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História Pensão DreamCatcher - Irmãs Lee


Escrita por: Jenniferlee

Capítulo 1 - Irmãs Lee


Fanfic / Fanfiction Pensão DreamCatcher - Irmãs Lee

Ser a filha mais velha de um casal super conservador não é fácil. Você tem que lidar com a pressão e os julgamentos daqueles que deveriam te apoiar.

Minha vida era simplesmente um inferno e olha que eu tenho uma irmã mais nova pra dividir este peso mas eles simplesmente só focavam a atenção em mim e no quanto eu sou diferente deles.

Minha mãe era uma mulher adorável, queria que eu fosse professora a curto prazo, depois uma boa esposa de alguém e desse a ela no mínimo 3 netos.

Meu pai um cara sonhador, queria que eu entrasse pra escola militar e me formasse na academia das forças aéreas, para ser uma otima piloto de caças.

Mas eu infelizmente nunca fui uma boa aluna e minhas notas não condiziam com os sonhos deles.

Eles se preocuparam é claro, eu não seria uma ótima piloto se continuasse com notas baixas e nem daria 3 netos se continuasse me vestindo como um gangster dos EUA e batendo nos garotos.

Minha irmã mais nova era a próxima esperança deles e eu fiz questão de por ela nos holofotes que era a Admiração deles.

Aos poucos fui me distânciando e vivendo meu sonho clandestinamente nas garagens dos meus amigos.

Ah mim restou apenas o sótão da casa junto com todas as outras tralhas que eles não não queriam mostrar para as visitas e família.

Eu não me importei com isso, eu sempre fui introvertida e realmente nunca fiz questão de ter atenção de ninguém.

Só que isso mais tarde se tornou um problema.

Em uma bela quarta-feira de primavera, meus pais saíram com a minha irmã para um passeio de piquenique, eles insistiram bastante pra mim ir mas eu neguei, dei a Desculpa de que iria estudar para a prova de admissão da faculdade e meu pai convenceu minha mãe a parar de insistir.

Eu lembro nitidamente da tristeza no olhar dela, minha mãe odiava me exclui dos momentos em família, meu pai também mas ele era mais compreensivo que ela.

Meu velho dizia: "querida precisamos dar o espaço dela."

Eu lembro do suspiro de frustração da Gahyeon ao pegar a mão da mamãe e ir até o carro.

Eu lembro do sorriso empolgado do meu pai ao falar "Fighting" antes de trancar o portãozinho e ir até o carro.

Se eu soubesse que aquela seria a última vez que eu veria o sorriso deles eu teria sorrido também.

Eu deveria ao menos ter dado um abraço apertado neles, ao menos ter dito a eles o quanto eu os amava.

Se eu ao menos tivesse olhado nos olhos deles e dito pra voltarem em segurança, talvez meu pai tivesse ficado mais atento na estrada.

Se eu tivesse dito a eles que estava com um mal pressentimento talvez eles tivessem ficado.

Se eu tivesse ao menos aproveitado outros momentos antes com eles ou tivesse entrado naquele carro, talvez tivesse chorado.

...

Eu passei 3 horas apenas ouvindo música e lendo, o fone estava no último volume e eu não ouvi quando bateram lá embaixo.

As mensagens chegavam e eu as ignorava, as ligações também estavam sendo ignoradas pois meu livro era muito mais interessante.

As 20 horas eu desci para comer algo e foi quando eu percebi que ainda estava sozinha em casa.

Após procurar todos eu percebi que ninguém havia voltado.

O mal pressentimento mais uma vez gritou dentro do meu peito, uma angústia tomou conta de todo meu corpo e a única coisa que martelava na minha cabeça era: verifique seu celular.

E foi quando eu olhei no meu aparelho que levei o primeiro tapa de realidade.

Minha tia Siyeon havia me mandado várias mensagens dizendo que minha família havia sofrido um acidente na volta pra casa às 17 horas.

Eu simplesmente fiquei sem chão e só tive forças pra uma ligação.

Sy - Gahyeon sofreu apenas alguns arranhões por estar no banco de trás.

- e meus pais?

Sy - Yoobin... Seu pai não resistiu e sua mãe está em uma cirurgia lutando contra morte

Depois disso eu simplesmente desmaiei. Quando acordei estava no colo da minha tia, ela estava chorando muito assim como Gahyeon que estava no outro cômodo.

Minha mãe lutou bastante mas pela manhã ela perdeu a batalha e veio a óbito.

Minha tia ficou conosco por 15 dias mas infelizmente teve que voltar pra Seul pra trabalhar.

Antes dela ir a mesma pagou as contas e fez compras, ela me ensinou o necessário para me manter alimentada com a Gahyeon.

Por mais que eu tivesse 19 anos, ainda não sabia como funcionava a vida de adulto e tive que aprender na marra.

