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História Peeta e Katniss: Getaway Car - Dancing With Our Hands Tied


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Olá tributos! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu sei que sumi, e os motivos disso é que eu tive que fazer algumas mudanças na fic, ou seja, nos capítulos que já estavam prontos – incluindo esse –, então eu fiz as mudanças, e aproveitei para terminar de vez a fic, mudar os pontos que eu achava que devia mudar, e ver se gostava do resultado, e sim, eu gostei. Estou ansiosa para saber o que vocês estão achando, e saber se vocês também irão gostar?

Bom, deixo vocês com o capitulo!

Aproveitem!

Capítulo 3 - Dancing With Our Hands Tied


Dormi por algumas horas e acordei sentindo meu corpo ser abraçado por alguém, a respiração de Peeta batia quente em minha nuca, e eu quase desejei que nada dessa noite tivesse acontecido.

Mas não poderia.

Tirei seu braço de cima de mim, e me sentei na cama, avistei uma porta a frente e entrei por ela, descobrindo ser ali um banheiro, fiz minha higiene, e joguei uma água sobre o rosto, vendo meu reflexo ao espelho. Meu pescoço, seios e até barriga estavam quase completamente marcados com chupões e até mordidas, andei de volta ao quarto e senti meu baixo ventre latejar.

Peeta cumpria bem suas promessas.

Esquadrilhei o quarto em busca das minhas roupas. Encontrei meu vestido aos pés da cama, meu sutiã próximo a porta, e minha calcinha totalmente destruída alguns passos à frente. Vesti apenas o vestido, e decidi que estava bom ficar apenas com ele, alcancei minha bolsa – que eu nem lembrava ter trago para o quarto - jogada na poltrona próxima a uma janela, e coloquei minha calcinha lá dentro, indo até onde estava o sutiã, e olhando o que eu teria em minha bolsa que poderia matar o loiro adormecido sem dor. Depois da noite maravilhosa que ele me deu, isso seria o mínimo que eu podia fazer.

Porém, ao abaixar para pegar a peça, o sol que entrava pela janela fez algo refletir em meu rosto, e sem ao menos me dar conta, me vi andando até alguns porta-retratos sobre uma mesa de escritório. Tinha várias fotos de Peeta ali, com diversas pessoas, mas logo eu reconheci algo que não gostaria de ter visto, Peeta estava abraçado com uma pessoa que eu conhecia bem, fazendo uma dor pungente atingir meu peito. Minha mente se clareou. Era Rye Mellark, o padeiro do distrito 12, meus pais o conheciam do colégio, e meu pai sempre me levava com Prim até a padaria para escolher um bolo todo início de semana, por vezes Prim e eu ficávamos perdidas olhando todas aquelas variedades e delicias da padaria dos Mellark’s.

Prim.

Meu pai.

Como eu pude quase me esquecer que, alguns anos atrás, eu tive uma família?

Na imagem, Peeta, o padeiro Rye, e os outros dois irmãos de Peeta, sendo Jack o mais velho, e Connor o mais novo, estavam abraçados a uma linda mulher de cabelos escuros e sorriso gentil. Com certeza era a mãe de Peeta.

Mas depois do bombardeio, teriam eles sobrevivido?

Eu estava confusa, muito confusa, pensamentos e imagens atravessavam minha mente como relâmpagos.

Eu os conhecia.

Eu conhecia Peeta.

Estudamos juntos durante anos, quando meu maior problema era ser magrela demais e odiar as trancinhas que minha mãe fazia em meus cabelos.

E eu me lembrava agora, de um garotinho lindo demais para a pouca idade, vindo até mim no primeiro dia da primavera depois da morte do meu avô, ele sorriu, e abaixou-se em minha frente, tirando um dente de leão do chão e me entregando. Na hora eu não entendi muito bem, e nem ao menos agradeci, o garotinho ainda sorrindo virou as costas e saiu.

Eu ainda não sabia, mas Peeta, naquele inocente e frágil momento, havia me dado algo que mais tarde eu conheceria como esperança.

— Não, não se sinta assim, Katniss! — Sussurrei, ordenando a mim mesma algo que eu não podia controlar.

