História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 167

POV: Perseus Heitor Jackson.

Depois de um banho rápido na área de chuveiros da praia, para a areia do meu corpo, não se preocupe, fora fechado para não ter contato com nenhum curioso ou criança que passasse por ali, fazendo apenas uma caminhada noturna na praia. Depois de todo aquele sexo estranho e excitante, eu estava até animado em sair e conhecer melhor o pessoal, parece estranho falar isso, mas parando para pensar melhor, a verdade é que eu lutei toda minha vida pelas pessoas, pelos mortais desse mundo, porém, no final das contas eles não passavam de estranhos para mim, nunca tive muito contato com eles, daria para contar nos dedos de apenas uma mão a quantidade de amigos que tenho que são meros mortais, ou seja, que não sejam semideuses, deuses ou mesmo criaturas magicas e no fim até monstros, na verdade, eu tinha apenas duas pessoas conhecidas no mundo mortal, uma delas era um mortal especial, que era Rachel Elizabeth Dare, não podia dizer que éramos amigos, mas também não poderia dizer que não a conheço.

Já a outra era Louise, uma mortal incrivelmente bela que vi apenas uma vez, durante poucas horas, que felizmente foram memoráveis, acho que no final das contas nem poderia considerar Louise uma amiga, até porque ela despertava sensações estranhas em mim, sem contar as poucas horas de contato que tivemos e na verdade eu nem sabia seu segundo nome, apenas o primeiro e mais nada. Enfim, eu estava ansioso em fazer algo com meros mortais, conhece-los melhor e fazer amizade com alguns deles, mesmo que sejam atrizes de filmes adultos, bem, parando pra pensar melhor, eu também sou um ator de filmes adultos agora. Eu estava acabando de colocar minhas roupas, quando escuto barulho de passos vindo na minha direção, era mais de uma pessoa, calculo pelo barulho que sejam em torno de 3, virei-me para ver quem era, então apenas senti um pequeno corpo se jogar contra o meu e me agarrar.

---Percy. ---Disse Rachel animada, a pequena morena felizmente estava vestida, em roupas casuais, ela usava uma regata branca que deixava um belo decote e um short jeans escuro que ia até a metade de suas coxas torneadas e bonitas. ---Hoje trabalhamos muito duro, então, agora, podemos relaxar um pouco, não é?

---Assim, claro, estou animado pra ir. ---Disse sorrindo, e dessa vez estava sendo bastante sincero, eu estava até mais do que apenas animado.

---Para de ficar monopolizando o rapaz, Rachel. ---Disse Julia chamando minha atenção, ela estava linda, vestindo um vestido vermelho sangue, que descia até a metade de suas cochas maravilhosas e tinha um decote generoso, que deixava sua linda pele branca amostra. Ela estava parada ao lado de Maria, que estava vestindo como uma típica garota americana, calça jeans escura e uma camiseta preta com uma caveira mexicana colorida como estampa.

---Se você continuar desse jeito, Ester vai ficar irritada contigo. ---Disse Maria seriamente. Em resposta a questão levantada pela Maria, Rachel soltou meu pescoço e desceu para o chão, ela me olhou com uma expressão séria em seu olhar.

---Falando nisso. ---Disse Rachel seriamente, ela segurou em meu braço e começou a me levar em sentido as outras duas mulheres. ---Eu conheço Ester a muito tempo, anos, ela sempre foi uma mulher invejável, independente e durona.

---Eu a conheço faz pouco tempo, na verdade, é a primeira vez que trabalhamos juntas, ela é uma profissional exemplar. ---Disse Maria seriamente, enquanto ela seguia a gente de perto, enquanto nos encaminhávamos em direção aos carros. ---Mas conheço sua fama a anos, afinal de contas, ela não tem o titulo de rainha do pornô atoa.

---Assim, eu já ouvi falar da fama dela. ---Disse distraidamente, não entendo onde elas estavam tentando chegar.

