POV: Clarisse La Rue.
Eu estava tão feliz, tão feliz, minha vida estava maravilhosa, não podia reclamar de nada, nada mesmo, tudo estava a mil maravilhas, melhor do que qualquer sonho que tive. Só para começar a explicar, eu havia me acertado com a minha mãe, Lisa La Rue, uma tenente coronel da marinha americana, especificamente dos SEALS, um dos mais modernos e bem treinados grupos de guerra do mundo todo, embora atualmente, estejam lidando mais com Antiterrorismo, isso foi um dos motivos que meu pai, Ares, teve uma queda por ela, claro que ela também era incrivelmente bela, tinha que admitir.
Enfim, minha vida familiar com minha mãe nunca foi das melhores, infelizmente ela estava o tempo todo em viagens, em treinamentos e missões antiterrorismo que nem ao menos eu podia saber nada, e para piorar nossa situação, quando estávamos juntas era sempre um pé de guerra total, não nós dávamos nem um pouco bem, ela era mandona demais, controladora demais, mesmo que aos meus 10 anos de idade, ela já não pudesse comigo em uma briga, devido ao fato dela ser apenas uma mortal, mesmo com todo seu vasto treinamento em combate e suas faixas pretas em Karatê e Jiu-Jutsu Brasileiro, ela não podia com minha força e velocidades extremamente superiores, afinal de contas, eu era uma semideusa, metade mortal, metade deus da guerra, lutar e combater estava em meu sangue, muito mais que na maioria dos outros semideuses, afinal de contas eu era criada para combater o extraordinário, monstros, deuses e criaturas sobrenaturais para qualquer outra pessoa.
Por fim, devido as constantes brigas, decide abandonar minha casa e vir morar definitivamente no Acampamento Meio-sangue, eu tinha ainda apenas 11 anos de idade naquela época, desde aquela época eu não falei mais com ela, nem por cartas, muito menos cara a cara. Mas depois que recebi sua carta, com seu pedido de desculpas, implorando, para que eu pudesse voltar para nossa casa, pelo menos por alguns dias, para que ela tivesse a oportunidade de resolver os problemas, no primeiro momento eu hesitei, fazia quase 7 anos inteiros que não nos falamos, nem uma única palavra, como mencionei anteriormente, mas felizmente, depois de longas e construtivas conversas com minha namorada Drew, aquela mestiça teimosa conseguiu convencer-me a dar uma chance para minha mãe, pelo menos vir para minha antiga casa, no Oregon, para tentar reatar meu relacionamento com ela.
Mesmo com toda aquela insistência da Drew e do Percy, sim, do meu amado Percy, depois de alguns poucos dias fora, depois daquele infeliz incidente em que ele matou Anfitrite, por vingança do que aquela bruxa velha fez com a nossa querida Yeasmin e com a mãe do Percy, ele se acalmou e retornou ao acampamento depois de alguns dias, nos primeiros dias ele estava um tanto quieto demais, porém, depois de algumas conversas com o pessoal do acampamento, em especial comigo e com a Drew, ele finalmente abriu seu coração, desabafou toda aquela dor que o dilacerava por dentro, depois daquilo, Percy teve uma melhora significativa em seu comportamento e nos seus sentimentos, bem mais leve e feliz, ainda mais com a chegada daquela nova semideusa, filha de Atena, Annabeth Chase, Percy a acolheu e cuidou dela, junto da encrenqueira da Thalia Grace, aquelas duas inegavelmente acalmavam o coração conturbado do Percy.
Poucos dias depois, eu finalmente aceitei ir ver minha mãe, junto de minha namorada Drew, felizmente e até um pouco surpreendente, minha mãe, que era extremamente conservadora e um tanto antiquada, aceitou Drew muito bem, muito melhor do que eu imaginava, me deixando ainda mais feliz, não sei se minha mãe havia realmente se tornado mais liberal, ou ela apenas queria se aproximar mais de mim, qualquer uma das hipóteses, sinceramente, deixava-me extremamente feliz e satisfeita com ela. Então depois dessa semana inteira aqui, por incrível que possa parecer, eu e ela não tivemos uma única briga, nem mesmo uma discordância, saímos e curtimos, fomos a festas, descobri que minha mãe estava com um novo pretendente, ele parecia-me um cara até que bem legal, saímos uma noite, nos quatro, um encontro de casal, tudo foi extremamente confortável e legal.