Vi um álbum de fotos ao lado, a curiosidade sobressaindo a voz que me dizia para apenas me virar, mata-lo e ir embora, receber os mesmos elogios ácidos de Snow, e manter minha vida vazia, sem sentimentos e esperanças. Ignorando todos esses sentimentos e pensamentos, peguei o álbum, abrindo-o em seguida, passei algumas fotos, vendo Peeta com sua família, porém, num descuido, o álbum caiu de minhas mãos, indo parar aberto no chão, praguejei mentalmente por ser tão descuidada, e espiei se Peeta havia acordado. Por sorte, o loiro ainda dormia serenamente. Abaixei-me, pegando o álbum do chão, e virando-o para cima, afim de continuar a folheá-lo, mas cai sentada sobre o carpete felpudo do quarto de Peeta. O álbum estava aberto nas últimas fotos colocadas ali. Peeta parecia alguns anos mais novo do que agora, mas não muito. Lagrimas involuntárias saíram de meus olhos e molharam a fotografia em minhas mãos.

Em um campo verde como a nossa antiga campina no 12, Peeta estava sentado ao chão, acompanhado de algumas pessoas, a maioria eu reconhecia como agentes da Paylor, mas uma pessoa em especial me chamou a atenção.

Abraçado ao Peeta, sorrindo alegremente para a foto, estava meu pai.

¬___________________¬

— Eu preciso de vocês agora, estou no lugar de sempre— Falei assim que Gale atendeu ao celular, desligando a ligação em seguida. Minha visão estava turva pelas lagrimas, e minha cabeça latejava fortemente.

Na verdade, eu ainda nem sei como sai da casa de Peeta. Após retirar aquela foto do álbum, peguei minha bolsa e deixei tudo exatamente como estava, não vendo mais nada em minha frente, dirigi em constante velocidade até parar em um parque, escondido atrás de uma velha construção, local onde Gale, eu, Joh e Finn sempre víamos para conversar a sós, sem ninguém nos interromper. É claro que o local não era 100% seguro, sempre poderia ter espiões de Snow em qualquer lugar, mas sempre tomávamos cuidado para não sermos seguidos.

Eu estava sentada em um dos bancos que tinha ali, respirando o ar puro que me lembrava a floresta, lugar que eu acompanhava meu pai quase todos os dias. Eu sentia tanta falta de casa, do meu pai.

— Kat? O que aconteceu? — Finn foi o primeiro a sentar ao meu lado, mas logo vi Joh e Gale passarem por entre os arbustos e se aproximarem.

— Viemos assim que ligou. — Gale falou, mas foi interrompido pela voz de Johanna.

— Você estava chorando?

— Katniss, fale conosco, o que houve? — Finn pegou em minhas mãos, e só então eles notaram a foto que eu segurava como se minha vida dependesse disso.

— Olhem isso. — Falei, deixando que eles tirassem a foto de minha mão.

— Espera, esse é seu novo alvo? — Gale perguntou. — Conheço ele.

— Claro que conhece, ele é Peeta Mellark, filho do padeiro de distrito 12. — Eu falei, vendo Johanna arrancar a foto das mãos de Gale.

— Não estou entendo Katniss, você namorou com ele, ou gostava dele quando moravam no 12? — Finn perguntou.

— Peeta era um garoto muito gentil, mas éramos muito novos, então não, não é esse o motivo de eu ter chamado vocês aqui. — Falei, limpando o suor de minhas mãos no Jeans que eu usava agora.

— Então o que é?

— Estão vendo esse homem ao lado de Peeta, cabelos escuros e olhos cinzentos? — Eles observaram a foto e assentiram. — É meu pai.

— O-o que... como...?

— K-Katniss, isso é...

— Não é possível, atrás da foto está escrito que a foto foi tirada no ano passado. — Johanna era a única que parecia menos estática que os outros.

— Eu sei. — Falei, enxugando meu nariz com a manga da blusa de frio que eu usava.

— Isso quer dizer que seus pais estão vivos? — Gale perguntou, se pondo em minha frente.

— Nada é concreto ainda, mas se estiver, então eu não sei de mais nada. — Falei, sentindo meu corpo tremer um pouco, Gale veio até mim, abraçando-me fortemente. Antes, ele era a única coisa do 12 de que eu me lembrava, a única coisa de casa que tinha me sobrado. Mas agora, agora eu tinha Peeta.

E possivelmente meus pais e minha pequena irmã, Prim.

Aos poucos, eu via todo um trabalho de anos, construindo uma muralha para barrar meus sentimentos, impedindo-os de interferir na minha vida, caindo diante dos meus olhos.

