Joaquim: Eu não acredito que aquela largou a gente aqui sozinho sem explicar nada
Júlia: Eu vou pra qualquer lugar desde que seja com vocês.
Felipe: Eu também
Regina: Crianças
Júlia, Felipe e Joaquim: Regina –dizem e a abraçam e logo depois soltam
Joaquim: Que bom que você veio
Júlia: Faz alguma coisa, por favor.
Felipe: A gente quer voltar pra casa.
Regina: Eu sei crianças e eu gostaria muito de ajudar, mas eu não sou parente de vocês, e eu teria que entrar com um processo de adoção pra ficar com guarda de vocês, e essas coisas são demoradas.
Joaquim: Então você não vai poder tirar a gente daqui agora.
Regina: Infelizmente não.
Felipe: Eu não quero ficar aqui
Júlia: Que droga –diz chorando muito e a mulher do juizado aparece
Sônia: Eu já vou levar vocês pros orfanatos, até que a decisão judicial seja tomada.
Joaquim: Orfanatos?
Sônia: Eu não consegui colocar vocês três num orfanato só, a Júlia vai pra um orfanato só de meninas,e vocês dois vão pra outro só de meninos.
Júlia: Não, eu não quero ficar sozinha –diz voltando a chorar
Joaquim: Por favor, moça não é justo
Felipe: A Júlia tem que ficar com a gente entendeu? –diz com raiva e começa a chorar também.
Regina: Tem que haver um jeito deles ficarem juntos, eles já estão sofrendo demais por terem saído de casa.
Sônia: Eu já liguei pra todos os orfanatos mas a maioria esta lotado, foi sorte eles terem conseguido essas três camas, porque eles não podem passar a noite aqui – E logo depois chega o homem que iria levar os meninos.
Homem: Vamos meninos
Joaquim: Não, a gente não vai se separar
Sônia: Infelizmente vocês não tem opção, mas assim que conseguirmos vagas pros três nós vamos dar um jeito pra vocês ficarem juntos – o homem então leva os meninos
Júlia: Não, não faz isso não –diz e desaba no choro enquanto Regina que a abraça já estava chorando muito também.
Regina: Fica calma, eu vou ajudar vocês vai dar tudo certo –diz emocionando até mesmo Sônia.
Júlia então vai para o orfanato e Regina volta pra casa de coração apertado por ter deixado Júlia lá sozinha, sem irmãos.
Rosângela: Que bom que você chegou, dá pra me explicar agora porque a senhorita saiu assim sem dar explicação? –pergunta e percebe que a filha estava com uma carinha triste.
Rosângela: Que foi meu amor, o que aconteceu? –pergunta preocupada
Regina: Descobriram que os irmãos Vaz, aqueles que foram na mansão aquele dia –diz e a mãe confirma
Regina: Moram sozinhos, e eles foram mandados pra um orfanato
Rosângela: Meu Deus, que triste
Regina: E o pior disso tudo é que eles foram separados, e a Júlia acabou ficando sozinha em outro orfanato e eu não pude fazer nada.
Rosângela: Coitada da menina, ela deve ta desconsolada
Regina: Sim ela ta muito triste
Rosângela: Mas eles não tem mesmo nenhum parente vivo? Porque alguém devia ter arrumado o lugar que eles estavam vivendo antes disso acontecer.
Regina: Não sei
Regina: Já sei, eu vou falar com a Isabela, ela sempre andou com eles deve saber de alguma coisa.
Rosângela: Sim, mas você vai sair de novo? –pergunta e Regina ri da preocupação da mãe
Regina: Mais tarde eu descanso dona Rosângela pode deixar –diz dando um beijo na bochecha dela
Regina: Tchau
Rosângela: Tchau
Enquanto isso com a família Agnes.
Helena: Nossa Isa, que diferente –diz vendo a menina chegar com uma roupa toda moderna e Rebeca estranha.
Rebeca: Filha que roupa é essa?
Isabela: Gostaram?
Rebeca: Ah eu achei um pouco estranho
Isabela: Lá vem você com esse papo de estranho, é só uma roupa.
Helena: Calma Isa, a sua mãe só ta falando isso porque nunca te viu vestida desse jeito
Isabela: Ah ta bom, eu vou na casa da Regina, tchau pra vocês –diz e sai da casa
Rebeca: Eu nunca vou entender esse temperamento agressivo da Isabela.
Nina: Calma Rebeca, isso é só uma fase da adolescência, logo passa.
Rebeca: Eu espero mesmo mãe –diz ainda nervosa cortando um pedaço de bolo.
Já na praça do vilarejo.
Isabela: Regina –diz sorrindo e indo abraçar a mesma que sorri.
Isabela: Que saudade
Regina: Oi, eu também, tava te procurando.
Regina: Tá linda hein
Isabela: Até que enfim alguém reconhece o que é estilo de verdade, porque a chata da Rebeca pra variar achou estranho.
Regina: Não fala assim da sua mãe
Isabela: Ai ta, mas me diz o que precisa? –diz se sentando num banco
Regina: Preciso saber se os irmãos Vaz conversavam muito com você.
Isabela: Sim, claro porque?
Regina: É que alguém denunciou eles pro juizado de menores e eles foram parar num orfanato, e a Júlia como eles imaginavam acabou ficando num orfanato separado.
Isabela: Sério?
Regina: Sim e como você teve mais contato com eles eu pensei em te procurar pra me ajudar a pensar em alguma coisa pra tirar-los de lá.
Isabela: Entendi e você realmente procurou a pessoa certa, e já tenho até uma idéia do que podemos fazer.
Regina: Nossa que rápido
Isabela: Eu trabalho com eficiência meu amor –diz e Regina ri
Isabela: Vamos lá pra casa que você vai me ajudar –diz levantando
Regina: Ah, acho melhor não
Isabela: Porque não?
Regina: Acredito que sua mãe não gosta muito de mim, e eu não quero causar conflito.
Isabela: Para com isso vai Regina, minha mãe deve estar na confecção, a minha tias na clínica e a minha vó na Igreja, ou seja só nós vamos estar lá.
Regina: Tá bom, vamos
Isabela: Ah que ótimo.
Elas então chegam na casa.
Isabela: Chegamos, não é a mansão que você trabalhava mas fazê o que né?
Regina: Imagina, se você visse a casa que eu morava com a mãe antes de nós irmos pra casa do seu Fortunato você não reclamaria não.
Isabela: Vamo lá pro meu quarto.
Isabela : Senta fica a vontade –diz sentando na cadeira da escrivaninha enquanto Regina se senta na ponta da cama.
Regina: Obrigada, mas qual é o plano?
Isabela: Eu vou escrever uma carta pra Flora a tia deles, explicando toda a situação.
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