História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 117

POV: Rodes.

2 semana depois.

---Você, cuida aqui desse Tritão pra mim. ---Disse para uma das Ninfas que passava, ela assentiu e veio cuidar do Tritão que eu acabara de cuidar, as coisas estavam corridas hoje, as batalhas estão a toda e o número de criaturas feridas, estava aumentando muito e rapidamente. Corre em direção a outra criatura, era um Ciclope, ele estava à beira da morte, havia um enorme corte em sua barriga a ferida jorrava bastante sangue verde. ---Calma, não se preocupe, vou dar uma olhada nisso. ---Disse para o Ciclope, ele não era dos enormes, um pouco mais de três metros. Concentrei-me na água ao meu redor e comecei a fechar seu ferimento, aos poucos a ferida foi se fechando, se curando, logo era somente um risco que já ia desaparecendo.

---Obrigado, General Rodes. ---Disse o Ciclope fracamente.

---Não se preocupe, tome mais cuidado no campo de batalha. ---Disse para ele e comecei me afastar. Estava distraída em meus pensamentos, pensando no quanto o Percy, está indo bem nessa guerra, não somente nas batalhas, bem claro que ele hoje em dia é uma peça indispensável no exército, servindo como um tipo de coringa, pulando entre as batalhas, fazendo a parte que soldados ou capitães não conseguiam fazer sozinhos, mas quando falo indo bem, quero dizer em suas habilidades, era visível que ele estava muito mais forte do que quando chegou aqui, se antes ele já era de longe o mais forte semideus da atualidade, hoje em dia nem se pode mais compara-lo com os outros, a cada batalha, ele se superava um pouco mais, ficava mais forte, forte aponto de poder controlar os líquidos sem os velos e no nível molecular, podendo sentir a água dentro de um liquido disperso, como veneno, eu sinceramente, não confiava muito que ele pode-se fazer o que ele fez, eu levei anos para chegar aquele nível, porém ele dentro de poucos minutos, estava fazendo um ótimo trabalho e apesar dele ter falhado por ter perdido a concentração, graças ao desgraçado do Paláimon, odeio ele, sempre me irritando e me atrapalhando. Bem em todo caso, o Percy, tinha achado o veneno na corrente sanguínea de Paláimon e havia conseguido juntar boa parte do veneno, e estava retirando, até que Paláimon, estragou tudo. Toda essa evolução, ele acredita ser por causa das suas batalhas, sim, também é por causa delas, mais a maior parte, e porque no seu tempo livre, ele se dedica a treinar meditação, acho que isso dele meditar, a princípio, para conseguir controlar a chama sagrada de Héstia, está fazendo mais resultado do que o esperado, não somente o fato dele estar quase conseguindo trocar a chama comum para a chama sagrada azul, mas sim, por ele conseguir usar mais dos seus estoques de energia magica, sem perder a consciência e se esgotando mais lentamente.

---“General Rodes.” ---Chamou um Golfinho, me virei dos meus afazeres e olhei para um enorme Golfinho, ele devia ter uns quatro metros e meio, tinha uma coloração acinzentada, e trazia uma espada em suas nadadeiras.

---Sim, o que foi? ---Perguntei distraidamente.

---“Lady Atena, convoca sua presença na sala de comando, ela disse que é uma emergência de nível máximo.” ---Disse o Golfinho, então senti um aperto no coração, “emergência de nível máximo,” isso quer dizer que o Percy está em apuros.

---Tudo bem, já estou a caminho. ---Disse para o Golfinho, me virei para outra Ninfa. ---Estou de saída, continuem com os serviços, não sei quanto tempo vou demorar.

---Sim, senhora. ---Disse ela. Me concentrei e me teletransportei para a sala de comando, desaparecendo da enfermaria, senti uma vertigem leve, assim que passou e eu pude abrir meus olhos, já avistei Atena, ela trajava sua armadura, dourada, entalhada no peito, um desenhos de asas de corujas, ela não usava o seu capacete, o que deixava amostra seu belo rosto, seus olhos cinzas tempestuosos, e seus cabelos negros e lisos até o meio das costas, sua expressão era seria, quase nervosa, ao seu lado, estava meu pai, trajando sua armadura, feita de Oricalco, era verde-mar, brilhosa, com um enorme desenho de tridente negro em seu peito, ele estava sem seu capacete, deixando seu rosto amostra, ele parecia nervoso, seus lindos olhos verde-mar, estavam severos e irritado e um pouco decepcionado, seus cabelos rebeldes e negros. Ambos olhavam o mosaico real preocupados, muito preocupados.

---O que aconteceu? ---Perguntei indo até eles, meu pai ergueu os olhos um instante na minha direção, então notei que eles estavam levemente marejados.

