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História Perdão filho. - De volta ao passado.


Escrita por: Milena_MR

Capítulo 35 - De volta ao passado.


Fanfic / Fanfiction Perdão filho. - De volta ao passado.

Quase dois meses depois do ocorrido, Naruto já estava se sentindo bem melhor, apesar da luva e da dor ele sentia que estava tendo alguma melhora. Nesse período, Mebuki pintou os cabelos de ruivo para mudar a aparência e tomou várias medidas para que ninguém identificasse nem a ela e nem ao enteado. A dona dos olhos verdes sabia que não estava sendo procurada já que ela e Naruto foram dados como mortos após as autoridades encontrarem o corpo de Danzou, mas mesmo assim ela não queria dar a chance para ninguém os reconhecerem. Assim, enquanto assistia o noticiário no quarto do hospital ela decidiu o que fazer.  “Eu vou para o interior da minha família. Lá é tão distante que não chega notícia de nada e nem de ninguém.” 

 Então, dessa forma, em pouco tempo, o mar estava distraído olhando a paisagem montanhosa após uma longa viagem de carro, quando a voz de Mebuki o chama para a realidade. 

-Estamos quase chegando na casa da minha mãe. - A mulher fala olhando o loiro.  

-Tudo bem. - O menino falou e esboçou um sorriso. 

-Ela não conhece você, então se comporta. - Mebuki falou e ele arregalou os olhos. 

-Ela não me conhece? - Naruto perguntou confuso. “Isso é estranho. Como a vovó não sabe quem eu sou?” 

-Não, eu saí de casa da minha mãe com menos de 12 anos para morar com a família do meu pai. - Mebuki fala não querendo explicar seu passado para o menino que ela odiava. “Eu queria apagar esse lugar fedido para sempre da minha vida.” 

-Por que a senhora nunca voltou? - Ele pergunta intrigado.  

-A família do meu pai era bem tradicional e cheia de posses no início. Quando eles me aceitaram, eles não queriam que eu tivesse contato com a família da minha mãe que era muito pobre. - A agora ruiva falou e viu o menino morder levemente o lábio inferior. 

-Hum. E a senhora aceitou isso? - “Não é certo separar pais e filhos.” 

-Sim. -Mebuki falou e Naruto a encarou. - O que foi? 

-Acho que a senhora errou. Isso é meio triste, não é? - Ele fala e logo se arrepende ao receber o olhar pulverizante da mulher que ele achava ser sua mãe. 

-Que desrespeito é esse? Menma. - Mebuki falou quase gritando e o menino se encolheu. 

-Desculpa. - Ele falou e ficou calado. 

-Vamos fazer essa viagem sem conversar. Eu já estou com dor de cabeça. 

-Hum. - Ele assentiu. 

 

E assim, calados, eles foram até o final da longa viagem. À medida que eles saiam da rodovia, Naruto observava mais a região. A estradinha em que eles estavam agora não tinha asfalto, não tinham postes, não tinha pessoas por perto. 

-Ela mora bem longe, em? - O menino fala impressionado. “Pelo jeito não teremos vizinhos.” 

-Sim. - Mebuki fala com desgosto. “Eu nunca mais queria ter que voltar para essa roça. O que eu fui fazer da minha vida?”    

 

Estacionado o carro na frente ao portão de um sítio, ao anoitecer, Mebuki olha para o loirinho e respira fundo.  

-Chegamos. - Ela fala e Naruto olha para o terreno que tinha uma casa ao longe no final da estradinha. - Eu entro primeiro depois eu venho te buscar. 

-Ok. - Ele fala olhando a mulher. “Ela parece nervosa. A mamãe não deve se dar muito bem com a vovó.” - Mamãe. - O menino fala ao ver ela sair do carro.  

-O que foi? - Mebuki perguntou sem paciência. 

-Tenta não demorar. Está meio frio. - Naruto fala e a mulher lança um olhar de desagrado. 

-Para de ser fresco, Na... Menma. - Mebuki corrigiu com raiva. - Nem está tão frio assim. Já é primavera.  

-Tudo bem.  

-O carro tem aquecedor. - A mulher falou ligando o aquecedor do veículo. - Agora para de reclamar. - Ela falou e ele assentiu olhando para a paisagem montanhosa do sítio. 

-... - “Aqui até que é bem bonito. Acho que eu vou gostar daqui.” Ele pensa animado ao ver as roseiras e outras plantas repletas de flores. 

