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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 195


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya chegando... Fala meus discípulos taradões, beleza?
Peço perdão pelo sumiço, mas infelizmente estou tendo problemas familiares dos ruins, mas as coisas vão melhorar em breve e vamos ter capítulos maiores e com o prazo mais curto.

Eu queria avisar, que alguns fãs, fizeram uma página no Instagram, para postar alguns memes sobre a FIC, então, quem quiser seguir e dar algumas risadas. o nome ficou, @discipulos.mestre.jiraiya... também tem algumas curiosidades e um bestiário com imagens de alguns dos monstros que aparecem na fanfic.

Começando logo com o crescimento da FIC, primeiros com os comentários, estávamos com 5.829 e fomos para 5.868, aumento muito bom de 39 comentários. Muito obrigado a todos pelo tempo e o carinho de vocês.
Agora sim, os agradecimentos do ranking 3 de leitores mais velozes. Em primeiro lugar: ~Ugetsu, obrigado pelo seu comentário man... Em segundo colocado: ~LionelSalre10, obrigado pelo seu comentário, mano... Em terceiro lugar: ~shawppjd, obrigado pelo comentário, meu amigo... Queria poder agradecer todos individualmente, mas acho que demoraria algumas horas pra isso hahaha, espero que todos saibam o quanto gosto de seus comentários.

Agora enquanto aos favoritos, estávamos com 2.767 e fomos para 2.786, um aumento de 19 favoritos...
Enquanto a Listas de leitura, estávamos com 872 e fomos para 889...
E agora as exibições, que foi 622.524 para 635.616, foram 13.092 visualizações a mais...

Agora, sem mais delongas, fiquem com o capítulo.

Capítulo 195 - Capítulo 195


POV: Perseus Heitor Jackson.

 

Depois de todo aquele maravilhosa e intensa noite de prazer, Emuna, Clarisse e Drew acabaram comigo, depois de tantos orgasmos, meu filhinho aqui debaixo estava até um pouco dolorido. Quando acabamos com tudo, já era mais de 3 horas da manhã, felizmente o duelo com Héracles foi marcado para horário da tarde, começar da noite. Então eu tomei um demorado e relaxante banho e deitei em uma confortável e grande cama do meu novo quarto, a cama era tão grande que coube facilmente eu, Emuna, Clarisse e Drew, não demorou para o sono e o cansaço cobrar seu preço, depois de uma semana inteira sem dormir, eu realmente estava cansando, não fisicamente, com o sigilo eu realmente tinha energia de sobra em meu corpo, mais mentalmente eu estava esgotado mesmo.

 

Então rapidamente eu estava dormindo e como sempre para o azar de um semideus como eu, o sonho não demorou a vir, em meu sonho eu reconheci o lugar de imediato, apesar de estar um pouco diferente, mas com toda certeza era o mesmo lugar que sonhei antes, meu sonho sobre Dédalo e seu filho Icaro. Eu me via parado em uma velha sala feita de massivas pedras, mas estava bem diferente de antes, ela parecia mais como uma oficina agora, não era como antes, que era um lugar frio e escuro, cheirando a urina e fezes misturadas a lama com esterco animal. O lugar havia sido bem limpo, estava claro, haviam muitas mesas, que estavam cheias de instrumentos de medição, ferramentas de muitos tipos, uma forja queimava vermelho quente no canto.

 

Icaro que eu vira no último sonho estava carregando o fole, ele era mais alto agora e não aparentava mais estar doente, havia ganhado peso, e aparentava estar mais velho também, talvez com uns 15 anos, quase 1,70cm, seus cabelos eram longos e negros, caindo por seus ombros e dessa vez suas roupas estavam até que bem limpas. Eu sempre achei o fole um estranho instrumento, ele era afunilado e estava anexado à forja da chaminé, exalando fumaça e calor e canalizando-os através de um tubo no chão, próximo a um grande tampão bronze de bueiro.

 

---Só não espero que esse sonho seja o que estou pensando. ---Disse em voz alta, lembrando dá triste e trágica continuação da história de Dédalo. Novamente, ele não podia me ouvir, afinal, isto era uma memória do passado.

