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História Pela Honra Do Rei - Decisões Duvidosas


Escrita por: anafelissimo

Capítulo 39 - Decisões Duvidosas


 Era quase sete da manhã quando Michael chegou ao hotel com sua equipe, passaria cinco dias cuidando de contratos publicitários além de sua nova ONG. Por sorte ninguém sabia sobre sua chegada e não houve tumulto, então eles não tiveram que se preocupar com paparazzi ou fãs. Assim que se viu sozinho no quarto Michael se jogou na cama sorrindo, não sentia-se tão bem assim há dias foi como tirar um peso das costas. Apesar de ter sido ter que deixar Jennifer por aqueles dias, estava feliz por ter conseguido fazer as pazes com ela antes da viagem. Não tinha que ficar triste por não aproveitar melhor, logo voltaria para casa e poderiam fazer as pazes do jeito que gostava. Tinha até esquecido de seus problemas com Chandler e a imprensa, nenhum de seus problemas era capaz de diminuir a alegria que sentia. Estava certo de que logo tudo se resolveria e sua vida voltaria ao normal, precisava ter paciência e esperar que tudo voltasse ao normal. Pela primeira vez em semanas as coisas estavam começando a dar certo, atrevia-se ao luxo de ter esperanças no futuro. Foi tirado dos seus pensamentos pelo seu telefone tocando, se ergueu pegando o aparelho que estava sobre a mesa de cabeceira.

 -Alo. –Atendeu sentando na cama.

 -Alo Michael? –Lisa disse do outro lado da linha.

 -Oi Lisa. –A cumprimentou surpreso com sua ligação. –Como vai?

 -Bem, liguei para saber como você estar faz muito tempo que não conversamos.

 -Me desculpe. –Passou a mão pela cabeça. –Eu sei que prometi te ajudar com seu álbum, mas fiquei sem tempo com tudo que tem acontecido.

 -Tudo bem eu sei que você tem coisas importantes para lidar. –Disse em tom de preocupação. –Liguei para saber como você está com tudo que está acontecendo.

 -Não vou mentir está sendo bem difícil lidar com a pressão dos meus advogados para fazer um acordo. –Explicou se ajeitando na cama. –Fora isso tem toda essa merda da mídia em cima de mim. –Completou sem disfarçar seu descontentamento.

 -Não seria melhor aceitar o concelho dos advogados e fazer um acordo? –Sugeriu notando que ele não estava bem. –E se livrar de uma vez de toda essa porcaria.

 -Lisa é mais complicado do que parece, a mídia já espalhou essa história, não tem mais como abafar o que aconteceu. –Explicou de maneira calma. -É a minha reputação que está em jogo.

 -Mas a sua paz de espirito não é mais importante do que os outros pensam?

 -Não é tão simples somos pessoas públicas, nossas carreiras dependem de nossa imagem. Não posso me dar ao luxo de deixar ela ser arruinada, isso pode destruir tudo pelo que lutei todos esses anos. Além disso se eu deixar Chandler ganhar vão parecer outros querendo se dar bem as custas de um processo. Nunca mais terei paz.

 -Como a sua esposa está lidando com tudo isso?

 -Melhor do que eu Jennifer é incrivelmente forte, não sei como ela consegue lidar com tanta coisa sem se abalar.

 -Ela parece ser uma mulher incrível.

 -Posso apresentar vocês depois que tudo acabar.

 -Soube que vocês vão ter mais um bebê, ela deve estar muito feliz.

 -Sim nós dois estamos, queria que estivesse acontecendo em melhores circunstância.

 -Pode contar comigo para o que precisar.

 -Obrigado pelo seu apoio, você é mesmo uma grande amiga.

 -Disponha, espero que tudo se resolva logo.

 -Eu também, tchau. –Desligou o aparelho pensando que ela era uma das poucas amizades verdadeiras que tinha.

 Enquanto isso em Los Angeles na sala de estar da residência dos Jackson, Jennifer revisava uns contratos que foram entregues aquela tarde. Ela ia atentamente as páginas atenta a qualquer clausula estranha, enquanto Thomas e Ashley brincavam junto com a babá no tapete próximo. Havia acordado um pouco indisposta com enjoos aquela manhã, então preferiu ficar em casa e descansar cuidando de sua gestação. Não era fácil lidar com a gravidez e estresse do processo sentia-se cansada, mas não conseguia relaxar devido preocupação constante. Parecia que seu bebê sabia o que estava acontecendo, muitas vezes sentia-o agitado mesmo estando no início da gestação. Apoiou a mão na sua barriga tentando se acalmar deveria ser apenas gases, nada demais não tinha razão para se preocupar com isso. Deveria estar estressada por causa do que estava acontecendo, parecia que o problema com Chandler não iria se resolver nunca. Ergueu os olhos observando seus filhos brincando, as crianças eram uma das poucas fontes de alegria nesses momentos sombrios. Os amava mais do que tudo eram a coisa mais importante de sua vida, era por causa deles que continuava lutando para protege-los. Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque do celular, saiu discretamente para atender em um local reservado.

