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História Perdição - Epílogo


Escrita por: vauseman_damie

Notas do Autor


Boa noiteeee, sei que esperaram bastante para esse capítulo. Vou dizer uma coisa a vocês: ele está perfeitoooooooooo ❤ Sem mais delongas: boa leitura :D

Capítulo 47 - Epílogo


EPÍLOGO

 

Mansão dos Chapman-Vause, julho de 2020

 

Piper estava deitada sobre uma toalha xadrez de piquenique e olho para o céu claro e azul verão. O calor do sol aquecia sua pele. Ela simplesmente amava essas épocas em Nova York, significava épocas em família. 

Depois de dois meses de casamento, as duas compraram uma casa, e venderam o antigo apartamento, uma casa – grande como essa – era mais do que propicia para se constituir uma família, e tinha espaço para T’Challa e o cachorro, Billy, um pastor alemão que viera a ter depois de um ano de casamento. Ao todo se passou cinco anos, e nesse tempo muitas coisas aconteceram, e felizmente, somente coisas boas. 

Fred Burley acabou pegando perpétua pelos crimes cruéis que cometera com seu próprio irmão, cunhada e sobrinhos, além claro, dos maus tratos com Alex.  Sua esposa não ficou atrás, ela foi condenada por ser cumplice em todos esses crimes.

Vincent Muccio estava ainda pagando sua pena de 70 anos que estava longe de terminar. Ele já estava conformado com seu futuro infeliz, mas ainda sim, nutria um ódio incontrolável por Lorna e Nicole. A vida em uma penitenciaria é dura, nem mesmo as violências sexuais, as ameaças contra sua vida e humilhações foram suficiente para que fizesse dele um ser humano melhor.

Red acabou ampliando mais seu restaurante para algo mais grande e estava namorando Sam Healy, o motorista de Alex, o que ninguém esperava.

Nicky e Lorna estavam felizes em seu casamento. Kevin agora tinha sete anos de idade, estava grande e continuava o mesmo doce garoto de sempre. Agora ele ia à escola, o que deixava as duas de cabelo em pé e super preocupadas – coisas de mães -. Lorna tinha engravidado novamente, um menino chamado Patrick Morello Nichols, hoje com um ano de idade. Nessa gestação foi inevitável que não tivessem temor pelo pior e consequentemente mais cautela, mas no fim, tudo correu bem, foi uma gestação calma e um parto igualmente calmo, parto normal, sem nenhum imprevisto ou algo do tipo.

O casamento de Alex e Piper continuava com o mesmo fogo de sempre. Mesmo depois de cinco anos, as coisas entre as duas não mudara e aparentemente nem iria.  Cinco anos de casamento e o relacionamento continuava “quente”, o que na verdade era ótimo, muitos casamentos esfriam com o passar dos anos. Haviam decidido no quarto ano de casamento iriam fazer o procedimento para ter filhos, afinal, já estavam á bastante tempo casadas e se sentiam prontas para ser mães. Fizeram então o procedimento, e conseguiram não só com que Piper ficasse gravida na primeira vez, como conseguiram com que fosse trigêmeos. TRIGÊMEOS. Claro que Alex deu uma pequena – grande – surtada quando soube, afinal, três crianças de uma vez? Mas no final a felicidade prevaleceu. Duas meninas, um menino. Cole Chapman-Vause, Phoebe Chapman-Vause e Heather Chapman-Vause. Definitivamente o próximo mês não seria fácil para as duas o próximo mês, pois Piper  já estava no oitavo mês. