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História Pela Honra Do Rei - O Começo Dos Problemas


Escrita por: anafelissimo

Capítulo 100 - O Começo Dos Problemas


 Após ouvir Anthony sobre o que ele havia visto e ouvido durante sua ausência, Jennifer correu até a suíte principal buscando a sua valise dentro do closet. Abriu-a vendo que o caderno havia sumido agora tudo fazia sentido, pensou batendo nas laterais da maleta antes de levantar indo ao térreo. Dane-se a diplomacia e boa-fé de Michael ninguém se metia com seus filhos, irritada desceu as escadas de serviço correndo assustando os funcionários nesta. Ao chegar na cozinha viu Greg segurando a caixa com os dois últimos bolinhos, enquanto conversava com o chefe de cozinha que a havia lhe entregado. Ouvi-os discutindo sobre a ajudante que havia passado mal e se ela havia comido alguma coisa em comum que os meninos antes de ir para cama. Jennifer reconheceu aquela caixa entendendo o porquê de eles estarem doentes, seu tio lhe lançou um olhar de entendimento indicando tinha pensado o mesmo. Mas diferente deste que acreditava em uma intoxicação alimentar acidental, tinha certeza que foi de propósito apenas pegaram as pessoas erradas. Furiosa saiu da cozinha antes que seu tio pudesse dizer qualquer coisa, estava sem tempo ou cabeça para conversar no momento tinha contas a acertar.

 Sentada confortavelmente no sofá na pequena sala Nancy lixava as unhas, enquanto esperava Michael aparecer para lhe prestar sua total solidariedade. Tônia a convenceu que a doença dos meninos era sua chance de ser solidaria, se aproximando de Michael de uma forma “inocente” sem levantar suspeita. Esperava poder se aproximar dele sem chegar perto daqueles pirralhos, morria de medo de pegar doença além de ter muito nojo dessas coisas. Imersa em seu próprio mundinho não percebeu quando alguém entrou na sala, até que foi agarrada por trás tendo os seus cabelos puxados com muita força. Antes que pudesse sequer entender o que é que estava acontecendo, logo foi de encontro ao chão batendo com o rosto contra o assoalho de madeira. Foi virada por Jennifer que montou logo em cima dela prendendo-a no chão, antes de começar a esbofeteá-la com fúria acertando seu rosto sem cessar. Nancy tentou se defender segurando seus pulsos enquanto se debatia sob ela, mas era como lutar contra uma pantera sedenta pelo seu sangue. Os gritos chamaram a atenção de pessoas próximas incluindo seguranças, logo um grupo liderado por dois deles entrou vendo Jennifer espancando a. Chegando ao local Michael se deparou com Nancy chorando com o rosto ferido e um segurança segurando Jennifer que se debatia tentando alcança-la.

 -Me larga! –Jennifer gritava tentando se desvencilhar dos braços do homem. –Vou matar essa vagabunda! –Se dirigindo a Nancy completou. –Vai aprender a não se meter com meus filhos!

 -O que está acontecendo aqui? –Michael perguntou sem entender nada.

 -Nancy? –Tônia passou por ele indo em direção a filha. –Olha o que essa louca fez com minha filha! –Completou tocando no rosto machucado dela.

 -Foi ela! –Jennifer disse mais contida, mas ainda raivosa. –Os meninos passaram mal depois de comerem aqueles bolinhos, bolinhos que eram para mim.

 -Isso é verdade? –Michael perguntou assustado.

 -É sim. –Gregory disse entrando na sala. –Eles e uma das funcionárias apresentaram sintomas de intoxicação após comê-los, está foi a única comida em comum que todos enjeriram.

 -Eu não fiz nada. –Nancy se defendeu chorando. –Nunca machucaria uma criança.

 -Mas a mim sim. –Jennifer rebateu com raiva. –Aquela história de estar arrependida e fazer as pazes era só para me pegar desprevenida.

 -É mentira! –Nancy gritou em desespero. –Não pus nada nos bolinhos, não é culpa minha eles terem passado mal!

 -Não adianta negar Anthony ouviu a conversa de vocês. –Disse apontando para ela e Tônia.

 -Anthony? –Michael perguntou sem esconder a descrença na voz.

 -Thony pode não ser perfeito, mas ele inventaria sobre uma coisa dessas. –Disse encarando-o com olhar de suplica.

