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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 42


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Eae galera! mais um capitulo quentinho, vamos aos agradecimentos, primeiro a gata de sempre ~Jessicaparkkiss beijos linda, em segundo ao parceiro ~Gustavo_Jackson valeu mano e em terceiro ~DRAGNEEL0452 valeu companheiro.

Capítulo 42 - Capítulo 42


POV: Luana Fisher.

 

Eu iria acordar o Percy, eu o amo, eu sei que errei, mas eu não vou desistir dele, nunca vou desistir dele, ele no começo me humilhava, me xingava, doía, mais dói ainda mais quando ele nem mesmo me insulta, apenas me ignora, como se eu não existisse, como se eu não fosse nada. Eu havia perdido peso, estava pelo menos 10 kg mais magra que o meu normal, não sentia animo em nada, nem mesmo para treinar arco e flecha, que era a coisa que eu mais amava, antes de eu conhecer o Percy e claro.

 

Fui caminhando para seu chalé, ele agora ficava mais no de Poseidon, estava indo para lá, fazer uma surpresa para ele, estava levando seu café da manhã na bandeja, assim como ele fez na nossa primeira vez, mesmo não sendo virgem, foi com toda a certeza minha melhor vez, a lembrança da nossa noite doía em meu peito, mas doía ainda mais saber que tudo acabou por minha causa. Eu parei em frente a porta do chalé, eram 10 horas da manhã, ele não tinha vindo pro café da manhã, Grover havia me dito que ele ficou em uma festa no Olimpo depois da missão para meu pai, Apolo, e disseram me que ouviram ele chegando.

 

----Vamos lá. ----disse abrindo a porta do chalé, estava destrancada. Confesso que o que vi me doeu, doeu muito, tudo bem, Drew, e algumas outras campistas, mas 3, ao mesmo tempo, todas nuas agarradas a ele, ao meu Percy, me enfureceu de tamanha forma. ----MAS QUE DROGA E ESSA? PERSEUS ME EXPLIQUE. ---- Eles se mexeram na cama, Percy ergueu a cabeça, me olhou e revirou os olhos e se deitou novamente, me ignorando.

 

----Quem e ela, Percy? ---Perguntou a garota mais magrinha das 3, a ruiva.

 

----Ninguém importante. ---disse ele com desdém sem tirar a cabeça dos cachos daquela loira oxigenada.

 

-----NINGUÉM IMPORTANTE? ASSIM QUE VOCÊ CHAMA SUA NAMORADA? ----Gritei exaltada, coloquei a bandeja em cima da outra cama, ao lado de um calcinha azul fio dental, o que me deixou ainda mais nervosa.

 

----Sua namorada Percy? ---Perguntou a morena mais cheinha.

 

-----Ex de qualquer forma, droga, agora eu não vou conseguir dormir mais. ----disse ele se levantando, parecia mesmo que o fato dele não conseguir dormir mais fosse mais importante, mais importante que minha raiva, eu devia estar vermelha de ódio. Ele levantou-se e colocou uma calça. ----Vou resolver isso rapidinho meninas. ----disse ele vindo em minha direção, ele passou perto da bandeja e pegou um pão de queijo e mordeu. ---estava morrendo de fome. Ele passou por mim, e parou do lado da porta. ----Vamos, pra fora!

 

---O QUE? PRA FORA? SÓ ISSO? COMO VOCÊ PODE ME TRAIR COM ESSAS DESQUALIFICADAS. Eu te amo tanto Percy. ----Disse eu pulando e o abraçando, ele não retribuiu, nem mesmo tentou soltar-se.

 

----Sem drama garota, agora vai logo, caso não tenha percebido eu tenho muito mais o que fazer. ---disse ele, o soltei e dei um tapa forte em seu rosto, tapa que fez ele virar o rosto. Ele apenas sorriu e disse. ---vamos, vamos não tenho todo o tempo do mundo. ---Disse ele calmamente.

 

----Como você pode ser tão frio? Tão sem coração?

 

---Você o destruiu, não reclame do produto final, solzinho. ----Ele disse a ultima palavra com nada mais do que puro nojo, aquilo foi como uma facada, escutar “solzinho” sendo pronunciado por ele com tanto nojo doeu, mas que tudo, eu não suportei e sai chorando porta a fora. Eu ainda pode o ouvir. ----Menina sem noção..... ----Eu sai chorando muito, direto para o meu quarto na casa grande, Quíron havia me mudado para um dos quartos para ter mais privacidade.

 

 

POV: Perseus Heitor Jackson.

 

 

-----..... Atrapalhou nosso sono. ----elas me olharam daquele jeito, vamos estamos aguardando a resposta. ---Ex-namorada, ela me traiu com um amigo, enquanto ainda estávamos juntos. ----disse dando de ombros.

 

----Nossa que triste. ---disse Aglaya.

 

---Estou com raiva dela agora. ---Disse Talía, eu apenas sorri.

 

----Eu realmente não me importo mais, apenas não ligo. ---disse sorrindo.

 

 

-------------------------------- Quebra de Tempo ----------------------------------------------------------------------------------------------

 

1 Mês depois.

 

Bem, esse ultimo mês de férias foi entediante e chato, estou quase acabando com a reforma dos chalés, faltam poucos, já tem 30 prontos, contando com os 12 reformados, as férias acabaram e as aulas voltaram, e bem, eu não vejo a Drew, nós ficamos em um tipo de amizade colorida ainda, Luana ainda corre atrás de mim, mais ela voltou a sua aparência normal, e voltou suas atividades no acampamento, Charles e eu estamos na mesma, ele só apoiou a namorada, Grover também, Connor trocamos mensagem, Agora Yeasmin, Clarisse e Silena, não falo mais com elas. Goode High School, a minha escola de sempre, perto do Olimpo, coisa de minha mãe e as outras Deusas, eu estava no quinto tempo, na aula de ciências, quando ouvi sons vindos de fora.

 

SCRAUC! AU! SCRECH! eia!

 

Era como se alguém estivesse sendo atacado por uma galinha possuída. Ninguém mais pareceu notar o tumulto, Estávamos no laboratório, e todo mundo estava conversando, então, não foi difícil olhar pela janela enquanto fingia que lavava meu béquer, como eu suspeitava, havia uma garota no beco empunhando uma espada, 1,70 musculosa, tinha cabelos negros e usava jeans, coturnos e jaqueta de brim. Estava golpeando um bando de pássaros pretos do tamanho de corvos, eram os pássaros que protegem o templo de Ares, não recordo o nome, havia penas presas a suas roupas em vários lugares, um corte acima de seu olho esquerdo sangrava.

 

Enquanto eu a observava, um dos pássaros lançou uma pena como se fosse uma flecha, que se alojou no ombro dela. Ela praguejou e tentou acertar o animal, mas ele voou para longe, infelizmente, reconheci a garota era Clarisse, minha antiga amiga no Acampamento Meio-Sangue ela costumava passar o ano inteiro no Acampamento Meio-Sangue, eu não tinha ideia do que Clarisse fazia no meio de um dia de aula, mas, obviamente, ela estava com problemas, e não ia aguentar por muito mais tempo, mesmo eu estando brigada com ela não a podia ver morrer e não fazer nada. Fiz a única coisa que podia.

 

----Sra. White ---- chamei ---- posso ir ao banheiro? Acho que vou vomitar. ---Sabe quando os professores ensinam que as palavras mágicas são por favor? Isso não é verdade, a palavra mágica é vomitar, ela tira você da sala de aula mais rápido do que qualquer outra coisa.

 

---- Vá! ----- respondeu a Sra. White. Corri para a porta, tirando os óculos de proteção, as luvas e o avental do laboratório, ninguém me parou nos corredores, sai pelo ginásio e cheguei ao beco a tempo de ver Clarisse acertar um pássaro demoníaco com a lateral da espada de Bronze Celestial de 1,10cm, como numa rebatida de beisebol, o pássaro guinchou e voou para longe em espiral, batendo na parede de tijolos e escorregando para dentro de uma lixeira, mesmo assim, ainda havia uma dúzia deles em volta dela.

 

---- Clarisse! ---- gritei, ela me lançou um olhar furioso, descrente.

 

---- Percy? O que você está fazendo... ---- Ela foi interrompida por uma saraivada de penas que zuniram sobre sua cabeça e espetaram-se na parede.

 

---- Essa é a minha escola.

---- Que sorte a minha ---- Clarisse resmungou, mas estava muito ocupada para reclamar mais, toquei no meu colar de arco e flecha, logo apareceu em minha mão meu arco, presente de Apolo, eu comecei a derrubar os pássaros, logo não tinha mais nenhum, Clarisse sentou em um banco ela respirava ofegante e pesadamente, eu fui até ela, ela tinha muitos ferimentos, mais o mais feio era o do ombro, ele estava quase imóvel, a pena tinha ido fundo. ----Deixe-me ver seu ombro.

 

----Não preciso da sua ajuda. ---- murmurou ela, mesmo assim ela retirou a jaqueta, ela estava com uma regata branca com um decote gigantesco, foi difícil me concentrar, havia uma torneira ali perto, eu peguei um pouco e comecei a curar seu ferimento, ele ficou ótimo, eu convoquei Ambrosia usando meu poder de Héstia, ela pegou o pedaço a contra gosto e comeu, de qualquer forma, em poucos segundos seus cortes e arranhões desapareceram. Clarisse colocou sua espada na bainha e colocou de volta a jaqueta.

 

---- Então... a gente se vê. ---disse me virando com a intenção de voltar a aula.

 

---- Espere aí! --- disse ela. ---- Você não pode ir embora assim.

 

----Claro que posso. ---disse sorrindo. ---igual vocês fizeram comigo, se lembra?

 

----- Eu me lembro, e não foi assim, você se afastou. Você se tornou frio.

 

----VOCÊS APOIARAM A VAGABUNDA, NÂO SE IMPORTARAM COMIGO. ---gritei, ela recuou alguns passos. E abaixou a cabeça.

 

----Desculpe Percy, eu realmente sinto muito, eu não fui mesmo uma boa amiga. ---disse ela. Ficou um silencio longo, eu suspirei alto. ---Mas, por favor, preciso mesmo da sua ajuda.

 

-----MERDA, esta tudo bem. Eu vou. ----Disse caminhando sem direção. Depois de um tempo em silencio ela perguntou.

 

---- Você não quer saber o que esta acontecendo? O que estou fazendo fora do acampamento? Por que aqueles pássaros estavam perseguindo a mim? ---- dei um breve suspiro. Senti que realmente queria bater em Clarisse por tudo que ela fez comigo, Mas, ao mesmo tempo, havia desespero em seus olhos, como se ela estivesse com sérios problemas.

 

----Diga!

 

----- São meus irmãos ----- começou ela. ----- Eles estão aprontando comigo.

 

---- Ah, que merda, e você precisa que eu ajude com Que irmãos? Sherman? Mark? — respondi, sem muita surpresa e com descrença. Clarisse tinha muitos irmãos no Acampamento Meio-Sangue. Todos implicavam uns com os outros. Acho que isso era esperado, já que são filhos e filhas do Deus da Guerra, Ares.

 

---- Não ---- respondeu ela, parecendo assustada como eu tinha visto poucas vezes. ---Meus irmãos imortais, Phobos e Deimos. ---- Isso chamou minha atenção. Sentamos num banco do parque enquanto Clarisse me contava a história. Eu não estava muito preocupado em voltar para a escola. A sra. White chegaria à conclusão de que a enfermeira teria me mandado para casa, e o sexto tempo era aula de trabalhos manuais. O Sr. Bell nunca fazia chamada.

 

 

---- Então me deixe entender isso direito. Você pegou a Quadriga de Guerra de seu pai para dar uma volta e agora ele sumiu.

 

---- E ele me disse que pegasse. É como... um teste. Eu deveria trazê-la de volta ao pôr do sol. Mas...

 

---- Normalmente, são eles que a guiam, E não gostam que ninguém mais o faça. Então, roubaram a Quadriga.

 

---- E me perseguiram com esses pássaros idiotas que disparam flechas. ---completou ela.

 

---- Os animais de estimação do seu pai? ---- Ela assentiu, chateada.

 

---- Eles guardam o templo. De qualquer forma, se eu não encontrar a Quadriga... ---- Parecia que ela estava prestes a ter um ataque de nervos. Eu não a culpo, já vi seu pai, Ares, ficar irritado, e não foi uma visão agradável, se Clarisse o decepcionasse, ele pegaria pesado com ela. Muito pesado.

 

----- Vou ajudar você ----- ofereci. Ela sorriu e me abraçou, não pode deixar de devolver o abraço. Foi quando ouvimos uma voz masculina.

 

---- Ah, olhe só. Acho que ela andou chorando! ---- aparentes 20 anos, 1,78 cm, musculoso, ele estava encostado num telefone público. Usava jeans surrado, camiseta preta e jaqueta de couro, e uma bandana cobria seus cabelos. Tinha uma faca presa ao cinto, seus olhos eram da cor de chamas. era filho de Afrodite também eu não gostava dele por causa disso, representava a traição de Afrodite para meu irmão Hefesto.

 

---- Phobos. ---- Clarisse cerrou os punhos. ---- Onde está a Quadriga, seu idiota?

 

---- Você a perdeu ---- provocou ele. ---- Não pergunte a mim.

 

---- Seu... ---- Clarisse desembainhou a espada e partiu para o ataque, mas Phobos desapareceu bem no meio do golpe e a lâmina acertou o poste do telefone público, ele apareceu no banco ao meu lado. Estava rindo, mas parou quando encostei a ponta de Contracorrente em sua garganta.

 

---- É melhor você devolver aquela Quadriga — eu disse a ele. — Antes que eu me irrite. ---- Phobos me olhou com desprezo e tentou parecer durão, ou tão durão quanto alguém pode ficar com uma espada na garganta.

----- Quem é o seu namoradinho, Clarisse? Agora você precisa de ajuda para vencer suas batalhas?

 

---- Ele não é meu namorado! ----- Disse Clarisse corando até os fios de cabelo. Com um puxão, Clarisse tirou sua espada do poste. ---- Esse é Perseus Heitor Jackson. ---- Algo mudou na expressão de Phobos ele pareceu surpreso, talvez até nervoso.

 

---- O filho de Poseidon e Hera?

 

---- Oi sobrinho. ---Disse com desdém.

 

---- Por favor, não! ---- gritou Clarisse. Ela golpeou o ar como se estivesse sendo atacada por insetos invisíveis. Ela sabia o medo de Clarisse e estava usando isso contra ela, ele era o Deus do medo, Clarisse se afastou para a rua, balançando sua espada furiosamente.

 

----Pare com isso! ----- eu disse a Phobos. Apertei minha espada um pouco mais fundo em sua garganta, mas ele simplesmente sumiu, reaparecendo perto do telefone público.

 

----- Não se anime tanto, Jackson ----disse Phobos. ----- Só mostrei a ela aquilo de que ela tem medo. ---- O brilho desapareceu dos seus olhos. Clarisse se curvou, respirando com dificuldade.

 

---- Seu desgraçado ---- arfou ela. ---- Eu vou... eu vou pegar você. ---- Phobos se virou para mim.

