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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 174


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya chegando.... Como estão meus discípulos taradões?

Venho reforçar a informação que quem quiser me conhecer um pouco melhor, ou conhecer outros leitores de FIC, me mandem mensagem ou comentem, que adicionarei vocês com muito prazer no grupo do WhatsApp da Fanfic.

Também queria avisar, que alguns fãs, fizeram uma página no Instagram, para postar alguns memes sobre a FIC, então, quem quiser seguir e dar algumas risadas. o nome ficou, @mestre.jiraiya.taradao. obrigado pela atenção de vocês...

Começando logo com o crescimento da FIC, primeiros com os comentários, estávamos com 4.882 e fomos para 4.909 um aumento muito bom de 27 comentários, só tenho a agradecer a todos que me acompanham... Agora enquanto aos favoritos, estávamos com 2.332 e fomos para 2.350, um aumento muito bom de 18 favoritos... Enquanto a Listas de leitura, estávamos com 650 e subimos para 657... E agora as exibições, que foi 525.544 para 529.488 foram 3.944 visualizações a mais...

Agora sim, os agradecimentos do ranking 3 de leitores mais velozes. Em primeiro lugar: ~ Well-Kun, obrigado pelo seu comentário, meu amigo... Em segundo colocado: ~UmUserQualquerS, que na verdade não sei se é homem ou mulher, mais em todo caso, obrigado... Em terceiro lugar: ~ EtheriousDYami, obrigado meu mano, por seu comentário.... Queria poder agradecer todos individualmente, mas acho que demoraria algumas horas pra isso hahaha, espero que todos saibam o quanto gosto de seus comentários.

Agora sem mais delongas, fiquem com o capitulo.

Capítulo 174 - Capítulo 174


POV: Perseus Heitor Jackson.

 

Acordei suavemente, diferente de quando tenho sonhos do passado ou premonições, qualquer coisa que não seja um mero sonho, o que cá entre nós, realmente é muito raro de acontecer, na verdade, tinha sorte quando apenas não sonhava, até me sentia mais descansado quando isso acontecia. Enquanto continuava encarando a escuridão do quarto do meu QG. Minha mente começou a divagar pro sonho que tive a pouco, realmente não me restava mais dúvidas que o Dédalo era mesmo filho da minha avó, este sonho tirou toda e qualquer dúvida que eu tinha sobre isso, exceto se o sonho tivesse sido manipulado por Cronos ou algum de seus aliados, embora, não entendia qual a razão de Cronos querer mudar a minha ideia sobre Dédalo, manipular essa informação sobre a origem do labirinto e de seu criador, na verdade, saber ou não saber sobre esse detalhe não me ajudava muito, pensando bem o labirinto me ajudava em algo?

 

Afinal de contas ele realmente era uma ameaça pro Acampamento? era uma ameaça praticamente nula, exceto se houvesse passagens dentro do acampamento, que levassem monstros diretamente ao coração do acampamento, o que me faz lembrar que realmente tinha que procurar se havia alguma entrada. Mas o labirinto representava uma ameaça aos semideuses? Claro, tirando a hipótese de ter uma passagem dentro do acampamento, neste caso infelizmente, ele representava uma ameaça real aos semideuses, caso acontecer o que aconteceu com Clarisse e Drew, mas eu realmente não podia fazer muito nesses casos, nem mesmos os deuses mais poderosos possuíam onisciência, então, muito menos eu poderia fazer algo para evitar que os meus campistas e amigos caíssem nesse lugar infernal, esse pensamento realmente não me traz tranquilidade.

 

Bem, melhor não ficar pensando nisso agora, só me traria mal estar e de nada adiantaria, afinal de contas, o labirinto não representava um perigo imediato ao meu acampamento e amigos, em especial depois de ter conseguido resgatar Clarisse e Drew, em todo caso, para desencargo de consciência, farei uma vistoria excepcional naquele acampamento, embora, acho que Quíron deva ter feito no passado, ele era um cara precavido, preparado e muito inteligente também. Olhei para o meu lado, Emuna dormia tranquilamente, linda como sempre, assim que encarei aquele lindo rosto, foi inevitável não pensar no que conversamos antes de Clarisse e Drew recobrarem a consciência. Poliamor, esse era o verdadeiro significado de amor pra mim.

