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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 62


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya na área galera.....quero me desculpar por não ter postado semana passada, mas aqui na minha cidade deu uma chuva forte e queimou meu estabilizador, mas peguei um emprestado e to postando aqui agora.... aliais essa semana tem provas, me desejem sorte...


Bem, vamos aos agradecimentos especiais primeiro, então, a primeira pessoa a comentar, confesso que tenho uma queda por essa encrenqueira kkkk, a mini Thalia, ~brunaep07, lembrando que ainda ta de pé aquela proposta em? kkkk, bem em segundo lugar, ~giacomelli, obrigado linda, em terceiro, a linda ~BellaC12, que capitulo mais lindo, só beldades comentando, ae sim, que lindeza kkkk.


Vamos a evolução da FIC, primeiro com os favoritos, que de 296, foi para 305, foi uma aumento de 9 favoritos, que incrível, to felizão, alem e claro de finalmente termos passado dos 300 favoritos pó.... bem já os comentários, foi de 771 para 785 o que foi um aumento de 14.....agora as exibições, de 51.247 foi para 53.904 cara isso esta incrível, esse aumento de 2.657, isso me deixa "supinpa" kkkkk... uma boa leitura do capitulo.

Capítulo 62 - Capítulo 62


POV: Perseus Heitor Jackson.

 

 

4 Meses depois.

 

Esse 4 meses foram difíceis, mas as primeiras 2 semanas foram as piores, tive muitos pesadelos, Cronos vinha sussurrar coisas no meu ouvido, os pesadelos da minha época na Prisão das Almas voltaram, Yasmin sendo decapitada na minha frente, minha mãe sendo empalada pelo Minotauro e coisas ainda piores que fiz naquela maldita dimensão, nesse tempo todo eu não apareci no Olimpo e não dei notícias a ninguém, somente meu pai, e fiz ele jurar por Estige que não contaria nada a ninguém. Estava pensando em voltar ao acampamento e ao Olimpo, dar o ar da graça, mostrar que ainda estou vivo, minha mãe deve estar completamente louca. Em todo caso, no meio do dia, recebi uma mensagem do Grover em um sonho acordado, graças da nossa ligação empática, tínhamos uma ligação mental poderosa, no sonho ele disse que precisa de mim e ele parecia extremamente nervoso, fiquei tão preocupado que parti de imediato, tomei um banho rápido para tirar a graxa, nem mesmo fiz minha barba que pretendia fazer e depois de 4 meses sem fazer, você deve imaginar como ela está grande. Estava agora mesmo na estrada em uma plena sexta-feira anterior às férias de inverno, meu Ford Mustang 1967 rasgava a estrada, já eram 5 horas de carro de Nova York até Bar Harbor, Maine, chuva e neve castigavam a rodovia.
 

 

Quando finalmente cheguei a Westover Hall, já estava escurecendo, Ah, sim! Isso vai ser divertido, estava enferrujado, durante esse 4 meses, não combate monstros, não sai em missões suicidadas, nem mesmo treinei, não fiz nada. Westover Hall parecia o castelo de um cavaleiro malvado, era toda de pedras pretas, com torres e janelas em fenda, e um grande conjunto de portas duplas de madeira. Ficava sobre um penhasco nevado que dava para uma grande floresta gelada de um lado e o oceano cinzento e turbulento do outro, um lugar extremamente esquisito para uma escola. Desci do meu carro, peguei minha velha e boa mochila de uma alça da Nike branca. Comecei a caminhar, em direção a porta de entrada da escola, avistei duas garotas andando na minha frente, a da esquerda uma garota, não muito alta, devia ter 1,65cm, bem branca, cabelos negros e repicados, batendo no ombro, tinha um corpo bonito, sua bunda era media, mais redonda, ela estava vestida com uma jaqueta de couro negro, calça jeans azul escura e coturno com uma jaqueta, no seu pulso havia algumas Spikes assustadoras. Já a outra, me fascinou, 1,70, bronzeada, seu cabelo loiro escuro e ondulado como de ouro, cai como cascatas de ouro até o meio das costas, seu corpo era demais, bunda grande, redonda, empinada e perfeita, uma perdição. Vestia uma calça jeans clara que realçava muito bem suas curvas, mas ela tinha um boné no bolso traseiro da sua calça, azul marinho de beisebol dos New York Yankees, uma jaqueta de couro vinho e tênis de corrida. Elas conversavam baixinho entre elas, a morena disse para loira.

 

---...Você tem razão. Só queria saber o que ele encontrou aqui que o fez mandar o S.O.S. ---Reconheci aquela voz de imediato.

 

---Thalia. ---Assim que disse isso me arrependi, as garotas viraram em pulo, Thalia com sua mão no anel, onde era sua lança e Annabeth, é UAU, como ela estava linda, seus olhos cinzas tempestades eram lindos, ela não estava mais magra e com aquela aparência doentia de quando a conheci, tinha ganhado peso, e se normalizado, e ela conseguiu ficar ainda mais linda, mas agora sua expressão feroz, colocou sua mão direita na barra da manga da sua jaqueta, onde eu presumi estava a faca que eu dei pra ela. Thalia era ótima em lançar olhares malignos, com aquelas roupas punk que ela sempre usa, as joias de correntes, o delineador preto naqueles intensos olhos azuis, mas o olhar que ela me lançou naquela hora foi perfeitamente do mal. ---Nada de bom, cara de Pinheiro. --- presumi. Thalia me olhou estranhamente como se não me reconhece, o que era bem provável, já que estou a mais de 4 meses sem fazer barba e cabelo.

 

---Quem e você? Como sabe meu nome? ---Perguntou Thalia nervosa, contive a risada.

 

 

---Percy? E você? ---perguntou Annabeth, inteligente, eu não respondi.

 

 

---O que Percy? Está louca Annabeth, onde esse cara parecendo um mendigo seria o Percy? ---Perguntou Thalia para Annabeth, me ofendi, mas estava engraçado demais para interromper.

 

---Thalia, quem mais além dele, te chama de “cara de Pinheiro”? ---Thalia não podia discuti isso, somente eu tinha coragem de chamar ela assim.

 

 

---Ela te pegou Thalia, como estão? ---perguntei rindo, senti o ar se crepitar em energia, e o cheiro de ozônio subir, vê o rosto de Thalia queimar de raiva, ela ficou vermelha.

 

 

---“ELA TE PEGOU THALIA, COMO ESTÃO?” ---Gritou ela nervosa. ---VOCÊ DESAPARECEU DURANTE 4 MESES, 4 MESES, NÃO AVISA SE ESTA VIVO, ONDE ESTÁ, COM QUEM ESTÁ, MATA SEUS AMIGOS DE PREOCUPAÇOES, ABANDONA O ACAMPAMENTO E ME VEM COM ESSE PAPINHO FURADO PRO MEU LADO?

 

 

---É muito bom te rever também Thalia, também senti saudades. ---disse imitando sua voz, mas isso não ajudou a quebrar o gelo, ela ficou ainda mais nervosa. ---Desculpa.

 

 

---DESCULPA? ---gritou ela. ---desculpas não são suficientes. ---Thalia veio andando pra cima de mim, com os punhos cerrados e olhos crepitando eletricidade, estava me preparando para correr.

 

---Calma Thalia. ---se interpôs Annabeth. --- É melhor a gente entrar, Grover deve estar esperando, precisando da nossa ajuda pra alguma coisa. --Lembrou Thalia, Thalia parou e considerou o que Annabeth disse, ela relaxou, mas me olhou feio e disse.

 

 

---O que você faz aqui?

 

 

---Grover falou comigo, pediu ajuda, pela nossa conexão empática. E vocês?

 

--- Como se isso fosse da sua conta, Percy... ---Thalia olhou para o castelo e estremeceu. Ergui os olhos para as torres escuras de Westover Hall, as portas de carvalho se abriram rangendo, e nós três entramos no saguão em um turbilhão de neve, tudo o que pude dizer foi.