 

---- E quanto a você, Percy Jackson? O que você teme? Sabe, vou descobrir. Eu sempre descubro. Nada a temer além do medo em si. Não é o que dizem? ---- Phobos riu. ----- Bom, me deixe contar um segredinho a você, meio-sangue. Eu sou o medo. Se você quer a Quadriga, venha pegar. Está sobre as águas. Você vai encontrá-la onde vivem os animaizinhos selvagens, exatamente o tipo de lugar a que você pertence.

 

----Sabe, Phobos meu querido, eu vou te contar um segredinho, é difícil infringir medo àquele que não sente mais nada. ----Seus olhos demostraram medo. --- Devolva a Quadriga. — Tentei manter minha voz calma. — Enfrentei seu pai inúmeras vezes. Você não me assusta. ----Ele sorriu nervosamente, estalou os dedos e desapareceu numa cortina de fumaça amarela. Preciso dizer: conheci muitos deuses inferiores e monstros de que não gostei, mas Phobos ganhou o prêmio máximo, não gosto de valentões, nunca pertenci à turma dos populares da escola, sempre fui humilde e tentei ser amigo de todos, A forma como Phobos fez Clarisse desmoronar só com o olhar... Queria dar uma lição das boas nesse cara. Ajudei Clarisse a se levantar seu rosto ainda estava coberto pelo suor. ----Agora você vai ter ajuda.

 

 

Pegamos o metrô preparados para novos ataques, mas ninguém nos incomodou. Phobos e Deimos, eles são deuses inferiores, Phobos é o medo. Deimos é o pânico. Qual é a diferença? Deimos é maior e mais feio, eu acho que não. Deimos é bom em enlouquecer multidões, Phobos é mais, digamos, pessoal, ele consegue invadir a sua mente. É daí que vem a palavra fobia? Sim

 

---- Ei por que eles não querem que você conduza a Quadriga?

 

---- Isso costuma ser um ritual apenas para os filhos homens de Ares, quando chegam entre quinze ou dezesseis anos. Eu sou a primeira menina a ter uma chance em muitos anos.

 

---- Bom para você.

 

---- Diga isso a Phobos e a Deimos, eles me odeiam, eu tenho de levar aquela Quadriga de volta ao templo.

 

----- Onde é o templo?

 

----Píer 86. O Intrepid.

----- Ah. ---- Aquilo fazia sentido, pensei na hora. Na verdade, eu nunca estivera a bordo do antigo porta-aviões, mas sabia que era usado como uma espécie de museu militar. Provavelmente, estava cheio de armas e bombas e outros brinquedos perigosos exatamente o tipo de lugar que um Deus da guerra gostaria de frequentar, meu irmão e louco mesmo.

 

---- Talvez tenhamos cerca de quatro horas antes do pôr do sol ---- supus olhando o horizonte. ---Pode ser tempo suficiente, se acharmos a Quadriga.

 

---- Mas o que Phobos quis dizer com “sobre as águas ‖? Estamos numa ilha, pelo amor de Zeus, pode estar em qualquer lugar!

 

--- Ele disse alguma coisa sobre animais selvagens --- lembrei. --- Animaizinhos

selvagens.

 

---- Um zoológico? --- Pergunto ela. Concordei um zoológico sobre as águas pode ser o do Brooklyn, ou talvez... algum lugar de difícil acesso, com pequenos animais selvagens, algum lugar onde ninguém pensaria em procurar uma Quadriga.

 

---- Staten Island ---- sugeri. ----- Há um pequeno zoológico lá.

 

---- Talvez ---- respondeu Clarisse. ---- Esse parece o tipo de lugar fora do comum em que Phobos e Deimos esconderiam alguma coisa. Mas se estivermos errados...

 

---- Não temos tempo para estarmos errados, vamos estar certo. ---- disse sorrindo confiante para Clarisse, ela sorriu agradecida. Descemos na Times Square e pegamos o trem número 1 para o centro de Manhattan, em direção ao cais das barcas. Embarcamos para Staten Island às três e meia da tarde, com um monte de turistas que lotavam as grades do deque superior, tirando fotografias conforme passávamos pela Estátua da Liberdade e por que de toda essa viagem se posso me teletrasportar? E difícil e me esgota muito, e vou enfrentar dois deuses menores, preciso estar forte. Por que não foram com Festus? Simples, castigo de dona Hera, por eu estar muito safado disse ela.

 

---- Ele a esculpiu em homenagem à mãe ---- comentei, observando a estátua.

 

--- Quem? ---- Clarisse olhou para mim com desdém.

 

---- Bartholdi ---- respondi. —---- O cara que fez a Estátua da Liberdade. Ele era filho de Atena e projetou a estátua de forma que se parecesse com a minha avó, mãe dele.

