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História Perdão filho. - Clima tenso no laboratório. A decisão de Kushina.


Escrita por: Milena_MR

Capítulo 2 - Clima tenso no laboratório. A decisão de Kushina.


Fanfic / Fanfiction Perdão filho. - Clima tenso no laboratório. A decisão de Kushina.

No dia seguinte Minato chegou cedo no trabalho, tudo que ele queria naquele momento era mergulhar no trabalho e esquecer tudo o que estava vivendo. Por mais que ele tentasse ele não conseguia fugir do medo de perder a mulher que amava. Deixando alguns papeis sobre a mesa ele olhou em direção ao nada. “Como devo falar com ela quando ela chegar? Será que ela vem hoje? Eu não quero perder a Kushina, mas não consigo aceitar o que ela fez. Se ela queria tanto ficar aqui, por que não me falou? Eu casava com ela sem agora mesmo sem a menor dúvida.” Ele pensou triste. 

Ele se levantou rapidamente, não aguentava mais ficar parado naquele lugar. Não conseguia se concentrar, não conseguia fazer nada. Ele foi em direção a um pequeno refeitório que era o próximo a sala dos pesquisadores do seu setor. Ele estava tão distraído que nem viu Hiashi entra na sala. 

-Minato. - O moreno falou preocupado com a feição no rosto do amigo. 

-Oi. - Ele respondeu desanimado. 

-O que aconteceu? Você está péssimo. 

-Kushina está grávida. 

-Olha só. - O homem sorri, mas vendo o rosto do amigo seu sorriso se fecha. - Isso não é bom? Será um amiguinho pros meus futuros filhos. 

-Cara, não planejamos isso. - O loiro fala respirando fundo. “Eu não consigo feliz ficar com isso.” 

-Mas um bebê é uma benção. - O moreno falou entendendo o amigo. “O Minato nunca gostou quando as coisas saiam do controle dele.” 

-O problema é ser agora. Vai atrasar todo o trabalho.  

-Cara, você não falou isso pra ela, nê? - “Coitada da Kushina, ela é uma pessoa tão legal.” 

-Falei e ela saiu de casa. - Minato falou fechando os olhos. - Eu liguei e ela desligou na minha cara. 

-Seu idiota. - Hiashi falou sério. 

-Eu não menti, ok? Não quero ser pai. - Minato falou se defendendo. 

-O que? Você vai ser pai? - Orochimaru falou ao ouvir a conversa dos companheiros. 

-Você disse pai? - Danzou que o acompanhava falou entrando na conversa também. 

-Sejam discretos, por favor. - Minato falou sério. “Esse assunto não deve sair daqui. Nem falei com a Kushina depois daquela briga.”   

-Tudo bem. Mas pelo que você disse na festa pensei que isso não ia acontecer tão cedo. - Orochimaru falou se divertindo internamente com o rosto triste do loiro. “Parece que você não é tão perfeito assim, não é? Sempre se gabando que tinha tudo planejado, ainda bem que a vida vai derrubar sua prepotência.” 

-Pois é. - Minato falou suspirando. 

-Esses estrangeiros. Te falei que essa era a estratégia deles. - Danzou falou com nojo. “Ela ia se aproveitar dele. Tava na cara.” 

-Ei. - Hiashi falou se lembrando da festa da premiação. “Eles não podem falar assim da Kushina. Como eles não tem vergonha? Ela é sempre tão educada com eles.” 

-O que Hiashi? Ela deve ter percebido que o Minato não ia casar agora e engravidou. - Danzou falou encarando o rapaz dos olhos extremamente claros. 

-A Kushina não faria isso. Minato fala alguma coisa. - Hiashi falou defendendo a amiga. 

-Tá vendo. Até o Minato acha isso. - Orochimaru falou lançando um olhar malicioso a Hiashi. 

Vendo o rumo daquela conversa e a apatia do loiro Hiashi sentiu a raiva surgindo dentro de si. Ele não conseguia acreditar que o amigo não defenderia a namorada grávida. “Eles estão juntos a anos. Desde antes de eu conhecer a minha esposa. Não é possível que o Minato pense assim.” pensou ele chateado saindo do local. 

Em pouco tempo Minato foi para sua sala também. Ele não sabia, mas Orochimaru e Danzou não esperam nem um minuto para difamar a ruiva em todos os departamentos da universidade. Ao fim da manhã, ambos se sentiam satisfeitos, mas por motivos diferentes. Danzou gostava de falar mal de estrangeiros e não era segredo a ninguém o desprezo que tinha por eles enquanto Orochimaru tinha inveja de Minato, para ele o loiro era como um inimigo naquele local.     

Nesse clima nada amistoso Kushina chega ao trabalho e percebe que todos a observavam, ela achou estranho, mas tentou não se importar com isso. 

-O que tá acontecendo Mikoto? -  A ruiva falou ao ver a morena. 

-Amiga, eu não sei nem como te dizer. - A amiga falou como se fosse chorar. 

-Você tá me assustando. 

Antes que Mikoto falasse algo um grupo de homens se aproximaram das amigas. 

-Hum Uzumaki, se aproveitou do Minato direitinho, em? - Falou um homem se divertindo. 

-O que? - A ruiva falou assustada. “É isso que estão falando de mim. O Minato me difamou no trabalho. Como ele teve coragem?” 

-Respeita minha amiga. - Mikoto falou indo para cima do grupo. 

-Ela não se dá o respeito. Engravidou para não ser expulsa do país. Esse filho é do Minato mesmo, Kushina? Ou você engravidou de outro e disse que é do Minato para pegar o dinheiro dele? - Outro homem do grupo fala lançando um olhar de nojo para a ruiva que não conseguia sair do lugar. 

-Seu.... - A morena falou com raiva.  

-Kushina Uzumaki. - Hiruzen falou em um tom severo e o grupo de dispersou. 

-Sim. - A ruiva falou com medo. “O chefe quer falar comigo? Nem temos reunião hoje. Meu Deus, o que está acontecendo aqui?” 

-Venha a minha sala. - O idoso falou. 

-Sim. 

 

Kushina seguiu para a sala do chefe enquanto sentia o olhar julgador dos companheiros de trabalho. A ruiva abaixou a cabeça quando ouviu coisas como: "Foi ela que tentou enganar o Minato?", "Ainda bem que eu não dei bola quando ela tentou ficar comigo". Ela estava se controlando para não chorar naquele momento, ela não ia dar o gostinho de verem o quanto aquilo a abalava.  

Ao entrar na sala ela encarou o chefe e esperou ele falar. 

-O que está acontecendo Kushina? Eu sou seu orientador e quando eu chego aqui vejo essa baderna no meu laboratório. - Hiruzen fala gentil. 

-Me desculpe senhor, é tudo um mal entendido. 

-Eu sei Kushina, eu conheço você, sei que não faria o que estão dizendo. Você pode me falar o que está acontecendo, eu acreditarei em você. 

-Eu. - Ela respira fundo tentando se acalmar - A menos de uma semana eu descobri que estou grávida do Minato. Nós não estávamos planejando, foi um acidente, eu pensei que o conhecia. Mas ontem quando eu falei para ele, ele não acreditou em mim.  

-Entendo. Eu vou mandar todos pararem com esses insultos. Você trabalha pra mim, além de ser uma pesquisadora muito competente. Não vou admitir que te tratem desse jeito. - O velho falou lançando um olhar acolhedor a mulher. “A Kushina é filha de uma grande amiga minha isso não devia está acontecendo. Ainda mais sob o meu comando. Vou falar com a Mito ainda hoje.” 

-Obrigada, é bom saber que tenho o seu apoio. - Ela sorriu triste.  

-A Mito já sabe? 

-Não, eu ainda vou falar com ela.  

-Ok. Me avise quando falar. Eu quero conversar com ela. 

-Tudo bem. 