Eu estava desmoronando, só não sabia disso ainda.

¬_____________________¬

Pov. Johanna.

— E então, o que você acha? — Finnick me perguntou, mas antes que eu pudesse responder, Gale entrou na sala, sentando-se na poltrona em nossa frente.

— Isso tudo é inacreditável. — O moreno falou, olhando para um ponto não especifico. — Será possível os pais de Katniss estarem vivos, realmente?

Finnick olhou para mim, como se perguntasse o que devíamos fazer, e eu desviei meus olhos dos dele, olhando para Gale.

— Gale, tem algo que Finnick e eu temos que falar com você. — Por fim, tomei coragem e iniciativa.

— É algo sobre a Katniss? Sobre isso? — Ele perguntou e eu assenti. — O que vocês sabem?

— Primeiro, precisamos saber o quão leal você é a Katniss, e o que estaria disposto a arriscar por ela. — Finnick falou, e Gale nos olhou quase indignado.

— Katniss é minha amiga há anos, ela é como uma irmã para mim. — O moreno rebateu. — Não existe nada que eu não faria por ela.

— Ótimo, sendo assim. — Eu falei. — Apenas ouça antes de falar ou fazer qualquer coisa.

— Certo.

— Para início de conversa, a pergunta que não quer calar, será respondida: sim, os pais de Katniss estão vivos, bem como sua irmã mais nova, Primrose. — Finnick contou e Gale fechou os olhos com força.

— Deus, isso é...

— É, mas Katniss não podia saber disso ainda, foi um descuido de Peeta. — Falei e Gale me olhou.

— O que quer dizer?

— Eu sei o que poderia estar passando por sua cabeça, Gale. — Falei. — Você pensou em suas alternativas: ou Peeta sabia quem era Katniss, e estava tramando algo, ou ele, assim como Katniss, tinha memorias do passado guardadas profundamente dentro dele, e não a reconheceu. — Falei. — Mas acredite, a primeira alternativa é a correta.

— Então ele quer algo com ela? — Gale perguntou. — E vocês sabiam disso, que ela corria perigo, e não falaram nada.

— Não seja burro, galho, Katniss não corre perigo. — Falei, batendo a mão na testa. — A missão de Peeta é rapta-la, e leva-la em segurança até a base militar da comandante Paylor no Distrito 13. 

— Então, vocês estão sabendo de tudo isso, conspirando com o inimigo.

— Gale, você sabe muito bem quem é o inimigo. — Finnick disse.

— Há quanto tempo?

— A vida toda. — Falei, cruzando os braços. — Deixa eu te contar uma pequena história.

“Há sete anos atrás, a Capital fez um atentado no distrito sete e quatro, matou algumas famílias e por função do acaso a minha e de Finnick foram uma das vítimas, nossa história é bem parecida, ficamos lá, perdidos, sem ninguém, sem nossa família, vivendo por nós mesmos durante alguns meses, até um aerodeslizador vir nos buscar, nos resgatar, e por nossa felicidade, ele não era da Capital.”

“Paylor nos resgatou, nos levando para o distrito 13, e no mesmo momento soubemos o nome de dois dos agentes que nos salvaram, eles eram Clarissa e John Everdeen. Na base, conhecemos varias outras crianças que também haviam sido resgatadas, sabíamos de tudo que havia acontecido com o distrito 12, três anos antes, e que algumas crianças de lá haviam sido recrutadas por Snow.”

— Incluindo Katniss e eu. — Gale disse.

— Sim, mas você ainda tem contato com seus pais, já Katniss, para ela os pais estavam mortos, agora eu nem sei mais no que ela acredita. — Finnick disse. — Mas ela não saber que eles estão vivos, não quer dizer que eles não tenham tentado achar ela e busca-la de volta, eles tentaram, e muito, mas foi em vão, Snow sempre manteve Katniss presa muito bem dentro de sua bolha de proteção, e eu até entendo, ela é a melhor agente que ele tem, Katniss e você são treinados aqui desde os 15 anos, são os melhores da área, e Snow sabe disso. Não quer perde-la.

— E então?

— Então nós ficamos o primeiro ano treinando, mas nosso objetivo estava claro desde que entramos: tomaríamos certa idade, e então, entraríamos em uma missão para resgatar Katniss Everdeen. — Falei. — Mas nem tudo é tão fácil assim, passamos anos tentando descobrir coisas, informações, tentando tirar Katniss disso, mas foi em vão, nunca obtivemos sucesso.