 

---Uau! ---O lugar era imenso. As paredes eram forradas de estandartes de batalha e armas em exposição: rifles antigos, machados de guerra e um monte de outras coisas, quer dizer, eu sabia que Westover era uma escola militar e tudo, mas o exagero da decoração era massacrante, literalmente, minha mão foi para o bolso onde eu guardava minha caneta esferográfica letal, Contracorrente. Eu já podia sentir que havia algo de errado naquele lugar, algo perigoso. Thalia estava esfregando seu bracelete prateado, seu item mágico favorito, Aegis, percebi que pensávamos na mesma coisa, havia uma luta pela frente. Annabeth começou a dizer:
 

 

---Queria saber onde... ---Ela foi interrompida, as portas se fecharam violentamente atrás de nós.
 

 

 ---Oops --- murmurei. ---Acho que vamos ficar mais um pouco. Pude ouvir música ecoando do outro lado do saguão, parecia dance music, deixamos nossas sacolas de viagem atrás de um pilar, não ligava muito para minha mochila magica, era só pensar nela que ela voltava para as minhas costas e começamos a atravessar o saguão, Thalia me olhava de um jeito assustador, acho que um misto de raiva e tristeza, tenho certeza que ela está muito irritada comigo, mas eu não conseguia entender o porquê dela estar tão ressentida comigo. Não tínhamos ido muito longe quando ouvi passos no piso de pedra, e um homem e uma mulher marcharam saindo das sombras para nos interceptar, ambos tinham cabelos grisalhos curtos e uniforme preto em estilo militar com debruns vermelhos, a mulher tinha um bigode ralo e o homem, a cara perfeitamente barbeada, o que me pareceu meio invertido. Os dois caminhavam rigidamente, como se tivessem cabos de vassoura grudados com fita adesiva nas costas.
 

 

 

---E então? --- perguntou a mulher. --- O que estão fazendo aqui?
 

 

--- Ahn... --- Percebi que não havia planejado nada para aquela situação, estava tão concentrado em chegar até Grover e descobrir o que estava errado que não levara em consideração que alguém poderia questionar por que três adolescentes estavam se esgueirando para dentro da escola no meio da noite. Não tínhamos conversado no carro sobre como faríamos para entrar. Eu disse. --- Madame, nós estamos só...
 

 

--- Ah! --- Disparou o homem, o que me fez quase sacar Contracorrente. --- Não são permitidos visitantes no baile. Vocês vão ser expulsos! ---Ele tinha um sotaque, francês, talvez, pronunciava o x como pixel, era um cara alto, 1,90cm, com cara de águia, suas narinas se dilatavam quando ele falava, o que tornava difícil não olhar para o nariz dele, e os olhos tinham duas cores diferentes, um era castanho, e o outro, azul. Heterocromia é uma anomalia genética na qual o indivíduo possui um olho de cada cor, mas na verdade parecia como os de um gato de rua. Calculei que ele estava a ponto de nos atirar na neve, mas então uma ideia surgiu na minha cabeça, eu dei um passo à frente e controlei a nevoa magica, imaginei-me sem barba e imaginei eu, Thalia e Annie vestidos com roupas de estudantes, estalei os dedos, o som foi nítido e forte, senti uma lufada de vento se propagando pelo saguão, o vento passou por cima de todos nós e fez tremular os estandartes nas paredes.
 

 

--- Ah! Mas não somos visitantes, senhor --- disse rapidamente, aproveitando a magia da nevoa a meu favor. --- Estudamos aqui, o senhor lembra: eu sou Percy e estes são Annabeth e Thalia, estamos no segundo colegial. ---O professor estreitou os olhos de duas cores, o homem pareceu hesitar, pensou um pouco e se virou para senhorita barba.
 

 

---Senhorita Tengiz, conhece estes alunos? ---A despeito do perigo que corríamos, tive de morder a língua para não rir, uma professora chamada Tem Giz? Ele devia estar brincando, a mulher piscou, como alguém que acabava de despertar de um transe.
 

 

--- Eu... sim. Acho que sim, senhor. --- Ela nos olhou, carrancuda. --- Annabeth. Thalia. Percy. O que vocês estão fazendo fora do ginásio? ---Antes que pudéssemos responder, ouvi mais passos, e Grover veio correndo, sem fôlego.
 

 

---Vocês conseguiram chegar!
 

