem se importava com a minha presença. — Sorri fraco e Jung parecia um pouco surpreso.

—Ele não se negou a tomar os remédios? — Eu neguei com a cabeça. —Nenhum tipo de problemas?

—Não... Ah, não sei se isso é importante, mas... — Disse me lembrando de quando ele negou os cigarros e disse que não estava com fome. —Ele recusou os cigarros ontem, e disse que estava sem fome.

—Hm... — Ele murmurou se levantando e vindo até mim. —Só isso?

—Uhum. — Eu confirmei.

—Ok, só queria saber como as coisas estavam indo, não vou te segurar por mais tempo aqui. — Ele disse com um sorriso e me deu um leve abraço. —Jimin deve estar te esperando.

Eu sorri retribuindo o abraço e me separei dele, mesmo que meu corpo poderia continuar naquela situação por um bom tempo.

—Qualquer coisa me avise.

—Sim, senhor. — Disse batendo continência o fazendo rir.

—Sai daqui vai, tchau. — Ele disse rindo e abriu a porta para mim.

—Tchau, Doutor Hoseok. — Disse ainda achando graça por o chamar assim, saindo da sala quando o senti segurar a minha mão.

—Mais uma coisa, nosso jantar ainda está de pé? — Ele perguntou, sorrindo quando eu me virei para o olhar.

—Por que não? — Retribui seu sorriso, seria bom voltar a sair com Hobi.

—Te espero no final do plantão. — Disse e eu assenti com a cabeça. —Não se atrase, se não vou achar que te aconteceu algo.

—Como eu poderia me atrasar, sendo que estou no mesmo prédio que você? — Perguntei com um riso e vi seu sorriso se abrir.

—Eu não duvido da sua capacidade de tartaruga, acho que é totalmente possível. — Disse provocativo.

—Eu não vou. — O certifiquei e ele soltou minha mão. —Te vejo às vinte horas?

—Claro, se você não atrasar. — Ele disse e continuou me olhando, até que eu entrasse no elevador.

No elevador eu só conseguia notar o quanto estava sorrindo, Jung sempre me animava, mesmo sem querer. Apertei o botão de número quatorze e assim que a porta abriu fui em direção ao banheiro para me trocar. Deixei minha bolsa no pequeno armário e passei na cozinha para pegar a comida de Park. Segui até o quarto e bati na porta, avisando que estava entrando. Park estava sentado na cama e olhou em minha direção rapidamente assim que entrei no quarto.

—Boa tarde. — Disse sorrindo, enquanto deixava a bandeja em cima da mesa e voltava para fechar a porta. —Me desculpe pelo atraso. — O olhei e o mesmo confirmou com a cabeça com um pequeno sorriso. —Trouxe sua comida. —Olhei para a bandeja na mesa, ele se levantou e foi se sentar na cadeira.

Park continuava em silêncio, enquanto eu dobrava suas roupas de cama. Quando acabei voltei a o olhar e ele mal tinha tocado na comida.

—Não está com fome de novo? — Perguntei e ele mexeu os ombros. -Coma, por favor. — Pedi atraindo seu olhar.

—O que é isso? — Ele disse olhando fixamente para o meu colo.

—O que? — Perguntei passando a mão pelo local e notando os colares que esqueci de tirar. —Droga! — Murmurei baixo, os tirando depressa e os colocando no bolso do jaleco.

—É uma rosa? — Ele perguntou, olhando para o bolso onde eu tinha os guardado.

—Uhum... — Respondi meio insegura. —Você tem que terminar de comer. — Disse tentando desviar sua atenção, mas não parecia adiantar, seu olhar estava fixo ao meu jaleco e aquilo estava começando a me assustar um pouco. —Park Jimin? — Disse tocando seu ombro, chamando sua atenção e ele me olhou rapidamente. —Precisa terminar de comer. — Disse mais uma vez e após me encarar por alguns segundos ele voltou a comer.