---Percy precisa de ajuda, ele foi pego em uma armadilha. ---Disse Atena, aquilo fez meu coração falhar uma batida, corre até o mosaico real, ele mostrava uma imagem em tempo real, do campo de batalha é o mosaico estava focado em Percy, ele parecia bem, a primeira olhada, sem nenhum ferimento, mas eu podia ver que ele estava um pouco cansado, lento, ele lutava perto de uma encosta, contra alguns poucos Tritões inimigos, ele estava sem o seu Hipocampo, Meia-noite, mas ele estava próximo a Percy, nadando mais ao longe, empalando outros adversários. Nada fora do comum, não entendi o desespero do meu pai e Atena, mas então olhei mais amplamente, e pude ver do que eles estavam falando, se aproximando em direção a ele, estava indo três adversários barra pesada, o primeiro deles, era Cila, eu me lembro muito bem da sua história, Glauco, ele se apaixonou pela ninfa Cila, que apavorada com sua aparição, põe-se a fugir, pelas águas, pelas rochas, pelas cavernas submarinas, mas o amor do pobre Glauco era imenso e, desesperado, e ele se lança em perseguição da bela ninfa, implorando, aos prantos, que lhe conceda um pouco de atenção, impassível às suas súplicas, Cila continua sua fuga, escondendo-se num lugar tão inacessível que jamais Glauco conseguiria encontrá-la, depois de inúteis buscas, Glauco é obrigado a reconhecer sua derrota, apenas algum poder superior lhe facultaria conquistar o afeto da formosa ninfa, abatido, torturado, Glauco dirige-se à ilha de Eeia, onde morava Circe, a feiticeira, e roga-lhe que o ajude a conquistar sua amada, Circe promete atendê-lo, mas acaba apaixonando-se por ele, como Glauco a rejeita, agora é Circe quem põe-se a percorrer os mares, sem descanso atrás de seu amado, como ela não consegue conquista-lo, ela recorre a seus poderes de feiticeira, e decide transformar Cila em uma criatura tão horrenda e repulsiva que todo o amor de Glauco haveria de transformar-se em aversão, sem ser vista, Circe derrama veneno nas águas de uma fonte onde a ninfa costumava banhar-se e retorna para a ilha de Eeia onde aguarda pelos resultados. Quando Cila mergulha na água enfeitiçada seu belo corpo começa lentamente a transformar-se, monstros horrendos surgem à sua volta, aterrorizada, a ninfa procura afastá-los e fugir, então descobre que os monstros são parte de si mesma, nascem de seu corpo, desesperada corre ao encontro de Glauco e em seus braços chora longamente, ele também lamenta a beleza perdida, mas recusa-se a permanecer com a antiga ninfa, pois o grande amor não existe mais, isso foi muita maldade, Cila retira-se para longe e vai viver no estreito de Messina, entre a Sicília e a península Itálica, aterrorizando os mortais que antes a cortejavam, deslumbrados com sua antiga beleza, quanto Circe, na ilha dela, Circe inutilmente espera o retorno de Glauco, porém revoltado com sua traição e crueldade, Glauco jamais quis visitá-la. Os outros dois, eram meus irmãos mais velhos, os ictiocentauros, Bitos e Afros, aqueles dois malditos traidores, quando colocasse a mão naqueles malditos, eles iriam pagar caro, juntos deles, havia uma tropa de Tritões, por volta de uns cinquenta a sessenta, eles seguiam os ictiocentauros, como uma espécie de guarda de honra, como se aqueles malditos tivessem isso.

---Eu estou a caminho. ---Disse para eles, Atena assentiu rapidamente, mas meu pai hesitou, eu entendia, ele amava todos os seus filhos, mesmo os que o traiam, como Tritão, Bitos, Afros e Lâmia, ele não conseguia simplesmente odiar seus filhos, eu amava meu pai e o admirava ainda mais, por essas coisas.

---Tudo bem, que assim seja, eles escolheram seu caminho, eu tentei de tudo para traze-los de volta, mas eles estão cegos, com vontade de matar o Percy. ---Disse meu pai tristemente.

---Eu sei, pai, a culpa não é sua, você sempre foi o melhor pai do mundo. ---Disse sorrindo para ele, ele deu um mínimo sorriso, ele me deu um abraço rápido e um beijo no topo da cabeça.

---Tome cuidado, minha pequena. ---Disse ele sorrindo, assenti e me concentrei, me teletransportando para onde Percy estava, ele estava trajando sua armadura, era feita de Oricalco preto, havia um enorme desenho de um Tridente verde, que pegava toda a frente da armadura, o capacete era preto com penachos negros. Pude vê-lo lutando, tinha que admitir, ele era incrível com uma espada em punho, Contracorrente estava em punho, uma espada grega de Bronze Celestial, com um 1,55cm de comprimento e punho de duas mãos envolvido em couro, a lâmina brilhava ligeiramente, lançando uma luz dourada. Ele desviou de uma estocada de uma lança de um dos Tritões, ele girou e cortou o Tritão ao meio, o Tritão explodiu em pó dourado, manchando a água do mar.

