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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 104


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya chegando....

Começando logo com o crescimento da FIC, primeiros com os comentários, estávamos com 1.997 e aumentamos para 2.024 um aumento muito bom de 27 comentários, assim passamos dos 2 mil comentários, estou muito feliz com vocês.... Agora os Favoritos, de 826 fomos para 833 um aumento de 7 favoritos... E agora as exibições, que foi de 176.947 foi para 179.816 foram 2.869 visualizações a mais.

Agora sim, os agradecimentos especiais, em primeiro lugar, ~nicojackson18, obrigado minha amiga linda, marcando presença novamente, você que fica sempre me enchendo no Whats por capítulo, hahaha... Em segundo lugar, ~G4T1NH0, obrigado pelo seu comentário maninho... Em terceiro, ~UchihaAleff, valeu ai meu garoto, fico feliz com seu comentário.

Agora fiquem com o capitulo, espero que gostem.

Capítulo 104 - Capítulo 104


POV: Perseus Heitor Jackson.

 

 

1 semana depois.

 

A guerra começou, as batalhas eram terrivelmente brutais e sem piedade, meu pai, Poseidon, não tinha lutado frente a frente com Oceano ainda, por mais que meu pai quisesse que uma batalha entre ambos, sem mais derramamento de sangue, o velho Titã não quis, Oceano era um covarde, queria degastar meu pai com seu exército, só para vir e dar o golpe final, sinceramente, era um bom plano, mas tinha uma coisa que o velho Titã não sabe, meu pai é duro na queda, se eu sou persistente, Poseidon é no mínimo o dobro, Oceano vai se dar muito mal, disso tenho certeza. Mas mesmo que meu pai não tivesse lutado ainda, ele fazia muito, estava sendo difícil, ele tinha que se concentrar muito, para impedir que os furacões, tornados é principalmente um maremoto gigantesco, destruíssem o mundo da superfície, agora você pode imaginar o quanto a luta entre os dois exércitos é intensa. Eu infelizmente não estou na linha de frente, graças a superproteção da minha avó, com um pezinho de culpa da dona Hera, minha mãe é claro, eu sinceramente, entendo o que minha avó disse, “cada coisa ao seu tempo”, segundo ela, Generais não devem ser postos nas batalhas muito cedo, eu realmente concordo, Generais são guerreiros incríveis e terríveis, importantes, espelhos dos seus subalternos, mais o que não entendia, na verdade entendia, mais era uma baita hipocrisia da minha avó, era que esse incrível posto de líder intocável, valia somente para mim, para Delfim não, ele estava junto ao seu exército de golfinhos, batalhando contra o outro exército, desde o princípio da guerra. Além de tudo isso, do meu posto e das honras que foram dadas a mim, eu nunca fui realmente um guerreiro de Atlântida, os dias que passei aqui, sempre eram dias cheios de diversão, eu vinha somente para passar um tempo com meu pai, me divertir e treinar com ele, nunca estive ligado com os assuntos internos do mar, mas então de repente eu chego, está acontecendo a maior guerra interna do mar que já existiu, os dois soberanos do mar, O rei divino Poseidon contra o Titã Oceano e seus enormes exércitos em guerra, em meio toda essa preção, um mero semideus, que nunca liderou exército nenhum, vulgo eu, e simplesmente sou promovido a General, sendo um dos 5 principais líderes de Atlântida, eu realmente concordava que não tinha moral e muito menos feitos importantes para ter essa patente, mesmo sendo um Príncipe, filho de um deus rei, eu não gosto disso, viver de títulos, gosto de ser reconhecido é claro, quem não gosta? Mas sim, reconhecido pelo que fiz, não ser reconhecido por ter nascido filho de Poseidon. Mas o pior mesmo, é ver as batalhas ocorrendo em uma droga de sala, vendo a guerra em um Mosaico real, é ridículo, você ver a batalha ocorrendo, vidas sendo perdidas, sangue sendo derramado, e não fazer nada, eu queria estar lá dentro, dentro da batalha de verdade, meu sangue pulsava de ansiedade e vontade. Bem, falando na batalha, graças as estratégias da minha avó, o grande número de criaturas do exército inimigo, mostrou-se até agora, um simples detalhe, ela soube fazer nossos números ganhar em força e habilidade, somente designando adversários relativamente inferiores e mais fáceis de serem derrotados, a determinados monstros aliados, eu realmente fiquei impressionado com isso, minha avó não é chamada de deusa da estratégia em batalha à toa, sua principal ideia até agora, foi confrontar os Tritões deles, contra nossas Sereias, o poder de Canto persuasivo delas, contra o sexo oposto é grande, sinceramente foi um massacre, não uma batalha, os Tritões não tiveram a menor chance, é aquilo foi essencial para a uma boa diminuição do exército deles, quase literalmente acabou com todos os Tritões que eles tinham no exército deles, com certeza uma boa estratégia faz a diferença, mas não podemos dizer que a guerra foi vencida por causa desse pequeno detalhe, muitas batalhas ocorriam, estávamos apenas no começo, apesar de tudo, Oceano conseguia trazer mais aliados, felizmente também conseguimos trazer alguns, mais a batalha continua.