---Enfim. ---Disse Rachel seriamente, trazendo minha atenção de volta para ela. ---O que eu estava tentando perguntar é, você e Ester, como definiria seu relacionamento? Sério? Apenas diversão? Ou estão ainda se conhecendo melhor? ---Perguntou Rachel seriamente me surpreendendo, porque ela estaria tão curiosa em saber sobre o meu relacionamento com Emuna, digo Ester, e o pior, eu não sabia o que responder, obviamente nosso relacionamento é sério, afinal de contas existe o selo do amor entre nós, algo que prende nossas almas, mas poderia também dizer que estávamos nos conhecendo melhor, bem, mais o menos, já que Emuna me conhece perfeitamente, todos os mínimos detalhes, porém, eu estava a conhecendo agora, já podia dizer que gostava muito dela, não a amo, pelo menos não como amei Ligea ou Luana, porém, sabia que ela me amava totalmente, mas como prometi a ela, farei meu melhor para retribuir seu amor.

---Nosso relacionamento é sério, muito sério na verdade. ---Disse sinceramente, olhando para Rachel que instantaneamente fez uma cara de tristeza a minha resposta.

---Poxa, mais que pena. ---Disse ela por fim. Estava confuso com a reação de Rachel, nós fizemos o sexo mais confuso que já existiu, não tinha sentimentos por ela, afinal de contas estava a conhecendo agora, não imaginei nem por um segundo em ter um relacionamento mais sério com ela, sem contar que ela era apenas uma mortal, jamais traria ela pro meu mundo, era muito perigoso para sua saúde, tanto a física quanto a mental. Mas ela me parecia triste com isso, em especial em saber do meu relacionamento com sua chefe, entendia seu ponto, entrar em uma disputa amorosa com sua chefe é complicado, no melhor dos casos você “toma” o companheiro da sua chefe e vai ser demitida por isso. 

---Estou surpresa em saber disso. ---Disse Maria puxando minha atenção para ela.

---Porque está surpresa com isso? ---Perguntei confuso.

---Ester é famosa por não ter relacionamentos amorosos duradouros, apenas diversão. ---Disse Rachel chamando minha atenção. Eu até podia entender isso, Emuna sendo uma súcubo, ela não é exatamente uma mulher de um único homem, pelo que entendi do selo do amor, ele só pode ser feito uma única vez, então a Súcubo tem que escolher o melhor companheiro possível para ela, e usando da sua habilidade de vampira, usando o beijo de vampiro, aquela habilidade que suga as memórias e a energia vital e muito mais da vítima de uma Súcubo, ela poderia ver tudo daquela pessoa e ver de imediato, se ele merecia fazer o selo com ela.

---Com certeza. ---Disse Julia seriamente. ---Eu conheço Ester a ainda mais tempo do que a Rachel, nunca vi Ester em um relacionamento de verdade, incrível, mas dá pra perceber o porquê dela ter te escolhido.

---Como assim o porquê?  ---Perguntei curioso.

---Esse seu jeitinho. ---Disse Maria sorrindo pra mim.

---Meu jeitinho? ---Perguntei curioso.

---Sim, exatamente, você é tão meigo e fofo. ---Disse Rachel me apertando mais forte.

---Você é muito bonito, charmoso, educado. ---Disse Julia seriamente. Agora já estávamos próximos do estacionamento. ---Você é uma pessoa apaixonante demais.

---Eu apaixonante? ---Perguntei surpreso, e um pouco corado com os elogios que estava recendo.

---Sim, muito. ---Disse Maria chamando minha atenção. ---E olha que eu nem gosto muito de homens, mas seu jeito, sua aura, sua postura, são tão cativantes, mesmo pra uma lésbica como eu. É tão estranho eu falar isso, nem te conheço muito bem, mas poderia dizer facilmente que você atraia as pessoas, um verdadeiro imã, entendo perfeitamente como Ester se apaixonou por você.

---Sem contar o sexo, incrível demais. ---Disse Rachel sorrindo de uma forma pervertida.

---Com certeza. ---Concordou Julia.

---Pode apostar que sim. ---Disse Maria sorrindo.

---Bem, acho que dessa vez eu não posso ficar com os créditos, eu meio que brochei. ---Disse tristemente, eu não era exatamente o cara mais orgulhoso do mundo, mas o fato de ter falhado, não ter tido uma ereção de forma natural, era um tanto quanto irritante e constrangedora. ---Afinal de contas tive que apelar pro Viagra! ---Disse sorrindo sem jeito.

---Bobagem. ---Disse uma outra voz atrás de mim, virei-me e pude ver Emuna/Ester vir na minha direção, ela estava vestindo-se parecida com a Maria, calça jeans preta e uma camiseta vermelha. ---Eu disse que você não precisava de Viagra e realmente não precisou.