---Percy. ---Chamei ele, ele se virou na minha direção, o que foi um erro, ele se distraiu por um momento, ou melhor dizendo, pelo menos foi o que eu achei, outro Tritão, o último Tritão, aproveitando da sua distração atacou, ele fez um corte limpo com sua espada, na altura do pescoço do Percy, mas Percy estava ligado, seus reflexos eram incríveis. Mal olhando, ele se abaixou, a espada do Tritão passando por cima da sua cabeça, ele girou e deu uma estocada na garganta do Tritão, onde a armadura não protegia, o Tritão explodiu em pó dourado. Ele se virou na minha direção, por hora, não havia mais inimigos, ele caminhou na minha direção, estávamos no chão profundo do mar, ele estava ofegante. Ele retirou seu capacete, seus lindos olhos verde-mar, brilhavam, como ele não se molhava embaixo da água, seus cabelos estavam bagunçados como se ele estivesse na superfície, porém uma mecha branca, naquela imensidão negra, se destacava, logo na frente do seu cabelo, por ele ter segurado o fardo do Titã Atlas, o céu, sua expressão era seria, mas tenho que admitir, Percy era lindo.

---Que foi, Roda? ---Perguntou ele, quando chegou perto de mim.

---Eu vim te ajudar.

---Com o que? Está tudo sobre controle. ---Disse ele com uma sobrancelha levantada.

---Por hora, sim, mas logo, três adversários chegarão, adversários barra pesada. ---Disse seriamente, um mínimo sorriso apareceu em seu rosto, olhei para ele incrédula, esse idiota ficava animado com adversários fortes, ele adora uma boa encrenca, depois reclamava quando dizíamos que ele procura encrenca. Dei um tapa na sua cabeça, ele me olhou fazendo uma careta por causa do tapa. ---Isso não é bom.

---Tudo bem, mas então, o que é? ---Perguntou ele.

---Cila é nossos irmãos, Bitos e Afros, mas um contingente de Tritões, por volta de uns cinquenta ou mais. ---Disse para ele, seus olhos brilharam de ódio, não entendi de imediato. ---O que foi?

---Bitos e Afros, são meus, deixe-os comigo. ---Disse ele nervoso.

---Como assim, “deixe-os comigo?” São dois deuses imortais, Percy. ---Disse para ele incrédula, eu não acreditava que essa ameba queria fazer isso, tudo bem que ele era poderoso, mas são dois imortais.

---O que há demais nisso, já enfrentei outros. ---Disse ele colocando seu capacete de volta, olhei para ele meio que sem resposta, ele tinha razão, ele enfrentou muitos deuses, derrotou alguns deles, ele enfrentou até guerreiros como o General, o Titã Atlas. ---Não se preocupe, pequena, além disso, imagino que eles estão vindo até aqui, somente para me matarem, eu já aguardava essa luta, estou pronto. ---Disse ele confiante, confesso que as vezes ele era muito convincente, algo nele, sempre inspirava confiança, credibilidade, liderança, acho que a palavra certa era lealdade, não tinha como não confiar nele.

---Tudo bem, eu fico com Cila e os Tritões, vou tentar acabar com eles o mais rápido possível, não faça nenhuma besteira até eu poder te ajudar. ---Repreendi ele, ele deu de ombros sorrindo, não sei por que, mas acho que esse idiota não vai me obedecer, só pra variar. Antes que eu pode-se discutir mais, uma voz ecoou alto.

---IRMÃOS. ---Ouvi uma voz, que a muito não escuta, me virei, logo acima da encosta, parados, olhando para nós, a voz que falará era Afros, ao seu lado estava Bitos, sorrindo malignamente. Eu invoquei minha arma divina, logo senti minha espada pesar na minha mão, minha espada de Ferro do mar, sua lâmina tinha 1,10cm de Ferro do mar, a lâmina era esverdeada com desenhos de onda e emitia um brilho verde aquoso o cabo era branco com pedras preciosas do fundo do mar, como esmeraldas, perolas. ---Que ótimo ver os dois pequenos traidores juntos. ---Continuou Afros, sua aparência era um pouco diferente da do Bitos, da parte pra baixo, eles eram idênticos, seus corpos eram esquisitos, eles tinham caudas, eram prateadas, semelhantes a uma calda de peixe, mais afrente, em suas pernas dianteiras eram como cavalos, a diferença estava na parte humana deles, Afros era mais musculoso, peito mais largo, braços mais fortes, ele tinha um cavanhaque e seu cabelo era preto liso e longo, enquanto Bitos era mais magro, não tinha barba nenhuma e seu cabelo era mais claro, um castanho, no resto eles eram idênticos, suas feições eram parecidas e seus olhos verde-mar como os do papai. ---O que acha disso Bitos?

---Acho que vou adorar esmagar a cabeça desse bastardo imundo. ---Disse Bitos sorrindo para o Percy.

---Muitos falaram isso antes, mas até agora, ninguém fez. ---Disse Percy sorrindo, este idiota adora provocar a ira dos seus adversários, mas também, não e pra menos, tendo aquele brutamontes de Ares como seu professor. Mas eu não queria lutar, eu tinha que tentar trazer Bitos e Afros de volta a razão, eles eram meus irmãos, nunca foram os melhores irmãos do mundo, mas família é família.

---Ei, Bitos, Afros, Papai não quer isso, por favor, reconsiderem sua escolha, voltem para nosso lado, papai não vai punir vocês, ele quer vocês do nosso lado. ---Disse calmamente olhando para eles. ---Eu não quero lutar com vocês, vocês são meus irmãos.