 

 E isso me assustava, meu lado lógico sempre foi muito forte dentro de mim, por isso, o amor me assustava tanto, devido ao motivo que Emuna mesmo disse: "O amor é inexplicável" isso quer dizer que não há lógica, não há palavras, símbolos, números, qualquer coisa que possa realmente explicar o amor e seus significados, o que até então, achei que era apenas um, duas almas se encontrarem e se completarem, para todo sempre. Agora eu descobri que não é só isso, e para piorar a minha situação é que eu fazia parte de uma parcela mínima e extremamente rara de almas que não se adequam ao amor comum, o que para minha sorte é claro, ou melhor dizendo, para minha má sorte, não se aplicava apenas em eu ser o meio sangue mais fodido que já existiu, com uma profecia suicida no futuro próximo e com muito sangue derramado no meu passado, parando para pensar, eu tinha até mais medo dessa história de Poliamor do que da grande profecia, afinal de contas, morrer é algo simples, agora viver que é realmente assustador.

 

Não me entenda mau, não é que eu não goste de mulheres, eu realmente adoro mulheres, sexo, o Poliamor deve parecer que eu teria isso de sobra, como também deve ser o sonho de todo e qualquer adolescente, ter um harém de belas mulheres, porém, Poliamor significava mais que isso, significava amor verdadeiro entre mais de duas almas, enfim, era até difícil de entender o básico, mesmo para alguém dito por muitos ser um gênio, como eu já fui. Com toda essa história de Poliamor, eu quase havia me esquecido de Febe, a linda Titânide, ela realmente me magoou profundamente, quando fingiu ser apenas uma mortal, Louise, eu me senti sujo, violado, usado, era difícil explicar o sentimento de quando eu descobri quem era ela de verdade, porém, ela realmente me pareceu arrependida, Emuna também achou isso, que ela estava falando a verdade, que não estava mais mentindo pra mim, maior prova disso foi ela ter dado a dica sobre minhas amigas, ela foi realmente verdadeira comigo.

 

Porém, meu medo da dor, da raiva, do sentimento de ser enganado e mais machucado, assim como foi com a Luana e com a Ligea, me impediam de confiar nela novamente, em todo caso, eu fui tão ignorante e estúpido com ela, que agora não tinha a menor ideia de como eu poderia achar Febe e me comunicar com ela, ouvir suas desculpas e seus motivos, era óbvio que ela despertava sensações estranhas em mim, algo que eu só podia descrever que estavam relacionados ao Poliamor, e isso me deixava ainda mais confuso. Balancei minha cabeça, tinha que parar de ficar pensando nisso e continuar com a minha vida, eu tinha Emuna, ela que eu devia amar, o resto, eu veria aos poucos, eu sabia que pensar assim não me ajudava em nada, e me deixava ainda mais frustrado comigo.

 

E eu sabia o que fazer nesse meu momento de confusão, a quem recorrer para ouvir seus conselhos, assim como um bom filhote, quando está com problemas, vai atrás de quem sabe das coisas e o ama acima de tudo, ou seja, a mamãe Hera. Comecei a me levantar com muito cuidado, pra não acordar a Emuna que dormia tão tranquila. Assim que estava de pé e felizmente não tinha acordado Emuna, troquei rapidamente de roupa e fiz minha higiene matinal, então sai do quarto direto no QG, felizmente sem acordar a Emuna, todavia, antes de ir pro Olimpo conversar com Hera, eu achei melhor passar na enfermaria e ver como estavam as meninas, inclusive Laila, como deixamos elas em quartos separados, o primeiro era o das meninas, quando abri a porta lentamente, pude ver que elas dormiam profundamente e tranquilamente, recobrando suas forças, o que era ótimo, então achei melhor não acorda-las e ir ver o próximo paciente, por assim dizer, meio que estava me sentindo quase um médico nesse momento. Entrei no quarto de Laila, ela estava acordada, deitada na sua maca hospitalar, ela me encarou, eu podia notar que em seus olhos haviam receio, não era um medo escancarado como antes, mas também podia ser notado que ela não estava tranquila comigo no mesmo local que ela.

 

---Bom dia. ---Disse sorrindo amigavelmente.