 

---Que é isso, senhor Underwood? --- disse o homem, seu tom deixou claro que ele detestava Grover. --- O que quis dizer com “conseguiram chegar”? Estes alunos moram aqui. ---Droga, o Grover quase levou todo o plano por agua abaixo. Grover engoliu em seco.
 

 

---Sim, senhor. É claro, Dr. Espinheiro. Eu só queria dizer que estou muito contente porque eles conseguiram... chegar com o ponche para o baile! O ponche está uma delícia. E foram eles que fizeram! ---Grande garoto bode, o Dr. Espinheiro nos fulminou com o olhar, ele parecia querer nos atirar de cima da torre mais alta do castelo, mas então a Srta. Tengiz disse, com ar sonhador.
 

 

---Sim, o ponche está excelente, agora vão andando, todos vocês e não saiam do ginásio de novo! ---Não esperamos ela falar duas vezes, partimos com uma porção de “Sim, senhora!” e “Sim, senhor!”, e batemos um par de continências, só porque parecia ser a coisa certa a fazer. Grover nos empurrou corredor abaixo na direção da música, pude sentir os olhos dos professores nas minhas costas, mas caminhei bem perto da Annabeth e ela me perguntou em voz baixa:
 

 

--- Como você fez aquela coisa de estalar os dedos? ---Perguntou ela, me encarando com aquelas tempestades cinzentas.
 

 

---Você quer dizer a Névoa? Quíron ainda não mostrou a você como fazer isso? ---Ela negou com a cabeça. Apesar de ter aprendido a manipular a nevoa com a própria deusa Hécate, eu sabia que Quíron era ótimo professor, mas talvez ainda fosse cedo para passar isso pra Annabeth, ela devia passar por outro tipo de treinamento agora o de luta, para poder se defender dos monstros, depois ensinariam manipular a nevoa e outras coisas para estarem no mundo mortal. ---Você ainda deve estar no treinamento primário, a nevoa e o que divide nosso mundo do mundo mortal, para eles não se assustarem, por isso muitas vezes somente você vê-a os monstros, eu manipulei ela, e fiz minha barba desaparecer e nossas roupas serem iguais a do Grover e os alunos daqui.

 

 

---Incrível. ---disse ela sorrindo, senti algo estranho, senti meu rosto ruborizar. Grover nos apressou até uma porta onde estava escrito: “GINÁSIO” no vidro.

 

---Essa foi por pouco! --- disse Grover. --- Graças aos deuses vocês chegaram! Mas quem e esse cara? ---Perguntou Grover apontando para mim.

 

---Sou eu, Grover, Percy. –disse ele riu.

 

---A fala sério. ---disse ele olhando para Thalia e Annabeth, Thalia virou a cara e Annabeth sorriu.

 

---Sou eu sim. ---disse rindo, cheguei mais perto dele sussurrei no seu ouvido, algo que somente eu, Clarisse, Tyson e Drew sabíamos, e ele fez jurar não contarmos nada a ninguém. --- noivinha. ---Ele ficou vermelho na hora.

 

 

---Percy, visual maneiro, meio terrorista, mas legal. ---disse ele, ergui a mão e bati na dele, foi bom vê-lo depois de tantos meses. Ele ficara um pouco mais alto e mais alguns fios de barba haviam nascido, mas, fora isso, sua aparência era a mesma de sempre quando ele passava por ser humano, um boné vermelho sobre o cabelo castanho encaracolado para esconder os chifres de bode, jeans folgados com pés falsos para esconder as pernas peludas e os cascos. Usava uma camiseta preta cujos dizeres escrito: WESTOVER HALL: PRAÇA. Eu não sabia muito bem se aquilo era tipo o posto militar de Grover, ou quem sabe apenas o lema da escola. Annabeth e Thalia abraçaram Grover.

 

 

---Então, qual é a emergência? --- Perguntei, Grover respirou fundo.
 

 

--- Eu encontrei dois.
 

 

---Dois meios-sangues? --- perguntou Thalia, surpresa. --- Aqui? ---Grover assentiu, encontrar um meio-sangue já era bastante raro, ainda mais depois que fiz os Deuses jurarem a não esconder e abandonar mais seus filhos meio-sangues, naquele ano, Quíron pusera os sátiros para trabalhar horas extras e os enviara aos quatro cantos do país observando os alunos da quarta à séries dos colégios em busca de possíveis recrutas, eram tempos difíceis, a guerra estava próxima, estávamos perdendo campistas os monstros nunca estiveram tão ativos, precisávamos resgatar, proteger e treinar o máximo de semideuses que pudéssemos encontrar.

 

 

---Um irmão e uma irmã --- disse ele. --- Têm 14 e 16 anos. Não sei quem são seus pais, mas são fortes, e nosso tempo está se acabando, eu preciso de ajuda.
 

 

--- Monstros? ---Perguntou Annabeth.
 

 

--- Um --- Grover parecia nervoso. --- Ele suspeita, não acredito que já tenha certeza, mas é o último dia do ano, estou certo de que não permitirá que eles deixem a escola antes de descobrir, pode ser nossa última chance, cada vez que tento chegar perto deles o monstro está sempre lá, me impedindo, não sei o que fazer! ---Grover olhou desesperado para mim.

 


--- Certo --- disse eu. --- Esses meios-sangues estão no baile? --- Grover assentiu. --- Então vamos dançar, mas quem é o monstro?
 

 

--- Ah! ---- falou Grover olhando em volta, nervoso. --- Você acabou de conhecê-lo. O vice-diretor, Dr. Espinheiro.

 

 

---Achei mesmo aquele cara muito estranho. ---disse Thalia. Partimos para o salão onde a festa estava sendo realizada, o estranho nas escolas militares é que os adolescentes ficam enlouquecidos quando acontece algum evento especial e eles podem tirar o uniforme, acho que é porque tudo é tão rígido, o restante do tempo elas sentem que precisam compensar ao máximo, ou coisa assim, agiria da mesma forma. A escola tinha alunos de todas as idades, de 10 a 17 anos, as turmas maiores se misturaram com as crianças, os mais velhos estavam mais calmos e flertavam uns com os outros, mas as crianças menores de 14 anos, havia balões pretos e vermelhos espalhados por todo o piso do ginásio, os caras os chutavam um na cara do outro, ou tentavam estrangular uma ao outro com as correntes de papel crepom grudadas nas paredes, as meninas se moviam de lá para cá amontoadas como num jogo de futebol americano, do jeito como sempre fazem, usando montes de maquiagem, blusas de alças finas, calças de cores berrantes e sapatos que pareciam instrumentos de tortura. Volta e meia cercavam algum pobre coitado como um cardume de peixes, aos gritinhos e risadinhas, e quando finalmente se afastavam, o cara estava com fitas no cabelo e rabiscos de batom na cara inteira.
 

 

 

--- Lá estão eles --- Grover acenou com a cabeça para os dois pré-adolescentes discutindo na arquibancada. --- Bianca e Nico Di Angelo. ---Quando vê as crianças tive uma péssima suposição de quem seria seu pai divino e se eu estivesse certo, isso daria muita, mais muita dor de cabeça. A menina era magra, 1,60cm, ainda não tinha desenvolvido seu corpo, seios pequenos e bunda pequena, era bem branca, muito mesmo, cabelos sedosos e muito negros, usava um gorro verde frouxo, como se estivesse tentando esconder o rosto, e estava conseguindo. O menino era, obviamente, seu irmão menor, apesar de ter a mesma altura que a irmã, 1,60cm, magro, bem branco, cabelo escuro e sedoso em forma de tigela, como alguém que eu conheço, estava vestindo, uma camiseta preta lisa, e calça azul clara. Na discussão deles, eles usavam muito as mãos quando falavam, o menino estava embaralhando algum tipo de figurinhas, a irmã parecia repreendê-lo por alguma razão, ficava olhando em volta, como se sentisse que havia algo errado.
 

 

 

--- Eles já sabem que são meio-sangues... quer dizer, você já contou a eles? ---Annabeth perguntou para Grover, Grover sacudiu a cabeça negativamente.
 