— Quer dizer que em todos esses anos, você nunca podia ter marcado uma festa de pijama e tirado Katniss daqui?

— Se liga, galho, é de Snow que estamos falando. Acha mesmo que ele deixaria que eu saísse daqui com ela? Katniss nunca, nunca deixou a mansão, ela nunca quis, nunca precisou, e Snow nunca deixaria. — Falei. — E sim, eu tentei, mil e um motivos, mas nunca dava certo. Então, bolamos outro plano. Com os anos, fomos vendo como Katniss era boa em fazer tudo que Snow queria, e ele passou a confiar nela para assuntos bem íntimos do governo, Katniss sabe de coisas que nós nunca saberemos, e que ela não nos contaria, não sem motivos, Snow passou a enviar Katniss em missões, e quanto mais bem ela se dava, mais ele gostava dela, até ela passar a tomar conta do que todos nós sabemos: matar inimigos do governo, ou melhor, de Snow.

“Da mesma forma que Katniss se destacava aqui, Peeta se descava com Paylor, até que ela teve a brilhante ideia: colocar Peeta nos radares de Snow. Se Peeta fosse bom o bastante para chamar a atenção do velho, é claro que ele mandaria Katniss para elimina-lo, e Peeta, sendo bom como é, conseguiria rapta-la em segurança.”

— Era isso o que vocês pensavam até essa manhã, certo? — Gale perguntou. — Agora, Katniss está por aí, cheia de dúvidas, e Peeta não fez o trabalho.

— Sim, erros banais. — Dei de ombros. — Katniss dormiu na casa dele. Ou seja, de algum modo, o loiro mexeu com ela. Vamos esperar os próximos passos do Mellark. Afinal, assim que ele a pegar, temos que nos mandar daqui.

— E vocês acham que Snow vai aceitar isso assim? — Gale riu, incrédulo.

— Não mesmo, mas isso não importa. — Finnick falou, colocando as mãos sobre a mesa. — Katniss é a melhor de todos nós, quando chegar a hora certa, ela vai matar Snow. 

— Esse é o plano? Rapta-la e depois entrega-la a ele de novo? — Gale se exaltou. — Brilhante.

— Não, vamos leva-la a base do 13, mostrar a ela tudo que sabemos, e tenho certeza que depois de tudo que ela ver, Katniss vai nos contar muitas coisas sobre Snow. — Finnick contou.

— Para ser mais exata e direto ao ponto. — Falei. — Katniss precisa matar Snow. Ela é a única que pode, ninguém mais conseguirá chegar até ele.

— Finalmente isso começa a fazer sentido. — Gale falou. — Mas minha família é protegida por Snow, se eu fizer isso e ele descobrir a qualquer hora...

— Temos uma equipe do lado de fora de sua casa agora, basta você dizer, e o aerodeslizador desce e os leva em segurança para o 13, onde eles realmente estarão seguros. — Empurrei o celular para ele. — A escolha é sua.

Gale ponderou por alguns minutos, e quando eu pensei que ele finalmente fosse negar, e mandar tudo pro espaço, ele pegou o celular e confirmou para os guardas levarem sua família. 

— Eu aceito. — Gale falou, jogando o telefone sobre a mesa em seguida. — Mas Katniss, ela trabalha há anos para Snow. É melhor vocês terem em mente que ela pode estar contando tudo sobre Peeta e os pais dela para ele, agora mesmo.

Fechei os olhos e respirei fundo.

Gale tinha razão. Mas no momento, eu só podia torcer para que ele estivesse errado.

¬__________________¬

Pov. Katniss.

Eu não poderia ser cínica o suficiente para dizer que tudo isso não estava abalando meu psicológico, pois estava, mas tinha um quebra-cabeça nessa história que não se completava.

Se meus pais estavam vivos todo esse tempo, Snow certamente sabia, e se ele sabia, por qual motivo nunca me contou?

— Fala. — Atendi ao celular no segundo toque.

— O presidente Snow deseja ver você. — Egeria disse assim que atendi. A secretaria particular de Snow não era muito cordial, e dessa vez não foi diferente.

— Estou indo.

Tomei um banho, vestindo algo formal o bastante para que ninguém pudesse ver qualquer marca que Peeta havia deixado dois dias atrás em meu corpo. Mas não podia negar que ainda sentia seus beijos queimando sobre minha pele, e cada toque de seus dedos sobre meu corpo.

