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História Pequenos Infinitos - Marcas


Escrita por: WilkensOficial

Notas do Autor


E lá se vai meu plano de postar 2 capítulos por semana, isso porque percebi que já estamos no 23!

Enfim.... acho que esse é um dos meus capítulos favoritos e com certeza vai deixar vocês com a cabeça explodindo.
Esse capítulo era apenas uma referência na versão original que acabou se estendendo a algo muito maior.
Como eu já disse em algum momento a vocês, a mãe do Leandro de OnE vai ter muito mais importância do que vocês podem imaginar.

Bom, que se iniciem as teorias.

Boa leitura e até quinta :P

Capítulo 23 - Marcas


Fanfic / Fanfiction Pequenos Infinitos - Marcas

Gustavo e eu ficamos tão empolgados na biblioteca que só saímos na hora do intervalo. Claro que não era só empolgação, de certa forma, eu estava com medo de dar de cara com Vinícius. Do jeito que ele era explosivo, era capaz dele bater em mim e no Gustavo antes que pudéssemos explicar toda aquela história que com certeza já havia sido distorcida a níveis inimagináveis.

Saí da biblioteca com um frio na barriga, talvez temendo os olhares das outras pessoas, não que eu me importasse com isso, mas porque eu detestava ser observado de forma acusadora, era como se todos fossem perfeitos e eu a imperfeição em forma de gente.

- Quer comer alguma coisa? – perguntou Gustavo quando já cruzávamos a porta da biblioteca.

Antes que eu pudesse responder, senti alguém me dar um empurrão tão forte que por pouco não caí de cara.

- QUAL É O TEU PROBLEMA GUSTAVO? – perguntou Vinícius gritando com o irmão. Sua expressão era de completo desprezo e repulsa. Seu tom de voz estava meio trêmulo, era como se ele convertesse a vontade de chorar em raiva.

- Mano, eu posso explicar, eu…

- VÃO SE FODER VOCÊS DOIS SEUS VEADINHOS! – ele disse isso e saiu sem olhar para trás.

Continuei paralisado ainda tentando encontrar palavras, mas eu simplesmente não conseguia dizer coisas que fizessem sentido.

Algumas pessoas que estavam ali nos olhavam meio assustadas e cochichavam sem disfarçar. Gustavo virou-se para eles e com um olhar choroso, começou a berrar:

- QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS? SERÁ QUE NÃO TÊM NADA MAIS IMPORTANTE PRA FAZER? – ele disse isso e se aproximou de mim, me olhando atentamente para ter certeza de que eu estava bem – Me desculpa Renan, eu… eu sinto muito. Eu sou um grande imbecil e agora o meu irmão me odeia. – ele começou a chorar e meu coração se partiu na hora, sem saber o que fazer.

- Ei, fica calmo… o Vinícius só precisa esfriar a cabeça. – falei o abraçando com força e deixando que suas lágrimas molhassem minha camisa, eu não me importava, só esperava que todo aquele drama adolescente terminasse logo, caso contrário, eu seria esmagado com todos aqueles sentimentos que transbordavam de meu coração.

Os dias foram passando lentamente e Gustavo passou a ficar isolado na sala de aula, eram poucas as pessoas que falavam com ele, era como se ele fosse invisível ou tivesse alguma doença. Claro que o mesmo acontecia comigo, mas eu não ligava, já que eu nem era tão popular assim.

Com todos os acontecimentos, Gustavo acabou se sentando perto de Amanda e eu. Carol foi outra que trocou de lugar e veio se sentar mais perto, e ignorando todos os olhares e expectativas, acabamos ficando bem próximos no decorrer das semanas que se seguiram.

Ellis, por outro lado, começou a ficar distante, talvez tivesse ficado chateada comigo ou com Gustavo por causa dos boatos de estarmos juntos, talvez ela não aceitasse aquilo, sei lá, ela era uma garota cheia de mistérios.