---Como assim? No fim das contas eu precisei. ---Disse confuso, eu tinha certeza absoluta que havia tomado o comprimido que Emuna havia me dado.

---Na verdade, aquilo não era Viagra. ---Disse Emuna me surpreendendo, ela parou do meu lado e sorriu. As meninas riram da minha reação de surpresa por saber que eu estava natural durante o filme todo. ---Era apenas um doce que parece uma pílula.

---Mentira. ---Disse incrédulo. ---Mas eu não estava tendo uma ereção, só depois da pílula que tu me deste, que eu tive uma ereção.

---Já ouviu falar de efeito placebo? ---Perguntou Julia seriamente, eu assenti positivamente, eu havia lido sobre alguns estudos que falavam que o Efeito placebo é o efeito mensurável ou observável sobre uma pessoa ou grupo, ao qual tenha sido dado um tratamento placebo, um placebo é uma substância inerte, ou cirurgia ou também conhecida como terapia "de mentira", usada como controle em uma experiência, ou dada a um paciente pelo seu possível ou provável efeito benéfico. O porquê de uma substância inerte, uma assim chamada "pílula de açúcar," ou falsa cirurgia ou terapia fazerem efeito, não está completamente esclarecido, pelo que eu soube, existe algumas teorias, a teoria psicológica: está tudo na sua cabeça. Muitos acreditam que o efeito placebo seja psicológico, devido a um efeito real causado pela crença ou por uma ilusão subjetiva. Se eu acreditar que a pílula ajuda, ela vai ajudar. Ou a minha condição física não muda, mas eu sinto que ela mudou. Por exemplo, Irving Kirsch, um psicólogo da Universidade de Connecticut, acredita que a eficácia do Prozac e drogas similares pode ser atribuída quase que inteiramente ao efeito placebo. Em um estudo publicado [em junho de 1999], Kirsch e... Guy Sapirstein... analisaram 19 testes clínicos de antidepressivos e concluíram que a expectativa de melhora, e não ajustes na química do cérebro, foram responsáveis por 75 por cento da eficácia das drogas. "O fator crítico," afirma Kirsch, "são nossas crenças a respeito do que irá acontecer conosco. Você não precisa confiar nas drogas para ver uma profunda transformação." Em um estudo anterior, Sapirtein analisou 39 estudos, feitos entre 1974 e 1995, de pacientes depressivos tratados com drogas, psicoterapia, ou uma combinação de ambos. Ele descobriu que 50 por cento do efeito das drogas se deve à resposta placebo. As crenças e esperanças de uma pessoa sobre um tratamento, combinadas com sua sugestibilidade, podem ter um efeito bioquímico significativo. Sabemos que a experiências sensoriais e pensamentos podem afetar a neuroquímica, e que o sistema neuroquímico do corpo afeta e é afetado por outros sistemas bioquímicos, inclusive o hormonal e o imunológico. Assim, há provavelmente uma boa dose de verdade na afirmação de que a atitude esperançosa e as crenças de uma pessoa são muito importantes para o seu bem-estar físico e sua recuperação de lesões ou doenças. Entretanto, pode ser que muito do efeito placebo não seja uma questão da mente controlando moléculas, mas sim controlando o comportamento. Uma parte do comportamento de uma pessoa "doente" é aprendida. Assim como o é parte do comportamento de uma pessoa que sente dor. Em resumo, há uma certa quantidade de representação de papéis pelas pessoas doentes ou feridas. Representação de papéis não é o mesmo que falsidade, é claro. Não estamos falando de fingimento. O comportamento de pessoas doentes ou com lesões tem bases, até certo ponto, sociais e culturais. O efeito placebo pode ser uma medida da alteração do comportamento, afetado por uma crença no tratamento. A mudança no comportamento inclui uma mudança na atitude, na qual uma pessoa diz como se sente, ou como esta pessoa age. Ela também pode afetar a química do corpo da pessoa. A explicação psicológica parece ser aquela em que as pessoas mais acreditam. Talvez seja por isso que muitas pessoas fiquem consternadas quando são informadas de que a droga eficiente que estão tomando é um placebo. Isso a faz pensar que o problema está "todo em sua cabeça" e que não há nada realmente errado com elas. Além disso, há muitos estudos que descobriram melhoras objetivas na saúde com o uso de placebos para apoiar a noção de que o efeito placebo é inteiramente psicológico. Médicos em um estudo eliminaram verrugas com sucesso, pintando-as com uma tinta colorida e inerte, e prometendo aos pacientes que as verrugas desapareceriam quando a cor se desgastasse. Em um estudo de asmáticos, pesquisadores descobriram que podiam produzir a dilatação das vias aéreas simplesmente dizendo às pessoas que elas estavam inalando um broncodilatador, mesmo quando não estavam. Pacientes sofrendo dores após a extração dos dentes sisos tiveram exatamente tanto alívio com uma falsa aplicação de ultrassom quanto com uma verdadeira, quando tanto o paciente quanto o terapeuta pensavam que a máquina estava ligada. Cinquenta e dois por cento dos pacientes com colite tratados com placebos em 11 diferentes testes, relataram sentir-se melhor -- e 50 por cento dos intestinos inflamados realmente pareciam melhores quando avaliados com um sigmoidoscópio. ---Parece que ele também funciona com ereções. ---Disse Julia rindo, as meninas me acompanharam.