 

---- Inútil ---- Clarisse considerou. ----- Se não ajuda você na batalha, é uma informação inútil, mas confesso que e bom escutar suas coisas Nerd de novo Percy. ---disse ela corando. Eu ri e me preparei para discutir, mas, logo em seguida, a barca se inclinou como se tivesse batido em uma rocha. Os turistas escorregaram, derrubando uns aos outros. Clarisse e eu corremos para a frente do barco, a água abaixo de nós começou a borbulhar, então, a cabeça de uma serpente marinha emergiu na baía, o monstro era, no mínimo, tão grande quanto o barco. Era cinza e verde, e possuía uma cabeça de crocodilo e dentes em formato de lâminas afiadas. Cheirava como... bom, como alguma coisa que tivesse acabado de sair do fundo das águas do porto de Nova York, montado em seu pescoço, estava um garoto de 1,80, aparentes 25 anos, musculoso, tanto quanto eu, seu rosto estava coberto de feias cicatrizes, usava uma armadura grega de cor preta e ele segurava uma lança de Bronze celestial de 2,20cm.

 

---- Deimos! ----- berrou Clarisse.

 

--- Olá, irmã! --- Seu sorriso era quase tão terrível quanto o da serpente. ---Que tal uma brincadeira? ---- O monstro rugiu. Os turistas gritaram e se dispersaram, não sei exatamente o que viram, a Névoa geralmente evita que mortais vejam monstros em sua forma verdadeira, mas, seja lá o que tenham visto, deixou-os aterrorizados.

 

---- Deixe-os em paz! ---- berrei.

---- Ou o quê, filho do deus do mar? ---- Deimos desdenhou. ---- Meu irmão me disse que você é um banana! Além disso, eu amo pânico, eu vivo em meio ao pânico! ---- Ele incitou a serpente a golpear a barca com a cabeça, e, com o impacto, ela espalhou água para trás, Alarmes dispararam, Passageiros se atropelaram ao tentar fugir. Deimos gargalhava de felicidade.

 

----- Chega ---- murmurei. ---- Clarisse, agarre aqui.

 

----O quê?

 

---- Agarre meu pescoço. Vamos dar uma volta. ---- Ela não protestou. Agarrou-se a mim e eu comecei a contar:

 

---- Um, dois, três... pule! ---- Pulamos do deque superior direto para dentro da baía, mas ficamos embaixo d’água só por um instante, Senti o poder do oceano tomar conta de mim, Induzi a água a fazer um redemoinho em torno de nós, aumentando a velocidade até que surgíssemos no topo de uma tromba d’água de dez metros de altura. Então nos conduzi diretamente ao monstro.

 

---- Acha que consegue cuidar de Deimos? Pelo menos até eu matar o monstro. ---- berrei para Clarisse.

 

---- Eu pego ele! ----respondeu ela. ----- Só me faça descer dez metros ----Avançamos rapidamente em direção à serpente. Assim que ela expôs sua presa, desviei a tromba d’água para o lado e Clarisse pulou. Ela foi de encontro a Deimos e os dois caíram na água. A serpente veio atrás de mim. Rapidamente, virei a tromba d’água para encará-la. Então, reuni todo o meu poder e induzi a água a subir cada vez mais.

 

---- uouuuu! ---- Milhões de litros de água salgada atingiram o monstro. Pulei em sua cabeça, destampei Contracorrente e cortei com toda a minha força o pescoço da criatura, o monstro rugiu, Sangue verde jorrou da ferida, e a serpente afundou nas ondas, mergulhei e observei a criatura enquanto ela recuava em direção ao mar aberto. Isto é bom nas serpentes marinhas: elas se tornam bebês gigantes quando estão feridas, e fogem, mas essa não aguentaria eu quase a decapitei. Dito e feito, ela explodiu em pó dourado. Clarisse emergiu perto de mim; cuspindo e tossindo. Nadei até ela e a agarrei.

 

---- Você pegou Deimos? ---- Clarisse balançou a cabeça negativamente.

 

---- O covarde desapareceu enquanto lutávamos. Mas tenho certeza de que o veremos de novo. E a Phobos também. ----Assenti concordando com Clari, os turistas ainda corriam em pânico pela barca, mas não havia sinais de ninguém ferido, o barco não parecia estar danificado, decidi que não devíamos ficar ali.

 

----Clarisse agarre meu pescoço de novo. --- ela assentiu e se segurou, a sensação era boa, digamos excitante, afastei esses pensamentos e fiz com que as ondas nos levassem para Staten Island. No oeste, o sol se punha sobre a costa de Jersey. Nosso tempo se esgotava, eu nunca tinha passado muito tempo em Staten Island, percebi que era maior do que eu imaginava e não muito divertida para caminhadas, as ruas seguiam trajetos confusos e tudo parecia ficar no alto.

 

---- Não vamos conseguir chegar a tempo ----- observou ela.

 

----Pare de pensar assim. ---- Tentei parecer otimista, mas eu também começava a duvidar, gostaria que tivéssemos tido reforços, tipo Festus, depois de nos arrastarmos até a metade da ilha, de passarmos por várias casas de subúrbio, algumas igrejas e um McDonald’s, finalmente avistamos uma placa em que se lia Zoológico. Viramos a esquina e seguimos pela rua sinuosa com algumas árvores em um dos lados até que chegamos à entrada, a senhora da bilheteria nos observou com olhar de suspeita, mas, graças aos deuses, eu tinha dinheiro suficiente para pagar nossas entradas. Andamos pelo viveiro dos répteis e Clarisse parou de repente.