Enquanto Gustavo passava a maior parte do tempo lamentando a frieza do irmão, Vinícius parecia estar muito bem. Ele vivia sorrindo e parecia estar melhor do que nunca. Seus olhares na nossa direção eram raros e ele até reatou o namoro com Bruna, mesmo ela não sendo a melhor das pessoas.

Depois de três semanas, decidi que iria esquecer tudo aquilo, afinal de contas, nunca teria dado certo entre Vinícius e eu mesmo.

Já estávamos na metade do mês de março, era quarta-feira, véspera de feriado e naquele intervalo, Carol veio completamente desnorteada e pálida, como se tivesse visto um fantasma.

- Ai meu Deus! Acho que meu coração tá parando! – disse se apoiando no meu ombro e no de Amanda, que estava ao meu lado, junto com Gustavo.

- Não começa com o drama, conta logo o que aconteceu. – disse Amanda sem paciência.

- O Celso… me chamou pra sair. Dá pra acreditar? – disse ela segurando um sorriso de felicidade.

- Que Celso? O meu primo?

- Ele mesmo! – Tô desesperada! Ele parece tão novinho…

- Ele é novinho! – falei corrigindo-a – E desde quando vocês são tão próximos? Ele nunca me falou sobre isso.

- Bom, a gente não é tão próximo assim, quer dizer, desde a festa que nós demos lá em casa, ele vem me mandando mensagens de texto e até então, tem sido nosso maior contato. E hoje, quando eu estava saindo do banheiro, ele me cumprimentou e segurou a minha mão, entregando um bilhetinho pra mim onde ele me convidava pra sair. – Carol balançava as mãos completamente eufórica, talvez aquele tenha sido o primeiro rapaz a chama-la para um encontro – O que eu faço?

- Aceita, é claro. – disse Amanda cruzando os braços.

- Eu fico imaginando como vai ser esse encontro – disse Gustavo sorrindo – A Carol nunca esteve num encontro e o Celso aparenta ser muito tímido…

- Não duvido nada de eles ficarem olhando um pra cara do outro e falando sobre coisas de nerds. – retrucou Amanda aos risos, junto com Gustavo.

- É por isso que eu preciso de ajuda amigos. Quer dizer, vocês já são experientes e podem me dar umas dicas, já que o encontro será hoje à noite, quer dizer, isso se eu aceitar. – quando Carol disse isso, Amanda olhou para mim com uma cara de quem estava tendo alguma ideia maluca.

- Claro que você vai aceitar! É sua obrigação! – disse Amanda batendo palminhas – Bom, vamos fazer o seguinte… depois da aula eu vou lá na república pegar maquiagem e um vestido que eu sei que vai ficar muito lindo em você, de lá o Renan, o Gustavo e eu vamos pra sua casa te produzir e te dizer exatamente o que você deve fazer e como deve se comportar.

Carol engoliu em seco.

- Eu não sei se isso vai ser uma boa ideia. Suas roupas com certeza nem entram em mim. Eu sou enorme!

- Esses detalhes são os que menos importam. Fica calma que nós cuidaremos de tudo pra você! Esse vai ser o melhor encontro da sua vida!

Enquanto Amanda e Carol começavam a cochichar cheias de euforia, Gustavo me olhava feito um cachorro sem dono. Fingi não perceber, seria melhor assim.

De repente, Vinícius passou agarrado a Bruna bem perto de nós, com certeza fazendo questão de esfregar na nossa cara o quanto estava bem.

- Filho de uma puta! – resmunguei baixinho enquanto ele zombava de nós com suas atitudes infantis – Se é pra agir com baixaria, vamos agir com baixaria!

Segurei a mão de Gustavo e fiquei olhando pra ele com um sorriso forçado so pra ver como Vinícius reagiria.

Claro que ele virou a cara como se não se importasse, mas algo me dizia que ele estava se contorcendo de raiva.

- Não faça isso de novo, por favor. – disse Gustavo com a cara fechada, se afastando de mim – Não quero ser usado pra causar ciúmes a ele. Já tenho problemas demais.

Fiquei completamente envergonhado com aquele sermão e antes que eu ficasse vermelho feito uma pimenta, Amanda, que me conhecia o suficiente para me tirar de situações como essa, começou a puxar um assunto aleatório, acho que era sobre o novo filme da Lindsay Lohan.

