POV: Perseus Heitor Jackson.
Chegamos a Long Island rapidamente, ao cair da noite, graças à capacidade de deslocamento dos centauros, cavalguei no lombo de Quíron, mas não conversamos muito, especialmente sobre Sally minha mãe, Yeasmin e aquela maldita deusa do mar, eu sabia que iria ser difícil eu contar sobre o Cris, para mais alguém que não fosse, Drew, implorei pra ela não contar a ninguém e ela disse que não iria contar, fiz ela jurar pra mim. Quando chegamos ao acampamento, os centauros estavam ansiosos por conhecer Dionísio, tinham ouvido falar que ele promovia festas insanas, claro, ele era o famoso Dionísio, deus das orgias e do vinho, mas ficaram desapontados, o deus do vinho não estava com disposição para celebrar quando o acampamento inteiro, estava com problemas, o acampamento acabara de passar por 3 semanas difíceis, pelo menos o Pinheiro estava muito mais vistoso, ainda não estava 100% por cento, mais quando o analisei, a mancha estava do tamanho de uma bola de beisebol, os conselheiros sênior fomos convocados para reunião, na sala principal, estavam todos ali.
----Quero vigia vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, no topo da colina, pelo menos até que pudermos arranjar um monstro apropriado para proteger o Velocino?
----Quíron, podemos deixar Festus. ---disse sorrindo.
---mas Percy, você tem certeza disso? ---Perguntou ele espantado, eu sorri e disse.
---Sim, tenho, eu tenho meu teletransporte e varios carro, bem digamos que e meu presente de despedida. ----disse sorrindo.
---Como assim Percy? ---Perguntou Clarisse.
---Vou me afastar por tempo indeterminado. ---Disse sorrindo para ela, sua expressão era espantada.
---Você tem certeza? Das suas escolhas? ---perguntou Quíron.
---tenho Quíron, partirei amanhã, pela manhã. ---disse me levantando e saindo pela porta, ignorando as pessoas que me chamavam, me teletrasportei pra praia, sentindo o vento calmo bater em meu rosto, a brisa do mar, precisava refletir melhor, não o fato de sair do acampamento, isso eu precisava, pelo menos temporariamente, para resolver um assunto pendente, mas não tive muito tempo para pensar, logo Tyson me encontrou, ele me conhecia muito bem, ele sentou do meu lado, sem dizer uma palavra, apenas observava o mar comigo, então eu disse. ----Tyson, você não vai ir comigo, pode ficar aqui no acampamento, se quiser e claro. ---disse pra ele, ele nada disse, apenas colocou a mão no bolso da sua jaqueta e me entregou um relógio de pulso, não havia nele nada de especial, apenas um mostrador branco e prata e uma pulseira de couro preto, era estiloso e simples, mas assim que o vi percebi que era naquilo que eu o vira trabalhar durante todo o verão.--- Obrigado, parceiro. ----disse sorrindo pra ele, coloquei-o no pulso e descobri que era surpreendentemente leve e confortável, eu mal sentia que o estava usando.
---Não consegui terminá-lo em tempo para a viagem --- murmurou Tyson. --- Desculpe, desculpe.
--- Ei, cara. Não tem problema.
----Se precisar de proteção extra. --- aconselhou ele --- aperte o botão. ---apertei o botão, Apertei o botão e o escudo se expandiu em espiral até seu tamanho pleno, marteladas no bronze, havia figuras em estilo grego antigo, cenas das nossas aventuras naqueles dias caóticos, lá estava eu exterminando um esfinge e salvando ele, eu lutando contra os touros de bronze na Colina Meio-Sangue, Tyson cavalgando Arco-íris rumo ao salvamento de Roda na ilha, o Birmingham disparando seus canhões contra Caríbdis, passei a mão sobre uma figura de Tyson, lutando com a Hidra enquanto segurava alto uma caixa de Donuts Monstro, eu ia agradecer, mais ele me impediu. ---- Eu sei o que você vai me dizer --- disse Tyson, parecendo encabulado. --- Poseidon, no fim das contas, se preocupava comigo.
--- Mas e claro grandão.
--- Ele mandou você para me ajudar, exatamente o que eu pedi. ---Eu pisquei confuso, ele nunca me disse aquilo antes.
--- Você pediu... a mim para Poseidon?
