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História Percy Jackson: Ascensão dos Co-primordiais - Honra


Escrita por: b-vic

Capítulo 2 - Honra


Fanfic / Fanfiction Percy Jackson: Ascensão dos Co-primordiais - Honra

Capítulo 1 – Honra acima de tudo. 

Em uma ilha na Grécia, longe de olhos mortais, uma inesquecível batalha acontecia. Na beira da praia, semideuses lutavam por suas vidas e pela glória dos deuses. 

O pôr-do-sol não era apreciado. Parecia sentir a tensão da batalha e angustiar com tal cena, ainda sim, sua luz era forte e dava forças aos heróis, além de luz. Não haviam nuvens no céu, em meio a feroz guerra, Zeus parecia ajudá-los. 

Na liderança dos semideuses, os sete da profecia lutavam bravamente. Estavam cansados e a parte mortal de seus corpos pedia descanso, mas a parte imortal desejava lutar até alcançar a vitória. 

No meio de tantos semideuses e monstros, Percy Jackson parecia se destacar dos demais. Com sua espada, Anaklusmos, matava os monstros em seu caminho sem parar. Seu objetivo? A primordial da Terra e líder dos monstros, Gaia. 

O herói de repente parou. Olhou em volta e notou que nenhum monstro estava atrás de si. Pareciam evitá-lo, como se ele não estivesse realmente ali. – Percy franziu a testa e olhou novamente em volta. Mas ao olhar para frente, uma neblina cobria o campo de batalha e sua visão ficou densa. 

Fechou os olhos por alguns segundos e quando os abriu, já não parecia estar no mesmo lugar. 

P.O.V – Percy Jackson 

Meu corpo estava cansado. Mas minha determinação continuava: lutar pelos meus amigos. Eu não lutava para os deuses, eu lutava para salvar aqueles importantes na minha vida, e sempre a lealdade seria meu maior defeito. 

Após matar vários monstros, a quantidade parecia ter diminuído. E aos poucos, não havia mais monstros. Meu sangue fervia, me sentia estranho. – Olhei em volta e uma neblina tomou conta de todo o lugar, quase não dava para ver nada. 

Porque não foges herói? Sabes que irá morrer! — uma voz alta e debochada invadiu minha mente. Eu nunca havia escutado, mas sabia a quem pertencia. 

Eu lutarei até minha morte! — gritei mentalmente querendo acabar com tudo. A raiva aumentava, e agora eu tinha ódio de tudo. 

Em meus sonhos, Gaia me atormentava fortemente. Eu somente podia ouvir sua voz, sua face sempre era um mistério para mim. Agora ela estava aqui novamente consumido meu autodomínio com sua voz debochada. 

Oh! Quanta pena, vocês semideuses são apenas escravos dos deuses. — eu tentava controlar ou expulsá-la da minha mente, mas era algo impossível. Eu sabia que ela falava a verdade, nada podemos contra os deuses. — Vocês heróis são descartáveis, afinal, haverá outros após vocês. 

No fundo eu tinha plena consciência de tudo isso. Todos os heróis passados eram a prova viva de que éramos descartáveis perante os olhos dos deuses. – Uma luz reluzente chamou minha atenção. 

Era uma espécie de baú, era grande e dourado com letras gregas antigas. Quando fui tocar, uma forte rajada de vento me jogou longe. Mas eu conseguia ler o que estava escrito no baú: Gaia, primordial da Terra. 

Junte-se a mim, herói. — sua voz era melodiosa, isso eu admitia. — Seja meu campeão e não precisará mais ser… Descartável. — não a respondi, mas ela continuou. — Caso vença essa batalha, eu lhe darei um presente único. 

A fúria. O ódio. O rancor. Todos os sentimentos tomaram conta de mim. Eu desejava acabar com tudo. Tudo deveria acabar. – Minha cabeça doía e eu tentava diminuir a dor, sem sucesso. Coloquei as mãos na cabeça e gritei fortemente. 