Gahyeon não queria comer, nem ir pro colégio, ela se fechou no quarto e isso me deixava aflita.

E foi neste momento que eu senti a dor que minha mãe sentia todas as vezes que eu fazia isso.

Porque eu sempre ficava aqui achando que a qualquer hora minha caçula pudesse tentar contra a vida dela.

Minha irmã ficou de pressiva e traumatizada, pois ela viu os últimos suspiros do meu pai e estava no lado da minha tia quando recebeu a má notícia, fora todo o transtorno do acidente de carro que matou nossos pais e machucou ela.

Eu tive que: do dia pra noite amadurecer e aprender a ser responsável. Claro que não foi fácil mas eu me esforçava bastante.

Todas as dúvidas que eu tinha sobre tudo eu ligava pra minha tia e ela me ajudava no que podia.

No dia que o juizado veio até minha casa ver a situação que estávamos eles fizeram vários testes comigo e por muito pouco a Gahy não foi parar num orfanato.

Mesmo comigo amadurecendo a cada dia que passa eles sempre estão na minha cola pra saber se estamos bem.

Recentemente as contas começaram a acumular e como eu não tenho cursos e nem formação acadêmica não consegui trabalho.

A comida está acabando e a minha tia já não tem mais como me ajudar pois ela ganha mal pra se auto sustentar.

Estávamos numa situação difícil quando pensei em talvez alugar os quartos que não usavamos.

Minha casa é enorme e eu uso o sótão, Gahyeon se mudou pro quarto dos meus pais e isso deixa o quarto dela, o meu e o de hóspedes vazios.

Talvez se eu cobrar por noite ou por semana eu vonsiga dinheiro pra pagar as contas e o psicólogo da Gahyeon, se eu der sorte, alugo os três e dará pra comprar comida.


- Gahyeon?

G - Vai embora.

- Eu vou te deixar sozinha, não se preocupe, mas eu preciso conversar com você sobre nossas contas e a comida.

Ela senta e me olha, minha irmã está com olheiras profundas e emagreceu bastante nos últimos 3 meses.

G - Fala.

- Estamos com aviso de corte de energia e a comida está acabando, a Tia Siyeon mandou dinheiro e eu paguei a água e o gás... Eu não consegui trabalho e precisamos de dinheiro pra manter a casa senão o banco toma de nós e estaremos na rua.

G - se eu morrer é até melhor.

- Por favor não fale isso.

G - Dami eu realmente não me importo com mais nada.

- Gahyeon eles construíram essa casa pra nós duas, é nossa herança, nosso patrimônio... É um pedacinho deles e se perdermos ela nós também estaremos os perdendo.

Os olhinhos dela enchem de lagrimas e a mesma concorda, depois chiraminga um pouco e limpa as lagrimas.

G - O que vamos fazer Dami?

- Eu pensei em... Alugar os quartos... O seu, o meu e o de hóspedes.

G - Como um hotel?

- Sim... Há muitas universitárias e estagiárias que precisam de um lugar apenas para dormir, podemos alugar os 3 a um preço acessível e ir pagando as contas mais urgentes até o seguro sair.

G - Vamos aluga pra rapazes?

- Não, apenas mulheres, para homens pode ser muito perigoso e o juizado pode usar isso pra te tirar de mim.

G - E-eu concordo... Ja falou pra tia?

- Não... Ela tem cara de quem não vai concordar com isso e enquanto eu não faço 22 ela ainda manda em mim.

G - Eu não acho que esconder isso dela seja algo bom.

- Okay eu vou falar com ela.

G - Eu vou lá tirar o resto das minhas coisas.


E assim começou tudo.

Eu liguei pra minha tia e contei toda a ideia e como eu faria tudo, a mesma concordou que fosse apenas para mulheres de bem.

Gahyeon e eu ficamos 3 dias limpando e pintando os quartos, até que foi uma ótima experiência fazer isso juntas, eu vi um sorriso no rosto da minha irmã após 3 meses. 

Havia caido tinta nos meus cabelos e ela veio tentar limpar mas acabou sujando meu rosto, foi ótimo ver o sorriso dela, me encheu de vida e me impulsionou mais ainda para que continuasse lutando por nós duas.

Nós preparamos o quarto, colocamos lençóis nas camas e tentamos decorar como vimos na internet.

Gahyeon fez os anúncios e nós saimos juntas pra espalha-los perto das faculdades e das empresas.

Ficamos 4 dias olhando pro telefone e pra porta mas nada, nenhuma viva alma, minha irmã já havia desistido e o sorriso dela se apagou novamente.

Foi numa bela manhã de domingo que a campainha tocou e minha irmã após atender a porta veio correndo até meu quarto.


G - Levantaaaaaa tem uma muié la embaixo querendo morar aqui.



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