CAPÍTULO DEZENOVE
Pov Alex
O tempo passou, e minhas esperanças se foram de acordo com o tempo que se passava. Piper havia deixado claro duas coisas; primeiro: que seria difícil de me aceitar, devido tudo que ela passou, e segundo: que se a resposta fosse “não”, nem entraria em contato, e já fazem exatamente um mês que ela me deixou, então presumo que a resposta seja não. Desde do acontecido, minha vida não tem sido a mesma. Eu não dormia direito, não comia, só focava ainda mais em meu trabalho, não que eu não o fizesse antes, mas havia se intensificado mais as horas em meu escritório ou em minha empresa. Sexo? Nada de sexo. Todo esse tempo sem sexo, o que para mim é muito, já que sou uma pessoa bastante ativa. E isso estava me deixando estressada.
Cheguei em casa, estava muito frio, mas não era um clima estranho em Nova York, aliás, era algo bastante comum. Assim que as portas do elevador se abriram, senti o delicioso cheiro de comida vindo da cozinha. Minha governanta tinha o cardápio de cada dia, de modo que ela sempre sabia o que eu queria em cada dia, gostava de seus serviços, ela era organizada e trabalhava bem, sua comida é uma delicia. Me servi de um Uísque com gelo e sentei-me na poltrona que ficava de frente a lareira. Eu estava um mês sem sexo, sem tocar ninguém, eu queria Piper, e só ela, mesmo fugindo, não houve como, mas ela não me queria, e eu iria fazer o que? Sofrendo por ela – como eu-? Não, não. Eu tinha que seguir minha vida, isso seria o melhor para mim, para o meu próprio bem.
Suspirando peguei meu celular discando o número de Alice, ela não demorou muito para me atender.
— Há que devo a honra de sua ligação?
— Está afim de sexo a três?
— Nossa, você não queria a dóis, mas quer a três? Radical, não? — Zombou.
Rolei os olhos. — Sem brincadeiras, Alice! O que acontece é que eu tenho que seguir minha vida.
— Ainda nada?
— Não. — Respondi somente. — E então, vai querer ou não?
— Tudo bem. Quem vai ser a terceira pessoa?
— Escolhe você. Te espero as nove, ok?
— Tudo bem. As nove, então.
A ligação foi finalizada e finalizei meu Uísque.
Eu estava certa, não? Seguir minha vida? Não tinha porque eu esperar por Piper. Ela não me queria, não me aceitaria e eu não poderia fazer nada em relação a isso.
//
Alice estava se aprontando para ir embora, ela vestia sua roupa. Estávamos em um dos vários quartos de hospedes que havia em minha casa. A moça que ela havia convidado já tinha ido há uns dez minutos, mas nós ainda ficamos conversando por um tempo.
— Não vai correr atrás dela?
A fitei com o cenho franzido. — Piper?
— Claro! — Sorriu colocando sua blusa. — Alex, você já não é a mesma, será que não percebeu?
Suspirei, estava deitada com o travesseiro nas costas, relaxando depois de boas horas de sexo.
— Vai deixar mesmo sua felicidade ir embora assim? — Arqueou as sobrancelhas.
— O que quer que eu faça? Ela pediu tempo, e eu dei. Se ela sumiu, é porque não me quer. Não posso fazer nada, Alice. — Dei de ombros.
— Corra atrás, mesmo que ela tenha pedido tempo, demonstre interesse.
— Eu me declarei. Quer mais interesse que esse? — Sorri de modo irônico.
— Tente uma ultima vez, bobinha. — Pegou sua bolsa e calçou seus sapatos. — Tchauzinho e espero não ter que vir mais aqui.
— Isso tudo é sexo ruim? —Sorri de canto de brincando.
— Não, boba, é porque espero sinceramente que fique com ela. — Sorriu docemente e se foi.
Soltei o ar pela minha boca.
Queria mesmo ter toda essa esperança que Alice tinha, mas minhas doces esperanças já tinham se esgotado por completo.
Pov Piper
Emprego... Era algo que não estava fácil para mim, pelo menos não algo que ganhe bem e que dê para continuar ajudando a ONG como se deve e ainda pagar minhas contas pessoas e necessidades. Não, não estava nada fácil, pelo menos Nicky ainda tinha um emprego bom e estava me ajudando em tudo que podia e ela já tinha recebido o seu primeiro salário.