 -Quais são as novidades? –Perguntou após trancar a porta da biblioteca.

 -Achei que se interessaria em saber que sua cunhada LaToya vai dar uma entrevista. –Uma voz masculina lhe disse.

 -Que tipo de entrevista? –Perguntou com tensão na voz.

 -Do tipo que pode dar muito problema. –Afirmou pausadamente quase que com prazer. –Ela disse que tem provas que o irmão pagou vários garotos para ficar em silencio e que vai mostra-las a quem pagar mais.

 -Vadia dos infernos. –Andou pelo cômodo pisando duro. –Onde estão?

 -Em Israel o marido dela achou que seria uma boa forma de evitar sua intervenção.

 -É isso que ele pensa. –Comentou sentindo seu sangue ferver. –Alguma previa foi veiculada?

 -Nada muito especifico parece que estão guardando para entrevista exclusiva, mas muitos já sabem do que se trata.

 -Droga. –Colocou a mão cabeça nervosa.

 -O negócio já foi fechado, se não agir agora vão fazer um estrago com isso. –Advertiu sério. –É melhor abater certas aves antes delas começarem a cantar.

 -Em que hotel estão hospedados? –Depois de anotar disse. –Obrigada pelos seus serviços. –Deligou discando outro número em seguida. –Alo. Sabe aquele favor que você me deve?

 Em sua cozinha June terminava de guardar a louça limpa no armário, enquanto se perguntava se não foi um erro mudar de lado. Fazia quase uma semana desde que tinha aceitado a oferta de Jennifer e até então os Jackson não haviam feito qualquer tipo de contato. Jennifer apenas a mandou esperar por um contato, sequer se reuniram com os advogados deles como fez com Rothman. Na verdade, até então ninguém tinha explicado qual o papel deles naquela história, apenas pediram as fitas com as conversas sobre o plano. Talvez só estivessem interessados nas fitas que Dave havia gravado e agora que as tinham os descartaram como se fossem lixo. Afinal nem mesmo haviam feito Evan devolver Jordan como prometido, aquela seria a primeira coisa que teria conforme combinaram. Agora sequer podia vê-lo ou saber como estava por causa da sua decisão, Evan havia proibido contato depois que romperam com a aliança. Sentia-se idiota por ter acreditado naquela mulher, era obvio que Jennifer não planejava gastar um só centavo com ela. Não podia acreditar que foram burros ao ponto de entregar tudo na mão dele e o pior era que não tinha mais sequer o seu acordo com Evan. Estava remoendo esse assunto quando a campainha tocou, ao abrir a porta viu uma mulher magra usando óculos e um terninho cinza.

 -Senhora June Shwartz?

 -Sou eu mesma.

 -Muito prazer sou Lucy Peterson. –Estendeu a mão que ela apertou.

 -Prazer. –A cumprimentou ainda esperando ela dizer o que queria.

 -Serei a sua advogada no processo pela guarda de seu filho e também irei a assessorá-la com as entrevistas.  –Explicou enquanto entrava na casa. –Não se preocupe você está em ótimas mãos em oito anos nunca perdi um caso sequer. –Afirmou confiante.

 -Que entrevistas? –Perguntou ainda tentando processar o que ela tinha acabado de dizer.

 Era quase meia noite na República Dominicana e toda cidade estava em paz, nem mesmo com a presença de uma celebridade foi capaz de agita-la. O quarto do hotel cinco estrelas estava no mais completo silencio, nem mesmo a movimentação sob a janela dele era capaz de quebrar a paz. Deitado na cama Michael encarava o teto escuro tentando cair no sono, mas não era fácil com a sua mente agitada pelas preocupações. Apesar de não ter tido nenhum incidente grave durante sua estadia, as coisas não saíram conforme o planejado especialmente quanto a ONG. De alguma forma a notícia das acusações chegaram aos ouvidos dos diretores, causando uma reação de desconfiança quanto as suas intenções. Nunca imaginou que um dia alguém o veria como uma pessoa má, nem que aquela injustiça pudesse doer tanto em seu coração. Apesar de ninguém ter dito abertamente que era esse o motivo, dava para ver pelos seus olhares que não o queriam por perto. Nem ao menos questionaram se o que ouviram era verdade ou não, apenas inventaram uma desculpa qualquer para recusar sua participação. Desde que Chandler espalhou na imprensa suja, todos ao redor vinham se afastando deixando-o cada vez insolado. Ninguém se importava com sua inocência queriam proteger suas próprias imagens, apenas sua família e poucos amigos se mantinham ao seu lado.

