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História Percy Jackson Filmes - Peões para os deuses


Escrita por: JkTorcani

Notas do Autor


Um beijo para quem favoritou a fic e também para aqueles que acompanham.

Capítulo 3 - Peões para os deuses


Fanfic / Fanfiction Percy Jackson Filmes - Peões para os deuses

Tudo estava escuro. Sufocante. Onde eu estava?

“Luke! Luke, acorde!”

Água. Uma luta. O Raio. Percy Jackson.

Agora me lembro, preciso sair da água.

Alguma coisa prendia meu pescoço, um cabo com três pontas. Um tridente, arranquei-o e me impulsionei para cima, o quão submergido eu estava?

Se eu não tivesse feito aulas de natação no Acampamento...

Emergi sobre as águas do East River, ainda era noite, quanto tempo fiquei na água? E como não me afoguei? Não cheguei à nenhuma resposta. Olhei para a cidade, o brilho das luzes me permitiam enxergar tudo em volta. Nova York, a cidade que nunca dorme, uma distância de trinta metros entre mim e ela. Nadei até as docas, olhei tudo em volta, alarmado, não havia ninguém a vista. Avistei um barco à motor, uma corda o prendia. Subi no barco para revista-lo, encontrei um cobertor e uma caixa com iscas de todos os tipos. Alguém estava por perto, um pescador.

Eu precisava sair daqui. Ainda estava muito perto do Monte Olimpo. Se Jackson já tivesse entregado o Raio a Zeus, os olimpianos sabem quem é o ladrão. Mas nenhum sinal de que estivessem atrás de mim. Então eu...

“Luke!”

Droga. Essa voz. Hermes sabia que eu estava vivo. Agora eu tinha sérios problemas. Será que ele poderia guiar os outros deuses até mim?

“Bom saber que está vivo, filho”

- Não me chame de filho! – eu disse em voz alta por impulso. Olhei em volta, ninguém apareceu.

“Luke! Por que fez isso? Por que roubou o raio? O garoto de Poseidon nos informou que você queria que os deuses destruíssem uns aos outros, que você estava com raiva. Essa raiva que você sente é de mim? “

- Todos os deuses devem ser destruídos! Todos vocês. Todos iguais, egoístas – disse eu, então deixei meu tom de voz mais calmo - Ainda estou aqui, Hermes, e não vou parar por nada. Uma nova geração deve assumir o poder. A era dos olimpianos vai acabar.

“Luke, não foi escolha minha te abandonar”

- Nem sequer se dá o trabalho de vir aqui e dizer isso pessoalmente, deve estar muito ocupado no momento, talvez checando os itens na The UPS Store, certificando-se que não roubei nada de novo.

“Na verdade estou no Olimpo, estava ouvindo as reclamações de Zeus porque um dos meus filhos quase causou a destruição do mundo. E é claro que daqui a pouco terei que ouvir Hera dando uma palestra de como controlar os filhos e Atena com seus conselhos...”

- Não tenho tempo para perder com você – cortei-o. Um desrespeito para um deus, mas o que ele ia fazer? Descer aqui e me incinerar? Não.

“Eu sei Luke. Você deve fugir. Os outros deuses acham que você está morto e devem permanecer com essa ideia.”

- Não me diga o que fazer! Eu não preciso dos seus conselhos, não sou como os outros semideuses. Desesperados por atenção – disse eu. Não aceitaria ajuda de um deus, mesmo se fosse para salvar minha vida.

“Então por que está com tanta raiva? Se não deseja atenção...”

- Já chega! Essa é a última vez que nos falamos, deus mensageiro – encerrei a conversa abruptamente, peguei o cobertor saltei do barco e segui caminho até o centro da cidade. Tinha que sair de Nova York e encontrar... os outros. Precisava avisa-los que o plano foi por água baixo. No sentido literal, pensando bem.

