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História Pela primeira vez... - Exames de Poções


Escrita por: DarkMegami

Capítulo 15 - Exames de Poções


Capítulo 13: Exames de Poções

Estavam na biblioteca, mas aquilo não era novidade. Harry sentia falta de respirar o ar puro e gostoso que corria a grama despontando esverdeada dos jardins e provocava um leve tremular na superfície do lago. Contudo, tudo que viam na última semana eram poeira e livros, livros e poeira. 

Tom cumprira o pacto que fizeram: ensinou Harry mais sobre Poções do que ele gostaria de saber e, em troca, Harry o acompanhou a cada ida em busca de novidades e indícios sobre seus antepassados, por mais chato que fosse. Na maioria das vezes, ficavam apenas caçando pistas pelo colégio, fosse na sala de troféus, em quadros ou ainda em alguns exemplares de genealogia mágica.

Naquele dia em específico, além dos dois, estavam sentados na mesa da biblioteca também Murta, Eileen, Abraxas e Avery — com o qual ele já não tinha contato fazia um tempo.

—Acho que encontrei algo. — falou o loiro chamando atenção de todos, incluindo a de Harry que fingia ler um livro enquanto pensava no quanto preferia estar deitado do lado de fora. 

—O que? — Murta indagou, levantando-se rapidamente e seguindo para trás de Malfoy. 

—Uma família que tem ligação direta com a de Salazar. Olhe, Tom. — Passou o livro para o moreno antes que a garota pudesse ver a informação escrita. Ela voltou ao seu assento meio encabulada e avermelhada.

—Família Gaunt. — Pronunciou Tom, acordando Harry dos seus devaneios perdidos. — Descendentes diretos de Salazar Sonserina. Não vêm para Hogwarts há algumas gerações, mas não explica o motivo claramente. Será que são eles?

—É nossa melhor pista. — Concluiu Avery. Ele parecia muito entediado e até levemente adoentado. Seu rosto outrora jovial aparentava ter envelhecido pessimamente, os cabelos estavam bagunçados e com alguns nós, já os olhos não tinham qualquer brilho mais. O moreno se perguntou o que poderia ter havido para mudar tão drasticamente o aspecto do sonserino. 

—Abraxas, você consegue alguma informação sobre essa em específico? 

—Claramente. Vou mandar uma coruja para meu pai… com sorte ele responde até amanhã cedo. 

—Certo. 

—Tom, agora que tem uma pista, o que pensa em fazer? 

—Bem, Murta, vou descobrir da onde vem minha herança sanguínea. Isso deve me esclarecer algumas dúvidas que tenho, sabe?

—Eu não entendo o porquê de vocês serem tão obcecados com sangue. — murmurou ela, alto o suficiente para os sonserinos ouvirem. 

Automaticamente os dois loiros franziram seus narizes, em uma sincronia perfeita. Harry encarou Tom, que estava imparcial àquela situação, focado na leitura do livro pesado e absorvendo tudo que podia sobre sua suposta família. Não parecia estar disposto a explicar qualquer coisa para Murta naquele momento, na verdade, não parecia sequer ter ouvido as palavras da outra.

—Você não entenderia, as coisas na Sonserina funcionam de forma diferente. — informou Eileen. Ela encarava Tom de um jeito esquisito, porém não indicava nada para ajudar o moreno a adivinhar do que se tratava. — As outras casas prezam por adjetivos distintos como lealdade, inteligência, coragem… nós prezamos por sangue e poder. 

—Eu sei disso, oras! — chiou a menina de óculos, parecendo meio contrariada. — Mas nós somos jovens e estamos em uma escola! Não tem motivo para levar tudo tão a sério, discriminar aos montes, sabe? Qual o sentido de ligar tanto para uma herança boba, para a pureza do sangue…?

—A escola é o prelúdio para o mundo real, menina. — Avery intercedeu, e ele falava com um olhar tão perdido que causaria pena em Harry se não fosse muito mais assustador do que o necessário. — Aqueles que têm poder na escola, poderão ter poder lá fora. Olha sua amiga, por exemplo… a família Prince precisa que ela seja alguém grande quando sair daqui para conseguir se manter. Eles não têm mais o sangue puro há anos, logo, precisam que Eileen saia com contatos. Quando ela decidiu andar com você, uma sangue ru… — Ele tossiu, quando Tom desviou o olhar do livro para si, extremamente irritado. — uma nascida trouxa, digo, ela automaticamente abriu mão de um cargo decente. Abriu mão de uma indicação de qualquer aluno poderoso da Sonserina. 