---Depois que essa luta acabar, depois de matarmos o Percy, deixaremos que você volte e diga aquele traidor do nosso pai, que veremos ele perder aquela cabeça imunda do seu corpo. ---Disse Afros sorrindo malignamente.

---Enquanto a lutar contra você, irmãzinha, não iremos, nosso assunto por hora é com o bastardo. ---Disse Bitos calmamente. ---Mas sabemos que você vai querer atrapalhar nossa diversão, enquanto nos divertimos um pouco com o bastardo, trouxemos uma pequena distração para você, então tente não morrer, maninha. ---Disse Bitos a parte final com nojo. Ele acenou com a cabeça, então ao lado deles, apareceu Cila, sua aparência era horrorosa, era aterrorizante, o monstro marinho em que Cila se transformou, ela continuava com o seu antigo torso, uma bela mulher, aparentava ter 20 anos, sua pele era branca, seu rosto era belo, seus cabelos eram negros e lisos, iam até o meio das costas, seus olhos eram azuis e bonitos, ela estava nua, então seus enormes seios estavam amostra, mais o que era aterrorizante nela, era da cintura pra baixo, mais perto do seu corpo, em volta da cintura, um círculo de doze cães enormes, pretos e marrons iguais a Dobermanns, só que bem maiores, pelo menos cinco vezes o tamanho normal, além disso, possuía seis cabeças de serpente, todas enormes cabeças de cobras como Cascavéis, com olhos amarelos enormes, assim como o resto da cabeça, elas eram tão grossas e longas, quanto uma serpente marinha, mais de 10 metros, suas cabeças sibilavam na nossa direção. ---Roda é toda sua.

---Sim, senhor. ---Disse Cila para Bitos. As cabeças de Dobermann rosnaram pra mim e as de serpentes sibilaram com mais vontade. Concentrei-me em entrar na minha forma divina, senti meu corpo se aquecer de energia e exalar uma luz com intensidade, ao mesmo tempo que entrava em minha forma divina, fazia minha espada crescer em minha mão, agora ela tinha mais de três metros de comprimento.

---Percy, tome cuidado. ---Disse para ele, ele assentiu confiante, destampando Contracorrente. Me virei para minha adversaria, e investi na batalha, Cila também não hesitou e atacou, ordenei que as correntes marinhas me levassem para cima, mas não me afastei demais, caso visse que o Percy precisa-se de ajuda, mas eu também sabia que Cila não era uma adversária fácil de vencer, seria complicado. Eu investi com minha espada, uma das muitas cabeças de Serpente investiu em mim, desviei com facilidade daquelas presas enormes, e com um corte limpo, separei a cabeça do resto do corpo da Serpente, mas aquilo não intimidou Cila, mais das suas cabeças de cobra investiram, eu desviei e cortei com facilidade, mas as cabeças não paravam de me atacar, eu tinha certeza que havia cortado mais de dez cabeças, com facilidade devo admitir, mas quando a vê a pouco, havia apenas meia dúzia de cabeças de serpentes, desviei de mais uma das cabeças e a lancei minha energia divina, explodindo a cabeça por completo, em seguida ordenei que as correntes marítimas ao meu redor, me levassem para cima, para poder ter melhor visão da criatura Cila, quando a olhei mais atentamente, notei que o fator cura era incrível, a cabeça que acabara de explodir, já estava totalmente reconstituída, assim como todas as outras, olhei para o belo rosto de Cila, ela sorria de escarnio.

---Demorou um pouco para descobrir, senhorita Roda, já estava ficando chato demais. ---Disse ela sorrindo desafiadoramente, aquilo fez meu sangue ferver nos meus ouvidos. ---Depois dizem que você é a melhor curandeira do mar, de todos os mares, comparada até a Apolo e seu filho, Asclépio, para alguém com seu gabarito e fama, devia ter notado com maior facilidade e rapidez minha habilidade incrível de regeneração das bestas.

---Para alguém com sua feiura... ---Comecei a dizer, assim que a palavra feiura saiu dos meus lábios, os olhos de Cila, faiscaram de raiva e os monstros que ela carregava consigo, se agitaram mais ainda. ---Você fala demais, devia respeitar mais uma deusa, ainda mais, quando está deusa, está prestes a acabar com a tua raça.