Silena estava na casa do pai dela. Chris e os outros estavam no Acampamento e eu não voltaria para lá, nem clandestinamente. Sim, tinha alguns aliados que estavam por aí. Não muitos. Algumas pessoas não sabem apreciar meu pensamento linear. Somos apenas peões para os deuses. Não sei como tantas pessoas podem ser tão cegas.

Silena mora em Cleveland, Tennessee há mais de mil e duzentos quilômetros daqui, ia ser uma viagem longa. Mas ela era minha única chance. Não que eu confiasse nela, eu não confio em ninguém, mas eu a trouxe para a minha causa. Posso ser muito convincente quando quero. Já Chris Rodriguez, veio para o Acampamento Meio-Sangue a dois anos e não sabia de quem era filho durante um ano inteiro, até Hermes dizer em seus pensamentos que era seu pai. Existe melhor forma de informar algo assim? É como pedir o divórcio por mensagem de texto. Chris ficou rancoroso com os deuses desde então, quase tanto quanto eu, só o que eu precisei fazer foi motiva-lo um pouco, e ele se mostrou um ótimo aliado.

 

Cheguei à Pensilvânia em um dia, consegui dracmas, dinheiro, itens mortais e transporte pelo caminho, isso me fez lembrar um pouco dos tempos antigos. Apesar de que naquela época eu nunca havia roubado um carro, talvez porque não sabia dirigir direito. Hoje tudo que é ilegal me atrai, não dou a mínima para os mortais de qualquer forma. Enquanto passava por Brookville acelerando o Plymouth Laser a 105 Km/h pensava no meu último encontro com Silena no Acampamento.

Flashback On – 7 meses atrás.

Estava jogando Resident Evil 5 no Xbox 360 quando ela entrou na tenda.

- Luke – ela chamou.

- Hã? – perguntei sem me virar pra ela. Jogos me deixavam super concentrado.

- Preciso falar com você – disse ela, vendo que eu não estava prestando muita atenção – é sobre o plano.

Pausei o jogo e a encarei. Depois olhei para os lados para ver se alguém estava por perto. Ninguém estava. Não era inteligente conversar sobre isso em um lugar tão cheio como o Acampamento. Mas Silena não era inteligente.

- Ainda está em dúvida Silena? – perguntei-lhe levantando uma sobrancelha.

- Não, é só que surgiu um imprevisto para mim. Vou para a casa do meu pai. Não posso adiar – disse ela me olhando com seus belos olhos. As vezes era difícil lembrar que ela era só uma aliada. Me levantei da cadeira. Se Silena viajasse...

- Você não pode adiar? Silena, daqui a uma semana eu irei ao Monte Olimpo. Vou usar meus truques para entrar e minhas habilidades furtivas. Vou roubar o Raio. Mas é um trabalho para dois. Só o que eu te pedi foi isso, uma pequena ajuda. Ninguém vai saber da sua participação, nem mesmo Chris e os outros se assim você quiser. Eu não quero perder mais tempo, está comigo ou não?

 

- Estou com você Luke, você sabe, só acho que apressamos demais as coisas – respondeu ela.

- Eu sei, por isso estou pedindo para não viajar para a casa do seu pai, eu preciso de você – disse eu. Na verdade, qualquer um poderia me ajudar com o plano, mas Silena era a mais fácil de controlar, então eu não teria problemas.

- Vai ser só por um tempinho, vou estar de volta em breve. Antes que você pisque, querido – afirmou ela.

- Silena, não... – comecei.

- Chris pode ir no meu lugar. Ele está tão nisso quanto você, posso falar com ele se você quiser. Um pouco de charme e voilà. O parceiro perfeito para o crime – disse ela.

Pensei por um instante. Não conseguiria nada discutindo com Silena e nem queria. Chris poderia servir, sendo um aliado devoto.

- Tudo bem, Silena. Mas espero que dá próxima vez que eu precisar de você, seja mais atenciosa – avisei. Ela se aproximou de mim. Colocou as mãos no meu rosto, um pequeno sorriso de escárnio apareceu.

- Luke, você é lindo, mas não força tanto a barra comigo. O Chris é seu bichinho de estimação, não eu – disse ela.