Depois da aula, Gustavo, Amanda e eu seguimos para casa quando no meio do caminho, avistei o carrinho de “Sorvetes Secretos do Senhor M”. Meus olhos brilharam e é claro que eu não pude perder a oportunidade de experimentar mais uma vez daqueles sorvetes que provavelmente, eram os mais gostosos do mundo.

Pedimos os sorvetes e enquanto ele os preparava, vi que seu semblante era de pura felicidade. Senti inveja daquele sorriso. Ele parecia um homem que conseguia encontrar sossego e paz no pouco da vida.

- O segredo está dentro de você. – disse ele entregando o meu sorvete. Fiquei sem entender o porquê de ele ter falado aquilo e confesso que por alguns minutos eu fiquei pensativo, mas logo me distraí com alguns pássaros gritantes que sobrevoavam o céu com sua beleza singular e seus sons quase idênticos a vozes humanas raivosas. Aquela era uma das espécies de pássaro mais irritantes do mundo.

- Ham… tenho uma pergunta. – disse Amanda quando já estávamos na frente do nosso prédio – Você e o Vinícius dividem o mesmo carro… como é que…

- Não dividimos mais. – disse Gustavo sério, interrompendo Amanda – É exatamente por isso que estou a pé. – Amanda fez uma careta para ele, mas não disse nada em resposta.

Depois disso, ficamos calados e subimos as escadas apenas ao som do ambiente tranquilo do lugar.

Quando chegamos no nosso andar, Amanda se despediu rapidamente e correu para a república, nos deixando sozinhos quase em frente à minha porta.

- Sobre mais cedo, me desculpa por ter feito aquilo. Eu… não queria fazer você se sentir usado nem nada disso. – falei tentando puxar assunto e fazê-lo se acalmar, já que ele estava agindo meio grosseiro desde aquele momento.

- Tá tudo bem. Acho que eu exagerei um pouco também. – disse com o olhar fixo em meus lábios, mas logo disfarçando – Não tem sido fácil ficar sob o mesmo teto que o meu irmão e não poder falar com ele. O pior é que ele anda se comportando além do bizarro. Ele desaparece a noite inteira, tem ataques de fúria do nada… ele não está tão bem quando parece.

- Tudo isso está sendo muito cansativo pra você – falei tocando em seu ombro – O pior de tudo é saber que eu sou o principal responsável.

- Você é mesmo! – disse em tom de brincadeira finalmente sorrindo.

- Bom, nesse caso, acho que não seria má ideia você e a Amanda virem aqui pra casa ver uns filmes e comer algumas besteiras mais tarde.

- Tem certeza?

- Sim. Vai ser legal, e o melhor de tudo é que amanhã é feriado e não precisamos nos preocupar em acordar cedo.

- Tá bom. Então está combinado. Er… eu vou indo então. Daqui a pouco eu venho te buscar pra irmos pra casa da Carol.

- Tá bom. – falei dando um tchauzinho e entrando em casa.

A luz da sala estava acesa, meu tio Daniel estava sentado na mesa de jantar, que mais parecia a mesa das maquetes.

Tia Rosana estava sentada no sofá assistindo TV e meu pai estava parado em pé, no corredorzinho que levava aos quartos. Ele estava com uma cara de maníaco para meu tio, que ria alto.

- Oi. – falei de costas enquanto fechava a porta.

- Não Ricardo! Não! – me virei para trás e vi que agora meu pai estava segurando o titio, que parecia estar num misto de raiva e euforia.

- EU VOU TE MATAR! – dizia papai irado. Confesso que fiquei um pouco assustado na hora, sem entender o que estava acontecendo.

- RICARDO! – tio Daniel conseguiu colocar papai contra a parede e pediu que ele se acalmasse.

- O que é que tá acontecendo aqui? – falei revirando os olhos – E porque tá todo mundo aqui? O senhor não deveria estar trabalhando, papai?