Limpei meus pensamentos, eu tinha coisas mais importantes para pensar agora.

Andei pelos corredores frios da mansão, até parar de frente a porta dubla do escritório de Snow. Bati duas vezes, ouvindo algo como "entre" e assim que entrei, vi Snow sentado em sua mesa majestosamente. Ele subiu seus olhos de sua amada flor branca, e me encarou.

— Katniss. — Ele sibilou, e sem mesmo perceber, eu estremeci.

— O senhor me chamou, em que posso ser útil? — Perguntei, sentando-me inquieta quando ele se levantou e indicou a cadeira para mim.

— Sim, quero detalhes da noite anterior. — Ele sorriu amargo. — Conseguiu finalmente exterminar Peeta Mellark?

Suspirei fundo e abaixei os olhos para minhas mãos, meu coração batia acelerado e eu realmente não sabia o que fazer.

— Não. — Falei, seu olhar até então esnobe se tornou desprezível e áspero.

— Como não? Eu te dei uma ordem direta. — Ele esbravejou.

— Sim, senhor. Mas infelizmente eu tive alguns contratempos e não fui capaz de realizar a missão. — Falei enquanto o via dar a volta na mesa, ficando em minha frente. Snow me olhou com desprezo, antes de levantar sua mão e acertá-la em cheio em meu rosto.

— Por acaso esse seu contratempo foi o fato do pau dele ter comido esse sua boceta de puta a noite toda? — Ele perguntou com escarnio e eu senti meu coração falhar uma batida.

Ele sabia. Como ele sabia?

— Acha mesmo que eu sou um idiota? Tenho guardas espalhados por toda Panem, e vi aonde sua noite foi parar, tinha tudo para ser um sucesso, se seus desejos de vadia não tivessem falado mais alto. — Ele praticamente cuspiu as palavras em minha cara. — Espero que ele tenha te comido direito, ao menos assim, isso terá valido você me desobedecer tão friamente.

— Não senhor, eu só pensei que poderia estreitar um pouco os laços, conseguir um pouco a confiança, ou talvez o interesse dele e então...

— Não minta para mim, realmente pensou em mata-lo algum momento da noite? — Ele perguntou e eu engoli em seco. — Sabe o que eu tenho vontade de fazer? Tira-la desta missão... — Ele pensou melhor. — Não, eu deveria ordenar que te açoitassem em público, ou que te fuzilassem, tudo isso me daria uma grande satisfação. — Ele se aproximou, o suficiente para que eu sentisse o cheiro de seu hálito.

Sangue e rosas.

Senti meu estomago revirar, eu não comia direito desde minha noite com Peeta.

Peeta.

Meu pai.

Uma raiva imensa de Snow me abateu, mas eu não deixei transparecer. Respirei fundo e esperei sua sentença final. Snow não poderia saber do que eu sei, ou do que eu desconfio. Uma fenda se abriu em meu interior.

E se Snow fosse o culpado de tudo que aconteceu no 12?

— Mas serei misericordioso. — Ele disse, me tirando de meus pensamentos. — Você terá mais uma chance. — Snow voltou para sua cadeira, abrindo uma gaveta de sua escrivaninha e tirando uma espécie de batom de dentro. — Ao sair desta sala você irá atrás de Peeta Mellark, convidará ele para um jantar no Black Roll, e usará esta mistura ao seu batom. — Ele me entregou o que eu vi ser um liquido incolor. Poderia ser facilmente confundido com um gloss. — Isso é uma evolução do veneno das teleguiadas. Uma criação maravilhosa do doutor Beetee, uma pequena dose é capaz de matar qualquer um em questão de alguns minutos. — Ele me passou um frasco com liquido amarelo dentro. — Esse é o antidoto, preciso de você viva para o que vira quando tudo isso acabar.

Meu coração bateu rápido com a proposta do que poderia estar por vir. Poucas vezes na vida eu me senti tão acuada, e com medo, como estava agora.

— Espero que não haja falhas desta vez. — Snow sorriu para mim. — Eu realmente não quero matá-la.

Saí da sala de Snow o mais rápido que minhas pernas conseguiam.

E eu tive um mal pressentimento.


Notas Finais


Oláá de novo! Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar o que estão achando, e opinião de vocês é mesmo muito importante.

Nos vemos no próximo!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ♥


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