Minha mãe estava com pouco trabalho, ficaria mais em casa, poderia finalmente curtir um pouco de descanso e tranquilidade, longe de todo o treinamento e guerra, aquilo realmente faria bem a ela. Infelizmente, chegou a hora de voltar para o acampamento, precisava retornar e cuidar das coisas, era realmente muito bom voltar com tudo resolvido, era como se um enorme peso tivesse sido retirado das minhas costas. E para fechar a minha ótima semana com chave de diamante, ela foi tão boa, que já havia passado de uma chave de ouro, enfim, em toda essa semana longe do acampamento, eu não vi ou fomos atacadas por um único maldito monstro, o que realmente era muito bom, quase inacreditável de tão bom.
---Filha. ---Disse minha mãe, chamando minha atenção para ela. Estávamos na estação de ónibus, prontas para partir, o ônibus havia acabado de chegar, estava na hora de me despedir. Eu pouco me parecia com ela, afinal de contas, havia puxado muito de meu pai, Ares, mas eu tinha de admitir, minha mãe era linda, aparentando seus 35 anos de idade, embora tivesse mesmo 42 anos, com seus 1,65cm de altura, ela não era muito musculosa, era um tanto magra, sua pele branca como a neve, cabelos castanhos claros, lisos, que desciam até o meio de suas costas, apesar de te um corpo pequeno, ele era rodeado de belas curvas, além é claro dela também ter seios enormes, isso eu havia puxado dela, mesmo que ela não fosse tão alta e forte, ela era uma guerreira nata e experiente, poderia deitar na porrada caras muitos maiores que ela sem muito esforço, uma mulher admirável. ---Deixe-me te dar um abraço. ---Disse ela sorrindo largamente, olhei em seus lindos olhos verde, eles demonstravam muito carinho e compaixão, nos abraçamos com força, seu cheiro era gostoso, cheiro de rosas, seu corpo era quente e reconfortante, minha querida e amada mãe, deuses, como eu havia sentido saudades dela, dos seus abraços. Ela se afastou um pouco e beijou meu rosto, seus lábios eram quentes. Como havia sentido saudades dos seus beijos gostosos também. ---Me perdoe por tudo, eu não fui uma boa mãe...
---Não, mãe. ---Disse a interrompendo, minha voz estava um pouco chorosa, era inevitável, era muita felicidade que estava sentindo agora. ---Não precisa dizer nada, eu te amo tanto, tanto.
---Eu também te amo, minha amada filha. ---Disse ela com a voz chorosa, apertando-me mais firmemente ao seu corpo. Aquilo era tudo que mais queria ouvir, mais do que ouvir a aprovação de meu pai, mais do que ouvir as doces palavras de Drew, ou as palavras amigas do Percy, mesmo salva de palmas de todo o Olimpo e de todos os semideuses do mundo, naquele momento, não pareciam que era melhor que aquelas palavras que minha mãe acabará de dizer-me tão docemente. De repente, algo estranho começou acontecer, imagens, flashes, começaram a passar em minha mente, diante de meus olhos, mais elas começaram a parecer mais reais, como vídeos, ou mesmo como os sonhos estranhos que semideuses costumam ter, em uma delas eu me via, estava suja de lama, poeira, sangue verde e sangue, haviam feridas em meu corpo, em diversos lugares, minhas roupas maltrapilhas estavam realmente ao trapos, meus cabelos bagunçados e mais horríveis do que nunca estiveram, eu ajudava Drew a caminhar, ela estava ainda pior do que eu, minha linda mestiça estava toda ferida, mas o que mais me preocupava, era uma ferida realmente muito feia em seu joelho, ao fundo, paredes de barro escuro, um corredor sem fim, sentimentos de medo, medo dos escuro e desespero me dominaram por um instante. Tão rápido quanto está visão veio, ela se foi, e eu estava novamente, encarando minha mãe, ela me olhava sorrindo lindamente, como se nada tivesse acontecido.
---Eu, eu vi algo estranho. ---Disse confusa, minha mãe parou de sorrir e voltou sua total atenção pra mim, me olhando com preocupação.
---Viu algo estranho? ---Perguntou ela preocupada.