---É como eu disse pra você, Percy. ---Disse Emuna chamando minha atenção para ela. ---Sua mente, sua imaginação, são sua inesgotável fonte de poder.

------------------------------------------- Quebra de Tempo. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

Depois de descobrir que toda aquela história de Viagra e que eu havia brochado era mentira, que na verdade eu fui enganado por Emuna, que usou do efeito placebo para me fazer imaginar que tinha tomado o estimulante, sendo que na verdade, estava tudo na minha cabeça, então eu pude fazer o filme totalmente natural, estava feliz em saber daquilo. Depois disso, fomos para um barzinho próximo da praia, felizmente não era um lugar muito cheio de pessoas, como boates, era bem mais tranquilo e sociável, tinha um ambiente agradável, uma música suave de fundo, mesas com cadeiras confortáveis, a comida era gostosa e a cerveja era geladinha.

---Percy, conte-me mais sobre você, o que fazia da vida antes de virar um ator pornô? ---Perguntou Rachel animada, depois de beber um pouco, Rachel que já não era nada tímida, ficou ainda mais atirada, ela estava sentada ao meu lado e não tirava a mão da minha perna ou ficava esfregando seus seios em meu braço.

---Bem, eu não virei um ator pornô, eu só estou dando uma mãozinha pra Ester. ---Disse sorrindo pra ela.

---Bem, tecnicamente falando, você é sim um ator. ---Disse Julia rindo, enquanto dava uma enorme golada em sua cerveja.

---E deu muito mais que uma mãozinha pra todas nós. ---Disse Maria rindo ao lado de Julia, elas estavam sentadas bem a minha frente, enquanto Emuna/Ester estava do meu lado direito e Rachel do outro. Rachel apertou minha cocha fazendo-me dar quase um pulo da cadeira.

---Então, agora que provamos que você é um ator pornô, dos muitos bons aliais, você não me respondeu minha pergunta. ---Disse ela sorrindo, seu rosto estava bem próximo do meu, ela estava muito próxima de mim.

---O que eu faço da vida? ---Indaguei sem jeito, eu não sei o que exatamente eu poderia falar sobre isso, eu não podia dizer que era um guerreiro semi-imortal? um General de um exército de monstros marinhos? Ou então diretor de um acampamento cheio de crianças superpoderosas e descendentes dos seres mais antigos do mundo? Não era uma pergunta simples de responder pra mim. No entanto, depois da minha vingança contra Anfitrite, eu vivi relativamente como um humano comum durante um tempo, como queria estar afastado dos deuses, eu não tinha o auxílio financeiro das deusas, então tive que me virar como podia. ---Eu sou mecânico e as vezes dou uma de professor.

---Professor e mecânico, combinação bem diferente. ---Disse Julia curiosa.

---Você parece ser muito inteligente, sua forma de falar, em que faculdade você se formou? ---Perguntou Maria me surpreendendo.

---Ah, eu ainda não fiz faculdade, eu não terminei o ensino médio, na verdade, parei no primeiro ano. ---Disse sem jeito, era verdade, eu até frequentava a escola do mundo mortal, mas devido a todos os problemas que tive recentemente, eu meio que tive que abandonar essa vida dupla que tinha e focar simplesmente em minha verdadeira vida, que era basicamente ser um semideus e ser caçado por monstros.