—Nossa, eu não sabia que era assim, Eileen. — Sua corporatura murchou, estava bem chateada. 

—Não se preocupe com isso, Murta. Avery fala demais quando se distrai com problemas familiares. — Atacou, felinamente. Seus olhos negros pareciam ainda mais fundos enquanto dirigia um encarar de puro ódio para o loiro que discursara anteriormente. — Ele deveria focar mais em questões pessoais ao invés de se preocupar com meus problemas.

—Não é como se você também não estivesse preocupada, não é? — perguntou o outro. — Soube que vocês brigaram por causa de um meio gigante. Foi uma decisão acertada colocar juízo na cabeça dos seus amigos, Eileen. Onde já se viu, sonserinos e mestiços. Isso destruiria totalmente sua imagem, pegaria ainda mais mal do que andar com essa daí. Se as famílias de Rosier, Nott e Malfoy descobrissem sobre isso poderiam parar de fazer as pequenas caridades que têm mantido sua casa com comida.

Eileen retesou claramente, e Harry entendeu. Desde o dia que haviam discutido pela menina ter destratado Hagrid e Fleamont, a morena se esforçava ao máximo para ser educada e gentil. Ela levou a crítica dos amigos a sério, e era quase uma surpresa para o menino de óculos ver tanta preocupação. Nunca imaginou que a mãe de Severus Snape seria tão solícita e aberta a mudanças. Ele deveria mesmo parar de pré-julgar as pessoas. 

E, naquele momento, tudo que dissera para ela pareceu meio injusto e pesado demais. Ele tinha esquecido em que ambiente estavam, e também tinha ignorado tudo que sabia secretamente sobre a família da amiga. Era de se esperar que aqueles sonserinos que se posicionassem contra os ideais de Salazar fossem extremamente mal-tratados e injustiçados. Ele nunca se preocupou com aquilo, pois não era realmente dependente daquele status, entretanto, como estava Eileen naquele ambiente? Como a morena estava sendo atingida pelas consequências de sua enorme sociabilidade? O que ir em busca de seus objetivos estava causando às suas amigas como efeito colateral de gostar de si, de ficar meramente perto de Harry?

—Seus pais estão passando por necessidades? — Murta parecia bem surpresa.

—Não fale em nome dos Malfoy, Avery! — reclamou Abraxas, com sua voz ainda mais arrastada. — Não é como se sua família também estivesse em boas fortunas.

O garoto se exaltou pela primeira vez, batendo a mão forte na mesa e levantando de sua cadeira rapidamente. O outro de longos cabelos loiros nem se moveu, demonstrando desinteresse quando Avery começou uma reprimenda, aparentemente bem zangado. 

—Olha aqui, Abraxas…!

—Quietos. Por agora já deu, não é? — Tom fechou o livro, os olhos profundos percorrendo o rosto de cada um ali. — Avery, você não tem direito de falar sobre pedir ajuda quando sua própria família anda se arrastando em amontoados de favores.

Harry viu Murta morder o lábio, os olhos tão arregalados que pareciam a ponto de pular da face. O garoto dos cabelos louro-sujos e olhos azuis se sentou de forma lenta, parecendo forçar uma calmaria, mas seus braços tremiam com toda raiva contida. Quase era possível sentir sua fúria assassina para com Tom, mas ele nada disse. 

O moreno continuou:

—Eileen, você deveria realmente observar com quem anda. Sabe como a Sonserina e o mundo funcionam. Se continuar fazendo amizades com os amigos de Harry, vai afundar toda sua geração numa desgracenta lama. 

—Ei! — Harry reclamou. — Você não pode dizer isso. 