- Renan, filho! – disse papai me lançando um sorriso sofrido – Seu tio ficou louco!

- EU FIQUEI LOUCO? CONTA PRO RENAN O QUE VOCÊ ESTAVA PRESTES A FAZER! CONTA! – papai ficou calado.

- Alguém vai me dizer o que tá acontecendo? – falei olhando para o rosto de todos, um por um. Tia Rosana se levantou e suspirou calmamente, me explicando todo aquele furdunço.

- Eu acho melhor você se sentar. – disse titia estendendo a mão para mim. Sentei ao seu lado – Tem algumas fotos circulando por aí onde seu pai é visto com uma garota de programa. Está nas redes sociais, sites e se duvidar, até nos jornais pela manhã.

- E daí? Ele é maior de idade! – falei dando de ombros.

- O problema é que se trata de uma garota de quatorze anos! – disse tio Daniel complementando o assunto.

- Cadê as fotos?

- Eu salvei algumas no meu celular. – disse titio me mostrando. No momento em que vi as fotos, lembrei do dia em que foram tiradas. Eram fotos do mesmo dia em que dona Célia, mãe de Ellis, tinha vindo me deixar em casa e surtou ao saber que eu era filho do cara que ela odiava mortalmente.

- Eu entendi o lance das fotos, mas o que o papai estava prestes a fazer? – sem dizer nada, tio Daniel colocou uma arma em cima da mesa e olhou sério para o papai.

- O Ricardo estava prestes a ir na casa da Célia fazer ameaças e só Deus sabe que tragédia teria acontecido se nós não tivéssemos tido a ideia de passar no trabalho dele logo depois de ver as fotos. Quando percebemos que ele não estava lá, deduzimos que ele estaria em casa aprontando alguma. Meu sexto sentido de irmão nunca falha!

- PAI, O SENHOR FICOU LOUCO? – falei lhe encarando, que virava a cara feito uma criança mimada – O SENHOR NÃO PODE FAZER NENHUMA LOUCURA! É ISSO QUE ELES QUEREM!

- Que razão eu tenho para manter a minha sanidade? – disse agora de cabeça baixa.

- Eu sou essa razão papai! – falei segurando sua mão. E pela primeira vez, ele me olhou com os olhos molhados e cheios de felicidade. Senti que ele estava segurando as lágrimas ao máximo e confesso que eu também já estava com os olhos marejando.

- Vocês estão certos, eu fui idiota, agi sem pensar direito, é que… eu fui dominado pela raiva. Me desculpem.

- Pai… - falei me aproximando mais ainda dele – Eu preciso que o senhor confie em mim e me conte o que realmente aconteceu, por favor. – eu estava quase suplicando. Eu precisava ter certeza de que meu pai era o cara bonzinho, eu queria sentir orgulho dele.

Papai começou a chorar de repente, e sem dizer nada, levantou e foi para seu quarto. Tio Daniel sugeriu que o deixássemos sozinho por enquanto.

- Ele nunca falou o que realmente aconteceu, nem no tribunal ele permitiu que fôssemos com ele. – disse Tia Rosana.

Pela forma como tia Rosana falava, ficava evidente que algo em toda essa história o incomodava muito e que ele tentava esquecer a todo custo, mas seria algo tão sombrio ou vergonhoso assim?

- Mas ele foi inocentado das acusações, não é mesmo? – perguntei quase em súplica.

Tio Daniel e tia Rosana se entreolharam.

- Haviam muitas evidências contra seu pai. Ele foi inocentado aos olhos da justiça por causa do bom advogado que tinha e por causa do testemunho que sua mãe deu, isso sem falar em toda a influência que a Adelaide, irmã da Rosana tem. Ela foi de grande ajuda. – disse tio Daniel com pesar.

- Perante a sociedade e principalmente perante a família da garota Ellis ele é culpado. – disse ela suspirando – Seu pai sempre alegou que as provas foram implantadas para incriminá-lo.