 

Assim Mebuki juntou toda a coragem que tinha e enfrentou o passado que ela queria enterrar. “Odeio esse fim de mundo. Aqui não tem nada além de pobreza e bichos fedorentos.” 

Entrando na casa, a dona dos olhos verdes ficou impressionada como nada parecia ter mudado ali. “É como se o tempo tivesse parado. Eu não credito que eu voltei para cá. Isso só pode ser um castigo.”  

-Quem está aí? - Uma senhora por volta dos 70 anos perguntou e a mulher olhou para ela. 

-Mãe. - Mebuki falou imponente e a mulher a analisou.  

-Mebuki? O que você faz aqui? - A idosa pergunta confusa. 

-Voltei para casa. - Ela fala sem saber muito o que dizer. 

-Eu não reconheci você com esse cabelo ruivo.

-Eu resolvi mudar um pouco.- "Tem tanto tempo que a gente não se vê que até se eu fosse loira a senhora não me reconheceria."  A mulher pensa tentando controlar a raiva.

-Você não tinha falado que ia esquecer o lado pobre da família? O que aconteceu com o seu pai? - Chiyo fala se sentando em uma cadeira de balanço velha. 

-Ele faliu tem alguns anos. - Ela falou fazendo uma cara feia antes de se sentar no sofá antigo. “Tudo aqui é tão desconfortável.” A ruiva lamentou. 

-Mas a pose parece que continua, não é? - A mulher falou vendo a expressão de nojo no rosto da filha. 

-Ele morreu a muito tempo, mãe. - A agora ruiva fala e a mulher a olha surpresa. - Mas eu não vim aqui por causa dele. 

-Por que veio então? - Chiyo perguntou curiosa. “Pelo rosto dela, não foi por sentir saudades.” 

-Eu voltei por causa do meu filho. - Mebuki fala e a mulher a olha surpresa novamente. - Eu preciso de ajuda. 

-Filho? Você nunca quis ter filhos. - “Eu tenho netos.” A idosa pensou não demonstrando a animação. 

-Aconteceu. - Mebuki falou após suspirar. 

-O que aconteceu para você vim para cá? 

-Ele sofreu um acidente e eu não tenho mais nenhum centavo para nos manter na cidade. - A mulher mente. “Eu tenho dinheiro, mas eu tenho que esconder aquele pirralho.” 

-Hum. E o pai dele? 

-Ele era um imprestável. Morreu e me deixou na miséria. 

-Você não mudou nada, Mebuki. Onde seu filho está? - “A Mebuki sempre valorizou muito dinheiro e sobrenome. Isso é tudo culpa dos Haruno. O menino deve ser igual a ela.” Chiyo lamentou.  

-Lá fora. O nome dele é Menma. - Ela falou apontando para um carro que estava estacionado. 

-Mande ele entrar. - A idosa falou e a filha.  

 

Assim, em poucos instantes o mar olhava a idosa que vinha ao seu encontro.  

-Menma. Essa é a sua avó Chiyo. - Mebuki falou e o dono dos olhos cor do mar abriu um sorriso. 

-Oi vovó. Fico feliz em conhecer a senhora. - Naruto falou gentil ainda sorrindo.  

 

Ainda encarando o neto, a idosa baixinha analisou o menino. “Ele é loirinho como a minha filha, mas não se parece muito com ela. Deve ter puxado ao pai.” 

-Você é magrinho, não parece muito forte, mas vai conseguir me ajudar no sítio. - A mulher falou e o menino olhou para a mulher que ele pensava ser sua mãe. “Com certeza a Mebuki criou ele com os pensamentos da família prepotente do pai dela.” 

-Ele vai sim. - Mebuki falou mais animada. “Ela vai aceitar ele aqui. Graças a Deus, um problema a menos.” 

-Quantos anos ele tem? 

-14. - A agora ruiva fala e a mulher respira decepcionada. 

-Você demorou 14 anos para me mostrar o seu filho. 

-Pois é. 

-Se você não tivesse falido não nunca teria vindo aqui. Não é? - Chiyo fala olhando para a filha. 

-Você vai nos ajudar ou não? - Mebuki pergunta querendo esclarecer tudo. 

-É claro que eu vou. - A idosa falou e a ruiva respirou aliviada. - O que aconteceu com as mãos dele? Pra que essa luva, menino? - Ela pergunta agora direcionando a atenção ao loirinho. 

-São luvas de compressão. Eu machuquei minhas mãos em um acidente. - Naruto resume olhando gentilmente para a avó. 