 

---Bom dia, senhor. ---Respondeu Laila respeitosamente, fazendo uma breve reverencia com a cabeça, aquilo me incomodou um pouco, ser chamado de senhor, além é claro da reverencia, não era comum pra mim, ainda mais de monstros, bem, quando eu era o General no exército de meu pai, eu recebi muito disto, deste tratamento, mas não me acostumei com tal tratamento, as vezes no Olimpo eu também recebia reverencias, em especial dos servos da minha mãe e de Atena, o que sempre me deixava muito desconfortável.

 

---Não precisa chamar-me assim e nem se curvar para mim, Laila, apenas Percy, está ótimo. ---Disse me aproximando dela, ela assentiu as minhas palavras novamente, ela não pareceu que queria recuar, manteve a calma, afinal de contas, apesar de tudo, eu fiz muito esforço para manter ela viva ontem. Olhei para os instrumentos médicos ligados a ela, seu coração estava batendo em um ritmo muito baixo, cerca de 10 batidas por minuto, para um mortal, isso era quase morte, mas ela me parecia bem, acho que realmente não possuímos muitas semelhanças físicas. ---Como está se sentindo? Está sentindo algumas dores?

 

---Não estou sentindo nada, você e Emuna deram um jeito em mim, só estou um pouco cansada, por causa dos danos da batalha, mas sinto que em poucos dias estarei forte o bastante para servir a ti, com minha vida...

 

---Não, não quero que tu me sirvas com tua vida. ---Disse sorrindo amigavelmente, tentando quebrar todo o clima de mestre malvado, mesmo que eu soubesse que não teria como modicar isso apenas com palavras gentis, tinha mesmo que comprovar com atitudes bondosas. ---Sei que é difícil acreditar, palavras não serão o bastante para te mostrar que eu não quero te machucar e te usar como uma ferramenta, como uma verdadeira escrava, isso vai contra minha índole, embora, eu realmente tenha te escravizado, eu não queria fazer isso, embora eu tenha feito, não foi?! ---Disse meio sem jeito, Laila continuava me encarando sem expressão nenhuma no rosto, o que não me ajudava a transmitir melhor em palavras o que eu estava tentando dizer, afinal de contas, eu mesmo não sabia o que eu estava tentando fazer aqui, talvez eu estava tentando explicar o inexplicável, desculpar o indesculpável, realmente não há palavras pra descrever isso. Então uma ideia me ocorreu. ---Laila, eu sei que essa situação que eu te coloquei foi horrível, mesmo que tu seja uma criatura mágica, dito ser por muitos dos meus semelhantes um monstro, tu não mereças um destino como este, ser escrava, ter sua vida tirada de ti, suas escolhas e sua liberdade, é uma coisa horrível, eu sei, mesmo Gênios como você tem direito a vida, tem direito a ser felizes e buscar o que acreditam ser melhor pra suas longas vidas, liberdade, entendo que talvez, ter de se alimentar de humanos seja uma necessidade pra vocês, assim como é pra nós humanos nós alimentar de carne animal, talvez os bovinos, suínos e os outros animais ao qual matamos e comemos todos os dias, nós vejam como monstros, assim como os mortais e semideuses te veem como um. Enfim, o que eu realmente quero dizer, é que apesar de tudo, eu quero te prometer aqui, que nunca farei nada que vá contra sua vontade, nunca irei te forçar a fazer nada que não queira, a única coisa que eu realmente não posso deixar você fazer é matar humanos inocentes, então aqui e agora, eu te prometo isso, que cumprirei com o que falei pra ti. ---Ela sorria com as minhas palavras, embora, ainda fosse algo bem contido, então notei que talvez apenas palavras, não fossem suficientes para faze-la acreditar em mim, mas podia notar que havia deixado ela muito mais calma sobre seu futuro. ---Talvez você queira que eu faça um juramento solene, se tu quiseres eu poderia jurar pelo Rio Estige...

 

---Não, tudo bem, eu acredito em suas palavras. ---Disse Laila me interrompendo, sorrindo pra mim, um sorriso de verdade. ---Sabe, Percy, é o destino de monstros como eu, ser escravizada por algo mais poderoso e ser usada como ferramenta, sejam dos deuses, titãs, semideuses, feiticeiros ou qualquer um que consiga nos subjugar, por meio do medo e da força bruta, percebo que sua índole é boa, cedo ou tarde, eu teria que me submeter as ordens de alguém, sendo os Titãs ou os deuses, em todo caso, eu sei que acabaria sendo transformada em escrava, de alguma forma. ---Disse ela tristemente, e eu me senti mau com aquele pensamento, com aquela verdade que estava sendo posta a mim, o forte sempre subjugará o mais fraco, é assim que o nosso mundo funciona, mesmos os monstros não estão isentos dessa estúpida regra, e parando mesmo para pensar profundamente, os semideuses não são uma exceção, as vezes, somos usados ao bel prazer dos Olimpianos, nossos pais e mães, claro que em comparação aos Titãs, os deuses eram muito melhores, porém, eles não deixavam de usar os semideuses como eu e meus amigos. ---Percy, tu és uma boa pessoa, um guerreiro honrado, e acima de tudo, misericordioso, eu pude notar isso, então eu sei, ou melhor dizendo, eu fico feliz que eu tenha que te servir, ao invés dos titãs, sei que serei bem tratada, mesmo que não faças nenhum juramento solene, sei que honrará sua palavra, pois eu vi ontem, o esforço enorme que fez para me salvar e salvar meu filho, mesmo que fossemos seus inimigos, tu poderias ter me destruído, acabado com a vida do meu filho. ---Ela pós a mão em sua barriga, sobre o vestido hospitalar que cobria teu corpo e sorriu feliz pra mim, o mais sincero sorriso que ela já havia me dado até então, mas então seu sorriso desmanchou-se. ---Tu fizeste mais por meu filho, do que o próprio pai, que me abandonou no momento que mais precisei, mesmo sabendo do nosso filho, mesmo depois de tantas e tantas palavras de confiança que ele me disse, tudo não passou de mentira. ---Disse ela com lágrimas nos olhos, lágrimas vermelhas como as de Héstia.

 

---Sinto muito, aquilo com toda certeza foi horrível. ---Disse tristemente, Laila em resposta limpou seu rosto com as costas das mãos e forçou um sorriso pra mim. ---Eu prometo que cuidarei do seu filho também, assim como se ele fosse o meu próprio filho. ---Disse seriamente a encarando, o que a fiz sorrir mais amplamente.

 

---Em homenagem ou melhor dizendo, em agradecimento a sua misericórdia e seu cuidado, se meu filho for um garoto, peço a permissão de colocar teu nome nele. ---Pediu ela me surpreendendo, por mais que tivesse sido pego de surpresa pelas palavras de Laila, foi inevitável não sorrir para suas palavras.

 

---Eu concedo a permissão, na verdade, me sinto muito honrado e com bastante alegria. ---Disse sorrindo. O que fez Laila sorrir mais feliz ainda.

 

---E caso for garota, pedirei a Emuna se ela me permite colocar o nome dela.

 

---Aposto que ela ficará muito feliz com o seu pedido.

 

 

--------------------------------------- Quebra de Tempo. --------------------------------------------------------------------------------------------

 

Depois da minha gostosa conversa com Laila, ter aquela conversa, tirou um grande peso da minha consciência, em partes é claro, afinal de contas, eu não podia e nem tinha a confiança, pelo menos ainda, de quebrar o feitiço de escravidão, todavia, senti-me bem melhor em ter aquela conversa, e eu estava determinado a manter minha promessa pra Laila, mais do que a qualquer outra promessa que fiz, mas eu ainda estava bastante confuso com tudo que vinha acontecendo em minha vida recentemente, eram tantas e tantas coisas, que a morte de Ligea pareceu fazer um século, porém, a dor ainda estava vivida em meu coração, agora essa história de Poliamor para piorar minha situação, me deixando mais confuso e um pouco triste também, afinal de contas eu realmente não podia entender essa história de muitas almas, por exemplo, como Emuna iria aceitar que outra mulher me ame? Me amar da mesma forma que ela me ama, nesse caso, eu só via um possível fim para nós, ambas sairiam machucadas, magoadas comigo e com elas próprias e isso era triste de se pensar.