---Você fala demais, para uma deusinha do mar esquecida, uma deusa menor. ---Disse Cila sorrindo vitoriosa, aquilo me irritou, vou mostrar a essa desqualificada quem aqui, está falando demais. Eu parti novamente pra cima, agora que sabia que ela tinha uma regeneração forte, eu tinha que arrumar um jeito de ser mais rápida que aquela regeneração ou quem sabe, achar um ponto fraco. Comecei a atacar com força e velocidade, controlando as mares para escapar com mais facilidade dos movimentos rápidos daquelas longas cabeças de Serpentes, tenho que admitir, ela não era ruim, sua regeneração era semelhante à da Hidra, porém ao invés de nascer duas cabeças no lugares da cortada, ela simplesmente se reconstituía, então lembrei da história do Percy, de quando ele enfrentou a Hidra de Lerna, ele me dissera que quando as cabeças das Serpentes eram danificadas, mas não completamente decapitadas, elas ficavam inutilizáveis, nem boa para combate, nem fora de combate, somente lenta e inútil, claro que Cila era diferente, ela tinha uma regeneração, porém, se o ferimento fosse constante e causa-se um dano maior e mais rápido, do que a velocidade de cura, eu tinha uma boa chance. Me concentrei e fiz várias lanças de gelos e ordenei que elas fossem atiradas em Cila, diretamente em seu corpo, como esperado, as Serpentes entraram na frente dela, para proteger seu corpo, então a grande maioria das lanças, encontraram seu lugar, ferindo todas as cabeças, que sibilaram com muita dor, sangue verde manchando a água e assim como o esperado, elas não se reconstituíram, já que as lanças ficavam cravadas na carne da besta. ---MALDITA, VOU TE ESMAGAR. ---Gritou Cila irritada, as cabeças estavam totalmente caídas, quase mortas, estavam muito feridas e por causa das lanças cravadas, o que impedia que ela se curasse ou se regenerasse. Cila se lançou na minha direção, ela era veloz, mesmo com as cabeças de Serpentes fadadas a não se mexerem, ela rosnou com um animal selvagem, seu belo rosto em puro ódio, suas cabeças de Dobermanns rosnavam, mostrando aqueles enormes dentes pontiagudos, os olhos amarelos, brilhando de ódio, aquele enorme mostro, que Cila era, veio na minha direção com raiva e vontade. Eu ordenei que as correntes me levassem em encontro dela, eu havia descoberto um modo de ganhar das suas cabeças monstruosas de Serpentes, mas isso estava longe do fim, eu ainda precisava encontrar um modo de acabar com ela de uma vez, ela era muito veloz para eu destrui-la com energia pura, ela poderia desviar com facilidade, eu precisava de um plano. Então me ocorreu o que ela disse: "minha regeneração das bestas" aquilo, poderia dizer que somente as bestas, tinha uma regeneração tão boa, seu corpo ainda era relativamente de uma ninfa comum, talvez esse fosse o jeito, talvez essa seja sua fraqueza. Com isso em mente, concentrei-me novamente, em fazer lanças de gelos, mas agora fiz menores e mais velozes, controlei as correntes marítimas e as arremessei, visando o corpo de Cila, ela ainda tentou desviar, algumas das cabeças de Dobermanns gigantes, entrando na frente e tomando o ferimento em seu lugar, porém algumas das minhas lanças, encontraram o corpo humano de Cila, a fazendo urrar de dor. Ela tentou fugir, nadar para longe, mas ela não se movia como antes.

---Para uma deusinha do mar esquecida, eu ainda mando bem, não é? ---Perguntei divertida, me aproximando de Cila, suas cabeças monstruosas estavam acabadas, apenas duas das cabeças de Cães gigantes estavam intactas, mas Cila não conseguia controla-las, não estando tão gravemente ferida, então elas apenas rosnavam e choramingavam de dor junto com as outras.

---Você... eu vou me vingar por isso. ---Disse Cila fracamente, concentrei-me em formar uma bola de pura energia com a minha mão que não segurava a espada, não tinha tanta maldade a ponto de continuar torturando Cila assim, já havia derrotado ela, estava na hora de manda-la para o Tártaro de uma vez por todas, para que ela possa meditar um pouco, sobre deusinhas esquecidas e o que elas podem fazer com monstros.

---Nunca me subestime, sua mostrenga horrorosa, eu sou uma deusa.

POV: Perseus Heitor Jackson.

---IRMÃOS. ---Ouvi uma voz, era bem grossa, o que significa ser de um homem, me virei na direção da voz, logo acima da encosta, havia duas das criaturas mais grotescas e medíocres que conhece, tanto na aparência, quanto nas atitudes, parados, olhando para nós, eram os meus ridículos e traidores meios-irmãos, Bitos e Afros, sinceramente nem sabia qual era Bitos ou Afros, eram dois imbecis, que pouco importava quem era quem. Porém agora de mais perto, pude distingui-los melhor, o que falara, tinha uma aparência um pouco diferente do outro, da parte pra baixo, eles eram idênticos, a diferença estava na parte humana deles, o que falará, era mais musculoso, peito mais largo, braços mais fortes, ele tinha um cavanhaque e seu cabelo era preto liso e longo, enquanto o outro era mais magro, não tinha barba nenhuma e seu cabelo era mais claro, um castanho, no resto eles eram idênticos, suas feições eram parecidas e seus olhos verde-mar eram parecidos com os meus e do papai. Rodes estava séria, sem rodeios ela já invocou sua arma divina, logo sua espada estava em mãos. ---Que ótimo ver os dois pequenos traidores juntos. ---Continuou o mais musculoso.  ---O que acha disso Bitos?

---Então este que falava era Afros.

---Acho que vou adorar esmagar a cabeça desse bastardo imundo. ---Disse Bitos sorrindo de escárnio na minha direção.