—É verdade. — Tom focou seus olhos escuros nas esmeraldas do garoto e, apesar da rudeza na voz, não parecia mais tão sem paciência. — A família dela não anda bem, você sabe. Ela precisa que os sonserinos mais fortes indiquem seu nome para algum cargo no futuro para salvar o nome dos Prince. Se ela não conseguir, vão cair em desgraça e afundar em pobreza. Se ela continuar andando de mãos dadas com grifinórios, ninguém vai dar a ela vaga alguma, nem que Slughorn implore. É assim que funciona a casa das serpentes. A imagem dela já está manchada pela Warren… — Ele pausou, retirando os olhos profundos de Harry e fazendo um carinho desajeitado na cabeça de Murta, que corou fortemente. — Isso eu consigo resolver com alguns comentários pontuais, mas o meio gigante e aquele grifinório… sem condições, até para mim. Eu sei o quanto você gosta de viver com ideais, Harry, mas nossa casa nos prepara para a vida. Lá fora, só quem tem conhecidos e poder consegue algo… é assim que o mundo bruxo funciona.

—Você é meu amigo e não passa por isso. 

O garoto pareceu pensar por um momento, e foi impossível não notar um brilho profundo que apareceu em seus olhos. 

—Eu sou um caso especial, Harry. — Ele deu um sorriso torto. — Agora vamos. Já achamos o que precisávamos aqui, não é mesmo? Antes que vocês destruam suas próprias imagens com brigas aos modos trouxas. 

E assim passaram seus dias. 

Acordavam, atendiam às aulas, discutiam e seguiam para biblioteca. Não encontraram nenhuma outra família a qual Riddle pudesse se apoiar, então o grupo acabou se esforçando para estudar para os N.O.M.s, enquanto o moreno se deu por satisfeito com a pesquisa sobre os Gaunt.

No início havia certa resistência dos sonserinos pela presença de Murta, o que a deixava tímida e chateada com os olhares e comentários ácidos que recebia. Contudo, ao longo dos dias, acabaram percebendo que ter uma corvina na hora de estudar era extremamente útil. A morena parecia uma enciclopédia humana, decorava todo o passo a passo para execução de feitiços, além de todos os movimentos necessários para realizar uma perfeita transfiguração. 

Era bizarro o quanto Murta sabia, quanta informação tinha naquela cabeça. E, ainda que houvessem feitiços que a menina ainda não conhecia por ser um ano mais nova, ela ajudou bastante na revisão de todos os aprendidos anteriormente. 

Harry acreditava ter estudado bem mais naquele ano do que no seu, até porque, no seu quinto ano original, Sirius morrera, havia Umbridge, e toda aquela agitação não deixara o menino se concentrar de fato no que tinha que fazer. 

—Harry? — Chamou Tom. 

Estavam todos parados nos portões do Salão Principal, onde as enormes mesas das casas tinham sido removidas temporariamente. No lugar delas, pequenas e individuais carteiras se espalhavam pela amplitude do espaço, preenchendo aquele espaço colossal. 

E, se fisicamente as cadeiras e mesinhas de madeira não eram impressionantes, emocionalmente, todo aquele ar denso e desconfortavelmente sério asfixiava o Salão. 

Grande parte dos alunos estavam nervosos, alguns roíam suas unhas, outros estavam fazendo revisões de última hora e Harry conseguiu até ver um ou dois com os olhos cheio d'água. Aquele clima era sempre o mesmo, não importava o ano. 

Não era de se admirar, também. A primeira semana dos N.O.M.s fora excepcionalmente difícil. Harry, inclusive, acreditava piamente que fora pior do que os seus. DCAT cobrou proteção contra monstros marinhos — lição que viram no início do ano e quase ninguém acreditou que ia aparecer como questão. Já na parte prática, diversos contra-feitiços foram pedidos em sequência. A teoria da Oclumência e Legilimência também foi exigida, apesar deles não terem feito qualquer aula prática daquele tema em específico.

Já Transfiguração, como o professor Dumbledore avisara sutilmente, teve maior enfoque nas matérias dos anos anteriores. Harry não teve exatamente muita dificuldade em descrever o que era um metamorfomago nem em realizar a desaparição de alguns objetos na prova prática.

—O que quer, Tom? — respondeu ele, preso no seu próprio nervosismo. 

—Você vai ser perfeito em DCAT, acho que consegue um Ótimo. Também vai bem em Feitiços, Transfiguração e Herbologia, deve Exceder Expectativas nessas. Mas você não vai passar em Poções de jeito nenhum. 

—Nossa, obrigado por confiar tanto em mim!

—Não é questão de confiar. Eu fui seu professor particular e você é péssimo nisso, então… 

—Então o que? 

—Sente-se próximo de mim. 