A neblina ia dissipando. Gaia parecia discutir com alguém e, antes de eu perder totalmente a consciência, ouvi-la dizer:

Maldito seja Caos! 

Novamente eu estava no campo de batalha. A dor já não me consumia mais e tudo parecia estar perfeitamente bem. Aos poucos os monstros já não apareciam mais até não vir mais nenhum. 

Será que acabou? – Via todos exaustos, estávamos muito cansados, não aguentaremos mais uma nova rodada. O som da batalha havia acabado, espadas foram ao chão, flechas paravam de lançar. – Havíamos acabado? A guerra acabou? 

Olhei para Annabeth com esperança. Seus olhos azuis estavam intensos, o sorriso dela era esplêndido. Ah! Como havia sentido falta daquele sorriso. – Retribui um sorriso cansado, contudo satisfeito. 

— Acabou cabeça-de-algas! — sua alta afirmação acabou morrendo após o vento ficar gelado, as folhas voarem rapidamente e o tempo fechar de repente. — O quê está acontecendo? 

— A verdadeira guerra. — ouvi Thalia falar. 

Uma parte do nosso campo de batalha era dia, outra a noite reinava. Nem Zeus poderia fazer tal proeza. Então significa que Gaia estava despertando? Era a única alternativa que restava. 

Pela aula teórica que todos os iniciantes no acampamento têm. Os primordiais demoram séculos para despertar novamente e meses para enfim ganhar forma. Estávamos confusos, não sabemos quando a própria Terra fora derrotada antes ou quem a derrotou anteriormente. 

Me surpreendo ao relembrar isso, pois esqueço tudo rápido demais. Poucos semideuses tinha acesso a essa informação, mas Annabeth fazia jus ao seu chalé. 

Olho para minha pele e ela brilha num tom forte de branco e marrom. Poderia parecer feio e, incrivelmente não era. O que isso significava? Algum truque de Gaia? 

Annabeth rodava olhando tudo ao redor. Sua inquietação parecia despertadora. Não a culpo. Talvez não venceremos a primordial cujo poder era toda a Terra. 

A Grécia era um lugar belo, mas estava totalmente destruída. A beira da praia de Creta, uma ilha enorme; travamos nossa batalha. – Sons altos de passos e monstros nos alertaram novamente. O medo no olhar de todos era algo que me doía ver. Sabíamos que não ganharíamos. 

À metros de nós, monstros estavam vindo lentamente. Eles não possuíam um líder, Gaia ainda estava adormecida, mas não totalmente, era tudo questão de tempo. 

Olhei para o horizonte e vi os monstros começavam a vir rapidamente. Meus amigos já estavam em posição ao meu lado. – De repente, luzes coloridas ficaram em nossa frente. Os deuses haviam vindo lutar conosco! 

Senti que todos tinham suas esperanças recarregadas novamente. Os doze olimpianos, com Héstia e até Hades estavam aqui. Tínhamos chances. 

Ouço novas risadas em minha mente. 

Os deuses vieram lutar? O medo deles é tão grande assim, que vocês não conseguissem e morressem todos tentando? — eu não deixaria seus deboches e insinuações me levar para baixo. Afinal, eu não lutava aquela guerra para os deuses, mas sim para meus amigos viverem. — Bravas palavras herói! 

As palavras finais de Gaia mexeram comigo, afinal, ela estava dócil e me elogiando. O que aconteceu com Gaia naquele instante? 

A luta continuava. Eu via os deuses ágeis e em sincronia, principalmente os gêmeos, Apolo e Artemis. Até Afrodite estava lutando como se dançasse no campo de batalha: com graça e beleza. Meu pai estava ao meu lado, eu me sentia protegido, ainda sim, o cansaço me dominou. 

Percebi meu corpo brilhar com cores diversas. Me sentia mais poderoso. Mais ágil. Mas renovado. — O sorriso no rosto do meu pai deu-me a entender o que acontecia, alguns deuses nos deram suas bênçãos. Pela minha cor, o azul-mar do meu pai, o prateado de Zeus e o amarronzado era o de Atena; de quem seria aquele ônix então? 