Eu tinha uma decisão a ser tomada, e disso eu já sabia há tempo, mas mesmo com o tempo passando, eu ainda não conseguia me decidir. Porque era tão difícil? Eu simplesmente não sabia o que fazer, e isso me deixava frustrada. Alex fazia falta? Demais, mas eu tinha tanto medo, que não sabia como agir diante disso tudo, sentia que a bagagem que Alex tinha era demais para mim. Demais.
Estava no escritório da ONG cuidando dos papeis e pendências administrativas do local. Tinha que cuidar bem do dinheiro que havia sobrado do primeiro “salário” do acordo com Alex. Só não devolvi o dinheiro como havia feito com os pertences, porque aquilo era extremamente necessário para a ONG, e no final também, acabei ficando com o notebook e celular, pois Alex havia me devolvido – contra minha vontade-.
Suspirei forte. Em todas os sites Alex estava por ter abrangido mais seus negócios, estava estampada uma foto sua em sua empresa, falando super bem, e contabilizando sua riqueza, simplesmente uma das mulheres mais ricas do país. Ela estava tão linda, mas isso não era novidade. Ela é linda, e estar deslumbrante não era nenhum esforço.
— O que olha aí com essa carinha? — Red entrou em minha sala.
— Isso. — Indiquei com a cabeça a pagina do site, ela colocou seus óculos para dar uma olhada.
— Hm... Entendo. Porque não dá uma chance a ela? — Sentou-se a cadeira livre em frente à mesa.
Escorei minha cabeça em minhas mãos. — Eu quero muito dar essa chance a ela, mas tenho medo de que ela me magoe mais uma vez, que seja uma decepção.
— Entendo, mas pelo o que estou sabendo dessa história só dela se declarar já é um grande avanço, ou não?
— Realmente é.
— Então?
Suspirei fundo. — Tenho que pensar.
— Pense, então, meu anjinho. — Sorriu de modo caloroso se colocando de pé. — Está na minha hora, tá?
— Vai lá, Red. Boa noite!
Ela mal saiu e Nicky apareceu, estava suada, sinal que tinha acabado de finalizar duas aulas na ONG.
— E aí, P?
— Oi. — Sorri.
— Só avisando que já vou indo, vou tomar um banho e buscar Lorna.
— Tudo bem. Não demoro muito aqui também.
— Certo. Filminho mais tarde? — Sorriu animada.
— Claro!
Ela então se foi. Fiquei mais um tempinho ali, encarando a foto de Alex no site, então desliguei tudo, fechei a sala, o galpão e fui para minha casa.
Preparei um jantar simples, porém delicioso, organizei a mesa e fui tomar um banho, esperei as meninas na sala, enquanto assistia TV. Elas não demoraram muito foram tomar seu banho, e logo estava de volta para jantarem comigo, e depois fazermos a nossa seção pipoca.
Nicky e Lorna formavam um lindo casal, elas se comunicavam somente com o olhar, a cumplicidade era enorme, estavam felizes, e era perceptível no brilho do olhar de cada uma ao se fitarem. Elas estavam indo com calma, e estavam felizes assim, e eu estava feliz por elas.
Lorna se despediu com o fim do filme, e Nicky disse que ia logo em seguida. Ela desejou-me uma boa noite e se foi.
— Então? — Sorri cumplice.
Nicky sorriu boba. — O que eu posso dizer? Eu estou feliz. Lorna e eu estamos indo com calma. E me sinto que é o que nós duas precisamos. Ir com calma.
— Fico feliz por você, Nicky. Você merece, além do mais, sei o quanto sofreu quando Lorna não queria nada com você. Apaixonou mesmo, não é?
Ela deu de ombros. — Ela é diferente de qualquer outra que eu tenha me relacionado. Eu a amo.
— É tão bom ouvir você falando isso, sabia? Lorna é a pessoa certa, Nicky. Tenho certeza absoluta. Vocês são ser feliz, tudo que ela precisa é conseguir o divorcio.
— Porra, nem me lembre! — Bufou maneando sua cabeça em negativa. — Esse cara tá mesmo dando um trabalhão, mas Lorna entrou na justiça, vai força-lo a dar o divorcio. Agora é só esperar o processo, mas ele é um saco, é isso que ele é. — Rolou os olhos.