 -Michael eu juro. –Nancy juntou as mãos se dirigindo a ele. –Não sei o que foi que o Anthony ouviu, mas não tem veneno nenhum nos bolinhos eu não seria louca de fazer algo assim.

 -Você é capaz de coisa muito pior. –Jennifer afirmou tentando avançar novamente.

 -Como pode pensar uma coisa dessas Jenni? –Perguntou começando a chorar.

 -Eu sei o que fez.

 -E o que foi que eu fiz Jennifer? –A desafiou percebendo que a situação estava ao seu favor. –O aconteceu para você ter tanta certeza que eu fiz algo de errado?

 -Eu te conheço. –Disse engolindo seco não podia falar sobre o caderno.

 -Isso não é motivo o suficiente. –Afirmou mantendo a calma. –Ou você sabe alguma coisa que ninguém mais saiba prima? –Pressionou apesar de manter a expressão de choro.

 -Jennifer. –Michael disse notando que ela havia ficado ainda mais nervosa.

 -Devia ter acabado com sua raça. –Afirmou sem tirar os olhos de Nancy.

 -Calma querida. –Deu um passo à frente tentando controlar a situação.

 -Fora daqui! –Mandou tentando se controlar. –Saiam da minha propriedade, ou não respondo por mim.

 -Acho melhor vocês irem. –Phillip disse segurando nos ombros de sua mãe que tremia.

 Sem opção Nancy e Tônia deixaram a sala em silencio e com a cabeça baixa, enquanto ouviam cochichos e sentiam olhares queimando suas costas. O ataque e acusações de Jennifer criaram uma situação complicada para Nancy, pelo menos não tinha como ligar seus bolinhos à doença dos meninos. Fora isso diferente da esposa Michael não estava convencido de sua culpa, então só precisavam esperar a poeira baixar antes de fazer uma reaproximação. Estavam paradas em frente à entrada da residência esperando pelo carro, afinal Charles e os rapazes se recusaram a acompanha-las de volta para o hotel. Um funcionário trouxe suas malas já que foram proibidas de entrar, Jennifer tinha dado ordens para que não tivessem acesso a nada no rancho. Além de mantê-las sob vigilância enquanto aguardavam para saírem dali, estava claro que seu pequeno furto foi descoberto a deixando em alerta. Nancy batia o pé irritada sem acreditar no que tinha acontecido com ela, além do seu plano falhar havia sido espancada humilhada diante de todos.  Precisou fazer das tripas coração para não faze-la engolir os próprios dentes, não entendia por que a sua mãe a proibiu de bater nela enquanto estivessem ali. Nem como ela conseguia estar calma após serem escorraçadas como cães, pensou ao entrar na mini vã enquanto o motorista pegava seus pertences.

 -Não acredito que isso aconteceu. –Disse olhando seu rosto marcado no espelho.

 -Calma Nancy. –Tônia pediu se acomodando no acento. –Nem tudo está perdido.

 -Como assim nem tudo está perdido? –Perguntou irritada. –Você viu o que aconteceu? O que aquela louca fez com a minha cara?

 -O que importa é que ela perdeu as estribeiras e te atacou sem motivo na frente de todos. –Disse calmamente retocando a maquiagem. –Incluindo Michael.

 -Mas o garoto... –Tônia fez sinal para que falasse baixo por causa do motorista. –Ele viu tudo. –Sussurrou.

 -Ninguém além de Jennifer vai acreditar num menino perturbado como o dela e quando virem que não tem nada nos bolinhos vão ver como ela foi injusta.

 -Acha mesmo que vão analisar?

 -Estamos falando de uma suspeita de envenenamento isso é grave, um homem como Michael não vai deixar de tirar uma história dessas a limpo.

 -Tem certeza que não vão achar nada? –Perguntou em voz baixa assustada com a ideia.

 -Absoluta não vão achar nada além farinha e açúcar naqueles bolinhos.

 -Enquanto as crianças e aquela cozinheira?

 -Não se preocupe Jennifer entende disso melhor do que nós, ela vai saber como cuidar deles.

 -E o que fazemos agora?

 -Assim que pegarmos nossas coisas no hotel vamos procurar um emprego e lugar para você morar em Los Angeles.

 -Em Los Angeles?

 -Claro você precisa estar ao alcance de Michael quando ele for procura-la.