 

---Está quase. ---Escutei uma voz atrás de mim. Quando me virei eu vi Dédalo, o velho homem parecia ainda mais adoentado do que no meu sonho anterior, ele estava terrivelmente magro, como sua esfarrapada túnica não cobria muito bem a parte superior do seu corpo, eu podia ver todas as suas costelas perfeitamente, suas mãos estavam calejadas e vermelhas de muito trabalhar, seu cabelo branco cobria seus olhos e sua túnica estava manchada com graxa também. Ele estava inclinado sobre uma mesa, trabalhando em algum tipo de miscelânia de metal longo, como um tipo de cota de malha. Ele pegou um delicado anel de bronze e encaixou no lugar.

 

---Mas que droga. ---Resmunguei injuriado.

 

Vendo o projeto do velho, apesar de ser um pouco diferente do mito original, que dizia que as asas foram feitas de penas de aves, eu sabia o que veria a seguir. Dédalo pegou o seu projeto, eu tinha que admitir uma coisa, estava tão bonito, meu coração saltou vendo o trabalho incrível que ele havia feitos nessas asas de metal, construídas a partir de milhares de penas de bronze interligadas, havia dois conjuntos. Um ainda estava sobre a mesa. Dédalo esticou a armação, e as asas expandiram seis metros, parte de mim sabia que aquilo nunca poderia voar. Era muito pesado, e não havia como sair do chão, exceto se ele estivesse usando magia de ferreiro. Mas o trabalho artesanal era incrível. Penas de metal captavam a luz e refletiam trinta diferentes tonalidades de dourado.

 

--- Feito. ---Ele anunciou. ---Está feito. ---Comemorou o velho animado. Então pude ver o brilho das runas no metal, ele havia mesmo usado magia de ferreiro nela, redução de peso, igual minha mãe havia feito nas armaduras dela. O rapaz deixou o fole e correu para ver. Ele sorriu, apesar do fato de estar sujo e suado.

 

---Pai, você é um gênio! ---Exclamou Icaro e eu tinha que concordar com o garoto, Dédalo era mesmo genial. O velho homem sorriu.

 

---Diga-me algo que eu não saiba, Ícaro. ---Disse o velho orgulhoso. ---Agora se apresse. Vai demorar pelo menos uma hora para fixá-las. Venha.

 

---Você primeiro, meu pai. ---Ícaro disse.

 

---Não, primeiro você meu filho. ---O velho homem protestou, mas Ícaro insistiu.

 

---O senhor fez isso, pai. ---Disse Ícaro sorrindo largamente. ---Você deveria ter a honra de usá-las primeiro. ---Sem esperar o velho reclamar mais. O rapaz atou um arnês de couro no tórax de seu pai, como um equipamento de alpinismo, com tiras que corriam dos ombros até os pulsos. Então ele começou a fixar as asas, usando uma vasilha de metal que parecia um enorme revólver de cola-quente.

 

---O composto de cera deve segurar por várias horas. ---Disse Dédalo nervosamente enquanto seu filho trabalhava. Ele estava errado, cera não suportaria o calor escaldante, não fixaria, ele deveria utilizar de outros meios para tal finalidade, mas parando para pensar melhor, olhando ao meu redor, o velho não tinha muito equipamento e recursos ao seu dispor. ---Mas temos que deixá-la fixar primeiro. E faríamos bem em evitar voar muito alto ou muito baixo. O mar molharia a cera...

 

---E o calor do sol poderia soltá-las. ---O menino acabou. ---Sim, pai. Nós conversamos sobre isso um milhão de vezes!

 

---Cuidado nunca é demais.

 

---Tenho total confiança nas suas invenções, pai! Ninguém jamais foi tão inteligente como você. ---Disse Ícaro ao pai, então percebi que não era somente a falta de recursos que matou o Ícaro, era a o orgulho do pai também, sua soberba. Os olhos do velho homem brilharam, era óbvio que ele amava seu filho mais do que qualquer coisa no mundo.