 

Porém outra coisa que Esmeralda havia me dito, e tinha me deixado, extremamente irritado com Oceano, era que ele não se importava em nada com seu exército, era como ele mesmo disse, os monstros e guerreiros, eram apenas ferramentas da sua vontade, pois haviam Tritões novos demais, literalmente crianças, filhotes, as Sereias ao comando de Esmeralda, haviam poupados esses monstros mais jovens e os que quiseram exilio e terem suas vidas poupadas, foram encaminhados para mim, minha primeira e real missão nesta guerra, não estou reclamando, isso é muito melhor do que ficar observando a batalha pelo Mosaico Real. Estava agora, esperando Esmeralda trazer os Tritões para mim, não demorou muito, logo algumas Sereias surgiram marchando na minha direção, as Sereias eram mulheres extremamente atraentes, híbridas entre peixes, a parte cima era um corpo de mulher comum, seios, seu rosto era comum, e seus cabelos normais, porém da cintura para baixo, era de peixe, uma calda, de diferentes cores. Elas vinham trazendo junto delas, pequenos Tritões, com rabos de peixe da cintura para baixo e corpos humanos da cintura para cima, exceto pela pele, que era azul, seus olhos eram de um verde brilhante, como aquele fluído que se coloca dentro daquelas pulseiras fluorescentes, e seus dentes eram como os de um tubarão, mas estes Tritões eram menores, verdadeiras crianças, filhotes, seus rostos apesar de serem monstruosos, eram de algum modo, infantis, olhando para eles, era difícil acreditar que alguns deles podiam aguentar o peso de uma lança ou espada, haviam uns 50 deles, todos algemados nas mãos e em uma longa corrente, onde todas as algemas estavam presas e os aprisionavam em uma longa fila única. Entre as sereias, uma linda mulher se destacou entre elas, mesmo trajando sua armadura, somente a parte peitoral, mesmo que agora, suas pernas estivessem normais, poderiam a qualquer momento tomar o lugar de um rabo de peixe, ela estava vestindo uma calça jeans azul escura, sua armadura peitoral, era feita de Oricalco, cor de Bronze, com desenhos negros de tridentes entalhado, seu elmo de penachos verde, estava em seus braços, seu rosto extremamente belo, seus cabelos negros e curtos, na altura do ombro, ela veio caminhando na minha direção, sorrindo, seus olhos totalmente dourados, sem esclerótica ou pupila, a davam um ar de soberania e graça.

 

 

---General Perseus. ---Disse ela curvando-se quando estava na minha frente, sabia que ela fazia isso, apenas para me irritar, ela sabe que não gosto disso. Ela levantou-se sorrindo. ---Os prisioneiros estão prontos para transporte.

 

 

---Obrigado, capitã Esmeralda. ---Disse respeitosamente, ela riu e me deu um soco leve no braço sorrindo.