 

 Em todo caso achei melhor ir falar com a minha mãe, então cá estou eu, no Olimpo, mais especificamente no palácio de minha mãe, minha casa, eu fui entrando porta a dentro e encontrei minha linda mãe, aparentava ter seus 25 anos, seu rosto era extremamente belo, sua pele branca como a neve, seus poderosos e lindos olhos castanhos claros estavam distraídos, seu cabelo tinha a mesma cor dos olhos, ele era liso e longo, até chegar na sua cintura, ela tinha 1.70cm, seu corpo era perfeito, seios fartos e redondos, cintura fina, coxas e bunda perfeita, sua postura era perfeita, como de uma Rainha, mesmo quando sentada e distraída estava lá, ela estava vestida como uma pessoa normal, que acabará de acordar, um conjunto azul claro de roupas finas, ela estava sentada em seu sofá elegante e lendo um livro perto da lareira, enquanto ao lado dela, estava uma xicara de café, que esfumaçava de tão quente. Ela gostava muito de fazer isso, se sentar perto da lareira, tomar um chocolate quente ou café e ler um romance contemporâneo, normalmente ela fazia isso quando estava tentando distrair a cabeça de problemas, normalmente problemas que eram ocasionados por mim, esse pensamento me fez sentir-me nostálgico, lembrando-me da época que a minha maior preocupação eram meus treinos e o que eu poderia fazer para me divertir um pouco, o que sempre causava problemas pra dona Hera, realmente parecia-me mais simples naquela época, até mais feliz. Ela estava bem entretida no livro, que só me notou quando estava muito próximo, mas quando me viu, deu seu caloroso sorriso de sempre.

 

---Meu amor. ---Disse ela fechando seu livro e colocando-o na mesinha ao lado do café. ---O que te traz tão cedo aqui? Você agora é o diretor do acampamento, tem que manter a ordem e cuidar dos nossos semideuses. ---Disse ela sorrindo para mim. ---Mas então, porque veio visitar essa velha deusa?

 

---Deixa disso mamãe, não preciso de nenhum motivo pra vir dar um beijo na senhora e comer da deliciosa comida da minha mãe. ---Dizendo isso, me aproximei e beijei seu rosto, depois deixei-a beijar-me no rosto.

 

---Delicia. ---Anunciou ela sorrindo feliz. ---Então vamos para cozinha, pra eu preparar algo delicioso pro meu bebezinho.

 

---Espera. ---Disse a impedindo de se levantar. ---Eu queria conversar com a senhora antes. ---Disse me sentando na mesa de centro e olhando pra ela seriamente, o que fez seu sorriso vacilar, e mesmo que estivesse sentado na mesa de centro, algo que ela odiava que fizesse, ela não reclamou comigo, não após ver a seriedade em meu olhar. ---Precisamos conversar, eu tenho muitas notícias, algumas muito boas e outras nem tanto assim. 

 

---Por favor, comecemos com as boas. ---Pediu ela sorrindo.

 

---Como desejar. ---Disse sorrindo verdadeiramente, afinal de contas, realmente estava me sentindo extremamente bem com isso. ---Eu finalmente consegui encontrar Clarisse e Drew. ---Minha mãe deu um largo sorriso com as minhas palavras. ---Melhor do que isso, consegui salva-las e deixei-as em segurança no meu QG.

 

---Pelos deuses, mas que ótima notícia, meu amor. ---Disse ela sorrindo e fazendo carinho em meu rosto. ---Mas onde elas estavam?

 

---É exatamente nesse ponto que as coisas começam a ficar complicadas e não tão boas. ---Disse seriamente a encarando. ---Elas estavam no labirinto, o labirinto de Dédalo.

 

---Entendo. ---Ponderou ela seriamente, como eu esperava, aquilo não a surpreendeu, minha mãe era uma deusa muito antiga, viu e ouviu muita coisa com o passar dos milhões de anos de sua longa imortalidade. ---Faz sentido agora, de como elas conseguiram ficar fora do radar de todos nós, o labirinto é algo muito complicado, ele é um mistério, mesmo pra mim.