---Meu amor, como assim? ---Perguntou Drew ao meu lado, porém, antes que pudesse responde-la, tudo ficou negro a minha volta por um momento, como se a realidade não fosse real, tudo sumiu do meu campo de vista, somente escuridão sem fim, como quando estamos dormindo. Novas imagens dominaram minha vista, era tão real, tão real que eu até podia sentir o odor pungente de carne morta e sangue, que exalava da criatura que via, uma enorme fera negra, um Mastim de uns 250kg, com olhos vermelhos sangue e assustadores, sem falar de seus enormes e ainda mais assustadores dentes, manchados de sangue vermelho. Novamente, tudo voltou ao normal, eu estava de pé, olhando para minha mãe e para minha namorada, elas me olhavam confusas e preocupadas, em seus olhos transbordavam preocupação e compaixão. Drew aproximou-se de mim, colocando sua mão em meu rosto, mas seu toque, era diferente, não era quente como costumava ser, como devia ser, era um tanto sem vida, meio irreal. ---Você está bem?
---Não. ---Disse seriamente. ---Tem algo errado... ---Nesse instante uma forte luz branca ofuscou minha visão, era intensa, queimou minha vista, tudo era só branco, aos poucos, minha visão foi ganhando cor, pouco a pouco, embora eu ainda não pudesse ver claramente, de alguma forma eu podia sentir que estava deitada em um lugar macio, talvez uma cama, embora a segundos atrás estivesse em pé, em uma rodoviária, junto de minha mãe e Drew. Eu sentia meu corpo todo dolorido, como se eu tivesse levado uma forte surra, ou como quando estamos nos recuperando de uma forte gripe, isso quer dizer que meus estoques de energias divinas foram levados aos limites, estou esgotada. Minha visão ganhou cor, finalmente, consegui abrir completamente meus olhos, e não reconheci onde estava, o teto sobre a minha cabeça era muito alto, haviam luzes que brilhavam sobre mim, olhei para o meu lado esquerdo, haviam macas hospitalares vazias, alguns instrumentos médicos que nem ao menos eu poderia nomear, talvez Luana pudesse, sendo uma filha de Apolo e uma semideusa que gosta de medicina, haviam instrumentos ligados a mim, fazendo um barulho chato, uma tela mostrava meus batimentos e outras coisas que não sabia o que significava, isto era um hospital, uma enfermaria, virei para o outro lado, eu pude ver que Drew estava deitada em uma outra maca, haviam alguns instrumentos médicos ligados a ela, como um medidor de batimentos, entre outras coisas, assim como eu, ela estava mais magra do que eu nunca virá estar, mesmo que ela continuasse linda, seu rosto estava muito fino, eu não entendia o que estava acontecendo, a segundos atrás estávamos bem, como viemos parar aqui?
---Clarisse. ---Escutei uma voz conhecida, muito conhecida, era a voz do Percy, com toda certeza. Quando olhei aos meus pés, eu vi ele, mas sua aparência havia mudado um pouco, ele continuava lindo, até mais do que antes, mas seus conhecidos e lindos cabelos negros, não eram mais os mesmos, haviam mechas brancas, logo afrente do seu cabelo, descendo sobre sua testa, seus lindos olhos verde-mar ainda eram os mesmos, e seu rosto era lindo como sempre, apesar de parecer mais maduro, como se ele estivesse um pouco mais velho do que antes. Ele deu um largo sorriso pra mim, levantou-se rapidamente de uma cadeira e veio na minha direção. ---Graças aos deuses você acordou. ---Disse ele aliviado, agarrando minha mão e segurando firmemente.
---Percy, o que aconteceu com a Drew? Onde nós estamos? ---Perguntei confusa, ele sorriu em resposta.
---Vocês estão a salvo, não precisa se preocupar, Drew está ótima, só dormindo e recobrando as forças, logo despertara, vocês estão em um lugar seguro, não há mais com o que se preocupar. ---Disse ele sorrindo confiante, tentando transmitir calma, eu o conhecia suficiente pra saber que ele estava tentando tomar conta de tudo, tentando esconder as coisas e nos proteger, por mais que fosse nobre seus sentimentos de proteção, era irritante, eu não precisava de proteção, era grande o suficiente para cuidar de mim.
---Para de falar bobagens. ---Briguei com ele. O que o fez rir, o que não me deixo de melhor humor do que já estava. ---Para de tentar me proteger, diga o que está acontecendo, a minutos atrás eu estava no Oregon, na casa de minha mãe, como eu posso estar aqui? Hospitalizada dessa forma? Não faz sentido. ---Disse confusa, Percy forçou um sorriso pra mim, como se ele estivesse com pena de mim.