 

---Agora vou colocar as suas asas, e dar às minhas chance para fixar adequadamente. Venha! ---Disse o velho ao filho. Estava indo devagar, as mãos do homem velho se atrapalhavam com as tiras. Ele tinha dificuldade em manter as asas em posição enquanto as selava. Suas próprias asas de metal pareciam pesar-lhe para baixo, atrapalhando enquanto ele tentava trabalhar.

 

---Muito lento. ---O velho homem murmurou. ---Eu sou muito lento.

 

---Tome o seu tempo, pai, vai dar tudo certo. ---O menino disse tentando acalmar o velho. ---Os guardas não virão até...

 

BOOM!

As portas da oficina tremeram. Dédalo as tinha barrado por dentro com uma tora de madeira, mas ainda elas sacudiam nas dobradiças.

 

---Depressa! ---Ícaro disse.

 

BOOM! BOOM!

 

Algo pesado batia nas portas. A braçadeira deteve, mas uma rachadura apareceu na porta da esquerda. Dédalo trabalhava furiosamente. Uma gota de cera quente caiu sobre o ombro de Ícaro. O rapaz estremeceu, mas não gritou. Quando a sua asa esquerda estava selada nas tiras, Dédalo começou a trabalhar na direita.

 

---Precisamos de mais tempo. ---Dédalo murmurou. ---Eles estão muito adiantados! Nós precisamos de mais tempo para o selamento aguentar.

 

---Vai ficar tudo bem, meu pai. ---Disse Ícaro quando seu pai terminou a asa direita. ---Rápido, temos que ir pro bueiro.

 

---Espere. ---Disse Dédalo encarando a porta. ---Não vai dar tempo, precisamos de mais tempo para fixar melhor a cera, temos que ir pro Plano B.

 

---Você acha que vai suportar? ---Perguntou o menino preocupado.

 

---Eu tenho... ---O velho nem conseguiu terminar a frase.

 

CRASH!

 

As portas arrebentaram e a cabeça de um aríete de bronze emergiu através da fenda. Machados desobstruíram o restante, e dois guardas armados entraram na sala, seguidos pelo rei com coroa de ouro e barba em forma de lança, o velho Minos.

 

---Bem, bem. ---Disse o rei com um sorriso cruel. ---Aonde você pensa que vai? ---Dédalo e seu filho congelaram, suas asas metálicas brilhando em suas costas. Antes mesmo deles responderem, Minos já riu novamente.

 

---Estamos indo embora, Minos. ---Disse o velho homem, seus olhos acinzentados brilhando, mas o velho Rei Minos gargalhou com a resposta dele, não dando importância ao brilho de poder nos olhos do velho.

 

---Eu estava curioso para ver até onde você chegaria com este pequeno projeto antes que eu frustrasse as suas esperanças. Devo dizer que estou impressionado. ---O velho Rei caminhou até Dédalo, mas o velho ainda se manteve firme e protegeu o filho com seu corpo, levando-os para um pouco afastado da saída, perto de várias caixas enormes, que estavam empilhadas ao lado. O rei admirou suas asas. Eu entendia o plano de Dédalo, ele estava tentando ganhar o máximo de tempo possível para as asas fixarem melhor. Mas ainda assim Minos era um filho de Zeus, o céu é sua maior vantagem, além disso duvido que o velho tenha poder divino suficiente nesse estado para enfrentar Minos, Minos apesar de também ser velho, ainda era alguns anos mais jovem que Dédalo, além de estar bem melhor nutrido e forte fisicamente. ---Vocês se parecem frangos de metal. ---Ele decidiu. ---Talvez devêssemos depená-los e fazer uma sopa. ---Os guardas riram estupidamente.

 

---Frangos de metal. ---Um dos guardas repetiu rindo, esse parecia bastante ser um daqueles trogloditas e retardados. ---Sopa.