-Hum. Foi uma queimadura bem feia. - “Esse acidente foi o que fez a Mebuki voltar. Ela deve se importar com ele para aceitar ficar aqui.” 

-Sim. - Naruto apenas concordou olhando nos olhos negros da avó. 

-Você parece nunca ter trabalhado na vida. - Chiyo fala olhando para o neto que mesmo com roupas mais simples parecia muito bem arrumado. “Parece um principezinho. Eu sabia que se a Mebuki tivesse um filho ela o arrumaria assim.” 

-Mas ele ainda pode ajudar no sítio. Ele adora animais. - Mebuki falou ficando apreensiva. “Espero que a mamãe não desista de nos aceitar aqui.” 

-Não sendo tão preguiçoso com a sua mãe, já ajuda. Porque eu não vou alimentar mais uma boca de graça, não. - A idosa falou olhando para o loiro que mal se movia. 

-Certo. - Naruto falou se sentindo desapontado. “Não era essa recepção que eu esperava. Quando a mamãe falou em avó, por algum motivo eu esperei algo mais caloroso... Era quase como se eu conseguisse me lembrar da sensação de estar com a vovó... Mas isso não é possível eu acabei de conhecê-la, meu cérebro deve confuso com tanta informação.” 

-Você tem que ser obediente. Eu não vou ter pena em te castigar, garoto. - A mulher falou para o menino que parecia confuso. “Ele devia estar esperando uma avó elegante como a mãe dele.” 

-Ok. - O loirinho falou olhando para Mebuki que lançava olhares para o menino olhar para a avó. “A vovó não gosta de mim.” 

-Que maravilhoso. Onde vamos ficar? - Mebuki fala chamando atenção da mãe. “O Naruto parece apavorado com a mamãe. Espero que ele não arranje confusão com ela.” 

-Vocês dois vão ficar no seu antigo quarto. Só tem dois quartos nessa casa e um é meu. - A mulher fala e a loira respira fundo. 

-Menma. Me ajuda a pegar nossas coisas. - A mulher fala enojada. “É claro que a desgraça não vem sozinha, tem que vim acompanhada de mais. Agora eu vou ter que dividir o quarto com o nojentinho. Se fosse pelo menos com a Sakura.” 

-Ok. - Naruto falou indo ao carro. 

 

Algumas horas depois, próximo a hora da janta, Mebuki explicou a mãe as coisas que o menino podia comer e a idosa olhou para o menino que olhava os livros em uma estante. “Pelo jeito meu neto não tem uma saúde muito boa. Por isso a Mebuki está sem dinheiro.” 

-Eu não tenho como comprar comida especial para ele. - A mulher mais velha fala ainda olhando para o menino. 

-Não precisa ser especial. É só prestar atenção nos temperos das comidas. Eu vou comprar temperos novos amanhã.  - Mebuki fala olhando o que tem em casa. 

-Você não disse que estava falida? - Chiyo pergunta desconfiada.  

-E eu estou. - A ruiva fala pensando em uma desculpa. - O Menma tem que fazer fisioterapia e tudo mais. Eu não tenho como pagar tudo isso e manter um estilo de vida na cidade em que morávamos. 

-Você está gastando tudo com ele? - A velha perguntou serrando os olhos.  

-Sim, mas amanhã eu vou para cidadezinha próxima e arranjo um emprego para não sermos um peso aqui. - Mebuki falou chateada. “Ela nunca me quer aqui. Eu vou alugar uma casa decente para mim e fico lá o dia inteiro. Eu quero no máximo passar a noite nesse chiqueiro.” 

-Eu não falei isso, Mebuki. - “Vocês não são um peso. Eu sempre quis conhecer a sua família.” A idosa pensou olhando com ternura para o menino que folheava um livro. 

 

Assim, adaptando o que tinha eles jantaram e em pouco tempo todos estavam prontos para dormir. 

-Amanhã, eu vou sair de dia e só volto a noite, Menma. - A ruiva falou ao ver o loirinho se deitar em uma cama improvisada. 

-Para onde a senhora vai? 

-Trabalhar. Alguém precisa pagar esse tratamento das suas mãos. Você sabe o preço dessas luvas? São bem caras. Sem contar a fisioterapia. - A mulher mentiu e o menino suspirou olhando para o teto. 

-Eu sei, mamãe. 

-Você vai ficar bem. - A mulher falou ao ver o menino morder levemente o lábio inferior. 

-Eu sei. - O menino falou gentil. - Não precisa se preocupar, mamãe. 

 



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