-E quanto a sua permanência aqui, não se preocupe. Como a gente já estava falando antes, com o seu projeto podemos passar no mínimo mais uns cinco anos em um novo ramo desse trabalho. 

-Senhor quanto a isso.... - Kushina falou ponderando todos os acontecimentos recentes. 

-O que? 

-Eu decidi que assim que terminar essa pós eu vou voltar para o meu país. 

-Você não está falando sério? Você não está pensando direito. 

-Eu pensei sim. A universidade em que me graduei é muito boa e eu teria como terminar esse projeto lá. Eu continuo ligada ao seu trabalho, posso vim aqui com certa frequência. Mas não posso viver aqui. Não com essa criança. Em casa pelo menos tenho minha mãe me ajudando. Vai ser uma decepção para ela, mas ela vai me aceitar e me ajudar. Aqui eu ficaria sozinha, sem apoio nenhum e meu filho cresceria sendo rejeitado por todos, até pelo próprio pai. E não é isso que eu quero para ele. 

-Seu futuro aqui seria brilhante, minha querida. Reconsidere. Você pode contratar uma babá para cuidar do bebê enquanto está trabalhando. 

-Essa babá não seria tão carinhosa quanto minha mãe. Fora que eu não quero confiar em qualquer um. Hoje eu vou mandar um e-mail pra lá e no fim desse semestre eu pretendo voltar pra casa em Uzushiogakure.  

-Se é assim, a única coisa que posso fazer é desejar muita sorte e felicidade nessa nova jornada. Posso escrever recomendações caso você precise. 

-Obrigada senhor. Nesse país o senhor é o que eu tenho mais próximo de pai. - A ruiva falou amável. 

-Eu fico lisonjeado, minha querida. Não se preocupe com nada, eu vou organizar pessoalmente a papelada da sua transferência. E vou falar com o seu namorado também. 

-Obrigada mais uma vez. Mas não precisa falar com meu ex. Acho que entre nós já está tudo resolvido. 

-Claro que preciso falar com ele, não é essa postura que eu quero no meu laboratório. 

-Ele é um ótimo profissional e investe aqui. Não tem o porquê fazer nada. O Minato dedicou a vida dele a esse laboratório e o desentendimento que tivemos não foi aqui.  

-Eu só terei uma conversa, não irei afastá-lo. Mas ele criou desconforto nesse lugar e eu não devo me omitir. 

-Ok.  

-Pode ir, eu vou chamá-lo agora. 

-Certo. Hiruzen, não o afaste daqui. - Ela falou e o velho assentiu. - Até mais então. 

 

Ao sair da sala do chefe Kushina respirou fundo e foi em direção a sala de Mikoto. Chegando lá ela lançou um olhar de desespero a sua amiga e confidente. 

-E então? Como foi com o chefe? - A morena falou se levantando rapidamente. 

-Eu falei para ele toda a situação e pedi minha transferência, eu vou voltar para Uzushiogakure. - A ruiva informa sua decisão a amiga e vê lágrimas se formarem em seu rosto.  

-Isso não devia ser assim. O Sasuke e o seu filho seriam melhores amigos. 

-Eu sei. - Kushina fala abraçando a amiga. - Isso seria um sonho para mim. Mas... - Kushina falou se permitindo chorar. 

-Eu estava tão animada. Eu e você grávidas, sairíamos para comprar roupinhas de bebês, depois organizaríamos os enxovais. Mas com isso... O Minato é idiota. 

-Sim, ele é. Mas não precisa ficar triste não amiga. Posso não sair com você todos os dias. Mas virei a Konoha algumas vezes, nossos filhos serão amigos tenho certeza.  

Elas conversaram por alguns instantes até se recomporem e cada uma voltar aos seus respectivos trabalhos. Algumas horas depois, Kushina estava trabalhando em sua sala quando um loiro entra enfurecido na sala que pertencia aos dois. Ele havia acabado de sair da sala de Hiruzen e mal sabia como estava suportar o ódio que estava sentindo. “Como ela ousa reclamar de mim para o chefe? Isso era para ser algo pessoal. Agora eu levei a minha primeira reclamação em anos de trabalho aqui. O que ela quer? Acabar com a minha carreira por vingança.” Ele pensou ao lançar um olhar furiosa a ruiva. 

