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História Pela Honra Do Rei - Alma Ferida


Escrita por: anafelissimo

Capítulo 48 - Alma Ferida


 Chandler chacoalhava a porta com força tentando abrir gritou por socorro, enquanto o vapor tomava conta de todo local. Logo começou a ficar tonto e sem ar por causa do calor excessivo, cansado apoiou a cabeça na porta antes de deslizar por esta caindo no chão. Pode ouvir o som de algo de metal sendo arrastado, antes de desmaiar a última coisa em sua mente foi quem fez aquilo. Despertou um pouco depois no chão do corredor do lado de fora da sauna, cercado por funcionários do clube e alguns clientes que o observavam. Ainda atordoado pode ouvir alguém dizendo algo sobre acidente e uma prateleira que havia caído trancando a porta da sauna com ele dentro. Se deu conta de que tinham tentado fazer a sua morte parecer um acidente, só que alguém tinha passado por perto e o tirou da sauna a tempo. Depois de receber agua e tomar ar pode se recuperar, ainda levou uns minutos para raciocinar com calma sobre o que aconteceu. Sentado na enfermaria ouvia os pedidos de desculpa do gerente do clube, era claro que aquele homem estava com medo de que ele o processasse.

 -Garanto que seu acidente foi um fato isolado em nosso estabelecimento e iremos compensa-lo integralmente pelo transtorno. –O gerente afirmou.

 -Não foi um acidente. –Disse após ter ficado em silencio durante todo o tempo. –Um homem me prendeu dentro da sauna.

 -Tem certeza? –O gerente perguntou surpreso. –Pode ter sido apenas uma coincidência.

 -Não ele entrou para ter certeza de que não tinha mais ninguém lá e depois disse que eu tinha todo o tempo do mundo, antes de trancar a porta me prendendo.

 -Como era esse homem? –Um funcionário perguntou.

 -Branco, magro por volta de uns vinte anos. –Respondeu ainda um pouco atordoado.

 -Fale com a segurança. –O gerente falou para o funcionário. –Precisamos de todas as imagens das câmeras de vigilância. –E se dirigindo a Evan perguntou. –Sabe de alguém que tem motivos para te fazer mal?

 -Sim. –Respondeu encarando-o com firmeza. –Michael Jackson.

 John saiu da sala logo atrás de Michael seguido de perto por Jennifer, enquanto os homens se encaravam surpresos com a explosão dele. O fato era que não estavam acostumados com atos de rebeldia, muito menos de negros tanto que não sabiam como reagir diante daquela atitude. Estavam cogitando a possibilidade de prendê-lo por desacato a autoridade, foi quando Nicolas interviu apelando para os direitos civis. Já haviam se excedido além do que dizia o mandato de busca, tanto que ameaçou proibir que as fotos tiradas fossem apresentadas no tribunal. O fato era se dependesse de seus esforços elas nunca veriam a luz, mas no momento a prioridade era controlar os ânimos. A verdade era que os ânimos estavam alterados entre todos, tanto dentro quanto fora da sala havia discussão e vozes alteradas. Os investigadores só não se deram conta da situação, por que estavam sendo distraídos por Nicolas que fazia a defesa de seu cliente. No corredor John tentava convencer Michael a voltar para a revista, mas ele não estava disposto a voltar a pôr os seus pés lá.

 -Não! –Michael disse batendo o pé alterado. –Eu não vou voltar para lá isso ultrapassou todos os limites, agora chega!

 -Entenda que... –Tentou argumentar mantendo a calma.

 -Entenda você eu não vou continuar com essa palhaçada tudo tem um limite.

 -Eles têm um... –Jon tentou argumentar.

 -Que se dane o mandato e toda essa merda eu não quero saber! –Afirmou com raiva. –Faça o seu trabalho e dê um jeito neles. –Ordenou de maneira enfática.

 -Michael. –Jennifer o chamou se aproximando. –Eu sei que não está sendo fácil para você aguentar, mas esse não é o momento de perder compostura.

 -Diz isso por que não é com você. –Respondeu secamente.

 -Ainda. –Corrigiu-o em tom de advertência. –Michael entenda que estamos juntos nessa e que nenhum de nós está livre de sofrer um ataque, mas por enquanto não temos escolha a não ser aguentar firme. Não deixe eles te abalarem é esse a intenção, querem que você se revolte para te prenderem. –Afirmou tocando seu ombro. –Suporte mais um pouco logo iremos revidar, eu prometo.

 Recobrando a calma Michael deu meia volta para terminar com aquela tortura logo, enquanto se perguntava o que fez para merecer isso. Se prometeu em pensamento que era a última vez que o humilhavam, nunca mais deixaria ninguém pisar em sua dignidade custe o que custasse. Engolindo sua raiva a seco caminhou a passos duros de volta para a sala, manteve sua postura firme sem demonstrar sinal de medo. Recobrou sua imponência que o transformava em ícone nos shows, tanto que ao entrar na sala os homens levantaram para recebe-lo. Jennifer avisou que eles tinham vinte minutos, olhando para seu relógio de pulso cronometrou o tempo antes de sentar. Apesar de prosseguir com sua revista os investigadores ficaram quieto durante esta, pela primeira vez desde que tudo começou pareciam desconfortáveis. O fato era que o poder da situação havia mudado de mãos, tinham a sensação de estar servindo Michael e não contra ele. Um deles de vez enquanto olhava para Jennifer que observava seu relógio, ela não brincou ao falar que tinham um tempo para acabarem. Após exatos vinte minutos Jennifer acenou com a cabeça para Michael que pôs o robe e saiu sem dizer nada desmoronaria se tentasse falar.

