Seis Meses Depois
Jared
Meus olhos sempre eram atraídos para os de Jensen durante essa cena. Ele estava adorável e cheio de alegria, e eu precisava de todo o meu foco para não ir correndo até ele. Meus olhos e os de Jensen se encontraram e, mesmo que supostamente eu devesse adular a irmã da personagem dele, o meu personagem era a última coisa que eu tinha em mente. Nós seguimos para a formação de uma dança em que estávamos constantemente nos mexendo e girando. Todas as vezes em que eu e o Jensen passávamos um pelo outro, nossos olhos se encontravam, nossas mãos roçavam uma na outra e eu xingava o diretor que não me escolheu para ser o Darcy. Eu poderia ser ranzinza.
Imediatamente, após a subida dos atores ao palco depois do espetáculo para receber os aplausos, encontrei-o nos bastidores e puxei-o para os meus braços.
— Jay — ele suspirou no meu abraço. Suas palavras vibravam no meu peito, e eu o abracei ainda mais forte.
Sussurrei ao pé do ouvido dele:
— Você deve deixar que eu lhe diga como eu o admiro o a amo.
Ele riu.
— Você diz isso todas as noites depois do espetáculo.
Recuei e minha bochecha deslizou junto à dele. Seus cabelos faziam cócegas na minha testa.
— O que eu posso dizer? Sou persistente.
Ele cantarolou, com os lábios bem apertados, juntos um no outro.
— Persistente? Eu diria sem imaginação. Você poderia pelo menos ter uma fala originalmente sua.
Tracei com os dedos as costas de Jensen. Passando meus dedos por debaixo de sua camisa e tocando na curva de sua coluna, Deus como eu adorava isso.
— Você quer algo original, amor?
— Quero. Amanhã, espero pela melhor fala que o senhor tiver, Senhor Padalecki. Mas agora, eu preciso me vestir.
Jensen afastou-se de mim e caminhou para o camarim. Ele olhou para mim por cima do ombro, e eu senti aquele olhar passando por todo o meu corpo. Diversas coisas originais passaram pela minha cabeça, nenhuma das quais eu poderia dizer em voz alta. O largo sorriso de Jensen parecia dizer que ele sabia exatamente no que eu estava pensando.
— Anda logo — falei.
— A paciência é uma virtude, Senhor Padalecki.
Ele sabia que esse nome me deixava louco. Fazia com que eu me sentisse professor dele de novo, o que era irritante e sexy pra caramba ao mesmo tempo. Eu ia dizer isso, mas ele já havia se enfiado no camarim.
Demorei um instante para respirar e desanuviar a cabeça.
À noite, o meu plano teria início nesta noite. Provavelmente eu acabaria falando sem aviso prévio. E, com a tendência do Jensen de entrar em pânico, esse definitivamente não era o caminho a ser seguido.
Tirei meu figurino e pendurei-o para a equipe de manutenção o mais rápido que consegui. Amanhã seria nosso dia de folga, o que significava que era dia de lavar roupa. O que era uma coisa boa também porque meu figurino definitivamente já havia cheirado melhor. Alguns colegas de elenco nos convidaram para sairmos e tomarmos uns drinques, mas eu implorei para não ir. Eu queria Jensen totalmente para mim esta noite.
Eu estava vestido e esperando por ele em tempo recorde. Quando uma garota surgiu, ela riu e balançou a cabeça, inclinou-se para trás e disse:
— Jensen, o seu namorado está praticamente salivando aqui fora.
Namorado. Eu ainda não estava totalmente acostumado com isso. Até mesmo depois que Jensen se formou, era estranho quando as pessoas nos viam juntos. Era legal termos algo novo na Filadélfia. Não precisávamos nos esconder.
Todos que saíam dali abriam um sorriso de reconhecimento para mim, mas Jensen estava demorando, até mesmo mais do que o normal.
— Jensen! — eu gritei pela porta. — Você está tentando me torturar?