 

---- Lá está ela. ----Ela estava estacionada num cruzamento entre a fazendinha das crianças e o lago das lontras: uma enorme Quadriga vermelha e dourada atrelada a quatro cavalos pretos, a Quadriga era decorada com incrível riqueza de detalhes, seria bonita se todas as imagens não mostrassem pessoas morrendo dolorosamente, os cavalos soltavam fogo pelas narinas, famílias com carrinhos de bebês passavam ao lado da Quadriga como se ela não existisse. Acho que a Névoa em torno dela devia estar muito forte, pois o único disfarce da Quadriga era um bilhete escrito à mão colado no peito de um dos cavalos em que se lia veículo oficial do zoológico.

 

---- Onde estão Phobos e Deimos? ---- sussurrou Clarisse, desembainhando sua espada. ---- Dei de ombros, não os via em lugar algum, mas isso só podia ser uma armadilha, eu me concentrei nos cavalos, normalmente, consigo falar com cavalos, já que meu pai os criou,

 

----- “Ei, cavalos, labaredas legais essas. Venham aqui!,”” chamei mentalmente.. ---- Um deles relinchou desdenhosamente. Certo, consegui entender seus pensamentos, ele me chamou de alguns nomes que não posso repetir.

 

---- Vou tentar pegar as rédeas --- Clarisse avisou. --- Os cavalos me conhecem, me dê cobertura.

 

---- Tudo bem. --- eu disse. Eu não estava certo de como deveria dar cobertura a ela com a espada, mas mantive meus olhos bem abertos enquanto Clarisse se aproximava da Quadriga, ela andou em volta dos cavalos, quase na ponta dos pés, e congelou quando uma senhora passou com uma garotinha de uns três anos de idade.

 

---- Cavalinho pegando fogo! ---- disse a menina.

 

---- Não seja boba, Jessie ---- a mãe respondeu com uma voz confusa. ---- Isso é um veículo oficial do zoológico. ---- A garotinha tentou argumentar, mas a mãe agarrou sua mão e elas continuaram andando, Clarisse chegou perto da Quadriga, a mão dela estava a quinze centímetros do arreio quando os cavalos empinaram, relinchando e soltando chamas. Phobos e Deimos apareceram na Quadriga, os dois agora vestidos com negras armaduras de guerra, Phobos deu uma risada, seus olhos vermelhos brilhando, as feições assustadoras de Deimos pareciam ainda mais terríveis de perto.

 

---- A caçada começou! ---- gritou Phobos. Clarisse tombou para trás enquanto ele chicoteava os cavalos e conduzia a Quadriga diretamente para cima de mim. Bom, agora eu gostaria de poder contar a vocês que cometi um ato Heróico, como permanecer parado diante um grupo feroz de cavalos lança-chamas munido somente com a minha espada. Mas a verdade é que eu fugi, pulei uma lata de lixo e uma grade, mas não houve meio de eu ser mais rápido que a Quadriga ela foi de encontro à grade logo atrás de mim, escavando tudo pelo seu caminho.

 

----Percy, cuidado! ----- gritou Clarisse, como se eu precisasse que alguém me dissesse aquilo, saltei e pousei numa ilha de pedra no meio da área das lontras, fiz com que a água formasse uma coluna para fora do lago e se jogasse sobre os cavalos, apagando temporariamente suas chamas e deixando-os confusos, as lontras não ficaram felizes com isso. Elas tagarelaram e gritaram, e entendi alguns palavrões e insultos, acho que era melhor sair da sua ilha bem rápido, antes que mamíferos marinhos enfurecidos começassem a me perseguir também. Corri enquanto Phobos xingava e tentava controlar seus cavalos. Clarisse aproveitou a chance para pular nas costas de Deimos justamente quando ele começava a empunhar sua lança. Os dois saltaram da Quadriga no momento em que ela tombou para a frente.

 

Pude ouvir Deimos e Clarisse começarem a lutar, espada contra espada, mas eu não tinha tempo para me preocupar com isso porque Phobos estava me perseguindo novamente, avancei rapidamente em direção ao aquário com a Quadriga em meu encalço.

 

---- Ei, Percy! ---- provocou Phobos. ---- Tenho uma coisa para você! ----Olhei para trás e vi a Quadriga derreter e os cavalos se transformarem em aço, envolvendo uns aos outros como se bonecos de barro estivessem sendo retrabalhados. A Quadriga se remodelou em uma caixa preta de metal com a parte de baixo como a de um trator, uma pequena torre e um longo cano de arma, um tanque de guerra, Phobos dava risadas para mim do alto de um tanque da Segunda Guerra Mundial.

 

--- Diga ---x‖! ---- disse ele. Rolei para o lado quando a arma disparou.

 

CA-BUUUM!

Um quiosque de suvenires explodiu, e bichos de pelúcia, canecas de plástico e câmeras descartáveis voaram em todas as direções, enquanto Phobos recarregava sua arma, eu me levantei e mergulhei no aquário, eu queria me cercar de água. Isso sempre aumentava meu poder. Além do mais, era possível que Phobos não conseguisse fazer a Quadriga passar pela porta. Claro que, se ele explodisse tudo, não faria diferença...