 

 

---Você não leva jeito pra falar tão educadamente. ---Disse ela rindo.

 

 

---Ei, eu sou uma pessoa educada. ---Disse fingindo revolta, ela deu de ombros sorrindo. ---Somente estes, você não me disse que haviam centenas? ---Ela olhou para baixo.

 

 

---Somente estes aceitaram o exilio e anistia. ---Disse Esmeralda, eu entendi, estes receberam o perdão de Poseidon, ou melhor dizendo, era mais uma prisão do que um perdão, eles seriam realocados em segurança, para poderem serem julgados depois do fim da guerra.

 

 

---E o restante? ---Perguntei, ela olhou para baixo em silencio, então entendi de imediato, os que não se renderam foram mortos, isso era realmente muito triste, ainda mais pelo fato, de os Tritões serem filhos das sereias em sua maioria, isto era uma coisa horrível, que somente a guerra e as batalhas proporcionam, mães e filhos se matando dessa forma, outra coisa que também era horrível, Tritões não eram monstros comuns, eles não retornavam para Tártaro, eles simplesmente, deixavam de existir, semelhante as Ninfas e os Sátiros. ---Tudo bem, são quantos?

 

 

---53 prisioneiros.

 

---Tudo bem, neste caso, acho que levarei um dia de caminhada com eles. ---Disse calculando. ---Molezinha. ---Disse indo em direção ao Meia-noite, que estava trajando sua armadura, feita de Oricalco da cor de seus pelos, negra. Senti Esmeralda segurar meu braço e me virar, seus olhos estavam comuns agora, apenas as íris douradas, e sua expressão estava preocupada.

 

 

---Percy, apesar de serem jovens, eles são perigosos. ---Alertou ela, ela parecia realmente preocupada.

 

 

---Esmeralda, são apenas crianças. ---Disse docemente, me sentia feliz por ela se preocupar comigo.

 

 

---Eles podem ser pequenos, mas tem maldade, não sei o que Oceano fez, mas eles não são Tritões comuns para a idade deles. ---Disse ela tristemente. ---Estou com um mau pressentimento, não abaixe a guarda. ---Disse ela preocupada, eu sorri com sua preocupação boba, dei um leve e demorado selinho em seus lábios.

 

 

---Eu não vou abaixar. ---Disse docemente, me virei e montei em Meia-noite.

 

 

---Queria ir com você, mas tenho que ficar para a batalha, mesmo achando que não daria nada bom, nós dois juntos ou daria muito bom. ----Disse ela sorrindo pervertida.

 

 

---Com certeza, não iria prestar. ---Disse sorrindo pervertido.

 

---Então, boa sorte. ---Disse ela sorrindo, assenti positivamente, aticei Meia-noite a ir para frente, peguei a ponta da corrente de uma das Sereias, e comecei guiar os Tritões, logo me juntaria ao meu reforço, eu preferia ir sozinho, são apenas crianças acorrentadas, mais minha avó insistiu em levar alguém comigo, não que ela não confiasse em mim ou em minhas habilidades, eu sabia que era por causa que ela achava, que eu era muito coração mole e bondoso, eu sinceramente discordo disso.

 

 

 

---General Perseus. ---Disse uma voz de garota, me virei e vê uma linda mulher, por volta dos 22 anos, 1.70cm, seu rosto era extremamente belo, cabelos vermelhos e lisos, até o meio das costas, seus olhos eram azuis turquesas, seus belo corpo estava escondido em baixo da sua armadura de bronze, com desenhos de tridentes, ela trazia seu capacete em suas mãos, ele tinha penachos verdes, na sua cintura havia um adaga. Ela estava montado em um belo Hipocampo, acinzentado, com caldas coloridas como arco-íris.

 

 

---Capitã Ligea. ---Disse respeitosamente. ---Você será meu reforço?