 

---Você sabe como é, isso poderia deixá-los ainda mais em perigo, depois que se dão conta de quem são, seu cheiro fica mais forte. ---Ele olhou para mim e eu assenti. Na verdade, nunca entendi qual é o “cheiro” dos meios-sangues para monstros e sátiros, mas sabia que o cheiro pode fazê-lo ser morto, e, quanto mais a gente se torna um semideus poderoso, mais tem cheiro de almoço de monstro, acreditem, eles não se intimidam, talvez por que eles não morram de verdade.
 

 

--- Então vamos pegá-los e dar o fora daqui --- falou Thalia, ela deu um passo à frente, mas eu pôs a mão em seu ombro, senti minha mão crepitando de eletricidade, mas já estava acostumado a isso. O vice-diretor, Dr. Espinheiro, se esgueirara por uma porta ao lado da arquibancada e estava perto dos irmãos Di Angelo, ele acenou friamente com a cabeça em nossa direção, seu olho azul parecia incandescente, a julgar pela expressão dele, adivinhei que Espinheiro não se deixará enganar pelo meu truque com a Névoa, afina, ele suspeitava de quem éramos, estava apenas aguardando para ver por que estávamos ali, mas por hora, tínhamos a vantagem de ter muitos mortais.
 

 

--- Não olhe para os irmãos --- ordenei para os outros. ---Temos de esperar uma oportunidade de chegar até eles, precisamos fingir que não estamos interessados neles, despistá-los.
 

 

--- Como? ---Perguntou Annabeth.
 

 

--- Somos três meios-sangues poderosos, nossa presença deve confundi-lo, misturem-se, ajam naturalmente, dancem um pouco, mas fiquem de olho naqueles dois.
 

 

--- Dançar? --- perguntou Thalia, eu fez que sim, ela prestou atenção na música e fez uma careta.
 

 

--- Eca. Quem escolheu Jesse McCartney? ---Grover pareceu ofendido.
 

 

--- Eu.
 

 

 

--- Ah, meus deuses, Grover! Isso é tão careta, não dá para tocar Green Day ou coisa assim?
 

 

--- Green o quê? ---perguntei.
 

 

--- Nada, não. Vamos dançar.
 

 

--- Mas eu não sei dançar! ---disse Grover.
 

 

---Você consegue se eu conduzir --- disse Thalia. --- Vamos, garoto-bode. ---Grover ganiu. ---Prefiro você, ao lugar de certos tratantes. ---disparou ela para mim. Thalia pegou a mão dele e o levou para a pista de dança, Annabeth sorriu para mim, um sorriso muito lindo.
 

 

--- O quê? --- perguntei timidamente.

 

 

---Nada, só e bom ter você de volta. ---disse ela corada, sorri sem graça, Annabeth havia ficado mais linda, não tinha prestado atenção nisto antes, mas ela estava tão linda quanto Nix, afastei esses pensamentos, ainda sentia um abismo por aquela deusa e tentei seguir uma conversa amistosa.

 

 

--- Então, você foi reconhecida pelo seu parente divino? ---perguntei, era uma pergunta idiota, sempre soube a resposta, mas tecnicamente eu não sabia, ela sorriu e disse.

 

 

---Sim, e por acaso e a sua avó, Atena, ---disse ela sorrindo feliz. ---Então isso me faz sua tia. ---disse ela sorrindo vitoriosa, dei risadas, mas pensando por um lado, esse negócio de laços de família de deuses e semideuses e complicado, tudo está ligado, já que incesto e a base da família olimpiana, ficamos em um silencio constrangedor por algum tempo, não pensara em como Annabeth era linda antes de ver ela agora com calma.

 

 

---Ahn, tem projetado alguns edifícios legais ultimamente? ---Perguntei, os olhos de Annabeth se iluminaram, como sempre acontecia quando algum filho de Atena falava sobre arquitetura, eu apesar de ser Neto desta, não era muito ligado a isso, apesar de gostar um pouco.
 