 

---Calem-se. ---Disse o rei. Então ele se virou novamente para Dédalo, seus olhos azuis brilhantes faiscando perigosamente, lembrando-me os de Thalia quando ela estava prestes a descarregar alguns volts em você. O que devo acrescentar que é muito doloroso e no caso de Dédalo e Ícaro era mortal, Dédalo por estar muito fraco e velho e seu filho Ícaro, por ser um mero mortal, não resistiria a eletricidade de um semideus. ---Você deixou a minha filha escapar, velho. Você levou minha esposa à loucura. Você matou o meu monstro e me fez ser motivo de piada no Mediterrâneo, eu sou um semideus mais poderoso que você, estou forte, você é apenas um velho acabado.

 

---Minos, seu tolo. ---Zombou Dédalo. Tentando tirar o velho semideus do sério. ---Eu vou fugir, você não me impedirá.

 

---Eu sou filho de Zeus. ---O velho encheu o peito, eletricidade crepitava em sua mão. ---Você nunca irá escapar!

 

---Nunca? ---Riu Dédalo. Nesse instante eu notei que Dédalo estava juntando suas últimas forças, para um ataque surpresa. Realmente era a única opção do velho semideus. ---Você se esqueceu de uma coisa, meu velho inimigo.

 

---O que eu esqueci? ---Rosnou Minos.

 

---Eu sou filho de Atena. ---Nesse instante Ícaro agarrou o revólver de cera e atirou no rei, que desviou facilmente, mas os dois guardas atrás do semideus, não tiveram reflexos para desviar, ambos receberam um jato de cera quente na cara.

 

---Aaaaa... ---Gritaram em agonia.

 

---Peguem o garoto! ---Ordenou o Rei Minos, eu podia ver a eletricidade se concentrando em suas mãos, ele iria atacar.

 

---A abertura! ---Ícaro gritou para seu pai. Mas Dédalo estava focado em outra coisa, ele elevou suas mãos para frente, seus olhos acinzentados brilharam mais intensamente, nesse instante, Minos se curvou de dor, aos berros, era o golpe mental, uma das habilidades de Atena, uma das mais raras, eu mesmo não era muito bom nela.

 

---Vamos... corra... ---Disse Dédalo ao filho, eu podia ver que havia sangue escorrendo do seu nariz, devido ao grande esforço que o velho estava fazendo. Mas ele não se deu por satisfeito, então ele balançou a mão da esquerda para a direita e as caixas empilhadas ao lado deles, caíram sobre os dois guardas e Minos, encobrindo-os completamente. Era Telecinese, a mais rara habilidade de Atena, eu mesmo nunca consegui fazer, mesmo que fosse apenas fazer uma moeda levitar, imagina só mover caixas enormes e pesadas como aquelas, mesmo velho e fraco, Dédalo era muito poderoso.

 

---É muito pesado. ---Disse o menino se esforçando para levantar a pesada tampa de bueiro, mas era pesado demais para ele.

 

---Estou... indo ajudar. ---Disse Dédalo cambaleando, havia muito sangue manchando seu rosto, ele havia mesmo se esforçado ao extremo para conseguir fazer tudo aquilo.

 

---Pai, você não pode mais usar poder divino, vai desmaiar. ---Alertou o garoto segurando o pai cambaleante.

 

---Eu tenho... ---Disse o velho com dificuldade. Limpando com as costas da mão o sangue que escorria do seu nariz. ---Você não conseguirá sozinho. ---Então, juntos, o velho homem e seu filho abriram a tampa do bueiro, visivelmente o velho fez a maior parte do serviço. Assim que foi aberto, uma coluna de ar quente explodiu do chão.

 

---Atirem neles! ---Escutei o rei gritar, me virei para ele, ele estava tentando tirar as caixas de cima, em seus ouvidos haviam sangue escorrendo e seu rosto também estava manchando de sangue, de sua cabeça, possivelmente de uma das caixas que bateu ali. ---Atirem. ---Mas seus guardas não estavam acordados, provavelmente estavam mortos, com o peso das caixas que caíram sobre eles e não havia mais guardas ali naquele momento.