---Então, você estava sonhando com sua mãe e sua casa no Oregon, eu consigo entender isso...
---Como assim sonhando? ---Perguntei o interrompendo.
---Qual é a última coisa que você lembra, antes da casa da sua mãe. ---Disse o Percy seriamente, eu forcei minha mente atrás de lembranças, mas infelizmente não consegui nada além de uma leve dor de cabeça.
---Eu só lembro da sua fuga, você matou Anfitrite e fugiu do acampamento, semanas depois você retornou...
---Não. ---Disse ele me interrompendo. ---Depois da Anfitrite, eu fiquei meses em autoexílio.
---Não, impossível, foram poucos dias, semanas, duas ou três. ---Disse confusa e incrédula ao mesmo tempo.
---Está mais pra quatro meses. ---Disse ele seriamente.
---Não, não, isso está errado. ---Disse entrando em pânico.
---Calma, Clarisse. ---Disse ele tentando apertar minha mão, mas eu afastei a sua mão com um tapa.
---NÃO ME PEÇA PARA TER CALMA. ---Gritei com ele, ele apenas ergueu as mãos em sinal de rendição, olhando-me calmamente. Respirei fundo, tentando acalmar minha mente. Eu podia entender que no nosso mundo, tudo era possível, tudo mesmo, então, eu precisava ouvir atentamente tudo que o Percy poderia me contar. ---Tudo bem, explica-me exatamente o que aconteceu comigo, com você e com a Drew, fale tudo. ---Disse seriamente, ele acenou brevemente.
---Como parece que sua última memória real no momento, é minha fuga do Acampamento Meio-sangue, começarei de lá. ---Disse ele calmamente, ele puxou a cadeira para mais próximo de mim, sentando-se e me olhando calmamente, seu olhar transbordava confiança e calma, isso era tranquilizador demais, sentia-me menos apavorada, afinal de contas, eu já tinha visto muita coisa ruim, em todos esses anos no acampamento e sendo uma semideusa. ---Depois que matei Anfitrite, eu realmente fugi do Acampamento, fiquei um pouco menos de quatro meses longe, longe do acampamento, do Olimpo, de tudo. ---Agora que ele estava falando, eu consegui finalmente lembrar-me, ele estava certo, minha mente estava clareando, memórias vinham, realmente lembrava que o Percy ficou meses afastado do acampamento, lembro-me de ver Hera no acampamento, conversando com Quíron, buscando informações do filho, lembro-me da rainha dos deuses vir falar comigo e com a Drew, buscando qualquer informação do seu filho desparecido. ---Certo dia, eu recebi um pedido de ajuda do acampamento, especificamente do Grover, ele havia encontrado dois semideuses realmente muito poderosos, que depois mostraram ser filhos de Hades...
---Hades? ---Perguntei o interrompendo. ---Eles eram filhos de Hades, rei do submundo? ---Perguntei confusa, ele assentiu calmamente.
---Sim, os irmãos Di Angelo, Nicolas e Bianca. ---Disse ele seriamente, aquilo era incrível, eu nunca vi um filho de Hades, bem, até ver e conhecer o Percy, eu nunca havia conhecido um filho de algum dos 3 deuses mais velhos, eles são realmente muito raros entre os semideuses. ---Conseguimos resgata-los, mas acabamos tendo perdas na batalha, Annabeth Chase, filha de Atena, acabou sendo sequestrada, mesmo com a ajuda das meninas da caçada, as Caçadoras de Ártemis...
---Caçadoras de Ártemis? ---Perguntei o interrompendo novamente. ---Eu nunca ouvi falar delas, você está se referindo a deusa Ártemis e a meninas?