Ri. — Vai dar tudo certo. Logo ela vai estar livre e desimpedida para que vocês possam namorar.
— Assim espero!
— Agora vai logo se deitar. Lorna deve estar sentindo sua falta lá na cama. — Brinquei dando-lhe uma piscadela.
— Engraçadinha você, hein? — Riu. — Estamos somente dormindo por enquanto. — Se colocou de pé.
Arregalei os olhos. — Que horror! Você que é maliciosa! — Maneei minha cabeça em negativa, enquanto meu rosto queimava. Eu estava corando.
— Até parece que você não me conhece! — Riu. — Boa noite, P!
— Boa noite, sua maluca!
//
Tomava meu café amargo e puro, enquanto Nicky e Lorna comiam ovos mexidos, bacon e suco. De manhã eu não tinha muito apetite, ficava somente com meu café puro mesmo. Estávamos conversando assuntos banais de modo descontraído, quando bateram em nossa porta.
Franzi o cenho encarando as duas que estavam diante de mim, sentadas em minha frente. — Ué, quem pode ser a essas horas?
Nicole deu de ombros,
Lorna suspirou. — Nossa, dá até medo. — Se colocou de pé. — Será que é o Vicent?
— Deixa comigo. — Nivky se colocou de pé com o semblante fechado.
— Isso tudo é ciúmes? — Sorriu surpresa.
— Só cuidado. — Explicou-se fazendo com que nós duas rir dela. Então foi em direção à porta, ela abriu, houve um silencio, então ela voltou com um buquê em mãos. — Isso é para você, Piper. Pelo menos foi o que o rapaz me disse. — Sorriu de modo sugestivo.
Flores?
— Pra mim?
— Sim senhora!
— Ai meu Deus! — Lorna colocou a mão na boca cheia de entusiasmo. O buquê era enorme. Nicole entregou-me o próprio e logo vi que tinha um bilhete.
— Acho que nem precisa ver para saber de quem é, não é? — Deu aquele mesmo sorriso, enquanto se sentava no mesmo lugar em que estava antes.
— Alex? — Indaguei. — Não, não mesmo. — Sacudi a cabeça.
— Por que não? — Encheu a boca com o ovo mexido.
— Porque não é do fetio dela.
— Ela se declarou, Piper, acho que ela está mudando, não? — Questionou-me Lorna.
Suspirei. — Não sei. — Peguei o bilhete e o abri.
Não era letras digitadas, eram escritas a mão, e era uma letra linda e caprichada.
“Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível. E digo isso por experiência própria. Sei que errei com você, e sinceramente nem sei mais de que maneira dizer o quanto estou arrependida. Me abri, Piper, fui sincera, mas entendo que talvez isso não seja suficiente para que você possa voltar a confiar em mim sem medo de começarmos algo de verdade. Só quero que saiba que estou sentindo a maior das dores de minha vida: o arrependimento.
O que acontece comigo é que eu quero demonstrar tantas coisas, mas tantas coisas, que a pressão faz eu me calar, e o arrependimento só faz aperta. Eu só quero te amar, mas você não está aqui, para que eu possa o fazer.
Me perdoe e me ame mais uma vez, Piper.
A.V”
— Nossa! — Engoli em seco dobrando novamente o bilhete. — O que a Alex pretendeu, meu Deus? — Fechei meus olhos com força.
— Ôou... É mesmo dela? — Escutei Nicky indagar.
Assenti. — Sim. — Minhas mãos estavam tremulas. As rosas vermelhas eram lindas, o embrulho chamativo e bem feito.
— Parece que ela te surpreendeu. — Soltou um risinho.
Lorna assentiu. — O que vai fazer agora? — Encarou-me.
Respirei fundo pegando meu celular. — Tenho minha decisão.
— Tem sua decisão? — Nicky ergueu as sobrancelhas atenta.
— Sim, tenho. Essas flores, Nicky foi o gatilho que eu precisava. Para que ficar sofrendo, fazer ela sofrer, se tudo que eu mais quero é estar com ela, não é mesmo? — Sorri decidida. — Vou marcar com ela.
— Jesus existe! — Ela ergueu as mãos aos céus, fazendo eu e Lorna cairmos na risada.
— Idiota!
— É sério! Pensei que isso nunca fosse acontecer, estava desistindo já, poxa.
— Eu também estava, Piper. — Lorna riu.
Soltei um risinho digitando a mensagem para Alex, e então mandei.
“Recebi suas flores.
Podemos nos ver hoje?”
Sua resposta veio extremamente rápida.
“Fico feliz que tenha chegado até você.
Sim, podemos nos ver. É só dizer a hora e o lugar, que estarei em sua casa para lhe buscar.”
“Pode ser na sua casa. E não precisa me buscar, vou com minha própria condução.”
“Certo, se prefere assim, tudo bem.
Confesso que estou muito ansiosa para hoje a noite agora.”
Sorri com sua mensagem.
Alex estava sendo franca, expondo seus sentimentos. Eu tinha que dar créditos a ela, sabia que não era fácil isso que ela estava fazendo, ainda mais uma pessoa como ela: fechada, machucada e traumatizada.
— E aí? — Lorna indagou-me com um sorriso ansioso nos lábios, Nicky fitava-me atentamente.
— Marquei com Alex hoje a noite.
— Porra! — Nicole comemorou.
Sorri.
Estava feliz por ter tomado minha decisão, só esperava não me arrepender.
Piper Off
Nicky parou seu carro em frente às empresas Vause, estava de banho tomado, queria andar pela cidade com Lorna, distrair-se, fazer coisas com a mulher que amava. Tinha comprado um presente para ela, que estava sem seu colo, somente a espera de que ela entrasse no carro, o que não demorou muito. Logo Lorna surgiu pela porta giratória e viu o carro ali estacionado, acabou se aproximando e abrindo a porta para entrar.
— Oi. — Nicky a saudou com um sorriso apaixonado e se inclinou para beijá-la.
— Oi. Tá cheirosa!
— Faço o que posso! — Riu se afastando. — Comprei uma lembrancinha para você. — Ergueu o embrulho, nele continha um potinho de vidro com um coraçãozinho dentro e um pequeno urso e rosas vermelhas.
Os olhos de Lorna brilharam no mesmo instante. — Que amor, Nicky!
— Bom... é simples, mas quando vi achei sua cara, tão meigo e fofo, então comprei. Gostou?
— Amei! — Sorriu de modo irradiante.
— O que acha de sairmos hoje? — Sugeriu animada.
— Hm... E para onde iremos?
— Surpresinha! — Respondeu. — Quase não temos programas juntas, então pensei que seria bom sairmos um pouco, namorar... Essas coisas. — Sorriu de modo galante.
Lorna sorriu assentindo. — Então vamos. — A puxou colando seus lábios nos dela.
— Vamos lá!
Nicky deu a partida em seu carro, e foram diretamente para a enorme loja chamada: M&M World, uma loja de doces especializada no doce M&& de chocolate, tinha tudo lá, e claro que as duas saíram com sacos e mais sacos do doce.
— Nossa, acho que nunca vi tanto chocolate em minha vida. —Reclamou Lorna afivelando o cinto.
Nicky riu dando a partida no carro. — Confesso que comi demais também. Estou com medo até de enjoar de chocolate.
Lorna riu. — Você também, quando o assunto é comida, exagera.
— Nem exagero nada! — Defendeu-se. — Vamos jogar boliche?
— Perfeito! — Aplicou um beijo em seu rosto.
O local aonde iriam não era muito longe de onde estavam, então em questão de poucos minutos chegaram ao destino. Pagou suas fichas e se encaminharam para a pista de boliche.
A competição estava divertida, cada uma curtia mais a companhia da outra. Bebiam refrigerante e comiam besteira, enquanto jogavam.
— Você é boa nisso, me enganou, sabia? — Nicky encarou Lorna que ria sem parar.
— Juro que não sabia jogar.
— Sei. — Aplicou um beijo rápido em seus lábios e voltaram a jogar.
— Nicky? — Uma voz feminina soou logo atrás das duas. Lorna virou-se e encarou a mulher de cima em baixo.
Quem era aquela?, era o que ela pensava nesse momento.
Nicky fitou a mulher surpresa. Era sua ex-noiva: Chloe.
— Ah... Oi... — Murmurou estática.
Há tempos que não a via, desde o acontecido, quando pegou ela na cama com outra pessoa. Na época Nichols sofreu demais, como nunca havia antes, porém tudo um dia passa, e passou.
— Nossa, quanto tempo! — Abraçou-a com um enorme sorriso no rosto. — Tudo bem que Nova York é grande, mas faz bastante tempo mesmo que não nos víamos.