 

---Compreendo. ---Nesse momento, eu pensei que talvez eu conseguisse tirar mais informações sobre Dédalo e o labirinto, e teria um veredito final as minhas dúvidas, com as informações que tive em meus sonhos, claro que se Atena realmente trouxe Dédalo ao Olimpo, isso não passaria despercebido aos olhos de minha mãe, mais do que isso, mesmo que Atena realmente seja mãe de Dédalo e ela tenha riscado e destruído qualquer evidencia da relação deles, ela não poderia fazer isso com quem viu e viveu naquela época, como minha mãe. ---Mãe, eu tive sonhos com o Dédalo, o inventor, nos meus sonhos, ele estivera aqui no Olimpo, recebeu treinamento especial de Atena, ele era filho da minha avó, isso realmente é verdade?

 

---Sim, é verdade, Dédalo o inventor é filho de Atena. ---Afirmou minha mãe, tirando qualquer dúvida que me restava. ---O primeiro e único filho que Atena deu uma atenção especial, ela o trouxe ao Olimpo e o ensinou pessoalmente, assim como ela fez contigo. ---Então meus sonhos estavam certos. ---Inclusive, está lança que tu empunhas em suas batalhas, que Sally, sua mãe empunhou, foi criada precipuamente para Dédalo empunhar, ele foi o primeiro.

 

---Eu não entendo, se ele realmente foi filho de minha avó, ainda mais um tão poderoso e importante, por que ele foi riscado da história de Atena? Porquê toda ligação dele com ela foi desfeita?

 

---Percy, meu filho, eu realmente não sei o porquê, Atena nunca me contou o motivo, nem a ninguém que eu saiba, eu respeito as decisões de Atena, se ela fez isso, creio que foi justo e ao meu ver, Atena nunca mais foi a mesma, principalmente em relação aos seus filhos. ---Talvez essa fosse a verdadeira razão que fez Atena mais distante de seus descendentes, algo que Dédalo fez, fez Atena mudar seu ideal de como lidar com seus descendentes. ---Agora uma coisa é verdade, Dédalo é o semideus de Atena que mais se destacou ao longo de todos esses muito milênios, mais do que sua mãe Sally Jackson.

 

---Porque diz isso mãe? ---Perguntei curioso, afinal de contas minha avó teve vários filhos extremamente importantes e poderosos, tais como Ferdinand Foch, Frederich Bartholdi, um arquiteto francês, que inclusive construiu a estátua da liberdade de forma a parecer com sua mãe, George Washington, o primeiro presidente norte americano, entre tantos outros.

 

---Além de ter sido o maior inventor do passado, Dédalo é o único mortal que realmente enganou a morte...

 

---Espera um instante. ---Disse a interrompendo. ---Dédalo não está morto?

 

---Definitivamente ele não está morto. ---Confirmou ela seriamente, me surpreendendo ainda mais. ---Eu não sei ao certo como, e se ele realmente está em condições de se chamar de vivo, uma vez que o corpo mortal não foi feito para durar tanto, mas uma coisa é óbvia, nem Tânatos com todas as suas artimanhas, nem mesmo Hades com suas fúrias e mortos vivos aos montes, puderam trazer a alma, o animus de Dédalo ao submundo, sendo oficialmente, a única alma que Hades perdeu em todos os milhões de anos de serviço dele no submundo. ---Aquilo era realmente surreal, Dédalo era mesmo incrível, isso só pra começar. ---Maior prova que Dédalo está vivo é que o labirinto ainda existe, não posso afirmar isso, mas ouvi Hades comentar uma vez, que o labirinto está ligado a força vital de Dédalo, porém, o labirinto criou uma espécie de personalidade própria, não exatamente uma vida própria, mas sim uma faceta de outra personalidade de Dédalo, e que um se alimenta do outro, tornando-se cada vez mais fortes, dessa forma o labirinto se transformou em algo tão surreal, que nem mesmo nós deuses podemos compreende-lo.

 

---Incrível. ---Foi a única coisa lógica que poderia dizer.

 

---O que me faz pensar, de como tu conseguiu a informação para achar suas amigas no labirinto, então, quem te ajudou? ---Perguntou minha mãe curiosa, aquilo me fez engolir seco. Finalmente chegamos no ponto em que eu queria, quer dizer, no que eu devia falar com ela, mas que estava receoso? Poderia dizer que sim, no melhor dos casos, se não diria que estava com medo de tocar no assunto, mas agora não tinha mais escolhas, tinha que começar o assunto e ver até onde ele iria e como iria.