---A isso é complicado, Ártemis, não vive no Olimpo como os outros deuses, ela gosta de viver no mundo mortal, na natureza, e como ela sentia-se sozinha, ela acabou formando um grupo de garotas semi-imortais, que são protegidas da deusa, normalmente o grupo é formado de Semideusas, ninfas e outras garotas, as meninas estão vivendo no Acampamento nesse momento, elas chegaram um pouco depois de vocês partirem em uma missão, a mais o menos cinco meses atrás. ---Disse ele gentilmente, olhando-me com cautela, mas eu não conseguia lembrar-me disso, estava confuso, minhas memórias estavam muito confusas. ---Bem, depois disso, retornamos para o acampamento, junto das caçadoras, mas infelizmente, não demorou muito e tivemos que sair em uma missão de resgate, em busca de Annabeth e Ártemis, elas haviam sido pegas pelo Titã Atlas, o famoso General do exército Titã, o titã conseguiu escapar de sua punição, primeiro deixando o peso sobre Travis, que passou para Annabeth e depois Ártemis pegou, dessa forma deixando a deusa em apuros e aprisionada, com algumas dificuldades e empecilhos do senhor D., finalmente conseguimos sair na missão, a missão foi difícil, muito difícil, tivemos perdas dolorosas. ---Disse ele tristemente, pude ver que ele se esforçou bastante para não derramar algumas lágrimas, isso infelizmente queria dizer que algum dos integrantes da missão morreram e ele como sempre, culpava-se, eu até queria ouvir mais detalhes sobre as aventuras dele, sendo filha de quem sou, aventuras e missões, mesmo em histórias, me fascinam, mas antes de dizer alguma coisa, Percy adiantou-se em contar sua história. ---Depois de muita luta e batalha. ---Me senti tentada a perguntar detalhes, mas ele estava parecendo-me meio em luto, então decide não perguntar por mais. ---Conseguimos chegar ao fardo do titã, no jardim das Hespérides, depois de uma luta complicada contra o Titã Atlas...
---Vocês enfrentaram um Titã? ---Perguntei incrédula, não conseguia acreditar que semideuses como nós, seriamos capazes de tal feito.
---Na verdade, eu, Bianca e Zoë, enfrentamos o Titã, mas eu que acabei sendo a linha de frente, foi uma batalha difícil, acho que eu não venceria se continuasse sozinho, apenas com a ajuda de Zoë. ---Disse Percy seriamente, eu não podia acreditar nisso, eu sabia muito bem que o Percy era o semideus mais poderoso da atualidade, talvez o mais poderoso semideus que já existiu, afinal, ele foi o único semideus a conseguir a proeza de assassinar um deus, mesmo que fosse Tritão e Anfitrite, dois deuses menores, isso é incrível, surreal, agora, enfrentar Atlas, o General do exército Titã, res as lendas que ele fora um guerreiro surreal, poderoso demais, mesmo para os Olimpianos mais velhos. ---Então, eu tomei a maldição do Titã, o fardo de carregar o céu, que Ártemis estava segurando.
---Incrível. ---Disse seriamente, estava impressionada.
---E suicida, mesmo os poucos minutos que segurei, causaram uma devastação em mim, tenho sequelas em meu corpo. ---Disse ele apontando para o seu cabelo, aquelas mechas brancas, então foi isso que ocorreu, por causa de segurar a maldição do Titã, imagino que deva ter desgastado muito sua força vital, a ponto de manifestar em sua aparência, embora, devo admitir que deu um charme a mais ao Percy, mesmo que ele não precisasse ficar mais bonito e charmoso. ---Ártemis conseguiu jogar o Titã de volta na sua punição, tomando meu lugar, finalizando a luta, pelo menos tempo suficiente para fugirmos dali, com a Annabeth e a Ártemis a salvo. ---Disse Percy sorrindo, então, seu sorriso desmanchou, ele ficou sério. ---Zoë, era uma antiga amiga minha, minha primeira amiga, se não contar Pandora e as deusas, ela é filha de Atlas, uma das Hespérides, porém, devido a um erro do passado, foi expulsa por suas irmãs, e encontrou Ártemis, tornando-se uma caçadora, a primeira caçadora, até nós dias de hoje ela é a tenente de Ártemis, enfim, ela foi ferida gravemente em batalha, ela iria morrer, estava prestes a morrer, eu tinha que fazer alguma coisa, não podia deixar minha melhor amiga morrer, não depois de ver Phoebe morrer, então eu fiz algo estupido de verdade, usando um ritual que eu não devia ter conhecimento, tomei todos os ferimentos e morri em seu lugar...
---ESPERA. ---Gritei alarmada, interrompendo-o. ---ENTÃO ESTAMOS MORTOS, AQUI É O SUBMUNDO?