 -Não acho que ele vai me procurar com a Jennifer sempre de olho.

 -Tenha paciência ele vai te procurar e você precisa estar pronta quando isso acontecer.

 Na residência principal todos estavam surpresos com o que havia acontecido, falando sobre os bolinhos envenenados de Nancy para Jennifer e a briga das duas. Ninguém conseguia entender como a situação tinha chegado a aquele ponto, apesar de já saberem que as duas nunca foram muito fãs uma da outra. Não esperavam que fossem capazes de agredir ou tentar matar uma a outra, por isso principalmente para os Jackson essa história fazia o menor sentido. Mas como o doutor Nichols falou que todos se intoxicaram com os bolinhos, não tinha nada a fazer além de acreditar nele e tomar providencias a respeito. Simplesmente não podiam ignorar o perigo que tal coisa representava e por isso entendiam porquê de Jennifer perdeu o controle ao descobrir. Mesmo assim não concordavam com tamanho descontrole em frente a família, principalmente tendo crianças na casa ainda mais estando algumas delas doentes. Enquanto os Jones estavam divididos entre os que achavam que foi acidente e aqueles que acreditavam que a Nancy havia feito aquilo de propósito.  Apesar de acharem que envenenamento fosse demais mesmo vindo dela, apesar de ser muito invejosa ela não parecia capaz riscar alguém do mapa. Além de fazer algo do tipo daquela maneira tão descarada ser muita burrice, tanto que havia sido descoberta antes mesmo dos bolinhos ficarem velhos.

 Alheios as fofocas e teorias os pais dos envolvidos queriam curar seus filhos, já que indiferente de quem ou porque daquilo eles estavam com dor e febre. Fora o fato do médico presente não ter receitado absolutamente nada para eles, mesmo estando insolados um funcionário podia ir buscar os remédios na cidade. Mas parecia que se haviam esquecido deles e da sua saúde após aquela briga, tanto que não haviam dito uma única palavra sobre o que deviam fazer com eles. Preocupada com Jennifer depois da confusão Rebbie foi ver como ela estava e foi quando a viu no corredor conversando com um rapaz bem alto e magro. Sabia que era um de seus parentes por parte de pai apesar de não lembrar quem era, pode notar que Jennifer estava preocupada a julgar por sua expressão. Era estranho naquela situação sua cunhada estar conversando com ele, ao invés de estar ajudando o Michael a cuidar de Thomas ou falando com o médico. Como conversavam em voz baixa só podia ouvir murmúrios de onde estava, uma idosa acompanhada de uma garota se uniram a eles antes de entrarem na biblioteca. Não queria atrapalhar a então decidiu esperar por Jennifer do lado de fora, logo um segurança entrou saindo em seguida com um pedaço de papel. Pouco depois o pequeno grupo saiu e os três desconhecidos despediram-se, deixando Jennifer sozinha no corredor só então Rebbie resolveu se aproximar.

 -Jennifer. –A chamou fazendo-se notar.

 -Oi Rebbie. –Sorriu ao vê-la. –Em que posso ajudar?

 -Gostaria de saber como você está. –Disse acompanhando aquele trio com os olhos. –Depois de tudo que aconteceu.

 -Ah! Estou bem, na verdade me sinto muito melhor agora. –Suspirou com um sorriso de alivio nos lábios. –Se me dá licença tenha alguns assuntos para cuidar. –Completou antes de afastar deixando-a intrigada com o que estava acontecendo.

 Estava quase anoitecendo quando o segurança que foi enviado para a cidade, voltou trazendo o saco de papel com o que a senhora Jackson encomendo. Entregou para uma das empregadas que o repassou para a senhora de antes, esta expulsou todos da cozinha ficando sozinha com a sua neta nela. Não entendiam o que estavam fazendo trancadas ali e nem o porquê disso tudo, apenas receberam ordens da senhora Jackson para darem tudo o que pedissem. Enquanto isso na sala de estar Nichols receitava tratamento para os doentes, especialmente muita agua a fim de afastar o maior risco que era a desidratação. Alegando ser perigoso receitar algo sem saber a origem exata da intoxicação, se recusava a administrar qualquer medicamento para meninos ou a jovem. Na verdade, ele parecia estar apenas acalmando os ânimos ganhando tempo, mas isso não fazia sentido afinal tratava-se das vidas de crianças de sua família. O fato era que nada que aconteceu desde que aquele dia começou fazia sentido, talvez fosse o fato dos envolvidos se recusarem a dar qualquer explicação. Para completar Jennifer parecia estar em um mundo à parte desde a briga, andava pela casa falando apenas com aquele lado estranho da sua família. Na verdade, ela sequer havia comentado sobre sua briga com Nancy após esta, parecia até que estava com medo de falar demais e que descobrissem algo.