 

---Vamos, filho... estique as asas. ---Ouvi a voz de Dédalo, orientando seu filho, Ícaro. Quando olhei de volta para os dois, ambos já estavam fora do chão, voando para o alto rapidamente.

 

---Guardas. ---Gritou Minos, mas já era tarde, eles já estavam fora de alcance de Minos, o velho rei só podia assistir, incrédulo, enquanto inventor e filho se lançavam para o céu em suas asas de bronze, transportados pela corrente de ar. Meu corpo de alguma forma acompanhava-os no ar, de perto. Eles voaram acima do Labirinto e do palácio do rei, então zuniram pela cidade de Knossos e passaram pelo litoral rochoso de Creta.

 

---Livre, Pai! Você fez isso. ---Ícaro riu feliz. Confesso que até eu aqui estava animado com aquela fuga improvável e incrível. Mas quando voltei minha atenção para Dédalo, vendo-o praticamente desmaiado, com a quantidade de energia que gastou, eu lembrei de como essa história terminava mal. O rapaz abriu suas asas totalmente e subiu com o vento, forçando a cera mal fixada ainda mais.

 

---Espere! ---Dédalo chamou, quando havia retomado um pouco melhor sua consciência. ---Tenha cuidado! ---Orientou Dédalo, mas sua voz estava baixa e ainda mais fraca que antes. E Ícaro nem deu atenção aos conselhos do pai, ele já estava sobre o mar aberto, mirando o norte e se deliciando na boa sorte deles. Ele subiu e assustou uma águia para fora da sua trajetória de voo, então mergulhou em direção ao mar como se tivesse nascido para voar, saindo do mergulho no último segundo. Suas sandálias roçaram as ondas a água caiu sobre a cera, visivelmente removendo mais um pouco a cera.

 

---Pare com isso! ---Dédalo chamou, mas sua voz estava muito fraca e Ícaro estava indo cada vez mais longe, onde a voz do pai o vento levava para longe. Seu filho estava bêbado na sua própria liberdade. O velho homem lutava para acompanhar, planando desajeitadamente atrás de seu filho, fraco pelo esforço que havia feito antes. Foram quilômetros desde Creta, ao longo do mar profundo, quando Ícaro olhou para trás e viu a expressão preocupada de seu pai. Ícaro sorriu.

 

---Não se preocupe, pai! Você é um gênio! Eu confio no seu trabalho plenamente. ---Ícaro gargalhou feliz, nesse instante, a primeira pena de metal se soltou de suas asas e rodopiou para longe, depois outra e mais outras, então Ícaro oscilou em pleno ar. De repente ele estava soltando penas de bronze aos montes, que rodopiavam para longe dele como um bando de pássaros assustados.

 

---Ícaro! ---Seu pai gritou o mais alto que pode, mas não era muito alto, infelizmente ele já não tinha mais forças nem para isso. ---Plane! Estenda as asas. Fique o mais estável possível! ---Orientou ele, mas Ícaro movimentou seus braços freneticamente, desesperadamente tentando voltar ao controle. A asa esquerda se foi primeiro, flutuando para longe das correias.

 

---Pai! ---Ícaro gritou, eu pude ver o terror nos olhos dos dois, pai e filho haviam percebido que eles já não podiam fazer mais nada.

 

---NÃO. ---Gritou Dédalo desesperado. Então o pobre garoto caiu, as asas despojadas para longe, até que ele era apenas um menino usando um arnês e uma túnica branca, seus braços estendidos em uma inútil tentativa de planar. Ele ia caindo rapidamente direto para o mar, centenas de metros de altura, dessa altura um mortal seria completamente destruído, seria a mesma coisa de cair em terra. Quando ele estava prestes a se chocar na água, eu levantei em um pulo na cama. Meu coração estava disparado e minha respiração ofegante, mesmo que já estivesse esperando esse desfecho, eu não era muito fã de altura, ainda mais quando se está caindo em alta velocidade, mesmo em memórias dos outros é assustador.