 -Bem cavalheiros. –Jennifer disse calmamente ao se levantar. –Já que terminaram de tirar as fotos, façam a gentileza de sair da minha propriedade. –Completou antes de sair.

 -Eu os acompanho. –John os conduziu até a saída antes que as coisas esquentassem.

 Em Los Angeles Chandler saia do clube sentindo-se frustrado e com raiva, após passar mais de duas horas vendo as imagens das câmeras de segurança. Haviam repassado as fitas em busca de quem o atacou, mas não encontram absolutamente ninguém que batesse com a descrição. Depois de checarem todos os que tinham entrado e saído do clube aquele dia, concluíram que o homem havia sido um delírio devido a desidratação. Isso ou Evan tinha sido atacado por um fantasma de qualquer forma, haviam feito tudo o que estava ao seu alcance para esclarecer os fatos. Diante daquela certeza se recusaram a apoiar a sua queixa na polícia, afinal não queriam se indispor com um figurão como o Michael Jackson por causa dele. Sentado no seu carro Evan socou o volante com força, enquanto sentia o seu sangue fervendo nas veias com a raiva que o consumia. Seu maior desejo era invadir a casa dele e quebrar todos os ossos de sua cara, mas a única coisa que podia fazer por enquanto era se controlar. Só precisava seguir conforme tinha planejado, era uma questão de tempo até que Jackson cair e ele conseguir tudo o sempre quis. Um carro saiu do estacionamento passando lentamente próximo ao seu, teve a sensação que o estavam vigiando isso o fez ter medo de sair do lugar.

 Jennifer observou pela janela os três homens entrando no carro e partirem, pouco depois seus seguranças avisaram que estes haviam deixado o rancho. Respirou aliviada por eles finalmente terem ido embora, tinha chegado ao seu limite naquele dia não suportava mais ser educada. E não era a única que não os suportava mais pode ver Bill, ainda sentado na mesma cadeira com a expressão triste. Era claro que ele estaria chorando se não tivesse que manter a compostura, Bill se importava com Michael como se fosse alguém da sua família quase um irmão. O fato era que aquela experiência tinha sido ruim para todos eles, especialmente para Michael que havia sofrido com aquela humilhação. Apoiou a cabeça no vidro buscando calma para o que estava por vir, sabia que a parte mais difícil daquele dia não tinha sequer começado. Subiu as escadas rumo a suíte principal, ao entrar ouviu o som choro vindo do andar de cima suspirou contendo as próprias lagrimas. Após subir alguns degraus encontrou-o sentado no chão aos pés da cama, ajoelhou-se junto a ele colocou os braços ao redor de seus ombros. Michael retribuiu o abraço em silencio apoiou a cabeça em seu peito, enquanto deixava as lagrimas caírem sem conseguir conte-las.

 -Já acabou. –Jennifer disse afagando seus cabelos. –Passou.

 -Até quando vou ter que aguentar isso? –Perguntou agarrado a sua cintura. –Não sei quanto mais consigo suportar.

 -É só uma tempestade logo ela vai passar e veremos o sol, não tenha medo eu estou aqui com você.

 -Eu te amo. –Ergueu o rosto segurando o queixo dela antes de beija-la, logo se tornou intenso e exigente.

 -Michael. –Disse surpresa e sem ar ao interromper o beijo.

 -Por favor, eu preciso disso. –Pediu ao ficar de joelhos segurando-a pela cintura. –De você.

 Ainda no chão voltou a beija-la colando os seus corpos um pouco tensos, enquanto percorria a sua cintura e costas lentamente com as mãos. Precisava de seu corpo e carinho, se sentir como um homem novamente, qualquer coisa que fizesse esquecer da dor que estava sentindo. Além disso precisava de algo que entorpecesse um pouco, queria voltar a se sentir bem e aquela era a sua única alternativa. Levou as mãos ao zíper nas costas do vestido que Jennifer usava, abriu deslizou a alça pelo seu ombro percorrendo a pele sensível com os lábios. Aos poucos Jennifer foi relaxando correspondendo a suas solicitações, precisava de seu carinho e algum alivio tanto quanto ele. Já fazia algum tempo desde a última que ficaram juntos, deslizou as mãos por seu peito sentindo sua pele aquecida através do tecido. Sentiu a angustia daqueles dias suprimir o seu peito, conteve as lagrimas que se formavam em seus olhos enquanto ele a abraçava.

 Michael se debruçou sobre ela fazendo-a se deitar sobre o tapete macio do quarto, enquanto puxava seu vestido para baixo terminando de tira-lo. Mudou a sua atenção para a peça intima deixando-a nua, tinha pressa em possui-la de vez e encontrar alivio no seu corpo. Livrou-se do roupão que usava jogando-o em um canto, debruçou-se sobre Jennifer penetrando-a de uma vez. Deu início aos movimentos firmes e curtos estocando com força, enquanto a beijava com gana sugando seus lábios mordiscando o inferior. Não demorou para atingirem êxtase ou algo parecido, permaneceram deitados sobre o tapete sem entender o que aconteceu. Apesar não ter sido ruim foi diferente como se faltasse algo, era como se a angustia que os cercava não os deixasse vive-lo por completo. Jennifer sentou pegou o vestido cobrindo a frente do seu corpo, enquanto Michael sentia que alguma coisa dentro dele havia se perdido de vez.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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