-O que você falou para o Hiruzen?  - Minato falou tentando se controlar. “Eu nunca esperei isso de você.” 

-O que foi? Ele brigou com você? - Ela falou sem tirar o olhar dos papéis que estava analisando. 

-Deixa de sarcasmo Kushina.  

-Eu falei a verdade e não me importa o que ele tenha dito a você. Eu tenho certeza que foi pouco perto da humilhação que você me fez passar. - Kushina falou altiva encarando o ex. 

-Como eu pude me enganar tanto? - Ele falou parando em frente à mesa dela. 

-Você acredita tanto naqueles otários que eu sinto pena de você Minato. 

-Eu sinto pena de você. Uma imigrante que não tem onde cair morta. 

-Eu não sou rica, você está certo, mas eu ganho o suficiente para sustentar uma família. Eu não fujo das minhas obrigações ao contrário de você que prefere acreditar em um bando de mimados a ver a verdade que está na sua frente. 

-Todos sabem que seu país tá falido, por isso vocês estão saindo dele. Você deve estar muito desesperada para ficar aqui, não é? Agora que esse seu trabalho estava no final você teria que voltar, por isso você fez o que fez. Ainda por cima tem a coragem de falar de mim pro Hiruzen por pura vingança por eu não cair no seu plano burro. 

-Você é louco. Eu poderia estender meu trabalho aqui pode perguntar, qualquer um sabe. Mas não se preocupe eu vou voltar para a minha casa. - Ela fala se levantando e encarando o loiro. 

-Ah. - Ele fala e fica sem saber o que falar “Ela vai embora com o meu filho?” - E o DNA? - Minato completou tentando esconder o medo de perder o amor da sua vida. 

-Nós ainda faremos, eu vou limpar meu nome. Vou esfregar na sua cara aquele maldito resultado quando meu bebê nascer. - A ruiva falou lançando um olhar de desprezo e indo em direção a porta. 

-Eu vou mandar os dados pra uns três laboratórios para não ter perigo de você alterar o resultado sua golpista. - O loiro falou vendo que a ruiva estava o deixando sozinho na sala. 

-Isso não alterará nada Minato. - Kushina fala antes de sair do local. 

 

E assim os dias foram se passando, Kushina estava organizando uma viagem a Uzushiogakure para poder regularizar sua transferência e Minato estava cada vez mais mergulhado no trabalho tentando não se importar com a ruiva que dividia a sala com ele.  

Na sexta-feira em que ele percebeu que ela não iria trabalhar, o loiro olhou para a cadeira vazia a sua frente e se lembrou triste de todas as vezes que a admirava secretamente enquanto ela trabalhava em seus artigos.  

-Minato, você precisa sair. Conhecer outras pessoas, se divertir. - Danzou falou adentrando a sala do loiro. “O Minato é o orgulho desse laboratório. Não pode ficar mal por causa de uma mulher como aquela.”  

-Não, agora estou focado no trabalho. Eu fui me apaixonar e olha no que deu. Como pude me enganar tanto? 

-Enquanto a Kushina está saindo você está aí enfurnado nessa sala, você acha isso justo? 

-Ela vai sair? 

-Sim. Ela nem veio hoje. - O homem fala apontando em direção a mesa da ruiva. 

-Entendo. - Ele fala triste. 

-Que cara é essa? Você e aquela lá não tem nada, você era bom demais pra ela.  

-Hum. 

-Vamos sair, cara. -  Danzou insistiu. “Eu vou apresentar a ele uma moça a altura dele.” 

-Tá certo. Eu vou. -  O loiro aceitou por fim. "Ela não vai me ver sofrer. Vou mostrar o quanto eu estou feliz, mesmo que isso seja mentira." 



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