 

 

---Sim, já que os Tritões estão sendo deixados de lado, nesse começo de batalha, eu me voluntariei para essa missão, mesmo que tenha que ser com o senhor, não confio em você, escoltando esses pequenos Tritões. ---Disse ela calmamente, Ligea não fazia rodeios, sempre falava o que pensava, admirava isso nela, mesmo que ela não goste tanto assim de mim, é essa frase ter soado quase como uma insinuação que eu era um assassino de Tritões.

 

 

 

---Direto ao ponto como sempre. ---Disse para ela, ela virou o rosto e nadou com seu Hipocampo até perto de mim.

 

 

---Vamos logo, senhor. ---Disse ela impaciente. ---Quanto antes acabarmos essa missão, eu poderei me ver livre do senhor.

 

 

 

---Eu sei que você vai sentir minha falta, quando está missão acabar. ---Disse sorrindo para ela, ela pareceu corar um pouco, mas ela virou o rosto, então não pode ver direito. ---Já que você não me respeita mesmo, não precisa me chamar de senhor.

 

 

---Sim, senhor. ---Disse ela firmemente, ela não gostava de ser mandada, ainda mais por mim.

 

 

---Essa missão vai ser muito longa. ---Suspirei desanimado.

 

 

--------------------------------------- Quebra de tempo. --------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Seguimos em direção a cidade aquática de Rodes, está cidade foi uma homenagem a Roda, feita pelo meu pai, dizem ser uma das cidades mais belas do fundo do mar, tanto quanto o palácio de Atlântida, é diferente da ilha de Rodes, que é a maior das ilhas do Dodecaneso, situadas no Egeu e que integram o território administrado pela Grécia, famosa devido ao Colosso de Rodes, estátua considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, o Colosso de Rodes era enorme. Os civis foram realocados para esta cidade, para serem protegidos das batalhas, e agora, os prisioneiros Tritões iriam para lá, até que a guerra acaba-se e eles possam ser julgados, não tínhamos tempo para fazer esses procedimentos, ao mesmo tempo que estávamos em uma guerra. Fazia algumas horas que saímos do Palácio de Atlântida, já estávamos chegando perto daquela gigante montanha submersa, agora mais perto dela, pode ver que era um antigo vulcão desativado, mas eu podia sentir que a água aqui, ainda era mais quente. Felizmente os filhotes de Tritão não deram nenhum trabalho, eu apenas os observava, enquanto Ligea puxada a corrente na frente, olhei mais atentamente, alguns tinham ferimentos, cortes no corpo, o que dizia que eles mesmo sendo pequenos, não desistiram de lutar, isso era cruel, maldito Oceano, colocando crianças assim, imagino o quanto fizeram de lavagem cerebral para uma criança dessa, fosse para uma guerra.

 

 

---Não precisa nos olhar com pena, seu assassino. ---Disse um dos pequenos Tritões, ele não tinha um metro e meio de altura, sua expressão era irritada. Eu sabia que ele me chamava de assassino, por eu ter matado o deus deles, meu irmão, Tritão. ---Não basta ser humilhado por desistir da batalha, ainda usam um assassino como você para nós escoltar até nossa prisão, maldito Poseidon. ---Trincou os dentes.

 

 

---Vocês não tem mesmo idade para dizer coisas assim, imagina participar de uma guerra, garoto. ---Disse tristemente.

 

 

---Idade? Garoto? ---Desdenhou. ---Idade não quer dizer nada, o que realmente existe e a vontade de lutar, não importa como for, nem todos nascemos em berços de ouro.

 

 

---Não fale bobagens, a outras formas de ser reconhecido.

 

 

---Talvez haja, mas a maioria de nós, só tinha um único motivo para entrar nessa guerra do lado de Oceano, esse objetivo era simples, vingança, por terem matado nosso deus, matar você e seu pai, seus malditos traidores. ---Disse ele sorrindo, com seus dentes de tubarão aquilo pareceu ainda mais assustador. Agora vendo uma simples criança, falando sobre vingança, eu vê como a vingança era um coisa completamente inútil e horrível.

 

 

---Se você soubesse a dor que sentiria quando conseguisse alcançar sua vingança, não diria essas bobagens, acredite, eu sei do que estou falando. ---Disse para ele, ele sorriu com desdém.