---Muitos falaram isso antes, mas até agora, ninguém fez. ---Disse sorrindo, pude ver os olhos deles faiscarem de ódio.

---Ei, Bitos, Afros, Papai não quer isso, por favor, reconsiderem sua escolha, voltem para nosso lado, papai não vai punir vocês, ele quer vocês do nosso lado. ---Disse Roda, calmamente olhando para aqueles dois malditos traidores, Roda era muito boa, podia ver que ela não queria lutar contra eles, eu entendia, apesar de tudo, eles eram da família. ---Eu não quero lutar com vocês, vocês são meus irmãos.

---Depois que essa luta acabar, depois de matarmos o Percy, deixaremos que você volte e diga aquele traidor do nosso pai, que veremos ele perder aquela cabeça imunda do seu corpo. ---Disse Afros sorrindo malignamente, aquilo fez meu sangue ferver nos ouvidos, eles chamarem meu pai de traidor, nunca iria aceitar aquilo, meu pai era uma das melhores pessoas que já conheci.

---Enquanto a lutar contra você, irmãzinha, não iremos, nosso assunto, por hora e com o bastardo. ---Disse Bitos calmamente. ---Mas sabemos que você vai querer atrapalhar nossa diversão, enquanto nos divertimos um pouco com o bastardo, por isso, trouxemos uma pequena distração para você, então tente não morrer, maninha. ---Disse Bitos a parte final com nojo para Roda, aquilo fez ela recuar um pouco, tenho certeza que Roda, não conseguiria lutar direito contra eles, ela em algum ponto teria piedade deles, se distrairia e poderia se machucar gravemente ou pior, conheço a irmã que tenho, Roda é extremamente amorosa, do seu jeito maluco, ela não suportaria matar seus próprios irmãos, bem, quem consegue? Os meus verdadeiros irmãos, jamais poderia machuca-los. Bitos acenou com a cabeça, então ao lado deles, apareceu Cila, sua aparência era aterrorizante, o monstro marinho em que Cila se tornou. ---Roda é toda sua.

---Sim, senhor. ---Disse Cila para Bitos. As cabeças de Dobermann rosnaram pra Roda, e as de serpentes sibilaram com mais vontade. Roda começou a entrar na sua forma divina, seu corpo começou a exalar uma luz com intensidade, tive que virar o rosto, quando voltei a olha-la, ela tinha 6 metros de altura, e sua espada também acompanhará seu crescimento, estava enorme.

---Percy, tome cuidado. ---Disse ela pra mim, sua expressão era preocupada e irritada. Eu assenti, tentando transmitir o máximo de confiança que pude, ao mesmo tempo ia destampando Contracorrente, logo senti minha espada pesar em minha mão. Roda se virou para sua adversaria, e investiu na batalha, Cila também não hesitou e atacou, ambas subiram mais alto e se afastaram um pouco dos sádicos traidores dos meus irmãos e de mim.

---Enfim a sós. ---Anunciou Afros sorrindo malignamente. ---Você não me parece grande coisa. ---Disse ele me olhando de cima abaixo.

---Sua querida mamãe, dizia a mesma coisa, mas eu a fiz mudar de ideia rapidamente. ---Disparei sorrindo, os olhos de Afros se encheram de ódio e raiva, ele me encarou como se quisesse que eu explodisse, era exatamente isso que ele queria.

---Tritões, comecem com o ataque... ---Bitos começou a dizer, mas foi interrompido.

---NÃO.... ---Interrompeu Afros. ---Deixe-me lutar com ele no mano a mano, vou fazer ele engolir o que disse. ---Rosnou Afros muito irritado, meu plano estava dando certo, consegui irritar Afros a ponto de fazê-lo querer uma luta no mano a mano, então de dois imortais e um contingente de Tritões, consegui fazer diminuir para apenas uma cabeça quente inconsequente, isso era ótimo, considerando o quanto estou cansado e esgotado, fazia horas que estava na batalha, estava no meu limite, além disso, nem havia tempo de comer Ambrosia o Néctar, para recompor um pouco minhas forças, com certeza no meu estado, não podia usar muito meus poderes, então devia ganhar na estratégia e na inteligência.

---Ei, este não era o combinado. ---Reclamou Bitos. ---Eu também quero me vingar dele.