 

Corri pelas salas iluminadas por uma estranha luz azul-clara vinda dos tanques de exposição de peixes, Sépias, Peixes-palhaços e Enguias, todos me encararam à medida que eu passava correndo por eles. Filho do deus do mar! Filho do deus do mar!, eu podia ouvir suas pequenas mentes sussurrarem, é ótimo quando lulas o consideram uma celebridade, parei no final do aquário para escutar. Não ouvi nada. E então...

vrum, vrum.

Um tipo diferente de motor, Olhei sem acreditar quando Phobos apareceu pilotando uma Harley-Davidson: seu tanque de combustível decorado com chamas, seus coldres com espingardas, seu assento de couro parecido com pele humana.

 

---- Oi, perdedor ---- Phobos me cumprimentou puxando uma espadada de Bronze Celestial de 1,40cm da bainha. ---- Hora de ficar com medo. ---- Ele tentou controlar minha mente e arrancar o medo dela, mas eu sou filho de Hera e neto de Atena, minha mente e fortemente treinada, o arranquei da minha mente, tirei Contracorrente do bolso e a destampei, e minha espada de 1,50cm estava em punho. Ele me olhou com um misto de raiva e medo nos olhos e disse. ----você não teme nada? Isso e impossível.

 

----Eu temo sim. ---disse serio, ele sorriu. ----Mas não sou fraco o bastante para deixar um Deus fraco como você dominar minha mente, ----Ele rosnou irritado. ---Mas se quer mesmo saber, meu medo e de perder as pessoas que amo, minha mãe, pai, tios e tias. Então vamos lutar? Deusinho do medo? ----desdenhei, ele gritou e partiu pra cima. Ele atacou afobadamente, Contra-ataquei e acertei Phobos no braço. Icor dourado, o sangue dos deuses, ensopou sua camisa, Phobos rosnou e avançou sobre mim, desviei facilmente, sem o seu poder do medo, Phobos não era nada, ele não era nem um guerreiro razoável, eu o contive, golpeando seu rosto e deixando-lhe um corte na bochecha, Quanto mais irritado ele ficava, mais desajeitadamente atacava. Eu não podia matá-lo de verdade, ele era imortal, se o decapita-se ele ficaria com sorte alguns anos em sono. mas não era possível saber disso levando em conta somente sua expressão, o poderoso Deus do medo parecia amedrontado.  Ele atacou com uma estocada visando meu rosto, eu desviei e bati com a guarda da minha espada em sua mão, sua espada caiu no chão a chutei para longe, a espada foi parar no banheiro das mulheres. Agarrei-o pelos cordões da sua armadura e o levantei até a altura do meu rosto.

 

---- Você vai desaparecer agora --- ordenei. --- Vai sair do caminho de Clarisse. E se eu o vir de novo, vou lhe dar uma cicatriz maior e num lugar muito mais doloroso! ----Ele engoliu em seco, acho que viver com aquelas Deusas loucas me fez ter ideia nada boas de torturas para homens, também quantas vezes elas ameaçaram arrancar minhas preciosidades.

 

----- Haverá uma próxima vez, Jackson! — E se dissolveu numa fumaça amarela. ---- Eu me virei para o tanque de exposição de peixes.

 

---- Valeu, pessoal! ----Escutei vários elogios. Então, observei a moto de Ares, Eu nunca havia pilotado uma superpoderosa Quadriga Harley-Davidson de guerra, sempre quis mas Ares não deixava, irmão mais velhos são safados e ficam tirando com os mais novos. Quão difícil poderia ser? Subi na moto, acionei a ignição e saí do aquário para ajudar Clarisse. Não tive problemas para encontrá-la, apenas segui o rastro de destruição, grades foram derrubadas e animais corriam livremente, Texugos e lêmures estavam explorando a pipoqueira, um leopardo gordo espreguiçava-se num banco do parque, rodeado de penas de pombo.

 

Estacionei a moto próximo à fazendinha das crianças, e lá estavam Deimos e Clarisse na área das cabras, Clarisse estava de joelhos, Corri até ela, mas parei subitamente quando vi como Deimos havia mudado sua forma, agora ele era meu irmão Ares: o grande Deus da guerra, usando couro preto e óculos de sol, todo o seu corpo soltava fumaça furiosamente enquanto ele levantava o punho para Clarisse.

 

---- Você me decepcionou de novo! --- o deus da guerra elevou a voz. ---Eu a avisei do que aconteceria! --- Ele tentou acertá-la, mas Clarisse arrastou-se para longe.

 

----Não! Por favor! --- clamou ela.

 

--- Garota boba!

 

---- Clarisse! ---- gritei. ---- Isso é uma ilusão. Enfrente-o! ----A forma de Deimos vacilou.

 

---- Eu sou Ares! ---- insistiu ele. ---- E você é uma garota desprezível! Eu sabia que você me decepcionaria. Agora vai sofrer minha ira. ---- Eu queria avançar e lutar com Deimos, mas, de alguma maneira, sabia que não podia ajudar, Clarisse precisava fazer isso, esse era o seu maior medo, ela teria de superá-lo sozinha.

 

---- Clari ---- chamei. Desde a nossa briga, eu não a havia mais chamado assim, somente pelo nome completo, Ela se virou e eu tentei sustentar seu olhar. ---- Enfrente-o --- eu disse. ---- Isso é só fachada. Levante-se!