Nicky sorriu sem jeito. — Verdade. — Pigarreou sem jeito e fitou Lorna que estava ao seu lado e sua expressão não era nada boa. — Ah, queria apresentar vocês... Ah... — Estava bastante sem jeito com a situação. — Lorna, essa é Chloe e Chloe essa é Lorna.
Chloe era uma mulher bonita, não muito alta, cabelos loiros, rosto chamativo, lábios carnudos e olhos azuis.
A mulher ergueu a mão em direção a Morello. — Sou ex-noiva de Nicole. Prazer.
A morena engoliu em seco.
Ex-noiva? Céus. Era algo que lhe incomodava profundamente, afinal, ela não era nada de Nicky.
— Prazer. — Sorriu amarelo apertando sua mão.
Nicky coçou a nuca. Não estava gostando nada nada de toda aquela situação.
— Mas e você, Nicky? Como está tudo? — Tocou seu braço com um enorme sorriso no rosto.
— Estou bem, na verdade. — Sorriu brevemente. — A mesma coisa de sempre... Correria do trabalho, da vida... E você?
— Trabalhando muito também, mas me fala... Solteira ainda? — Sorriu de modo sugestivo.
Os olhos de Nichols se arregalaram brevemente. Lorna tremeu de ódio ao seu lado e trincou os dentes, estava prestes a pular no pescoço da tal Chloe.
— Na verdade... não.
— Ah, eu tinha mesmo que imaginar que a resposta seria não. Você é um partido e tanto, não iria ficar muito tempo sozinha... Eu é quem fui idiota e te perdi. — Suspirou maneado a cabeça em negativa. — Bom, eu tenho que ir, porque está na minha hora. — Aplicou um beijo no canto da boca de Nicole que ficou petrificada e abraçou Lorna. — Tchauzinho! — Disse por fim antes de sumir entre as pessoas ali presentes.
— Ela é bem... receptiva, né? — Zombou Morello acida.
Nicky engoliu em seco. — Uma cara de pau, na verdade, eu diria.
— Vamos embora? O clima para mim acabou! — Saiu pisando firme, mas Nicky a puxou de volta.
— Ei, está com ciúmes?
— Não posso? — Retrucou erguendo as sobrancelhas em desafio.
Nichols segurou o riso. — Claro que pode, porque eu sou sua, embora que ainda não oficialmente, meu coração é seu, minha alma... Tudo, Lor, porque eu estou completamente apaixonada por você. Qual parte disso tudo você ainda não entendeu, hun? — A puxou mais para que seus corpos se juntassem.
Lorna deu de ombros. — Não gostei dela. Atrevida demais para meu gosto! — Empinou o nariz.
— Esquece ela.
— Esqueço não. Ela quer recuperar o que perdeu, não percebeu isso?
— Eu percebi, mas é perda de tempo dela, porque eu só tenho olhos para você. Ela já teve o tempo dela, e não soube valorizar. — deu de ombros. — Não posso fazer nada por ela, e nem pelo o que ela sente por mim. Não controlo os sentimentos de ninguém, somente os meus, boba. — Acariciou seus cabelos. — E o que eu sei é que eu te amo, que jamais lhe magoarei ou enganarei. Isso não é o suficiente? — Sorriu de canto.
— Na verdade é sim. — Soltou um longo suspiro. — Eu te amo, Nicole. — Usou as duas mãos para agarrar o rosto da outra e aplicou um beijo em seus lábios, sem muito demorar.
— Eu te amo, Morello, e ex noiva nenhuma vai mudar isso. Entenda.
Lorna assentiu se alinhando em seus braços. — Entendo.
Nicky beijou o topo de sua cabeça, enquanto envolvia os braços ao seu redor. Uma sentia o coração da outra bater. A cada dia que se passava se sentia mais amada por Nicole, pois ela sempre fazia questão de demonstrar pelos gestos, atitudes, beijos, caricias, carinho, maneira de trabalhar, palavras doces, abraços... Tudo em Nicky era muito diferente do estilo de relacionamento que teve a vida toda ao lado de Vicent. Tinha uma vida nova, ao lado de uma pessoa que verdadeiramente a amava e a valorizava, e não havia nada melhor que isso. Agora sim se via construindo uma vida, uma família futuramente.
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