 

---Tudo bem. ---Disse por fim, respirando fundo e criando coragem pra começar. ---Agora chegamos ao ponto mais delicado, lembra-se da minha volta da missão para resgatar Annabeth e Ártemis, de como Apolo e Ares me arrastaram para uma boate e uma tal de iniciação...

 

---A se lembro. ---Disse minha mãe me interrompendo, com uma cara de poucos amigos, quase irritada. ---Vocês sabem como odeio ser a última a saber das coisas, mais do que isso, usar de um encontro meu para me enganar, me deixou pé da vida com vocês. ---Disse ela irritada, o que era um mau sinal, nem começamos a conversa e já a deixei irritada comigo. ---Mas tudo bem, continua, quero entender de como uma festa em uma boate mortal te fez achar suas amigas dentro do labirinto, um lugar que nem mesmo os deuses entendem.

 

---Bem, não tem nada a ver com a boate em si, mas sim, de alguém que eu conheci naquele lugar. ---Engoli em seco novamente, agora tinha chego ao ápice do assunto? Não, ainda tinha que falar do Poliamor, esse sim, seria o momento mais crítico, por assim dizer. ---Febe, a Titânide.

 

---Febe. ---Ponderou minha mãe, seu rosto estava calmo e pensativo, porém, podia ver em seus lindos olhos castanhos, poder emanar. ---Você conheceu uma Titânide e resolveu não me contar sobre isso?

 

---Não, não é isso, mãe. ---Disse rapidamente, antes que a história caminhasse para outro lado e complica-se ainda mais as coisas pra mim. ---Naquele dia Febe não se mostrou como uma Titânide, na verdade, ela se mostrou como uma mera mortal, chamada de Louise.

 

---Eu compreendo, ela fingiu ser uma mera mortal, e o que fizeram na noite que se conheceram? ---Perguntou minha mãe, meu rosto corou violentamente com a pergunta dela, o que eu devia responder? Que tivemos uma noite insana de sexo? Acho melhor não dizer isso, então, o que eu diria? Que ficamos apenas batendo um papo aleatório, eu realmente não sabia o que eu responderia. Mas felizmente não foi necessário, minha mãe apenas deu um breve sorriso com a minha reação e continuou a falar. ---Compreendo que Febe ainda detém poder do oráculo, e creio que possa utilizá-lo ainda melhor que Apolo, agora entendi como conseguiu achar suas amigas no labirinto. ---Disse ela por fim, então ela sorriu e acariciou meu rosto. ---Agora, vamos a cozinha comer algo, e podermos conversar mais calmamente, tenho ótimas notícias pra você também.

 

---Enquanto a sua pergunta anterior. ---Disse seriamente, chamando a atenção da minha mãe de novo pra mim. ---Eu dormi com a Febe, na noite em que nos conhecemos.

 

---Eu já havia entendido isso, meu filho. ---Disse ela calmamente, o que me espantou um pouco, sua reação foi muito calma.

 

---E não tem nada a dizer sobre isso? ---Perguntei surpreso.

 

---Não, Febe foi uma Titânide, porém, ela sempre foi a favor dos deuses, eu particularmente gosto dela, apesar do empecilho do seu ex-marido. ---Caso não saibam, Febe se uniu ao seu irmão, Céos e juntos tiveram as deusas Leto, que era mãe de Ártemis e Apolo e sua outra filha, Astéria. ---Todavia, você precisa amadurecer e entender o verdadeiro significado do amor pra você, meu amor. ---Aquelas palavras novamente, finalmente chegamos ao momento de êxtase puro da minha vinda ao Olimpo, por assim dizer.

 

---Foi por essa razão, que eu estou aqui hoje, mãe. ---Disse a encarando seriamente em seus lindos olhos castanhos, que me encaravam profundamente. ---Eu finalmente descobri o que o amor verdadeiro significa pra mim. ---Pude ver os olhos da minha mãe brilharem mais excitados, animados, antes mesmo de terminar de falar. ---O Poliamor.

 

---Aaa.... ---Gritou ela animada, batendo as palmas freneticamente, me surpreendendo bastante com toda aquela animação. ---Finalmente, já estava mais que na hora, finalmente você entendeu, deuses, mais que alívio, finalmente não preciso mais tomar cuidado com isso e agir como a mãe ciumenta o tempo todo, e realmente posso te ajudar...