 

 

---Você tem sorte de eu estar algemado, senão você iria perder essa sua cabeça nojenta. ---Disse ele entre os dentes.

 

 

---Mesmo que tenhamos falhado, nosso senhor Oceano, vai nos vingar, iremos saber sobre a derrota de Poseidon e sua morte. ---Disse outro pequeno Tritão, este era um pouco maior.

 

 

---General Perseus. ---Disse outra voz chamando minha atenção, era Ligea. ---Mantenha o foco, não fale com os prisioneiros.

 

 

---Tudo bem. ---Disse para ela, dei uma última olhada para os pequeno Tritões, todos eles me olhavam com fúria, me sentia mau, não por eles me odiarem, mas sim por eles serem tão novos e terem tanto ódio e raiva, se continuassem assim morreriam, ou pior, iriam se tornar alguém como eu, um assassino. Mesmo que daqui do fundo, ser bastante escuro e a luz do sol não chegar até aqui, então não tinha como saber se era dia ou noite na superfície, confesso que isso e um pouco confuso, apesar de tudo, seguíamos a base de dia e noite da superfície, mesmo que as cidades ficassem o tempo todo, com luzes acessas. Quando chegamos a cidade de Rodes, meu queixo caiu, era linda, não era tão grande quando Atlântida, mas com certeza era tão linda quanto, haviam várias casas, feitas de tantos tipos de materiais e cores distintas, quando chegamos a cidade, eu fiquei impressionado, haviam muitas criaturas, peixes, espíritos aquáticos, as ruas estavam praticamente entupidas, já que a população de civis de Atlântica vieram para cá, a cidade devia estar em sua lotação máxima.

 

 

 

---Temos que levar os prisioneiros para as celas no castelo. ---Disse para Ligea, ela assentiu seria, ela não era muito de falar, na verdade quase não ouvi sua voz a viagem toda, somente o necessário e indispensável.

 

 

---Sim, General. ---Disse ela seria. Nadávamos com os prisioneiros até o palácio, muitas das criaturas pararam para me ver, eles pareciam felizes em me ver, me chamavam de príncipe, general poderoso, confesso que foi bom, depois de um dia todo, andando com pessoas que te odeiam e querem te matar, era bom estar perto de alguns que te admiram. O palácio era bonito, enorme, em branco e dourado, bem ao estilo que Roda gosta, ela infelizmente não pode vir, apesar dela não ir diretamente para o campo de batalha, ela não pode deixar a retaguarda, ela era responsável pelo corpo médico, confesso que tive inveja dela, essa missão foi realmente chata, bem, ainda não acabou, mas até agora só foi irritante, estressante e me deixou com um sentimento de culpa horrível. Entramos pelos enormes portões do palácio, haviam vários Tritões aqui, fazendo a segurança e a proteção dos civis, por todos que passávamos, eles curvavam-se respeitosamente para Ligea, mas nem tanto pra mim, a maioria deles apenas fingiam não me ver. ---Chegamos. ---Anunciou Ligea, ela desceu do seu Hipocampo, e desamarrou as correntes. ---As celas ficam embaixo do castelo, Singer vai nos guiar e nos auxiliar. ---Disse ela, Singer se curvou brevemente, ele era um enorme Tritão, grande e musculoso, uma espada de Bronze estava presa em sua cintura.

 

 

---Me acompanhem, por favor. ---Disse Singer. Enquanto entravamos mais a fundo, eu parei ao lado de Singer, esperando que os Prisioneiros passassem, um por um foram passando para o fundo do castelo, com a Ligea os guiando. ---Swirl. ---Disse Singer, eu olhei na direção que ele olhava, então percebi que ele falará com o Tritão que me chamou de assassino. ---Meu filho, deuses, você desapareceu, fiquei como um louco te procurando. ---Disse Singer feliz, ele nadou rapidamente na direção do Tritão acorrentado, ele abraçou o filho com força, aquilo por um momento me encheu de felicidade, em poder ver um reencontro bonito como este, mesmo em meio a uma guerra terrível. Mas então eu notei algo, Swirl não retribuiu o abraço, Singer se afastou do filho e olhou os ferimentos no corpo que o pequeno Tritão tinha. ---Deuses, o que aconteceu com você? Onde esteve todo esse tempo?