---Não, calma, nós estamos vivos, aqui não é o submundo, somente um esconderijo meu. ---Disse ele rapidamente, me acalmando. ---Eu morri, mas fui ressuscitado. ---Disse ele rapidamente, aquilo continuava surreal demais para eu entender, mas sendo o Percy, eu sabia que tudo era possível. ---A claro, devo mencionar que Lorde Hades e minha senhora Héstia foram promovidos a Olimpianos e tem agora tronos na sala do Olimpo e fazem parte do conselho.
---Que? Como assim? ---Perguntei confusa, eu estava pasma com essa informação, depois de milhões e milhões de anos, eles do nada foram promovidos, mesmo depois de todo esse tempo sem alterações no corpo principal do Olimpo, era muito estranho.
---Foi oferecido a mim, me tornar um deus novamente, só que agora eu seria um dos Olimpianos, mas eu recusei...
---Foi te oferecido ser um deus novamente, mas agora um deus maior, um Olimpiano e você recusou novamente? ---Perguntei incrédula, deuses, como tantas coisas aconteceram em tão pouco tempo, será mesmo que fiquei desaparecida por apenas cinco meses?
---Bem, sim. ---Disse o Percy coçando a cabeça sem jeito. Era a cara dele, falar e fazer coisas surreais como se fosse a coisa mais comum do mundo. ---Como eu tinha direito a um presente, dessa vez, pedi para que Hades e Héstia fossem promovidos, eles votaram e foi feito.
---Incrível, eu não acredito que tu tenhas promovido dois deuses a Olimpianos, isso é realmente possível? ---Perguntei incrédula.
---Bem, sim, desde que fosse aprovado pelo conselho na votação. ---Disse ele calmamente. Sabe o que é o pior de ouvir essas “barbaridades” dele? Ele fala como se fosse a coisa mais simples do mundo, Percy é realmente um visionário e gênio, a mudança pra ele é algo normal e simples. ---Depois de alguns poucos dias de folga no Olimpo, sendo paparicado por minha mãe e minha afilhada Antonieta...
---Eu conheci ela. ---Disse interrompendo-o, lembrando-me do dia que a Antonieta foi visitar o Acampamento. ---Antonieta, a filha dos deuses Hefesto e Afrodite, certo?
---Exatamente, fico feliz que sua memória esteja voltando ao normal, logo você recordará de tudo. ---Disse ele sorrindo, motivando-me, acho que ouvir sua história estava fazendo-me lembrar das coisas, pelo menos do antes da missão que ele falou, missão que eu e a Drew fomos designadas e desaparecemos.
---Continua, está ajudando.
---Certo, depois disso, infelizmente, a guerra no mar veio átona, Oceano e seu exército partiram na direção do reino de meu pai, desta forma, tive que ir para o mar, para a guerra, fui nomeado General do exército...
---Espera, espera. ---Disse o interrompendo novamente, mas histórias sobre guerras realmente me fascinavam, novamente, sou filha do deus da guerra, está no meu “D.N.A”. Então eu sabia muito sobre guerra e sobre Generais famosos, e o General mais novo assumir tal posição foi um filho de Atena, que lutou na primeira e na segunda guerra mundial e na guerra da Coreia, seu nome era Mark W. Clark, na Primeira Guerra Mundial, lutou na Frente Ocidental na França, liderando o 11º Regimento, 5ª Divisão, onde foi gravemente ferido por estilhaços, após a guerra suas habilidades foram notadas pelo General George Marshall, durante as entreguerras exerceu várias atividades ligadas a pessoal e a treinamentos dentro do exército. De 1921 a 1924, exerceu o cargo de Assessor de Gabinete do Secretário de Guerra, em abril de 1941, Clark se tornou um General de Brigada e no ano seguinte foi para a Grã-Bretanha com o General Dwight D. Eisenhower, onde ajudou a planejar a Operação Tocha, junto com Robert Murphy, Clark negociou o controverso acordo com Jean-François Darlan, em 13 de outubro de 1942, Clark tornou-se General do Exército, sendo o mais jovem oficial a atingir esta patente com seus 46 anos de idade, sendo assim, Percy havia passado tal feito, e isto era incrível. ---Você superou o seu antepassado Mark W. Clark, tornando-se o mais novo General, com apenas 16 anos, deuses, que incrível, isso é realmente muito incrível, ainda mais por ser General de um exército de um deus, de Poseidon, não de meros mortais, Percy, você é realmente incrível. ---Disse fascinada o admirando, ele apenas corou e ficou sem jeito com o elogio. ---Aposto que você foi incrível, deve ter feito um trabalho incrível.