A porta oscilou e abriu-se mais uma vez, uma outra atriz com sorriso afetado, mas não Jensen. Soltei um suspiro. A garota disse:
— Tenho quase certeza de que sim.
Soltei um gemido, e pressionei o rosto na parede. A porta abriu-se e eu nem mesmo me dei ao trabalho de olhar.
— Vá em frente, garoto apaixonado. Eu sou a última.
Eu me virei e me deparei com Alice, a mulher mais velha que fazia o papel da Sra. Bennett na peça. Sorri e estiquei a mão para abrir a porta. Alice riu.
— Boa sorte!
Eu não pensei nada do “boa sorte” dela até que entrei no camarim. Minha nossa!!! Jensen não usava camisa, sentado em uma cadeira, me encarando através do espelho. Seus olhos estavam escuros enquanto ele olhava para mim. Ele esticou uma das mãos para cima e começou a passar por seus cabelos quase tão compridos quanto os meus, seus olhos verdes brilhavam na luz do espelho a sua frente, e as suas sardas pontilhavam delicadamente sua pele.
Ele estava estonteante.
— Eu achei que tivesse lhe dito para ser paciente.
Forcei meus pés a se mexerem, e fui caminhando atrás dele. Estiquei a mão e também passei por seus cabelos. Meu Deus, como eu amo o cabelo dele! Enrolei uma mecha no meu dedo e disse:
— Eu sou bom nisso de ser paciente. Eu só não sou bom nisso de ficar longe de você. Com certeza você sabe disso a essa altura.
Ele abriu um largo sorriso e reclinou a cabeça nas minhas mãos.
— Eu acho que isso ficou óbvio desde o começo.
Baixei as mãos dos cabelos dele para seu pescoço. Fiz pressão para baixo com os polegares, massageando com gentileza. Os olhos verdes de Jensen tremeluziram e se fecharam. Seus lábios se abriram. Ele não fazia ideia de quão sexy ele estava.
Eu me inclinei para baixo e pressionei os lábios na curva do ombro dele. De alguma forma, a despeito de estar no palco, sob o calor de luzes durante várias horas, ele ainda estava com um cheiro divino. Arrastei a boca para cima no pescoço dele, naquele lugar abaixo da orelha que o leva à loucura.
Ele soltou o ar, como se o meu beijo tivesse puxado todo o ar para fora de seus pulmões. Sua mão se curvou em volta da minha nuca, me puxando mais para perto dele. Eu sorri junto a sua pele.
Ele disse:
— Você me enfeitiçou.
Eu ri e tracejei com um dedo ao longo dos belos ossos de sua clavícula. Eu podia mapear a arquitetura de seu corpo durante dias e nunca ficar entediado. — Corpo e alma? — perguntei, citando a peça.
Abri a boca e senti o gosto da pele dele. Estava quase tão deliciosa quanto o gemido que ele soltou em seguida.
— Definitivamente — disse ele.
— Quem não está sendo original agora?
Alguém batendo à porta quebrou o encanto entre nós dois. Era o Benji, o Diretor de cena, enfiou a cabeça dentro da sala. Eu me virei de modo a bloquear Jensen e sua quase desnudes.
— Vocês estão prontos? Eu vou trancar aqui.
— Desculpe-me, Ben. Sairemos em um segundo. — A expressão dele era cética. — Eu prometo. Dois minutos.
Assim que ele fechou a porta, Jensen levantou-se. Tive que fechar os olhos para me impedir de tocá-lo. Aquele corpo... meu Deus! Mantive os olhos fechados porque esse era o único jeito de conseguirmos cair fora dali em dois minutos. Mesmo assim, ouvi-lo trocando de roupa era uma tortura. Todos os farfalhares de tecidos e zíperes traziam uma imagem bem vívida à minha mente. Embora eu não pudesse vê-lo, podia sentir a sua presença, especialmente quando ele ficou na minha frente.