 

 

---Estive onde deveria estar. ---Disse Swirl friamente, fazendo com que seu pai recuasse e o olhasse tristemente.

 

 

---Então, esteve com o exército de Oceano. ---Concluiu o Singer, ele fechou o punho com força. ---Eu temi que isto tivesse acontecido.

 

 

 

---Você teme demais, meu pai. ---Disse Swirl irritadamente. ---Este é teu problema, você é um covarde.

 

 

---Filho, você não entende, Poseidon é o verdadeiro deus que devemos seguir, ele é o pai, protetor de todos nós, um melhor governante que Oceano...

 

 

---EU NÃO ME IMPORTO. ---Gritou Swirl o interrompendo. ---Ele é o pai dele, traíram nosso deus, mataram ele, Tritão é nosso verdadeiro deus, ele sim, além disso, pouco me importa quem governe esse maldito mar, você me ensinou que Tritão era nosso criador, nosso verdadeiro pai. ---Disse ele para o pai, que congelou com a resposta do pequeno Tritão. Um silêncio subido decaiu sobre todos, ninguém falava nada.

 

 

---Vamos andando. ---Disse Ligea chamando atenção, fomos entrando para dentro do palácio e começamos descer os prisioneiros, por longos corredores, indo mais afundo dentro do Palácio, eu vinha logo atrás de todos, os Tritões do fundo, me olhavam o tempo todo, como se tivessem medo de eu os empalar pelas costas. Chegamos ao calabouço, haviam várias celas, praticamente todas estavam vazias.

 

 

---Todas as celas estão prontas. ---Disse Singer.

 

 

---Ótimo, belo trabalho Singer, agora pode ir. ---Disse Ligea. Singer se virou para o filho é colocou a mão em seu ombro.

 

 

---Um dia você vai entender, Poseidon é o verdadeiro deus do mar. ---Disse Singer forçando um sorriso para o filho, mas Swirl virou o rosto para o pai.

 

 

---Nunca vou entender essa sua cegueira. ---Disse o Tritão entre os dentes, me surpreendendo, o quanto ele tinha de maldade no coração. Singer suspirou tristemente, fez uma breve reverência a Ligea, deu uma olhada para mim e subiu de volta.

 

 

---Queria ter algum respeito, como você. ---Disse para Ligea, tentando quebrar o clima pesado, mas ela me ignorou durante um tempo, enquanto desalgemava o primeiro Tritão e o colocava na sua cela.

 

 

---Você esperava o que? Você matou o Tritão, e normal eles odiarem você. ---Disse Ligea distraidamente, é eu sabia disso, mas pensei que pelo menos os que seguissem meu pai, pode-se não me odiar profundamente.

 

 

---Mas, enquanto a você? ---Perguntei para Ligea.

 

 

---Eu o que?

 

 

---Me odeia também? ---Perguntei, ela parou e me olhou por um instante, seus olhos turquesas estavam sérios e fixos, mas por fim sua expressão relaxou e ela disse.

 

 

---Não...

 

 

---Mas? ---Incentivei ela.

 

 

---Isso não importa. ---Disse ela friamente, enquanto separava os Tritões, os soltando da corrente que os juntavam.

 

 

---Mas...

 

 

---Foque no seu trabalho, senhor General. ---Disse ela me cortando, curta e grossa como sempre, suspirei alto e comecei a fazer o mesmo que ela, tirar os pequenos Tritões das suas algemas e colocá-los em suas celas, estava tudo indo bem, já havíamos colocado a maior parte dos prisioneiros em suas celas, até que.

 

 

---Você sua traidora miserável. ---Disse Swirl para Ligea.