 

--- Ah, meus deuses, Percy! Na minha nova escola eu escolhi desenho em perspectiva como matéria eletiva, e tem aquele programa de computador muito legal que... ---Ela prosseguiu explicando como projetara aquele enorme monumento que queria construir em Manhattan, no Marco Zero, o lugar onde ficavam as torres do World Trade Center. Falou sobre suportes estruturais, fachadas e outras coisas, e eu tentei ouvir, mas sua beleza estava me fascinando, mas eu não podia pegar ela, ela era neta da minha avó, e ela se parecia muito com a minha avó. Pelo seu entusiasmo, ela queria ser uma super arquiteta quando crescesse. ---Eu adoro matemática, edifícios históricos e tudo mais, gosto tanto da nova escola em Nova York, e um internato no Brooklyn, eu e Thalia estamos frequentando juntas, e bastante perto do Acampamento, para Quíron poder ajudar caso Thalia nos coloque em alguma encrenca, ---eu ri, sabia que Thalia era casca grossa e encrenqueira. --- e uma escola só para meninas.
 

 

--- É, ah, legal --- disse eu. --- Então você vai ficar por lá o resto do ano, ahn? ---antes que Annabeth pudesse responder.

 

---Ei! --- Thalia gritou para nós. Ela estava dançando lentamente com Grover, que ficava tropeçando nas próprias pernas, chutando-a nas canelas, parecia querer morrer. ---Dancem vocês também! --- ordenou Thalia. ---Parecem bobos aí parados. ---Olhei nervoso para Annabeth, e então para os grupos de meninas mais velhas, deviam ter cerca de 17 anos, tinham algumas muito bonitas entre elas.

 

--- E então? --- disse Annabeth. --- Ahn, quem devo tirar para dançar? ---Ela me deu um soco na barriga.
 

 

--- Eu, senhor Cabeça de Alga.
 

 

--- Ah! Ah, certo. ---disse rindo. Lá fomos nós para a pista de dança, pus uma das mãos na cintura de Annabeth e ela pegou a outra, senti uma sensação estranhamente gostosa, a pele de Annabeth era quente e macia e seu perfume era gostoso, um misto de Flores com cheiro de livro novo. Arrastamos os pés de um lado para o outro durante alguns minutos, eu sabia dançar muito bem, e guiava a Annabeth, que não era nada mau. ---Espere um segundo, Cabeça de Alga? ---ela riu corada, ela ficava ainda mais linda corada.

 

---Combina. ---disse ela dando de ombros. ---Você e impulsivo e filho de Poseidon, então não tem nada na cabeça. ---disse ela rindo.

 

 

---Certo, senhorita Sabidinha. ---ela corou violentamente, me fazendo sorrir. Tentei me concentrar em pequenas coisas, como as correntes de papel crepom e a tigela de ponche, tudo menos o fato de que Annabeth era extremamente linda, minhas mãos estavam suadas. ---Mas me diz uma coisa, o que e aquele boné?

 

---Presente da minha mãe, e um item magico, me deixa invisível.

 

---Pó, legal. ---senti uma pontada de ciúmes, minha avó quase nunca me dava presentes, ainda mais presentes legais assim. Annabeth riu, vindo meu ciúmes fingido. De repente ela gelou.
 

 

---Eles se foram.
 

 

---O quê? ---Segui o olhar dela, a arquibancada, os dois irmãos meios-sangues, Bianca e Nico, não estavam mais lá, a porta ao lado da arquibancada estava totalmente aberta, o Dr. Espinheiro não estava em lugar nenhum.

 

 

---Temos de achar Thalia e Grover! --- Annabeth olhou em volta freneticamente. --- Ah, para onde eles saíram dançando? Vamos! ---Ela correu por entre a multidão, eu já ia segui-la quando um bando de meninas ficou no meu caminho, contornei-as para evitar o tratamento de fita e batom, e quando consegui me livrar, Annabeth havia desaparecido, girei o corpo procurando por ela, Thalia ou Grover. Em vez disso, vi algo que gelou meu sangue, a cerca de quinze metros, caído no chão do ginásio, estava um gorro verde como o que Bianca Di Angelo usava, perto dele, algumas figurinhas espalhadas, então vi de relance o Dr. Espinheiro, saía às pressas por uma porta do lado oposto do ginásio, levando as crianças Di Angelo pelo cangote como se fossem gatinhos. Ainda não conseguia avistar Annabeth, mas sabia que ela estaria indo para o outro lado, à procura de Thalia e Grover.