--- Pedi um amigo, para me ajudar. ---disse Tyson, torcendo a camisa nas mãos. --- Os jovens ciclopes crescem sozinhos nas ruas, aprendem a fazer coisas com sucata, aprendem a sobreviver.
--- Mas isso é tão cruel! ---disse triste, ele sacudiu a cabeça com vigor.
--- Isso nos faz apreciar nossas bênçãos, não ser gananciosos, maus e gordos como Polifemo, mas eu ficava com medo, os monstros me perseguiram tanto, às vezes me machucavam com suas garras.
--- As cicatrizes nas suas costas? ---Uma lágrima surgiu no olho dele, e escorreu no seu rosto.
--- A esfinge da Rua Setenta e Dois, grande encrenqueira, aquela mesma que você me salvou, ela sempre me pedia para fazer coisas ruins. ---disse ele choroso, isso me subiu um sangue, mas ele continuou. --- pedi ajuda ao papai, logo você apareceu, aquele dia me salvando, a minha maior bênção de todas, sinto por ter dito que Poseidon era mau, ele me mandou um irmão. ---isso me deixou tão feliz, Tyson dizer aquelas palavras, me deixava muito feliz.
---eu sempre vou ser seu irmão grandão, sempre conte comigo. ---disse eu.
--- Papai se comunicou comigo em sonho na noite passada --- disse ele. --- Ele quer que eu o visite.
--- Poseidon mandou uma mensagem em sonho para você? ---Perguntei feliz, Tyson assentiu.
---- Quer que eu vá para baixo d'água pelo resto do verão. Aprender a trabalhar nas forjas dos ciclopes. Ele chamou isso de es... es...
--- Estágio?
--- Sim. ---Deixei aquilo cair na minha mente, mas então, pensei, Tyson estava indo? Simples assim?
--- Quando você parte? --- perguntei.
--- Agora.
--- Agora. Tipo... agora, agora? ---perguntei espantado.
---Agora. ---Olhei para as ondas no estreito de Long Island, A água brilhava azulada, com a cor da lua cheia batendo nela.
--- Estou feliz por você, grandão, você vai adorar o reino do papai e lindo.
---- Difícil deixar meu irmão mais velho. --- disse ele com um tremor na voz, prestes a chorar. --- Mas eu quero fazer coisas, ser tão bom quanto você, fazer armas para o acampamento, vocês vão precisar delas. ----Infelizmente, eu sabia que ele tinha razão, o Velocino não tinha resolvido todos os problemas do acampamento, Luke ainda estava lá fora, reunindo um exército a bordo do Princesa Andrômeda, Cronos ainda estava se reconstituindo em seu caixão de ouro, no fim, acabaríamos inevitavelmente tendo de enfrentá-lo.
---Você vai fazer as melhores armas que já existiram, ainda melhoras que as minhas. --- disse a Tyson, ergui meu relógio com orgulho.
--- Irmãos ajudam um ao outro. ---disse ele triste, eu tinha que entende-lo, antes de eu o salvar, ele teve uma vida difícil e triste, a vida feliz dele, foi depois de me conhecer, onde ele teve paz.
--- Você é meu irmão --- disse eu. ---Não há dúvidas a respeito disso, tenho orgulho disso. ---disse mostrando todo meu orgulho que tinha dele, ele me deu uma palmadinha nas costas tão forte que quase me derrubou na duna de areia, ele ainda não aprendeu a controlar sua força como eu, então enxugou uma lágrima da bochecha e se levantou para partir.
--- Use bem o escudo. ---aconselhou-me.
--- Farei isso, grandão.
---- Vai salvar sua vida algum dia. ---O modo como ele disse isso, tão prático, me fez pensar se aquele seu olho de ciclope podia enxergar o futuro, ele desceu para a praia e assobiou, Arco-íris, o cavalo-marinho, saltou das ondas, observei os dois partindo juntos para os domínios do meu pai, depois que eles se foram, baixei os olhos para meu novo relógio, não pude deixar de sentir tristeza, sabia que Tyson se divertiria um bocado embaixo do oceano, mas eu sentiria saudades de tudo em relação a ele, seu fascínio por cavalos, o modo como conseguia consertar carruagens de guerra ou amarrotar metal com as mãos nuas, ou dar nós em caras malvados, sentiria saudades até dos seus roncos de terremoto na cama ao lado a noite inteira, sorri com isso e parti para praia, uma grande tempestade, caia naquela noite, mas ela se dividiu em volta do Acampamento Meio-Sangue como as tempestades costumam fazer, raios relampejavam no horizonte, ondas golpeavam a praia, mas nem uma gota caía no nosso vale. Estávamos protegidos de novo, graças ao Velocino, encerrados em nossas fronteiras mágicas. Continuei subindo e me encontrei com o Grover.