Depois de agradecer mentalmente por sua ação, tratei de fazer um lembrete mental para prestar mais atenção no vestiário durante as próximas vezes.

—Posso ter meu caderno? — Ele perguntou largando os talheres e eu suspirei notando a metade da comida no prato.

—Depois que comer, certo? — Disse sentando ao seu lado.

—Não quero mais comer. — Resmungou, olhando a comida no prato.

—Sabe que não pode sair daqui até terminar de comer, não sabe?

—Eu não quero sair, só quero o meu caderno. — Ele me olhou.

—Por que não termina de comer e então nós vamos lá fora e você pode ter o seu caderno pelo resto da tarde, hm? — Disse com um pequeno sorriso, tentando contornar a situação e ele continuou a me olhar sem falar nada.

—Não. — Disse simplista depois de um tempo, me fazendo suspirar.

Resolvi não insistir mais e correr o risco de o irritar. Na verdade, eu não sabia como exatamente deveria lidar com isso, então deixaria as coisas assim por enquanto. Por algum tempo eu permaneci o olhando, esperando que ele mudasse de ideia, mas ele praticamente nem se moveu.

—Eu já volto. — Avisei pegando a bandeja.

Chamei um dos enfermeiros para o olhar, enquanto eu ia até a cozinha devolver a bandeja. A falta de apetite dele me preocupava, não por ele aparentar estar também com algum tipo de transtorno alimentar, mas por saber que a dieta é controlada, são porções consideravelmente " pequenas " e mesmo assim ele não come tudo.

Devolvi a bandeja, juntamente as louças para a cozinha, enchi novamente o copo, dessa vez com água ao invés de suco, e fui até o armário de Park para pegar o caderno e seus lápis, talvez isso pudesse o animar um pouco. Era o que ele queria de qualquer modo. Aproveitei para pegar o resto dos remédios que ele tinha que tomar durante a tarde e voltei para o quarto.

Assim que passei pela porta seu olhar pesou sobre o caderno na minha mão e rapidamente eu o entreguei junto aos lápis. Park se sentou no chão e eu estranhei um pouco sua atitude.

—Não prefere fazer isso no gramado lá fora? — Perguntei o vendo espalhar os lápis no chão.

—Não quero ver ninguém hoje. — Ele disse me olhando.

—Certo... — Disse e ele voltou sua atenção ao caderno.

Lentamente o único barulho do quarto voltou a ser seus murmúrios ritmados como esteve fazendo a maior parte do dia anterior. Eu apenas o observava, escrevendo algumas coisas no caderno e fazendo alguns rabiscos pelas folhas as preenchendo. Essa seria uma boa hora para ler a sua fixa com mais cuidado, certo?

Fui até a porta, a abri e o barulho não parecia o incomodar, Park parecia estar preso no seu próprio mundo, peguei a ficha que ficava exposta, presa a caixinha da porta e a fechei para evitar futuras complicações. Me sentei na cama de Park e comecei a folhear os papéis com mais calma.

Park Ji-Min; Vinte e cinco anos; Entrada em novembro de dois mil e dezessete; Dependência química: Cigarros; Esquizofrenia catatônica; Sem traumas;

Ao lado das suas informações básicas, existia uma lista com nome dos médicos que acompanhavam Park desde sua entrada, juntamente aos relatos e adendos. Li algumas das notas sobre algumas crises que teve, e pelas datas eu conseguia notar uma certa frequência. Olhei mais uma vez para ele que ainda continuava sentado no chão, eu tentava imaginar como seria se ele tivesse uma das suas crises, ele parecia tão calmo, sereno... Era difícil imaginar que poderia ficar agressivo, e até ser contido.

Parei de o olhar e voltei a ler as outras notas, dessa vez algumas das notas de Jung sobre o comportamento de Park Jimin durante as interações sociais. Durante as interações sociais o seu comportamento parecia ser constante, ele não interagia muito com os outros pacientes, mas também não arrumava confusões.