 

---Droga. ---Resmunguei levemente irritado. Olhei para o lado e lembrei que eu estava muito bem acompanhado, ao meu lado direito estava deitada Emuna, totalmente nua e dormindo tranquilamente, do meu lado esquerdo estava Clarisse e atrás dela estava Drew, todas nuas e gostosas como sempre. Olhei para o relógio, era mais de onze horas da manhã. Agora entendi porque Emuna falou para Quíron não deixar ninguém incomodar o meu descanso, ela já estava planejando trazer Clarisse e Drew para dormir conosco.

 

 Eu sabia perfeitamente o que aconteceria naquele sonho, afinal eu conhecia a história, mas ver ela acontecendo de verdade em meu pesadelo era surreal e muito triste. De alguma forma Dédalo estava voltando aos meus sonhos, sempre voltando, o que me levava a crer que nossos destinos ainda vão se cruzar, a princípio achei que fosse porque eu precisava achar Clarisse e Drew em seu labirinto, mas não, era mais que isso, se fosse apenas com as meninas, acho que ele já haveria saindo dos meus sonhos, mas ainda não posso afirmar nada.

 

 Em todo caso, ver a força de dédalo no sonho era incrível, mesmo estando tão velho e judiado por Minos, Dédalo era mais poderoso que eu, pelo menos com os poderes de nossa senhora, com certeza Dédalo no auge de sua força estaria no mesmo nível que minha mãe, ou até mais forte. Minha mãe havia uma vez subjugado uma deusa com o Golpe mental, e minha avó afirmou que minha mãe também era muito poderosa com a telecinese. Mas Dédalo fez tudo aquilo estando tão longe da sua juventude, tão longe dos seus melhores dias.

 

---Não é hora para me preocupar com isso. ---Disse balançando a cabeça e afastando aqueles pensamentos sobre meu velho antepassado. Estava na hora de focar minha mente no agora, na batalha que teria hoje, em minha luta com Héracles. Olhei para as minhas mãos, eu sentia o poder em mim, um poder que jamais tive, um poder gigantesco, digno de um Imortal, eu me sentia preparado para tudo nesse momento, para minha batalha contra Héracles e até mesmo a guerra contra Cronos, quem sabe com todo este poder, eu poderia mesmo salvar o mundo, salvar mais do que os deuses, salvar toda a vida, não deixar mais nenhuma vida perecer pelas mãos e pelas palavras doce de Cronos, com todo esse poder eu jamais falharia novamente, jamais deixaria um ente querido perecer pela minha falta de poder, como aconteceu com minha mãe, Yeasmin, Phoebe e minha amada Ligea, e eu vou salvar todos, começando por essa luta contra Héracles, vencendo eu estaria me salvando, salvando Zoë e Emuna, depois eu salvaria Gustavo Matsumoto, eu não sei exatamente o que aconteceu com ele, para ele estar daquele lado, mas eu sentia que com todo esse poder eu poderia mesmo salva-lo.

 

---Você está mesmo confiante, não está? ---Escutei uma voz rindo levemente. Quando olhei para o meu lado, Emuna havia acordado, estava me encarando e sorrindo. ---Confiança é muito importante, mas não deixe se levar pelo poder que tem agora, você realmente passou para um nível muito mais alto, não dependerá mais da sorte, mas ainda assim, até mesmo o mais poderoso, o mais forte cometerá erros, falhará algumas vezes, lembra do que seu pai te disse, aquela vez que conversaram no salão de guerra, após ter matado Nereu e ferido Ligea? ---Perguntou Emuna se sentando na cama, acariciando meu rosto.

 

---Nem mesmo os deuses são perfeitos, ninguém é perfeito o tempo todo.

 

---Exatamente, ninguém é onisciente, onipresente e onipotente nesse mundo ou em qualquer outro. ---Disse Emuna sorrindo, involuntariamente eu sorri para ela. ---Então, por favor, não deixe seu defeito mortal estragar sua vida, controle ele, não o deixe te controlar, ser perfeito é impossível, mas ser feliz é possível. ---Emuna beijou meus lábios docemente. ---Mas se continuar pensando dessa maneira, você jamais será feliz.



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