 Após as oito horas da noite foi enviado ao quarto de cada um dos afetados, um pequeno copo com o que parecia ser azeite com um tipo de remédio diluído. Foi lhes dito que aquela mistura os faria vomitar tudo o que lhes fazia mal e após isto todos deveriam tomar um banho e comer então estes ficariam bem. Acreditando que aquele era um medicamento receitado pelo doutor Nichols, os pais deram aos meninos mesmo com a resistência de alguns deles. Logo aconteceu conforme foi dito depois de terem um leve mal-estar e vomitarem, eles começaram a se sentir melhor e a sua febre sumiu quase instantaneamente. Pouco a pouco as coisas começavam a se acalmar e foram voltando ao normal, apesar de terem tido um grande susto tudo parecia estar bem agora. Jennifer terminou de dar banho quente em Thomas lhe vestindo um pijama, antes de pô-lo na cama entre os ursos de pelúcias cobrindo-o com uma manta. Acariciou sua cabeça ternamente suspirando aliviada ao ver que ele estava bem agora, por sorte havia agido rápido antes que algo de grave acontecesse.

 -Está tudo bem por aqui? –Michael perguntou ao entrar.

 -Shi. –Pôs o dedo sobre os lábios pedindo silencio. –Ele acabou de dormir. –Sussurrou.

 -Então. –Disse em baixa ao se aproximar. –Como está nosso garoto?

 -Novinho em folha. –Sorriu vendo o rosto tranquilo do seu filho. –Amanhã já estará brincando lá fora. –Afirmou tocando sua mão.

 -Tem certeza que ele está bem? –Perguntou receoso.

 -Absoluta, o pior já passou. –Disse ficando de pé.

 -Não será melhor ele dormir com a gente só para ter certeza? –Perguntou enquanto saiam do quarto.

 -Não se preocupe ele está bem e vai dormir à noite toda. –Afirmou calmamente enquanto iam pelo corredor. –Mesmo assim deixei a babá eletrônica ligada só por garantia.

 -Falando sobre o que aconteceu com Tom. –Tocou seu braço fazendo-a olha-lo. –Tem certeza que o que foi mesmo por causa dos bolinhos?

 -Claro que sim! –Afirmou cruzando braços. –Eles foram a única coisa que comeram e Anthony ouviu as duas falando sobre isso.

 -É a parte de ter sido Anthony o único a escutar tudo que me preocupa. –Disse sem esconder desconfiança.

 -O que quer dizer com isso?

 -Querida você sabe como o Anthony é esperto e costuma ser muito travesso as vezes. –Falou ao encara-la de maneira séria. –Talvez o que aconteceu tenha sido resultado de uma das suas travessuras e ele tenha inventado ao ficar com medo de admitir o que fez.

 -Está querendo dizer que ele envenenou os meninos e mentiu colocando a culpa na Nancy?

 -Não estou dizendo que ele faria isso por maldade, mas não seria a primeira vez que Anthony apronta algo do tipo. –Lembrou encarando-a de maneira fria. –Essa não é a primeira vez que o Tom é alvo dessas brincadeiras de mau gosto.

 -Michael escuta o Thony pode não ser nenhum santo, mas ele jamais faria uma coisa dessas. –Afirmou cruzando seus braços irritada. –E mesmo se fizesse ele não teria como armar para pôr a culpa em Nancy. Ele não sabia sobre os bolinhos e mesmo se soubesse nunca colocaria nada na minha comida. –Os dois sabiam que Anthony era incapaz de machucar a própria mãe. –Foi a Nancy que fez aquilo e de proposito, eu tenho certeza. –Afirmou com travando o queixo.

 -Não acha errado acusar sua prima de algo tão grave sem provas? –Perguntou vendo como ela estava com raiva.

 -Não tanto quanto tentar pôr a culpa numa criança o seu próprio. –Concluiu encarando-o com raiva, antes de sair deixando-o sozinho no corredor.

 



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