---Você é muito jovem pra ter abandonado os estudos, como assim abandonou o ensino médio e ainda é um professor? ---Perguntou Julia perplexa. Bem, idade pra mim, era um termo relativo, podia ter apenas 17 anos de idade no mundo real, mas em verdadeiro tempo de vida e memorias, eu tinha entorno de 43 anos.

---É um pouco complicado demais, muito problemas com minha família e outras coisas. ---Disse forçando um sorriso e dando uma golada em meu copo de cerveja, tentando fazer mudar de assunto.

---Não seja misterioso. ---Disse Rachel me abraçando de lado, enquanto sua mão escorregava pra debaixo da minha camisa. Eu estava ficando sem jeito com a Rachel, e enquanto mais ela bebia, mais atirada ficava. Dei uma olhada para Ester, ela apenas sorria enquanto me via sendo abusado pela sua funcionária, eu sabia que Emuna não era do tipo ciumenta, mas Rachel estava passando dos limites com alguém que estava com sua possível namorada do lado.

---“Possível namorada? Gostei disso.” ---Disse Emuna em minha mente.

---“Sai da minha cabeça.” ---Briguei com ela mentalmente, enquanto a encarava e via ela se divertindo da minha situação constrangedora. ---“É já que gostou de como te qualifiquei, você poderia bancar um pouco a namorada ciumenta pra cima da Rachel, por favor.”

---"A não, está muito engraçado ver suas reações.” ---Pude ouvir sua voz em minha mente, ela estava realmente se divertindo muito com essa cena.

---Não faça rodeios, você viu todas nós peladas, o mínimo que pode fazer e contar um pouco mais sobre você, estou curiosa agora, como alguém que não concluiu o ensino médio, pode ser um professor. ---Disse Maria seriamente.

---Ah, certo. ---Disse meio sem jeito. ---Eu acho que para ter conhecimento, ou mesmo para transmiti-lo a outros, não é necessário um diploma, conhecimento é conhecimento, você pode obtê-lo de muitas formas, lendo, ouvindo ou mesmo aprendendo na pratica, minha avó é a pessoa mais sabia e inteligente que existe no mundo, digo isso com convicção plena. ---Era meio que óbvio, ela era a deusa da sabedoria em pessoa. ---E por incrível que pareça, ela não foi nem um segundo a uma escola e ela passou pra mim, quase todo o conhecimento que tenho.

---Incrível, você tem razão. ---Disse Rachel animada ao meu lado, enquanto acariciava minha perna, ela bebia mais um gole de cerveja.

---E sua avó com certeza parece ser uma mulher admirável, ela parece ter te criado muito bem. ---Disse Maria seriamente, ela parecia realmente muito interessada no que eu estava falando, seus olhos brilhavam. ---Enquanto sua mãe e seu pai?

---Eu tenho duas mães, minha mãe biológica, filha da minha avó faleceu, a muitos anos. ---Disse forçando um sorriso. ---Ela era uma mulher incrível, muito parecida com minha avó na verdade, inteligente, linda, forte e guerreira.

---Sinto muito. ---Disse Maria sem graça.

---Ela parecia uma mulher incrível. ---Disse Rachel seriamente, ela retirou sua mão da minha perna e apertou minha mão, e sorriu amigavelmente.

---Seu pai deve ter ficado muito triste. ---Disse Julia me encarando seriamente.

---Seu pai, como ele é? ---Perguntou Rachel sorrindo, tentando mudar de assunto rapidamente.

---Meu pai é o melhor homem que eu já conheci, ele é, e sempre será, meu maior exemplo de vida, ele faz minha avó tão feliz. ---Disse sorrindo, eu amava meu pai e nesse exato momento ele estava em meio a uma guerra, queria estar lá, continuar o ajudando, mas ele me quer aqui na superfície, me fortalecendo e ajudando os outros semideuses e combatendo o que vier contra os deuses.

---Espera, como assim ele faz sua avó feliz? ---Perguntou Maria confusa.

---Eles são casados. ---Disse distraidamente, então depois que disse isso, notei que aquilo soava extremamente confuso e ainda mais estranho, as três garotas me olhavam incrédulas.

---Casados? Seu pai e sua avó? ---Perguntou Maria incrédula. Cocei minha cabeça sem jeito, para meros mortais era difícil de explicar isso, afinal de contas, não era comum o incesto na atual cultura norte americana, na verdade, no mundo em geral, em alguns lugares era até considerado crime. Entretanto, entre os imortais era diferente, todos eles são parentes de alguma forma, irmãos, primos, tios, na verdade, não existia parentesco real entre deuses. Então, eu não sabia exatamente o que falar.