 

 

---Fique em silencio. ---Disse Ligea, sua voz saiu baixa e tremula, ela estava visivelmente abalada.

 

 

---Tritão te amava, ele confiou em você, mas você o abandonou. ---Disse o Tritão entre os dentes.

 

 

---Não fale isso, você não sabe o que aconteceu. ---Disse Ligea, mas eu podia ver que sua voz parecia mais abalada, eu coloquei mais um dos Tritões na sua cela, é parei para observar a discussão deles, Ligea estava estranha, eu estava sentindo o mau pressentimento do que viria a seguir.

 

 

---Eu não sei o que aconteceu? ---Perguntou o Swirl sarcasticamente. ---Eu sei de tudo, sua imbecil, além de tê-lo traído, não se juntado a ele, agora você anda com o assassino do seu namorado, nosso deus e ajuda o traidor de Poseidon. ---Gritou o Tritão para ela, Ligea estava paralisada, não tinha o que falar, ela mexia a boca, mas não encontrava palavras para responder o Tritão, pela primeira vez, eu a via sem reação alguma. ---Sua vagabunda, você também vai morrer e vai ser agora. ---Dizendo isso, em um movimento rápido, ele puxou a adaga de Bronze que Ligea trazia na cintura. Nadei na direção deles, controlando as correntes marítimas, mas eles estavam do outro lado do corredor, dezenas de metros. O pequeno Tritão ergueu sua adaga roubada, para matar Ligea, ela estava paralisada, eu estava longe para segurar ele, então eu fiz a água entre Ligea e o Tritão se tornar sólida, para evitar que ele a machuca-se, mas o que ocorreu depois disso, foi muito rápido, muito imprevisível. O pequeno Tritão tentou esfaquear Ligea, e desceu a faca, em um movimento de baixo para cima, Ligea estava paralisada, em puro choque, mas com a proteção que eu havia feito, a lâmina ricocheteou no paredão de água solidificado, protegendo que Ligea fosse esfaqueada, mas com o movimento do ataque de Swirl, o golpe foi forte, a lâmina voltou em um efeito chicote, direto na direção do atacante, direto em sua barriga o perfurando.

 

 

 

---Droga. ---Disse nadando em direção ao Swirl, ele cuspiu sangue azul pela boca e se ajoelhou, Ligea se ajoelhou junto dele, é foi o ajudando a deitar. Quando me aproximei, analisei o ferimento, foi muito grave, letal, a faca o tinha perfurado na barriga, perto do peito, até o cabo.

 

 

---Seu assassino, você me matou. ---Disse ele com dificuldade, me olhando, aquilo me paralisou, havia um sangue azulado, escorrendo pela sua boca e do ferimento da faca.

 

 

---Foi um acidente. ---Consegui dizer, eu nunca tinha pensado nisso, não queria que isso ocorresse, mas as coisas simplesmente aconteceram.

 

 

---Não, não. ---Murmurou Ligea segurando o corpo do pequeno Tritão, o corpo dele, foi se desfazendo em pó dourado, misturando-se com a água, até desaparecer por completo, a faca caiu no chão, deixando um baque surdo.

 

 

---Assassino. ---Disse um dos pequenos Tritões da minha frente, me tirando dos meus pensamentos.

 

 

---Não, foi sem querer. ---Disse com lágrimas nos olhos, sentia meu peito se afundar, era como se um elefante esmagasse meu peito.

 

 

---ASSASSINO. ---Gritou outro Tritão ao lado do primeiro.

 

 

---ASSASSINO, SEU ASSASSINO. ---Berrou outros atrás de mim, me virei para ele, sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, banhando o livremente.

 

---Não, eu não queria que isso acontecesse... ----Tentei argumentar.

 

 

---ELE VAI MATAR TODOS NÓS. ---Gritou outro.

 

 

----ELE É AQUELE MALDITO DO PAI DELE. ---Gritou mais um deles.

 

---Não... ---Tentei argumentar.

 

---SEU MONSTRO, ASSASSINO DE CRIANÇAS.



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