Uma cena fez tudo ficar lendo. Eu via Hazel ser jogada à metros de distância. Flashbacks passaram rapidamente em minha mente. Não posso falhar novamente, eu mesmo deixaria Nico me matar dessa vez. Falhei com Bianca, cuja se sacrificou para que continuássemos. Era nisso que eu me baseava? Em um herói que subia de nível a partir dos sacrifícios dos amigos? 

Eu só sentia ódio. Ódio dos monstros. Ódio de Gaia. Ódio dos deuses. E... Ódio de mim por ser fraco. 

Eu sentia uma vasta energia ser liberada de mim. Toda a raiva que eu sentia estava esvaziando, mas também me esgotando muito. Meus olhos estavam nublados, apenas enxergava uma forte ventania e um buraco negro onde os monstros caíam sem poder voltar. As águas da ilha estavam ao meu comando. 

Logo o baú de Gaia estava à minha frente. Com toda raiva e poder que eu sentia, finquei minha espada no meio do baú. E, assim como o baú fora transformado em pó, ele também levou Anaklusmos junto. 

—  Lhe faço meu guardião. Até alguns séculos Perseu! — uma voz tão doce e meiga, me fazia voltar a si. Mas algo naquela voz era muito familiar ou a exaustão tomava conta de mim.

Vi os deuses fazendo uma barreira entre eles e protegendo os semideuses. Eu não controlava meu poder. Mas me sentia poderoso e capaz de fazer qualquer coisa. A surpresa e o medo no olhar de alguns era uma cena histórica. 

Senti alguém segurar meus ombros, Annabeth. Seu rosto aliviado e preocupado foi a última coisa que vi antes de desmaiar com o meu corpo brilhando num verde água intenso.

P.O.V – Autora

Palacete Celestial – Sala de reuniões 

Em uma sala escura, com pontos do universo rodeando um trono. Um ser estava observando a luta do pequeno herói. Seu sorriso era indescritível, mostrando todos os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados. 

— Eu os chamei aqui porque vocês foram meus escolhidos. — a voz do ser era alto o suficiente; exibia poder e serenidade.

Em sua frente, cinco pessoas estavam sentadas em outros tronos. Cada um com uma cor e assento personalizado perante seu poder e domínio. Suas faces confusas aumentava ainda mais o sorriso do soberano. – Coisa que ele tinha vontade de não fazer. Destino poderia muito bem ter mudado sua perspectiva de sua escolha. Contudo, ele era um rei e deveria seguir com seus planos. Sua esposa já não estava mais presente para interferir. 

— Fomos escolhidos para quê, meu pai? — perguntou uma mulher cujos cabelos eram tão negros como a noite e pele tão branca como a lua nova. 

O sorriso do homem era macabro e psicopata. E, de certa forma a assustava. 

— Para dar início ao plano Ômega. — uma mistura de sentimentos invadiu a sala, entre elas a surpresa. Caos realmente era imprevisível. 

— Você tem certeza, Caos? — perguntou Pontos com temor. Seus olhos azuis pareciam brilhar em intensidade. 

— O universo saiu do controle. Estamos lotados de seres para administrar e proteger. Somos primordiais, mas também temos limites. Ainda acham desnecessário? — após sua fala, ninguém ousou falar. Era simplesmente a verdade. 

O silêncio reinava naquela sala, ninguém ousaria contestar ou afirmar nada diante de Caos, o Rei dos primordiais. Não depois do episódio de sua rainha. 

— Vocês irão escolher um co-primordial. — respondeu calmo. A surpresa na face dos outros era divertida para aquele Ser. — Eles se dominarão Guardiões. 

Alguns abriram um sorriso relaxante. Afinal, o plano Ômega era lendário entre esses seres e poder contribuir de forma tão ativa, era muito honroso. – Aqueles seis logo teriam aprendizes e estavam animados para ter alguém com quem dividir sua sabedoria e experiência. Mesmo que fosse com mortais. 

— Que assim seja! — falou todos em uníssono. 



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