Harry o olhou descrente. 

—Você planeja me passar cola? — Ele gargalhou. —Isso é impossível! Quando foi que alguém conseguiu colar e ser bem sucedido? 1723?

—Na verdade foi em 1896, acho que você não consegue mais que um Trasgo em História da Magia. Enfim, sente-se atrás de mim no teste escrito de Poções, tire uma nota boa, e terá apenas que ser mediano no preparo. Isso eu acho que você consegue. 

—Eu não vou colar, Riddle!

—Não se esqueça que eu te ofereci quando for mal e chorar pelos cantos.

—Eu não preciso realmente disso...

—Você é meio burro em Poções, Harry. 

Antes que o moreno de óculos pudesse responder, duas mulheres bem altas e ranzinzas retiraram o bloqueio da porta do Salão Principal, convidando os alunos a entrarem e se sentarem. Harry, ignorando os pedidos do colega de casa, se sentou nos fundos, bem longe da horda sonserina, e uma das fiscais parou logo atrás de si. 

"Realmente, não poderei colar nem se eu quisesse."

Assim que a prova escrita de Poções foi colocada sobre sua carteira, se arrependeu amargamente de não ter aceitado o convite de Riddle. 

Sim, ele lembrava o uso do Guelricho da pergunta quatro, mas como esperavam que ele soubesse o motivo do espinho de baiacu da "Poção para os Nervos" funcionar melhor se vindo de uma fêmea grávida? Por que lembraria os motivos do pelo de urso polar da "Poção Drenhose" terem que vir da época de hibernação? Seria porque o urso estava dormindo e logo faria mais efeito para as pessoas dormirem também? Harry não sabia, mas foi a melhor justificativa que encontrou. 

Algumas horas e dezenas de suspiros depois, o menino entregou a prova rabiscada com seus garranchos. Não estava muito confiante mais com seu desempenho.

Tinham uma pequena pausa até a prova prática, e Harry não queria encontrar Riddle, porém, obviamente, o garoto o estava esperando na saída do Salão Principal com todos os seus capangas ao redor.

—E aí, Harry, como foi? 

—Perfeito. — comentou levemente revoltado e envergonhado. 

—Você deveria ter colado, Smith. — A loira que se pendurava no pescoço de Abraxas falou, com sua voz irritante. — É mesmo um sonserino?

—O que quer dizer? Todos colaram? 

—Sem nenhuma dúvida. — Avery completou. — Na verdade, algumas provas vêm até nós antes dos exames. Não foi o caso dessa aí, mas a de Aritmância está comigo se você quiser. 

—Ele não faz nenhuma matéria extra. 

—É verdade, esse sortudo! 

—Espera, por que você não me disse que todo mundo ia colar? 

—Ora, você achou mesmo que ia ter todo um esquema só para você, Harry? — Tom questionou, parecendo bem mais zombeteiro do que o outro moreno gostaria. — E além do mais, você teria que colar consciente dos riscos e não porque todos iriam na onda. 

O moreno se sentiu bem estúpido. Então era um padrão sonserino passar colas? Por isso eles iam tão bem nas provas no futuro? Não… Harry duvidava bastante que depois da queda de Voldemort alguém de Hogwarts ainda fizesse grandes favores àquelas famílias. Teria que aceitar que Draco era realmente inteligente. 

—Bem, se você quiser colar na prova prática, ainda dá tempo. 

—Não. — O menino negou. 

"Nem vale mais a pena, também", concluiu mentalmente. 

—Olha quanta fibra moral! — caçoou a loira, questionando sua presença na Sonserina mais uma vez.

A prova prática veio e, por uma grande sorte, fora uma das poções que Tom havia lhe ensinado o passo a passo: azul-hidratante. Suspirou satisfeito quando o turquesa despontou do seu caldeirão, e os examinadores pareceram bastante felizes por não terem ficado com uma ameba de óculos.

Naquela semana, além dos exames de Poções, ele só faria mais um na sexta, o de História da Magia, matéria a qual ele não se importava nem um pouco em reprovar. 

Saiu do Salão Principal com o sentimento de dever cumprido e era impressionante o quanto conseguia imaginar perfeitamente bem a voz de Hermione orgulhando-se de ele não ter colado e a de Rony repreendendo sua atitude nobre.