---Que complicado. ---Disse Julia seriamente. ---Enquanto a sua outra mãe?

---Bem, ela é irmã do meu pai. ---Disse rapidamente, notando que aquilo soava ainda mais estranho, elas me olhavam ainda mais incrédulas. Escutei Emuna rir do meu lado, ela estava se divertindo muito, me vendo explicar minha estranha árvore genealógica de milhões e milhões de anos.

---Por jesus cristo. ---Disse Julia rindo, acalmando a tensão que tinha se instalando entre nós. ---Sua família é mesmo muito complicada.

---Nem me fale. ---Disse distraidamente. Se elas estavam confusas e achando só esse pequeno pedaço do Iceberg complicado, imagina se soubessem do que estava abaixo da linha da água, escondido, sobre o lado mais antigo da minha “família”, os Titãs.

---Tudo muito confuso e irreal em sua família. ---Com toda certeza Julia tinha razão. ---Porém, o que eu realmente estou curiosa, como você e Ester se conheceram? ---Perguntou Julia animada, embora ela tenha dirigido mais essa pergunta a Ester, e até podia sentir uma pontada de preconceito, até entendia o motivo, pois Emuna era uma multibilionária, famosa produtora de filmes, o que ela faria com um mero mecânico e metido a professor.

---Vocês também não são parentes? ---Perguntou Rachel rindo, fazendo todos rirem da sua piada. ---Sei lá, talvez primos, sobrinho e tia?

---É uma história complicada e engraçada, acho que talvez Ester possa explicar melhor. ---Disse sorrindo e me virando para Emuna, jogando a bola para ela explicar a situação.

---“Muito esperto, jogando a bola pra mim, felizmente eu sou melhor mentirosa que você, então posso inventar uma boa e convincente história sem me esforçar muito, veja e aprenda.” ---Disse Emuna em minha mente, enquanto me mandava uma piscadela e sorria para as meninas, que voltaram sua atenção para ela. Eu sorri com a minha boa sorte, de finalmente me livrar de todo aquele interrogatório constrangedor. Então Emuna deixou de mandar seus pensamentos pra minha mente e voltou sua atenção para as garotas. ---É uma história bem simples na verdade, porém, convenhamos que os homens acham tudo complicado, não é mesmo? ---Perguntou ela para as garotas sorrindo, os que as fizeram rir, concordando com Emuna. Então eu finalmente tive tempo de parar de falar e pude dar mais uma golada em minha cerveja e pegar um pedaço de frango da porção. Enquanto isso Emuna/Ester começou a explicar como nós conhecemos, obviamente ela não falou a verdade, até porque da primeira vez que nos vimos, Emuna tentou me matar e quase conseguiu, diga-se de passagem. Mas a história que ela inventou e forma que ela contava era bem convincente, até eu estava começando a achar que havia ocorrido daquela forma, que certo dia, seu bonito carro importado deu um defeito, perto da minha oficina e eu, como um bom e prestativo cidadão, a ajudei e consertei seu carro, dali ela se interessou por mim, e tentou me conhecer melhor. ---Para chamar sua atenção, ia constantemente em sua oficina, dizendo que o meu carro estava com um barulho estranho, apenas uma desculpa pra poder ficar mais perto dele e conhece-lo melhor. ---As garotas riram da nossa incrível e mentirosa história de amor. Estava tão distraído tomando minha cerveja e sendo abusado pela Rachel, que quase não notei aquela linda mulher do outro lado da rua, foi apenas por um instante que eu vi seu rosto, mas eu tinha certeza que era ela. Levantei rapidamente da minha cadeira e tentei olhar melhor o outro lado da rua, mas ela já não estava mais no mesmo lugar que a virá e meio segundo atrás, vários carros passavam e iam rapidamente, atrapalhando minha visão.

---Percy, o que foi? ---Perguntou Rachel surpresa, por eu ter levantado tão bruscamente.