O tempo continuou a passar, sem muitas mudanças no comportamento de Park, mantendo o mesmo comportamento de ontem, não jantou bem e logo já estava na hora de o deixar novamente.

—Park Jimin? — O chamei e ele entendeu rapidamente, juntando os lápis e fechando o caderno, me entregando em seguida.

—Você gosta de rosas? — Ele me perguntou, enquanto pegava os comprimidos e engolia sem o auxílio de água.

—Gosto. — Disse estranhando um pouco sua pergunta.

—Não tem medo que se machuque com os espinhos? — Ele perguntou, já se deitando na cama.

—Não acho que possa me machucar, pelo menos não se eu for cuidadosa. – Disse com um pequeno sorriso, enquanto esticava o edredom por cima dele.

—Ah... — Ele murmurou com um pequeno sorriso que logo desapareceu.

Ele se virou rapidamente para o lado e fechou os olhos com certa força, como se estivesse se obrigando a dormir logo.

—Boa noite Park Jimin. — Disse após pegar o resto das coisas e sair do quarto.

Dessa vez eu não tive nenhuma resposta de volta, provavelmente ele já estava dormindo. Do lado de fora Jung já me esperava, sentado em uma das cadeiras que ali haviam, enquanto mexia no seu celular.

—Me dê um minuto. — Pedi assim que seu olhar se encontrou com o meu.

Saí depressa para guardar as coisas de Park, pegar minha bolsa, deixar o copo na cozinha e ir me trocar. Já no banheiro me troquei com certa pressa e guardei o ‘’ uniforme ‘’ no armário, antes de voltar ao corredor e encontrar Jung.

—Você está atrasada. — Ele comentou divertido me mostrando seu celular, enquanto se levantava.

—Dois minutos? Sério? — Disse indo até ele.

—Está atrasada de qualquer maneira. — Sorriu, indo até o elevador e o chamando.

—Só porque eu precisava me trocar. – Disse, parando ao seu lado.

—Você não precisava se trocar. — Jung respondeu, abrindo a porta e eu entrei no elevador.

—E ficar parecendo um daqueles manequins bizarros de lojas? Não obrigada. — Disse e ele apertou os botões, fazendo com que as portas de aço se fechassem.

—Está falando que eu pareço um daqueles manequins? — Jung perguntou, fingido estar ofendido.

—Não, você fica bem de branco. — Sorri, batendo de leve no seu ombro.

—Eu fico mesmo, não fico? — Ele disse, sorrindo de canto, se olhando no espelho, o que me fez rir.

—Anda passando muito tempo com Seok? — Perguntei notando certa semelhança.

—Nem tanto. — Ele respondeu, voltando a me olhar.

—Está agindo como ele. — Brinquei, enquanto abria a porta.

Nós seguimos pelo estacionamento até que chegássemos ao carro de Jung.

—O que prefere? Comida italiana ou mexicana? — Ele perguntou, enquanto ligava o carro.

—Acho que... mexicana. — Respondi, colocando o cinto.

—Ótimo, então vamos para o restaurante italiano.

—Hoseok! — Reclamei acertando sua coxa.

—Estou brincando, mulher agressiva. — Falou rindo. —Vamos para o Rico's, o que acha? — Eu confirmei com a cabeça. —Hm... Não foi lá que nós fomos quando saímos pela primeira vez?

—Foi. — Eu sorri me lembrando. —Eu lembro que eu te achava fofo por causa do aparelho. — Não pude evitar um riso escapar quando me lembrei dele reclamando pelo bráquete ter quebrado quando estávamos comendo tacos.

—Aqueles eram tempos sombrios, Sn. — Ele disse fazendo drama. —Não traga essas memórias de volta. — Comentou negando com a cabeça, o que me fazia rir baixo.



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