 

---Espera um momento. ---Disse a interrompendo. ---Você sempre soube sobre o Poliamor?

 

---Mais é claro que eu sempre soube. ---Disse ela revirando os olhos com as minhas dúvidas. ---Como já te disse um milhão de vezes, eu sou tua mãe, sei de tudo e mais um pouco, além disso, eu também sou uma deusa do amor, caso tenha se esquecido disso. ---Ela tem razão, eu sou mesmo um idiota, me sentia extremamente estúpido, mas é claro que Hera, deusa do casamento e do amor saberia o verdadeiro significado do amor pra mim. ---Como Afrodite já te disse, não poderíamos contar o verdadeiro significado de amor pra você, meu bem, somente você saberia a hora e momento de finalmente abrir essa cabeça dura e sentir, descobrir o verdadeiro significado do Poliamor, estava demorando muito, mas finalmente você está pronto. ---Disse ela animada e aliviada. ---Aposto que Emuna que te contou, não foi?

 

---Sim, foi mesmo ela, eu a pedi para contar.

 

---Eu sabia, eu amo aquela Súcubo, como eu amo a Emuna. ---Disse minha mãe extremamente feliz, era inevitável não me sentir animado, vendo a animação dela. De repente, algo me ocorreu, era quase como se as peças de um quebra-cabeça começassem a se encaixar na minha cabeça e eu pudesse finalmente ver o desenho completo. E pensar nisso, fez meu rosto queimar em vermelho muito forte.

 

---Se você já sabia sobre o Poliamor, isso quer dizer que tu sabes de outras coisas, como... Por exemplo....

 

 ---Suas aventuras românticas com a minha amiga e serva, Íris? ---Perguntou ela de supetão me surpreendendo. Senti meu rosto ficar ainda mais vermelho, se isso era possível, porém, não podia perceber se minha mãe parecia irritada com isso, bem, afinal de contas acho que ela não se irritou com isso, pois Íris está bem e a salvo da fúria da minha mãe. ---Ou então suas aventuras escondidas com a deusa Esmeralda? ---Aquilo me deixou mais envergonhado ainda, ela sabia de quase todos os meus romances escondidos. ---Ou sua diversão de uma noite com todas as Graças, juntas. ---Meu rosto não parava de corar mais ainda, ouvindo minha mãe falar sobre esses fatos, que até então eu achava ser segredos, simplesmente serem jogados na minha cara. ---Ou então Circe, a forma que você a seduziu para sair ileso da sua ilha, foi inteligente ou ainda como seduziu e tirou informações de Nêmesis. ---Meus deuses, ela sabia de tudo. ---Eu até sabia da Louise também, embora, não imaginasse que na verdade fosse Febe. ---Tinha que admitir, minha mãe tinha que ganhar o título de deusa espiã, dos mistérios, da investigação, da onisciência ou sei lá. ---Por fim, mas não menos importante, aquela sua primeira e devastadora paixão problemática com a primordial Nix. ---Agora sim fiquei surpreso de verdade, além disso, se era possível eu ficar mais vermelho do que já estava, eu fiquei, minha mãe conseguiu me deixar mais vermelho e envergonhado do que qualquer outra pessoa deva ter ficado. O que a fez rir das minhas reações de vergonha, na verdade, ela estava gargalhando. ---Quanto tempo eu esperei para poder finalmente mostrar que suas escapadas românticas, não passaram despercebidas dos meus olhos, além é claro de poder ver essa reação em seu rosto.

 

---Por Poseidon, nunca imaginei que tu sabias tanto...

 

---Mas que garoto resmungão. ---Disse ela me interrompendo. ---Não duvide das minhas habilidades como deusa do amor, meu bebezinho, em resumo de tudo isso, vou dizer mais uma vez, para nunca mais esquecer... ---Eu sabia o que veria a seguir, então não pude deixar de falar junto dela.

 

----...Eu sou sua mãe. ---Começamos a falar juntos, comigo tentando imitar sua voz e vendo o lindo sorriso que ela dava pra mim. ---Eu sei de tudo e mais um pouco.


Notas Finais


Se cuidem galera, cuidado com o COVID.


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