Sua mão se curvou em volta do meu pescoço, inclinando a minha cabeça para baixo. Mantive os olhos fechados, mas o calor de seu hálito acariciava meu rosto.
— Vamos para casa, Senhor Padalecki.
Esse nome! Abri os olhos, e ele estava com um sorriso presunçoso no rosto. Quando dois querem, dois brincam.
— Ah, Senhor Ackles, eu acho que você merece ir para a detenção. — Ele estreitou os olhos. — Ou talvez uma leve punição.
Senti tanto prazer ao ver o vermelho subir às bochechas dele...
— Você não faria isso!
Em vez de responder, eu me curvei e o puxei para cima do meu ombro. Ele soltou um grito e se agarrou nas minhas costas.
— Jared!
— Calado, Senhor Ackles. Eu vou levá-lo para casa.
Benji estava esperando, impaciente, perto da porta dos bastidores. O seu cenho ficou ainda mais franzido quando ele nos viu. Ele disse:
— Em primeiro lugar, foram três minutos. Eu contei. Em segundo lugar, vocês são repulsivos. Parece que estou vendo um daqueles filmes românticos, melosos e cafonas que passam na TV.
Eu apenas ri e disse “boa noite” a ele. Jensen só fez biquinho logo de cara, porém, quando eu o mantive em cima dos meus ombros até mesmo enquanto estávamos saindo do edifício, ele começou a lutar para descer.
— Ok, Jared, você já provou o seu ponto.
— Eu não sei do que você está falando. Não tenho ponto nenhum a ser provado. Eu só estou carregando você.
— Bem, você se divertiu. Agora me põe no chão.
Parei por um instante e fingi que estava pensando. Aproveitei a oportunidade para deslizar a minha mão pela parte de trás da sua coxa.
Respondi:
— Na minha opinião, há muita diversão ainda pela frente.
Comecei a andar novamente, e ou Jensen estava paralisado, ou estava realmente interessado em onde a minha mão iria em seguida, porque ele não se mexeu de novo.
Até que eu comecei a descer as escadas em direção ao metrô, e então ele começou com os chutes, e deu um rápido beliscão de aviso na lateral do meu corpo.
— Jared, eu me recuso a deixar que você me carregue para dentro do metrô. Me põe no chão, agora!
Eu podia visualizar o rosto dele vermelho de raiva, e de repente, eu queria vê-lo. As bochechas ruborizadas. Olhos estreitados. Lábios franzidos. Quando cheguei à parte de baixo das escadas, eu o puxei, permitindo que seu corpo deslizasse para baixo junto ao meu. Mantive as mãos em sua cintura para desacelerar a sua descida. Os movimentos do seu corpo junto ao meu eram divinos. Ele sugou o ar e, quando os nossos rostos estavam no mesmo nível, os olhos dele não estavam estreitados, mas sim, fechados. Seus lábios não estavam franzidos, mas seu lábio inferior estava preso entre os dentes, de um jeito que me deixava com a boca seca. As suas bochechas ainda estavam ruborizadas, mas eu tinha a sensação de que não se tratava mais de raiva.
— Você fez isso de propósito — disse ele.
Eu ri, e o som saiu rascado. Ele não era o único afetado pela nossa proximidade.
— Definitivamente eu fiz isso de propósito. Para falar a verdade, eu acho que nós deveríamos transformar isso em um ritual pós-espetáculo.
Ele balançou a cabeça em negativa, e sorriu, mas não disse “não”. Até mesmo sob as luzes difusas da estação de metrô, ele estava radiante. Eu ainda não conseguia acreditar que eu podia tocá-lo. Que ninguém haveria de nos separar. Que não havia nada para nos meter em encrenca. Eu estava tentado a anunciar o meu amor por ele para todos os outros passageiros, mas não queria quebrar esse momento. Eu gostava do modo silencioso como ele estava olhando para mim, com os olhos cheios de mais além do que apenas desejo. Ele me fazia feliz, e eu tinha esperanças de que estivesse vendo a mesma coisa nele nesse exato momento. De repente, fiquei excitado com a ideia de voltar para casa e colocar meu plano em ação.