 

 

Os Di Angelo estavam em perigo, eles poderiam já estar desaparecidos há muito tempo quando eu conseguisse encontrar meus amigos, eu conhecia monstros, era capaz de lidar com aquilo sozinho, mesmo que tivesse meio fora de forma, tirei Contracorrente do bolso e corri atrás do Dr. Espinheiro, a porta levava a um corredor escuro, eu ouvi sons de pés se arrastando mais a frente, e então um doloroso grunhido, fazendo meu sangue gelar de medo, eu desencapei Contracorrente, a caneta cresceu em minhas mãos até que eu estava segurando uma espada grega de Bronze Celestial, com um 1,55cm de comprimento e punho de duas mãos envolvido em couro, a lâmina brilhava ligeiramente, lançando uma luz dourada na fileira de armários do corredor escuro, eu corri pelo corredor, mas quando eu cheguei ao final, não havia ninguém lá, eu abri uma porta e me achei de volta no corredor da entrada principal, eu me virei completamente, eu não via Dr. Espinheiro em lugar algum, mas ali no lado oposto do ambiente estavam os irmãos Di Angelo, eles estavam paralisados em terror, olhando fixamente para mim, eu avancei lentamente, baixando a ponta da minha espada.
 

 

 

--- Está tudo bem, eu não vou machucar vocês. ---Eles não responderam, seus olhos estavam cheios de medo, o que estava errado com eles? Onde estava o Dr. Espinheiro? talvez ele tenha sentido a presença de Contracorrente e recuado, Monstros odeiam armas de Bronze Celestial.
 

 

---Meu nome é Percy ---Eu disse, tentando manter o nível da minha voz. --- Eu vou tirar vocês daqui, levá-los para um lugar seguro. ---Os olhos de Bianca se arregalaram, ela cerrou os punhos, só tarde demais eu percebi o que seu olhar significava, ela não estava com medo de mim, ela estava tentando me avisar, meus reflexos estavam enferrujados e eu não tive tempo de me esquivar ou desviar. Eu rodopiei em volta e algo fez WHIISH! Dor explodiu em meu ombro esquerdo, uma força como uma mão gigante me puxou para trás e me lançou contra a parede, eu golpeei com minha espada, mas não havia nada para ser atingido, uma risada fria ecoou pelo corredor.
 

 

--- Sim, Perseus Heitor Jackson --- Dr. Espinheiro disse, seu sotaque deformou o J em meu sobrenome. --- Eu sei quem você é, príncipe do olimpo, herói dos grandes deuses olimpianos. ---Eu olhei para meu ombro, um projétil como uma adaga com trinta centímetros de comprimento, ela havia entrado em cheio no meu ombro quando passou pelas minhas roupas, e o corte queimava, eu havia sentido algo como isso antes, na verdade mais vezes que gosto de admitir, era Veneno, era forte, muito forte, eu fiz força para me concentrar, eu não iria desmaiar, uma silhueta escura agora se movia em nossa direção, Dr. Espinheiro deu um passo para a luz fraca, ele ainda parecia humano, mas sua face era macabra, ele tinha dentes perfeitamente brancos e seus olhos castanho/azul refletiam a luz da minha espada. --- Obrigado por sair do ginásio --- ele disse. --- Eu odeio bailes colegiais. ---Eu tentei decapita-lo em um movimento rápido, mas ele desviou, ele estava fora do alcance de Contracorrente. WHIIIISH! Um segundo projétil foi atirado de algum lugar atrás do Dr. Espinheiro, ele não pareceu se mover, era como se alguém invisível estivesse atrás dele, atirando facas, Bianca ganiu, o segundo espinho cravou no meu outro ombro, Contracorrente caiu da minha mão.
 

 

---Vocês três virão comigo --- Dr. Espinheiro disse. --- Silenciosamente, obedientemente, se vocês fizerem um som que seja, se gritarem por ajuda ou tentarem fugir, eu vou mostrar a vocês quão precisamente eu posso atirar.


Notas Finais


lembrando dos 3 primeiros a comentar vão ser citados nas notas iniciais :)


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