---Pois é, acho que sim, tentei fazer meu melhor. ---Disse ele ainda sem jeito, de repente, de trás dele, vindo na nossa direção, notei uma linda mulher se aproximando, ela era realmente uma das mais lindas mulheres que já havia visto, com aquele corpo sexy e repleto de curvas, os cabelos brancos e aquele rosto de tirar o fôlego, era realmente incrível sua beleza.
---Ele foi realmente muito incrível. ---Disse ela seriamente, chamando a atenção do Percy.
---Não exagere na história, Emuna. ---Disse Percy seriamente, Emuna sorriu e parou ao lado dele, olhando pra mim. Eles pareciam um casal, fiquei feliz pelo Percy, ela era realmente muito linda.
---Ele foi genial em campo de batalha, primeiro ele explodiu o navio de cruzeiro, princesa Andrômeda em um bilhão de pedacinhos e levando centenas de monstros juntos. ---Disse Emuna me surpreendendo.
---Você destruiu mesmo aquele maldito navio? ---Perguntei espantada.
---Sim, quase morri no processo, mas sim. ---Disse ele sorrindo sem graça, eu o olhei feliz, afinal de contas, odiava aquele lugar, quase morremos uma vez lá.
---Conte-me mais. ---Pedi para a Emuna.
---Depois de recuperar-se de seus ferimentos, Percy voltou para a guerra e foi responsável em destruir um exército de baleias esqueletos quase indestrutíveis.
---Incrível, muito legal. ---Disse fascinada, baleias esqueletos e indestrutíveis, era incrível.
---Percy fez tanto estrago na guerra, que os Titãs começaram a irritar-se com ele, o próprio Cronos colocou a cabeça de Percy a prêmio para todos os monstros e criaturas que fossem corajosas a desafia-lo, tanto que eu fui enviada para dar cabo dele, felizmente, eu falhei também. ---Disse ela sorrindo docemente, como uma mulher apaixonada, era visível, ela agarrou a mão do Percy.
---Espera, você foi contratada para matar o Percy? Isso quer dizer que você não é... humana? ---Perguntei confusa e um tanto incrédula demais, não conseguia acreditar que ela não era humana.
---Não, não sou, sou um monstro, sou uma Súcubo. ---Disse ela calmamente. Por um momento de silencio, um tanto desconfortável, eu fiquei pensando na resposta dela, eu nunca havia ouvido falar sobre esse monstro, não sabia realmente se era do bem ou do mau, se era aliado dos deuses ou não, porém, se ela foi mandada pelos Titãs para matar o Percy isso quer dizer que ela era inimiga, mas se ela falhou, e agora eles visivelmente são um casal, ou algo do tipo, eu sei que o Percy não é burro, longe disso, mas era realmente uma situação confusa, ainda mais porque não podia imaginar que monstros e humanos possam relacionar-se amorosamente.
---Clarisse, você está bem? ---Perguntou o Percy docemente, eu demorei um pouco para responder, ainda estava tentando digerir está informação, pensando seriamente se atacaria ela ou não.
---Isso é surreal demais pra mim. ---Disse seriamente, encarando Emuna, embora ela fosse uma mulher linda, ela não era uma mulher de verdade e sim um monstro, porém, ela era de confiança do Percy, Percy era da minha mais total confiança, e eu sabia que o Percy não pode ser controlado mentalmente, sendo descendente de quem é, o poderoso charme na voz de Drew não tem o menor efeito no Percy, mesmo que comigo ou qualquer outro semideus ou monstro que vi, seus poderes foram muito efetivos. Então, voltei minha atenção para Emuna, que estava me olhando calmamente. ---Embora eu realmente esteja tentada a levantar dessa cama e tentar destruí-la, e por mais que for improvável o Percy estar sendo controlado mentalmente, eu realmente tenho minhas dúvidas, porque não posso acreditar que o Percy que conheci, fosse se... ---fiz uma pequena pausa, procurando a palavra certa para dizer, para substituir namorar. ---Relacionar com um monstro. ---Disse seriamente, deixando minha raiva por monstro amostra, porém, Emuna não mudou sua expressão. ---Agora, me expliquem exatamente o que ela é, como vocês tornaram-se aliados, como tudo isso é possível, ou vamos ter problemas.
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