Enterrei os dedos em seus cabelos e puxei-a para mim, para um beijo. Suas mãos apertaram-se em meus ombros, suas unhas pressionavam minha pele. Eu me demorei saboreando sua boca, perdendo-me enquanto esperávamos pelo trem.
* * *
Assim que chegamos em casa, eu disse à Jensen que ia tomar um banho.
Os domingos eram dias de duas apresentações no teatro, então certamente eu precisava de um banho. Deixei que ele entrasse no banheiro para escovar os dentes. Esperei que ele abrisse a torneira, e então, entrei em ação. Achei o brinquedo de penas da Hamlet (o único motivo pelo qual ela chegaria perto da Jensen de livre e espontânea vontade) e escondi-o debaixo da cama. Em seguida, fui até o closet e achei o bolso do casaco do terno onde eu havia escondido o anel. Abri a caixa para olhar para ele mais uma vez.
Não era lá grande coisa. Afinal, eu era apenas um ator. Mas, de qualquer forma, Jensen não costumava usar muitas joias. O anel era simples e brilhante, e eu esperava que ele fosse amá-lo tanto quanto eu o amava. Uma sensação de algo estourando encheu o meu estômago como aqueles doces bobos que o Jensen amava.
E se eu estivesse forçando as coisas rápido demais para ele?
Não. Não, eu tinha pensado bem nisso. Assim era a melhor maneira. Abri a gaveta de cima do criado-mudo e deslizei a caixa do anel para dentro dela, nos fundos. A água no banheiro foi fechada e eu voltei ao closet, tirando a camiseta. Joguei-a na cesta de roupa suja ao mesmo tempo em que Jensen entrou no quarto.
Ele veio por trás de mim e colocou uma das mãos nas minhas costas nuas. Ele pressionou um beijinho no meu ombro e pediu:
— Pega a Hamlet para mim antes de você tomar banho, por favor?
Sorri e assenti.
Jensen estava tão determinado a fazer com que Hamlet gostasse dele que ele brincava com a gata durante pelo menos meia hora antes de ir dormir todas as noites. Hamlet ficaria por perto pelo tempo que Jensen mexesse no ar aquele brinquedo com penas, mas, no minuto em que tentasse tocá-la, ela caía fora.
Encontrei Hamlet na cozinha, escondendo-se debaixo da mesa. Estiquei a mão para baixo, para pegá-la, e ela enfiou a cabeça nos meus dedos, ronronando. Peguei-a ao mesmo tempo em que Jensen me perguntou:
— Querido, você viu o brinquedo da gata?
Entrei no quarto e coloquei Hamlet em cima da cama. Ela acocorou-se e ficou olhando com desconfiança para Jensen.
— Onde foi que você o viu da última vez? — perguntei a ele.
— Achei que o tivesse deixado na penteadeira, mas não estou conseguindo encontrá-lo.
Fiz carinho em Hamlet uma vez para mantê-la calma, e então dei um beijo rápido na bochecha de Jensen.
— Eu não sei, amor, você tem certeza de que não o deixou em algum outro lugar?
Ele suspirou e começou a olhar em outros lugares em volta do quarto. Eu me virei e escondi o sorriso ao sair. Eu me enfiei no banheiro e abri o chuveiro. Esperei alguns segundos, voltei para o corredor e gritei:
— Jen?
— Sim?
— Dá uma olhada nas gavetas do criado-mudo! Ela estava brincando com ele no meio da noite e eu acho que me lembro de ter pego o brinquedo e colocado lá.
— Ok!