- Minha mãe depôs a favor do meu pai? Isso quer dizer que em algum momento ela veio pra Orégano sem que ninguém soubesse! – aquele mistério ficava cada vez mais cabuloso. – A Dona Célia estava comigo no dia dessas fotos e ela estava dirigindo. Seria impossível que ela conseguisse tirar essas fotos. Eu acho mais provável que outra pessoa esteja por trás disso.

- Pode ser qualquer um Renan. Na época em que houve o incidente, muita gente ficou contra seu pai e até ameaçaram ele de morte. Com tudo isso voltando à tona, vocês dois precisam ter muito cuidado por aí!

- Eu nem sei o que dizer, só espero que ele não tenha outro surto desses. – falei sentindo meu coração palpitar de medo.

- Inevitavelmente, esse descontrole emocional é de família. O seu avô morreu de tanto sentir raiva à toa. Ele descontava em todo mundo e vivia xingando, seu pai e eu somos a imagem dele, a diferença é que aprendemos a controlar nosso temperamento depois da morte da Sara. – dizia tio Daniel suspirante.

- Sara? Quem é Sara? – falei surpreso diante daquela revelação. Titio arregalou os olhos tão surpreso quanto eu e devido a minha insistência, ele me contou brevemente.

- Nós éramos quatro irmãos. Daniel, Ricardo, Marta e Sara. Tivemos uma infância pobre e mesmo assim, fomos felizes, pelo menos, até aquela noite fria de agosto, quando a Sara morreu.

- O que aconteceu com ela?

- Papai e mamãe tinham saído com a Marta e nos deixado em casa. Tiramos o dia pra brincar no nosso quintal, que era imenso e cheio de árvores frutíferas. Depois de uma discussão boba com seu pai, eu resolvi ir pra rua esfriar a cabeça. Fiquei fora tempo o suficiente para que uma tragédia acontecesse. – ele fez uma pausa para suspirar – Ricardo e Sara haviam mexido com uma colmeia de abelhas que ficava no galho mais alto de uma das árvores. Claro que aquela brincadeira não terminou bem e… bom, Ricardo sofreu algumas picadas, mas não foi nada comparado à Sara, que inchou até que suas vias respiratórias não passassem o ar necessário para respirar. Quando eu cheguei em casa ela já estava morta e Ricardo só conseguia chorar. Desde aquele dia Ricardo não foi o mesmo. Acredite ou não, ele nunca nos contou detalhes do que aconteceu, apenas que as abelhas a mataram e que ele era o culpado. Desde aquele dia eu prometi que cuidaria dele a todo custo, nem que isso custasse um alto preço. Meu irmão já sofreu demais, ele merece ser feliz.

- Nossa, eu… eu não imaginava uma coisa dessas. – falei com pesar – E, ham, o que aconteceu com a outra irmã de vocês?

- Bom, o destino da Marta foi outro drama. Como eu disse, nós éramos muito pobres e naquele dia em que nossos pais saíram com ela, não foi para um passeio. Eles a tinham levado para adoção, em troca receberam uma boa quantia em dinheiro que foi o suficiente para nos manter por algum tempo.

- E vocês nunca procuraram saber o paradeiro dela?

- Tudo o que sei é que ela mora na cidade de Braga e tem um filho chamado Leandro. – tio Daniel fez mais uma pausa, agora para enxugar as lágrimas – Mamãe chorou arrependida até a morte enquanto papai raramente demonstrou emoções, mas no fundo, eu sabia que ele sentia muito por ter feito isso, mas, segundo ele mesmo, foi necessário para garantir uma vida boa a pelo menos um de nós. Só soubemos de toda essa verdade quando nossos pais já tinham alcançado certa idade.

- Eu sinto muito por tudo o que vocês passaram. – falei tocando o ombro do titio em sinal de apoio.

Depois de ouvir tudo aquilo, fiquei muito pensativo em relação ao meu pai que já tinha sofrido muitas perdas na vida. Percebi que ele havia se esforçado por muito tempo em tentar me agradar e me ter como um filho, um amigo ao seu lado e eu, de certa forma, nunca enxerguei esses esforços. Meu pai precisava de mim e eu precisava estar à sua disposição.


Notas Finais




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