---Eu... ---Comecei a dizer, entretanto, eu estava ocupado, então acabei ignorando Rachel brevemente, eu não a respondi, pois, estava procurando aquela mulher que vi do outro lado da avenida, não foi uma ilusão minha, eu a vi, tinha plena convicção disso. Então tirando todas as minhas dúvidas eu a vi novamente, mesmo que fora apenas seus belos e diferentes cabelos prateados, enquanto ela dobrava a esquina, eu não podia perde-la de vista. ---Por favor, me deem licença, por um segundo. ---Disse rapidamente, enquanto sai andando apressadamente pro outro lado da rua, no meio do caminho eu quase fui atropelado por um carro, de tão distraído que eu estava, ele parou em cima de mim e buzinou alto. Eu podia ouvir as meninas me chamando do outro lado, porém, eu as ignorei e continuei a ir andando, quase correndo pro outro lado da rua, indo em direção a rua que ela havia virado, comecei correr entre as pessoas, havia bastante movimento aqui, corri até o final da esquina e dobrei pra direita, de relance, eu vi novamente as suas madeixas prateadas virarem a rua, apertei ainda mais o passo, mas eu tinha que ter cuidado, não podia sair correndo a toda e quebrar recordes de velocidades mortais e chamar a atenção dos mortais ou ainda pior, trombar em algum deles e os ferir gravemente com minha força descomunal. Continuei indo atrás dela durante alguns minutos, dobrei e virei em algumas ruas, quando me dei conta, tinha ido direto para uma rua um tanto quanto esquisita, era meio que um beco sem saída, mas eu tinha certeza que ela virará nessa rua, mas espera um momento, porque uma mortal que tem muito dinheiro como ela viria para um beco escuro como esse, eu não entendia, não fazia sentido, não havia lógica nisso. Talvez, eu esteja alucinando, se for mesmo isso, foi tão real, tão vivido, talvez eu tenha que ir visitar minha mãe para ela dar uma olhada em minha mente, se as alucinações retornaram a minha mente, isso era um grande problema. Eu continuei a ir andando naquele beco escuro, como se ela estivesse escondida atrás de uma lixeira e pula-se pra fora tentando me assustar. Quando finalmente havia desistido de procurar ela, estava pronto a voltar para o barzinho e arrumar uma boa desculpa para as garotas, eu virei-me e dei de cara com ela, ela estava parada bem na minha frente, a pouco menos de dois metro de mim, incrivelmente linda, deuses, como era linda, sua beleza era indescritível, ela me paralisou novamente, aquela mulher, aparentava ter 25 anos, 1,60cm, sua pele era branca como a neve, seus cabelos eram prateados como a lua, assim como seus olhos, lindos olhos prateados, seu corpo era incrível, seios fartos e redondos, bunda grande empinada, pernas grossas, porém, ela estava vestido de uma forma diferente, ela usava vestido branco com detalhes em ouro puro, um típico vestido grego antigo, chamado de Peplo, eu quase nunca vi uma mulher usando um vestido como esse, exceto as deusas e as moradoras do Olimpo. ---Louise. ---Disse depois de alguns segundos de silencio, enquanto encarava aquela linda mulher. Após ouvir seu nome, ela deu um breve sorriso.

---A quanto tempo, Perseus Heitor Jackson. ---Disse ela sorrindo, aquilo mandou um arrepio a minha espinha, eu nunca contei a ela meu segundo nome, muito menos meu sobrenome. Então as peças foram fechando em minha cabeça, nunca tive muito tempo para pensar em Louise, em nossa noite, rapidamente fui mandado para guerra e conheci minha doce Ligea, porém, parando para pensar melhor, tudo fazia sentido, a forma que ela agia, sua beleza estonteante, seus olhos diferentes, a cor do seu cabelo, como foi nossa noite de paixão, como ela parecia insaciável, como eu adormece rapidamente depois do nosso sexo, mesmo que quando acordasse instantes depois, não tivesse nem um pouco com sono, então agora, a forma que ela andava, como ela desaparecerá, e reapareceu na minha frente, aquilo não era natural, ela não era natural, ela não era Humana. Instintivamente dei um passo para trás e coloquei minha mão no bolso, segurando Contracorrente ainda como caneta. Louise sorriu, tentando transmitir calma e ergueu suas mãos. ---Não é necessário violência, eu só estava com saudades de você.

---Não me venha com essa, você não é humana, não é uma mortal, o que você é? ---Perguntei seriamente, me afastando mais um pouco, estava a um segundo de retirar minha espada e começar a ataca-la.

---Você está certo, não sou humana, não sou uma mortal, sou algo mais antigo, mais antigo que os deuses Olimpianos, eu sou uma Titânide, meu nome é Febe.