Através da porta aberta, fiquei olhando enquanto ele dava a volta na beirada da cama. Andei no lugar onde estava por alguns segundos, fazendo mais barulho com os pés do que o necessário, e depois abri e fechei a porta, como se tivesse voltado para dentro do banheiro. Então eu me escondi no vão entre a parte de trás da porta do quarto e a parede, de onde eu simplesmente podia ver a fresta entre as dobradiças da porta. Ele puxou e abriu a gaveta de cima do criado-mudo, e as batidas do meu coração eram como as de um grande tambor. Eu nem mesmo sei quando foi que meu coração começou a bater com tamanha intensidade, mas agora isso era tudo que eu conseguia ouvir.
Não era como se eu estivesse pedindo para ele se casar comigo agora. Eu simplesmente conhecia Jensen, e sabia que meu garoto tinha uma tendência a entrar em pânico. Eu estava dando a ele uma grande e muito óbvia dica, para que ele tivesse tempo de se ajustar antes de eu realmente pedi-lo em casamento. Então, dentro de alguns poucos meses, quando eu achasse que ele havia se acostumado com a ideia, eu o pediria em casamento de verdade.
De qualquer forma, esse era o plano. Supostamente isso deveria ser simples, mas parecia... complicado. De súbito, pensei em todas as mil maneiras como poderia dar errado. E se ele surtasse? E se ele saísse correndo como ele fez na nossa primeira noite juntos? Se ele saísse correndo, será que ele voltaria ao Texas? Ou será que ele iria até Misha, que morava no norte da Filadélfia? Ele o deixaria ficar por lá, até que ele resolvesse as coisas... e se algo acontecesse entre eles?
E se ele me dissesse um belo de um “não”? Tudo estava bom agorinha mesmo. Perfeito, para falar a verdade. E se com isso eu estivesse arruinando tudo?
Eu estava tão preso em minhas previsões de catástrofes que nem mesmo vi o momento em que ele encontrou a caixa. Ouvi quando ele a abriu, e ouvi quando ele exalou o ar e disse:
— Ah, meu Deus!
Onde antes a minha boca estava seca, agora eu não conseguia engolir a saliva com rapidez o suficiente. Minhas mãos tremiam junto à porta. Ele estava simplesmente lá parado, de costas para mim. Eu não podia ver seu rosto. Tudo o que eu conseguia ver era a sua coluna tensa e ereta. Ele oscilou um pouco.
E se ele desmaiasse? E se eu o assustasse tanto a ponto de ele perder a consciência? Comecei a pensar em maneiras de explicar isso.
Eu estava guardando o anel para um amigo? Era um objeto cênico?
Era... Era.. merda, eu não sei. Eu podia apenas pedir desculpas. Dizer a ele que sabia que era rápido demais. Esperei que ele fizesse alguma coisa, que ele fosse... gritar, sair correndo, chorar, desmaiar. Qualquer coisa seria melhor do que sua imobilidade. Eu deveria simplesmente ter sido honesto com ele. Eu não era bom nesse tipo de coisa. Eu dizia o que pensava, sem planos, sem manipulação.
Por fim, quando achei que meu corpo fosse cair aos pedaços só por causa do estresse, ele se virou. Ele ficou de frente para a cama, e eu via apenas o seu perfil, mas ele estava mordendo o lábio. O que isso queria dizer? Será que ele só estava pensando? Pensando em uma maneira de sair dessa?
Então, devagar, como o nascer do sol espreitando no horizonte, ele sorriu. Ele fechou a caixa. Ele não gritou. Não saiu correndo. Não desmaiou. Ele pode ter chorado um pouco.
Porém, na maior parte... ele dançou.
Ele se movia para a frente e para trás e sorria da mesma forma como havia sorrido quando a lista do elenco de Eros foi divulgada. Ele se perdeu da mesma maneira como havia feito depois da noite de abertura, logo antes de fazermos amor pela primeira vez.
Talvez eu não tivesse que esperar alguns meses no fim das contas.
Ele disse que queria a minha melhor fala amanhã, depois do espetáculo, e agora eu sabia qual seria essa fala.
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