---Não se preocupe maninho, deixarei um pouco pra você também. ---Disse Afros sorrindo, Bitos ainda quis discutir, mas apenas assentiu para o irmão maior. ---Agora, veremos o que e capaz de fazer, seu linguarudo. ---Disparou Afros, em sua mão uma luz forte se intensificou, quando cessou, deixou no lugar um enorme machado duplo de guerra, sua lâmina era de Ferro do mar, sua lâmina era verde e emitia um brilho verde aquoso. Afros nadou na minha direção lentamente, me olhando muito irritado, com puro ódio. Agora, eu tinha uma leve suposição, que essa luta iria acontecer, infelizmente tinha que acontecer agora, nesse momento em que estava quase totalmente esgotado, bem, depois que tive a confirmação da traição deles para com meu pai e os vi no exército inimigo no começo da guerra, eu comecei a juntar o máximo de informação que pude deles, não que estivesse com medo deles, mas sou neto de Atena, faz parte de mim, estar preparado o máximo possível para uma batalha e pensando no quão cansado estava, ainda bem que fiz isso. O que eu descobri não foi nada assustador, na verdade, foi bem insignificante e desanimador, apesar deles terem nascidos imortais e serem considerados deuses, diferente de Roda e Tritão, eles nem ao menos conseguiam entrar em forma divina, eles eram mais monstros aquáticos, do que deuses, mas como eram filhos do meu pai, ninguém os chamariam de monstros, poderiam arrumar um problema com meu pai, isso sim, era assustador. Também descobri que eles não eram guerreiros incríveis e formidáveis como Roda era, nem ao menos eram como Tritão, que já não era grande coisa, eles não tinham grande controle sobre o mar, nem poderes de cura, mesmo assim juntei informação e mesmo assim, não achei nada, nem um grande feito em batalha, na verdade eles nem participavam diretamente das batalhas, eles na verdade, eram um tipo de "escolta" especial de divindades aquáticas, como Anfitrite, Tétis ou Afrodite, em alguns poucos casos, o mais próximo que achei de algo sobre batalha, era que Bitos era inteligente, bom estrategista, então ele ajudava meu pai e outros estrategistas em épocas de batalha.                       

---Últimas palavras? Diga enquanto ainda está com a cabeça sobre os ombros. ---Disse Afros sorrindo vitorioso, eu não respondi, apenas entrei em guarda com a minha espada. ---Sem últimas palavras, então no outro mundo, quando encontrar a bastarda e vagabunda da sua mãezinha, mande lembranças a ela. ---aquilo fez meu sangue ferver, mas eu não podia perder o foco e calma. ---Bem, vamos lá. ---Disse Afros, ele urrou alto e partiu para cima, agitando sua enorme calda rapidamente, suas partes dianteiras de cavalos cavalgavam inutilmente na água, ele era veloz, ele percorreu a distância entre nós em um piscar de olhos, ele ergueu acima da sua cabeça, seu enorme machado, pronto a me separar ao meio, eu esperei até o último instante para desviar, eu controlei as correntes marítimas para ir ainda mais rápido, o machado passou ao meu lado, raspando, exatamente o que eu queria, o machado se encontrou com o chão duro do fundo do mar, se cravando na areia, em um movimento rápido e um corte limpo, Contracorrente fez sua parte e a cabeça de Afros foi cortada do seu corpo.

---Agora vimos, quem é que fala demais, não? ---Disse distraidamente, me virando de volta ao contingente de monstros a minhas costas.

---NÃOOOO...---Berrou Bitos, eu olhei enquanto o corpo do meu meio-irmão, ia se desfazendo lentamente em pó dourado, se misturando nas águas escuras do fundo do mar. Me virei para Bitos, seus olhos irradiavam raiva e fúria, o exército a suas costas estava em choque, murmúrios de espanto e incredulidade se ouvia da multidão. --Seu maldito, você vai pagar por isso, vai pagar por tudo que tem feito com a minha família.

---Estou aqui, só vir me pegar. ---Disse divertido, erguendo os braços em sinal de oferenda, tentando faze-lo perder a razão como Afros perderá, depois é claro, assim como Afros, ele também perderá sua cabeça. Por um instante Bitos ameaçou nadar na minha direção, mas ele parou e respirou fundo algumas vezes, droga, ele não era tão impulsivo quanto Afros.