 Levantou da cama sentindo sua cabeça latejar por causa do estresse, precisava de algo para se acalmar ou acabaria explodindo naquele ritmo. Caminhou pelo quarto sentindo-se preso entre aquelas paredes, daria qualquer coisa para fugir da realidade nem que fosse só por duas horas. Estava ficando louco com aquelas perseguições e pressão ao seu redor, sequer conseguia cair no sono tamanho estresse que estava passando. Vinha aguentando aqueles julgamentos vindo de todos os lugares e já não suportava mais ouvir aqueles insultos em silencio estava cansado. Precisava dormir uma noite inteira senão não iria sobreviver a essa provação, abriu a sua mala pegando um frasco de comprimidos no fundo desta. Apoiou o frasco na testa perguntando se deveria fazer, estava a dias sem tomar nada e não aguentava mais toda aquela insônia. Tinha prometido a si mesmo proteger sua família daqueles problemas, mas estava a quilômetros de distância deles não iria prejudica-los assim. Só daquela vez precisava descansar nem que fosse por uma noite, eram apenas alguns remédios para ajuda-lo relaxar não iam fazer mal. Abriu o frasco pegando cinco comprimidos na mão, tomou antes de voltar para a cama deitou com os olhos fechados.

 Enquanto isso em Los Angeles Jennifer colocava as crianças na cama, terminou de cobrir Mac antes de ir para seu quarto descansar um pouco. Ao entrar se aproximou do berço onde Ashley dormia, observou-a ressonar tranquilamente vendo que tudo estava em paz em seu lar. Depois de ver que estava tudo bem com ela foi até sua cama, tirou seu robe antes de deitar cobrindo-se com lençol. Sentia-se cansada aqueles dias precisava de um tempo para si mesma, ia marcar uma hora SPA para fazer uma massagem aquela semana. Queria estar linda e disposta quando Michael voltasse, sabia que mais do nunca precisava de um refúgio para suportar os desafios. Talvez pudessem até passar alguns dias no rancho longe de toda agitação, seria temporário até que tudo se resolvesse e suas vidas voltarem ao normal. Para garantir isso se esforçando tanto usando todos meios, não podia se dar ao luxo de deixar seus inimigos saírem vitoriosos. Muito menos que Michael soubesse seus métodos, era bondoso demais para entender as coisas que precisavam ser feitas.

 No banco de trás de uma van LaToya esperava para entrar no estúdio, estava esperando para entrar no estúdio e começar sua entrevista. Pela janela observou o segurança junto a porta do carro, Gordon havia garantido que ela não escapasse dali e pedisse por ajuda. Aquela era a sua rotina desde seu casamento, vivia sob vigilância constante sendo seguida onde quer que fosse. A sua permanência no carro enquanto ele acertava os detalhes da entrevista, era uma amostra de seu controle sobre a vida dela. Se arrependia do dia em que deu ouvidos a aquele demônio, para agrada-lo tinha desrespeitado a si mesma e todos os valores que sua mãe ensinou. Havia deixado que ele a transformasse naquilo que mais odiava, agora estava presa naquele inferno sem ter como escapar. Sentada naquele banco de carro repassava mentalmente os seus erros, enquanto esperava pela permissão para entrar no estúdio de televisão. Gordon achou melhor que ela não conversasse com algum funcionário e falasse demais sobre sua verdadeira relação com o seu irmão. Não que acreditasse que poderia chama-lo de irmão depois do que iria fazer, nunca mais poderia falar com o Michael ou sua família. Sabia que todos eles iriam odiá-la para sempre pelo que ia fazer, mas não tinha escolha preferia vê-los vivos mesmo que magoados.

 O segurança abriu a porta do carro chamando-a tinha chegado a hora, LaToya desceu indo na frente dele rumo ao estúdio a poucos metros. Ela seguiu a passos lentos pelo estacionamento deserto exceto pelos dois, sem pressa de recitar aquelas mentiras que o seu marido escreveu. Implorava em pensamento pela morte ou qualquer coisa que a tirasse dali, não se importava o que fosse apenas queria fugir daquele inferno. O homem a seguia de perto atento a todos seus passos, tanto que não percebeu alguém se aproximar e ataca-lo com uma arma de choque. Ele não teve chance de reagir a agressão, atingido no pescoço caiu no chão gemendo de dor antes de desmaiar. Ainda pode ver a parte de trás dos sapatos de salto vermelhos no concreto, antes de desmaiar com seu corpo ainda em convulsões. LaToya se virou assustada ao ouvir o gemido e o homem caindo no chão, mas antes que pudesse fazer alguma coisa foi imobilizada por um segundo homem. Colocaram um saco preto sobre sua cabeça abafando seus gritos e a jogaram no porta malas do carro que saiu disparado em seguida.

 

 

 



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