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História Pedaço da Lua - Prólogo


Escrita por: Downdownbaby

Notas do Autor


Eu não sei o que estou fazendo. Alguém devia me bater por começar fanfics justamente no semestre que eu prevejo sendo corrido e desesperador. Mas ok, vamo levando.

Essa estória está sendo planejada há muito tempo, depois de ter nascido de uma piada (?) no chat do Line. A miga me fez plotar com KyungMyun e, de quebra, plotei um TaeKai também (que já está postada, link nas notas finais).
Vai se passar em um universo mágico, resultado da mistura das minhas interpretações dos universos d&d e Tolkieniano. Se surgirem dúvidas, podem me perguntar que eu tento responder.

Sra. LadyChoK, espero que não tenha um ataque do coração e que mate sua vontade por enquanto <3

Enjoy it~

Capítulo 1 - Prólogo


PEDAÇO DA LUA

PRÓLOGO

Você acredita em destino? Pode ser que seu ego não suporte a ideia de ter toda a sua vida traçada por outrem, mas o destino é real, meu caro. A mim também não agradava saber que meu livre arbítrio não é tão livre assim. Só depois de presenciar todos os fatos que meus velhos olhos já foram obrigados a ver que não me resta mais dúvidas de que tudo o que acontece em cada dimensão tem um motivo – ou vários – para ser daquela forma.

Ah, o destino...

O destino é como um bordado arrojado, com infinitas linhas de igualmente infinitas cores e texturas. No início os nós e voltas parecem sem sentido algum, caos puro e sem propósito que terminará em um bolo de fios desperdiçados. Pura impressão enganosa. Cada fio tem seu lugar determinado pelo grande artesão de modo a formar a imagem que ele deseja obter com o trabalho pacientemente desenvolvido ao longo das eras. Como artista caprichoso, a obra tinha sim certa liberdade, mas não se engane achando que era por bondade, era apenas por prazer de assistir o desenrolar das cenas que ele começou. A imagem da tragédia é apenas tão atraente quanto a visão do paraíso.

Meus olhos viram as cenas que ainda seriam bordadas, cenas que dependiam de escolhas ou não. A certa altura do bordado, um fio vermelho cruzou com um fio de um branco puro antigo e foi ali que o bordado ganhou vida.

O fio branco de um garoto despretensioso que achou que viveria a vida confortavelmente dentro do castelo, estudando pergaminhos e histórias fantásticas até o fim de seus dias.

O fio vermelho de um elfo despretensioso que achou que viveria a vida confortavelmente dentro da floresta, estudando a própria energia e sonhando com criaturas fantásticas até o fim de seus dias.

Nenhum deles teve oportunidade de escolha clara, mas suas decisões caminharam para que suas cores se misturassem e desencadeassem uma sequência de imagens muito maior do que podiam imaginar. Criaturas maiores estão nessas cenas, conflitos maiores estão nessas cenas, poderes maiores estão nessas cenas, mas, apesar disso, os fios vermelho e branco não seriam ofuscados porque o grande artesão escolheu–os com cuidado. Deles dependiam todas as outras cenas da história.

A história começa muito tempo antes de eu nascer, mas só posso lhes contar aquilo que vivi, não é mesmo?

Acho apropriado começar falando da velha cabana.

Um velho sábio viveu confinado numa cabana isolada na floresta durante sua vida toda. Não que fosse um prisioneiro, vivia lá por vontade própria. Mais precisamente falando, por falta de vontade de conviver com as pessoas que viviam no exterior. Era horrível sair dali e falar com pessoas que não entendiam a grandiosidade do universo e tudo o que ele guarda.  O casebre era um refúgio que herdou de seu pai, que herdou de seu avô, que herdou de seu bisavô, e assim pelo tempo adentro.

No interior daquela cabana apoiada precariamente em estacas colocadas de qualquer jeito, cada um dos sábios passava a vida preso em seu mundo próprio, mundos completamente diferentes do mundo que conhecemos.

Esse velho, em particular, era assustador para todos que pousassem os olhos na figura esquelética e de longos e emaranhados cabelos grisalhos. As rugas tomavam conta de cada parte do rosto, principalmente no espaço entre as sobrancelhas, lugar que ele franzia quando buscava respostas para todas as dúvidas que brotavam em sua mente. Os olhos fundos e amarelados denunciavam as noites passadas em claro, em profundo processo de reflexão e análise dos mistérios do mundo.

Os pensamentos vinham em tornados e não lhes permitam dormir a noite, gritando e implorando para que fossem escritos em qualquer lugar. As paredes de madeira foram riscadas com a ponta de uma faca até que não sobrasse mais espaço para uma única letra ou desenho. Partiram então para os pergaminhos grossos, acumulando pilhas deles no que costumava ser o quarto para hóspedes eventuais.

– Quem precisa de hóspedes? Hóspedes ficam perturbando... e falando... e bagunçando… perguntando... só perturbam meus pensamentos! – ralhou com a esposa quando ela pediu que ele parasse de escrever aqueles pergaminhos sem sentido ou utilidade.

“Por falar em perturbar meus pensamentos...” pensou, lembrando–se de minha voz insistente que lhe tirava a paz que já não tinha. Eu não tinha nada contra aquele velho, mas precisava convencê-lo.

A insistência o deixou hostil a minha presença, mas o que posso fazer? Há males necessários.

Agora sempre que ele encarava o colar bonito preso na parede, era com uma carranca. Desejava se livrar dele. Não gostava de sair da floresta, tinha tudo o que precisava ali, mas aquelas vozes que ele jurava serem demoníacas não paravam de atormentar seus pensamentos – que já eram um caos total – ordenando que levasse o colar até uma montanha.

– Para o inferno com essa montanha! – praguejou sozinho, desviando os olhos de volta para o pergaminho e voltando a descrever a cena que vira de uma aranha e sua técnica arrojada para prender suas presas.

– São duas montanhas, velho, duas montanhas. – o recordei.

Ele fechou os olhos cansados e amassou a folha de papel onde escrevia.

– Se eu levar essa droga de colar para essa droga de montanha você me deixa ser louco em paz?

– Naturalmente, meu caro. Não tenho motivos além desse para estar aqui. Sendo sincero, gostaria de estar no meu barco para o submundo há muito tempo, mas não me permitiria ir sem terminar o que deve ser feito por aqui.

– Onde fica essa maldita montanha?

– São duas montanhas, velho, duas montanhas.




 

Depois de voltar da jornada até as montanhas, o velho sábio tinha muito que escrever, muito que desenhar, muitos pensamentos e imagens fervilhando dentro da cabeça que parecia pronta para se estilhaçar em milhares de cacos por não ter mais espaço para dados.

Eu lhe segui nas duas semanas de viagem até a montanha, contando histórias que ainda aconteceriam, histórias que eu, na condição de fantasma amaldiçoado vi quando fui morto e cai para o lado errado da linha do tempo. O velho não sabia, mas fora usado. Estes olhos viram duas histórias distintas, que dependiam de pequenas escolhas que culminariam em finais diferentes para as montanhas.

Ajudaria com a minha parte e rezaria para que os outros envolvidos tomassem os caminhos bons.

 


Notas Finais


Pra começar é isso ^^

Volto logo, porque alguns capítulos estão prontos. Falta só a coragem pra revisar q

Link da TaeKai <https://spiritfanfics.com/historia/suas-asas-5841413> Ela dá alguns spoilers de Pedaço da Lua, mas nada muito comprometedor do enredo.


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