- Como vai o Beckendorf? – perguntei retribuindo o sorriso. Ela ficou séria. Beckendorf era um assunto delicado para ela, sendo sua paixão secreta e tal. Eu descobri isso sobre ela, e outras coisas. Silena sorriu um pouco por fim.

- Ah Luke, sempre gostei de você por isso, a forma como tenta manipular as pessoas. Nos damos tão bem, não é mesmo? – ela me deu um selinho – melhor continuarmos assim – então ela foi embora.

 

Duas horas depois fui atrás de Chris. Encontrei ele conversando com um campista.

- Ei Luke! – cumprimentou ele – eu ia procura-lo agora mesmo, tenho um assunto pra tratar com você.

- Tudo bem, mas isso pode esperar, preciso de você pra uma coisa.

- Certo... - disse ele, então se virou para o outro garoto - ...ah Ethan, falo com você depois.

O garoto assentiu e seguiu caminho. Contei a Chris o que precisava que ele fizesse. Ele aceitou na mesma hora. Como esperado.

- Isso têm que dar certo, Chris – disse a ele.

- E vai... ahn a propósito, Luke, nós poderíamos trazer mais pessoas para o nosso lado –disse ele – como o Ethan, ele...

- Eu disse para deixar essa parte comigo, já temos uma dúzia de meio-sangues conosco. Você disse algo para Ethan Nakamura? – perguntei a ele.

- Não, mas ele poderia ser ótima adição – disse ele.

- Vou falar com ele, mas não agora. Por enquanto esperamos – finalizei a conversa.

 

Flashback Off

Todos os meus aliados do Acampamento, já deveriam saber do meu fracasso. Isso não era bom. Eles não podiam desistir. Principalmente agora que eu preciso deles.

 

Dirigi por mais uma hora, até ouvir...

“Filhote de deus”

Balancei a cabeça. Que voz era essa. Nunca a ouvi. Já até comecei a pensar que era o sono, mas...

“Luke, filho de Hermes”

Não era o sono. Parei o carro no encostamento. Será que eles me encontraram? Um deus estava atrás de mim?

- Quem é você? – perguntei.

“Ouvi seus pensamentos, suas maldições. Rejeitou sua parte humana, e foi rejeitado pela parte divina. Um garoto corajoso, muito interessante”

A voz era um sussurro áspero, como se o dono dela estivesse poupando milênios de força para dizer aquelas palavras. Mas quem...

“Você quer saber quem eu sou, mas temo que se souber, corra de volta para os deuses pedindo perdão”

- Isso não vai acontecer – disse eu. Isso nunca aconteceria.

“Sou aquele que você estava esperando, meio-humano”

- Eu não esperava por ninguém, se você é um deus, então...

“Não me insulte desse jeito. Me comparar à aqueles insetos. Eu sou mais do que um deus. Sou um Titã. Sou Cronos, seu novo senhor.”

- Impossível. Cronos foi destruído a milênios – disse eu.

“Um Titã não pode ser destruído. Fui esquartejado, tendo meus pedaços jogados ao Tártaro, obrigado a sofrer um tormento insuportável. Adivinha por quem. Os olimpianos.”

Fiquei paralisado por alguns segundos. Se Cronos pudesse voltar, seria perfeito, eu teria a minha vingança... a melhor chance de destruir os deuses e qualquer um no caminho.

- Do que você precisa? – perguntei. Surpreendendo a mim mesmo.

Um riso ribombou em meus ouvidos.

“Não gosta de perder tempo, muito bem. Mas antes você deve me achar, me trazer de volta do tormento. Boa sorte. “

Embaixo dos meus pés o chão se abriu, comecei a descer em uma escuridão infinita. Isso não é bom.

“Você vai precisar”


Notas Finais


Gente, eu sou como um Pokémon: Eu evoluo conforme escrevo.
Então esse foi o capítulo de hoje.
Na próximo capítulo: Uma semana se passou desde o retorno da missão atrás do Raio, como estará Percy e Annabeth?


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