---Ataquem. ---Disse ele entre os dentes, mas por um instante nada aconteceu, o contingente de Tritões, ficou parado, acho que ao verem como foi rápido e fácil matar Afros, eles não pareciam determinados para serem os próximos. Bitos se virou para o exército de Tritões atrás de si e berrou. ---ESTÃO SURDOS, EU DISSE PARA ATACAR, AGORAAAA. ---O exército ainda estava atordoado, mas eles atacaram, isso era um problema, eram mais de 50 Tritões, eu estava muito cansado, além disso estava em mar aberto, se eles me atacassem todos de uma vez, eu estaria com grandes problemas, mas a pergunta que não sai da minha cabeça, onde está Meia-noite? Aquele bendito Hipocampo, inventa de se afastar tanto assim, agora que preciso dele, só espero que ele esteja bem. O batalhão de Tritão veio em minha direção, no primeiro instante não todos de uma vez, o que era ótimo pra mim, se eles me cercassem, estaria frito. Eu desviei dos ataques e cortei alguns poucos Tritões, eu estava com problemas, quanto mais cortava, mais apareciam, eu já estava muito ofegante e Contracorrente pesava em minhas mãos. Eu desviei de um machado, controlando a água, foi então que senti um golpe de espada em minhas costas, se não estivesse com a armadura de Oricalco, que amortecia os impactos e era extremamente dura, com certeza estaria morto, eu rodei rapidamente e decapitei o Tritão que me acertará, ele explodiu em pó dourado, ordenei que as correntes marinhas me afastasse rapidamente para cima, por um instante consegui ver minha situação de cima, haviam muitos Tritões ainda, havia com sorte matado apenas uma dúzia deles, e quase fui morto. ---Cerquem-no, não deixem de o pressionar, ele vai cometer um erro novamente, ele está cansado. ---Berrou Bitos para os Tritões, este maldito tinha razão, eu não podia prever todos os ataques, ainda mais os que viam do meu ponto cego, cerdo ou tarde, nesse ritmo, eles me pegariam com a guarda baixa. Eu precisava de um plano, já que se usasse meus poderes mágicos, eu desmaiaria de exaustão e morreria, eu precisava de ajuda, se eu tivesse um companheiro para proteger minhas costas, poderia lutar mais facilmente contra esses muitos Tritões, poderia ser Roda, mas ela já estava com um belo problema, então uma ideia me ocorreu, eu precisava achar Meia-noite, ele poderia proteger minhas costas, ordenei que as correntes marítimas, me afastasse do contingente de Tritões. ---COVARDE, FUGINDO DA BATALHA. ---Berrou Bitos vitorioso, eu estava sozinho, exausto, contra mais de 50 adversário, mesmo assim, eu ainda era o covarde? Hipócrita, medroso, queria ver no mano a mano, se ele teria culhões de dizer isso. ---SIGAM ELE, NÃO DEIXE-O ESCAPAR. ---Eu seguia o mais rapidamente que podia nesse estado, eu seguia na direção do exército aliado, eu precisava de ajuda, ao mesmo tempo que tentava encontrar Meia-noite, espero que ele esteja bem. Mas adiante, eu avistei Ligea, a Nereida, capitã da tropas de Tritão, ela trajava sua armadura completa, ela era de bronze, com desenhos de tridentes, ela usava seu capacete, ele tinha penachos verdes, ela parecia estar descansando um pouco, ela estava afastada e sozinha, sua arma estava descansando ao seu lado, encostada em uma pedra, era uma Alabarda, em sua extremidade superior, existem três lâminas, uma no topo, como uma lança, e mais abaixo, duas lâminas de machado, uma um pouco menor que a outra, a arma é semelhante a um machado, grossa e boa para impactos. Perfeito, Ligea seria ótima para me ajudar, ordenei que as correntes marítimas me levassem até ela, eu ainda podia ouvir os Tritões me perseguindo de perto. Logo eu alcancei Ligea, ela estava tão distraída que nem notou quando eu cheguei, ela se virou na minha direção, me olhando espantada.

---PERCY? ---Perguntou ela espantada, porém não durou, antes que pudesse responder, sua expressão espantada se tornou irritada e ela se adiantou. ---General Perseus, o que faz aqui?

---É uma longa história. ---Disse ofegante. ---Mas basicamente eu estou sendo perseguido por um contingente de Tritões. ---Os belos olhos azuis turquesas de Ligea se acalmaram, eu sabia que no fundo, ela era uma boa pessoa. ---Então preciso de ajuda. ---Ela ia dizer algo, mas ela se calou e seus olhos focaram atrás de mim, me virei e vê que os Tritões já haviam me alcançado.

---Roda tinha razão, você só se mete em confusão. ---Disse Ligea distraidamente, não tive tempo de convence-la do contrário, mas no fundo acredito que ela e Roda tinham razão, então nem todo o tempo e argumentos possíveis, me ajudariam a convence-la do contrário. Os Tritões atacaram novamente, eles pareciam muito mais confiantes agora, com razão, eu havia fugido deles, isso anima qualquer um, eles atacaram novamente, rapidamente fazendo um círculo ao nosso redor.

---Ligea, precisamos ficar de costas um pro outro, não podemos nos afastar muito, se não estamos mortos. ---Disse para ela, ela assentiu e se virou, colei minhas costas com as dela, sem hesitar o primeiro Tritão atacou, eu desviei do seu ataque com facilidade e cortei com minha espada, ele explodiu em pó dourado. Assim a luta seguiu, eu cortei e desviei, Ligea lutava atrás de mim, costas contra costas, íamos nos protegendo, aos poucos íamos diminuindo o número de Tritões. Logo haviam poucos Tritões e eles já não atacavam, mas eu estava começando a me animar, já não restavam muitos, menos de 10 Tritões, eu comecei a me afastar um pouco da Ligea, não havia mais perigo, haviam pouco inimigos, eu comecei atacar os Tritões os reduzindo a poeira dourada, que aos poucos ia se diluindo com a água do mar, logo eu decapitei o último Tritão no meu campo de visão, me virei e pude ver Ligea acabando com o seu último adversário, meu plano tinha corrido muito bem e nós havíamos derrotados todos os inimigos antes de eu desmaiar de cansaço, o que sinceramente, não estava muito longe de acontecer. Ligea virou na minha direção, ela parecia um pouco ofegante, mas fora isso, ela não parecia gravemente ferida, ela sorriu para mim, um lindo sorriso, mesmo com aquela armadura cobrindo seu belo corpo e seu capacete escondendo seu rosto, eu sabia que embaixo de tudo aquilo, estava uma das mais belas mulheres que já vi, então vi os olhos de Ligea se arregalarem.

---CUIDADO.