 

---- Eu... eu não consigo. ----gaguejou ela.

 

---- Sim, você consegue, você é uma guerreira e uma amiga minha, e amigos meus não são covardes, você e uma das mulheres mais corajosas que eu conheço. Levante Clari! ---Ela hesitou. E então começou a se erguer.

 

---- O que está fazendo? ---- Ares elevou a voz. ---- Humilhe-se por misericórdia, garota! --- Clarisse deu um breve suspiro.

 

----- Não ---- disse ela, calmamente.

 

----- O quê? ---a imagem de Ares tremeluziu, entre ele e Deimos.

 

---- Estou cansada de ser amedrontada por você. ---- Ela empunhou a espada. Deimos atacou, mas Clarisse se desviou do golpe, ela cambaleou, mas não caiu.

 

---- Você não é Ares, e Deimos ---- afirmou ela. ----- Você não é nem mesmo um bom guerreiro. --- Deimos rosnou de frustração, ele atacou de novo, Clarisse estava preparada, ela o desarmou e o atingiu no ombro, não tão profundamente, mas o suficiente  para ferir mesmo um Deus inferior. Ele uivou de dor e começou a incandescer corre até Clarisse e a abracei virando para ela não olhar.

 

---- Não olhe! ---- avisei a Clarisse. Deimos explodia em luz dourada, sua verdadeira forma divina, e desaparecia. Estávamos sozinhos, exceto pelas cabras da fazendinha, que mordiscavam nossas roupas em busca de migalhas, a moto se transformou novamente em uma Quadriga puxada a cavalos. Clarisse me observou cautelosamente. Ela limpou a palha e o suor do rosto.

 

----- Você não viu isso. Você nunca viu nada disso. ---- Eu dei uma risada, ela sempre durona.

 

----Você se saiu bem. ---- disse dando um tapinha nas suas costa, Ela olhou para o céu, que ficava vermelho atrás das árvores.

 

---- Suba na Quadriga ---- disse ela. ---- Ainda temos uma longa viagem a fazer. ---Alguns minutos depois, chegamos à estação das barcas de Staten Island e relembramos o óbvio: estávamos numa ilha. A barca não transporta carros, motos ou Quadrigas.

 

---- Ótimo ---- resmungou Clarisse. ---- O que fazemos agora? Conduzimos essa coisa pela Ponte Verrazano? ---- Nós dois sabíamos que não havia tempo. Existiam pontes para o Brooklyn e para Nova Jersey, mas ambos os caminhos exigiriam horas para levar a Quadriga de volta a Manhattan. Então, tive uma ideia.

 

----- Vamos pegar um caminho direto.

---- O que você quer dizer? ---- Clarisse franziu as sobrancelhas. Fechei os olhos e comecei a me concentrar.

 

---- Siga em frente. Vá! ---- Clarisse estava tão desesperada que não hesitou. Ela gritou --- Eia! ---- e chicoteou os cavalos, eles avançaram em direção à água. Imaginei o oceano se tornando sólido, as ondas se transformando numa superfície firme até Manhattan,  a Quadriga de guerra bateu na arrebentação, a respiração ardente dos cavalos espalhava fumaça ao nosso redor, andamos por cima das ondas diretamente até o porto de Nova York. Chegamos ao Píer 86 bem no momento em que o céu ganhava a cor roxa, O USS Intrepid, templo de Ares, era uma enorme parede cinza de metal diante de nós, a pista de decolagem pontilhada de aeronaves e helicópteros, estacionamos a Quadriga na rampa e descemos dela, pelo menos uma vez eu me sentia feliz por estar em terra firme, concentrar-me em manter a Quadriga sobre as ondas, foi difícil. Eu estava exausto.

 

----- Parabéns — cumprimentei-a. — Acho que você passou no seu teste de direção. ---- Ela enrolou as rédeas na mão.

 

----Sobre aquilo que você viu, Percy. Aquilo de que eu tenho medo, quer dizer...

 

---- Não vou contar a ninguém, mas saiba que seu pai gosta de você, tem orgulho, eu conheço meu irmão, ele e igual a você do que não demonstra sentimento. ----Ela sorriu agradecida, de repente ela me olhou com desconforto.

 

---- Phobos assustou você? ----Perguntou Clarisse.

 

---- ele tentou, mas minha cabeça e forte. --- disse sorrindo.

 

---- Obrigada, Percy, eu sinto muito mesmo pelo que fiz. ----Disse ela se aproximando.

 

---- Não precisa se incomodar, já passou. ---- eu disse Comecei a me afastar, mas ela me chamou, parei, ela disse chegando mais perto.

 

----- Eu, hum... Acho que eu devo dizer... ----- As palavras pareciam estar presas na sua garganta. ---- Percy?

 

---- Sim? ---Disse eu, ela veio se aproximando.

 

-----Você ainda me considera uma amiga?

 

----Assim claro. ----Um sorriso fraco passou pelo rosto de Clarisse. ---Seria burrice perder sua amiza..... ----Ela me interrompeu com um beijo.

 


Notas Finais


Espero que gostem, lembrando dos primeiros 3 a comentar vão ganhar agradecimentos.


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