Foi para o Salão Comunal da Sonserina sozinho, sentindo a respiração leve. A saudade dos amigos grifinórios deixava um leve ardor no seu coração, que era complementado pela nostalgia dia corredores.

Sentadas nas poltronas localizadas longe da lareira — que pela primeira vez desde que Harry chegara estava apagada — Murta e Eileen o aguardavam. Pareciam apreensivas e o menino reparou que a falta de fé em suas habilidades era algo inerente a qualquer amigo seu. 

—Como foi? — perguntou Eileen, parecendo meio afetada. — Me diz que conseguiu, Harry!

—A prova prática foi… — Ele fez um suspense, arrancando reações impacientes. — Sensacional! Poção azul-hidratante, Tom me ensinou ela não faz muito tempo. Eu consegui reproduzir perfeitamente! 

—É isso! — A garota respondeu, com um sorriso genuíno que fazia tempo que ele não via. — Eu sabia que você ia conseguir, Harry! 

—E a prova escrita? — questionou Murta, interessada. — Foi fácil também? 

—Algumas questões foram, perguntaram de Guelricho…

—Respirar embaixo d'água. 

—Sim, essa eu lembrava. Mas tinha uma estranha, é… acho que era porque temos que usar espinha de baiacu fêmea grávida? Eu nunca ouvi falar sobre isso. 

—Nossa, Harry… — Eileen repreendeu. — Baiacu são peixes, não ficam grávidos. Era uma pegadinha. 

O garoto deu um longo gemido sôfrego. 

—Eu sou um idiota! — Bateu na própria testa, completamente incrédulo. — Mas bem, não adianta muito me irritar agora, não é? 

—De fato. Estou feliz que você tenha conseguido ir bem! 

—Eu também. 

—Você não usou o sistema de cola da Sonserina, né? — questionou a menina.

—Claro que não! 

O sorriso de Eileen ampliou-se consideravelmente, enquanto ela encaixava as bochechas de Harry entre seus dedos ainda mais ossudos. 

—Estou tão orgulhosa! Sabia que não ia precisar usar isso. 

—Mas o resultado ainda nem saiu…

—Não interessa, sei que vai conseguir.

—Espera, aí! — Murta interrompeu, parecendo mortificada. — A Sonserina tem um esquema de colas? 

—Desculpa, amiga. Mas eu não posso te falar sobre isso. 

—Poxa, Eileen, só me diz como funciona. Olha… eu não conto para ninguém. 

—Não posso. Não posso mesmo. É coisa de sonserino, alguns segredos nós temos que manter para nós mesmos. 

Harry observou enquanto Murta discutia com Eileen, tentando com o máximo de vontade descobrir do que se tratava.

Ele fechou os olhos, apoiando a nuca no macio sofá. Faltava pouco tempo para o fim das aulas. Harry e Tom voltariam para o orfanato, o amigo iria enfim atrás dos Gaunt e — graças à Merlin! — o menino-que-viveu poderia ir junto. Ele não sabia como ia convencer Tom a não matar seu pai e avós, não sabia mesmo. Aquilo seria definitivamente complicado. 

Gemeu de frustração, meditando se sua amizade com o outro já estaria forte o suficiente para evitar uma tragédia desse nível. Ele não acreditava que fosse, mas logo suas amigas estavam sacudindo seus braços e o impedindo de pensar. 

No fim, ele agradecia bastante de tê-las falantes ali consigo. 

"Um passo de cada vez, Harry", tentava se convencer mentalmente. "Um passo de cada vez…"


Notas Finais


AA, eu atrasei 20 minutos o prazo kkk que era sexta, no caso.
Mil perdões! Faltava só revisar, mas eu tinha um trabalho pra hj que envolvia um livro que eu esqueci de ler kkk foi uma loucura, mas aqui estamos.
Amanhã eu vou responder todos os comentários que eu n respondi ainda.
Muito obrigada a todos que me desejaram forças, vai ficar tudo bem agora. Vocês são uns fofos, gnt! Não esperava algo assim!! Obrigada!
Beijinhos, até sexta!

P.s: esse deve ter sido o pior capítulo em escrita até hj, mas eu literalmente digitei tudo em 1, 2 horas. Pretendo dar uma revisada a posteriori! Me desculpem!! Esqueci meu home office! O erro!!!
Se cuidem!!


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