---- poderei passar o resto do verão com vocês, antes de retomar minha missão à procura do deus Pã. ---disse ele entusiasmado, sua alegria e era palpável. ---Meus superiores no Conselho dos Anciãos de Casco Fendido, ficaram tão impressionados por eu não ter me matado e ter aberto o caminho para futuros buscadores ---disse ele feliz. ---- até me deram uma nova licença de dois meses e um novo conjunto de flautas de bambu. ----disse ele muito feliz, balançando suas flautas.
----Cara, isso e muito legal, estou muito feliz por você, homem-bode. ---disse dando um abraço.
----VOCÊ NÂO VAI EMBORA. ---Escutei a voz de Clarisse, ela vinha andando pesadamente, ela estava bufando.
---Como assim ir embora? ---perguntou Grover.
---ELE QUER IR EMBORA. ----Gritou Clarisse.
----Calma, Clarisse. ---disse gentilmente.
----CALMA O CACETE! ---gritou ela.
----A decisão e minha Clari. ---disse calmo, me teletrasportei dali, direto para o pinheiro da Thalia, precisava dar a missão e me despedir de Festus, ele estava parado, abaixo do Velocino, este pendurado no galho do pinheiro gigante, o Velocino em todo seu esplendor, fazendo toda a campina se curar. Festus estava no seu tamanho de bolso, 20 cm, uma pequena miniatura de um dragão de bronze, sentei-me do seu lado.
----Festus, meu amigo, tenho uma missão importante pra você. ---disse pra ele.
----Sim, Percy. ---disse ele.
----Eu irei partir, ---disse olhando a estrada, todos os carros vindo e indo, despreocupados e com suas vidas rotineiras. ----sua nova missão, vai ser ficar aqui, cuidar para que o Velocino não seja roubado e proteger nossa casa.
----Eu entendi, mas enquanto a você Percy? vai ir embora? pra onde? vai fazer o que? ---Perguntou ele preocupado.
----Bem, por hora, vou descansar. ---menti, Festus me conhecia bem, por muito tempo, foi somente eu e ele, sim, é estranho dizer que um dos seus melhores amigos e um Dragão de bronze, foi nesse instante que algo chamou minha atenção, algo saía da raiz da árvore.
---Você ainda mente muito mal. ---levantei e fui olhar mais de perto, quase cai sentado com o que vê.
---Festus, chame Quíron agora. ---Ele partiu voando colina abaixo. Uma garota, bem branca, cabelos negros e repicados, batendo no ombro, seu rosto era bonito, muito bonito, ela estava vestida toda, em couro negro, calça e coturno com uma jaqueta, seu pulso havia algumas Spikes assustadoras, não muito alta, devia ter 1,65. Ela dormia, calmamente, eu ja a tinha visto antes, era aquela garota do sonho. Então a menina tomou fôlego, vacilante, ela tossiu e abriu os olhos, suas íris eram surpreendentemente azuis, um azul elétrico muito bonito. A menina olhou para mim perplexa, tremendo e de olhos arregalados.
--- Quem...
---- Eu sou Percy ---- disse eu. ---- Você está em segurança agora.
---- O sonho mais estranho...
---- Está tudo bem.
---- Morrendo.
---- Não ----assegurei-lhe. ----Você está bem, Qual é seu nome? ----Foi quando eu soube, antes mesmo de ela dizer algo, tudo se encaixou na minha cabeça, Às vezes odeio ser neto de Atena, os olhos azuis da menina se fixaram nos meus, e entendi o porquê da missão do Velocino de Ouro, o envenenamento da árvore, tudo, Cronos fizera aquilo para colocar mais uma peça no de xadrez no jogo, mais uma chance de controlar a profecia a seu favor. E eu amparava uma pessoa destinada a ser minha melhor amiga ou possivelmente minha maior inimiga.
---Eu sou Thalia, filha de Zeus.
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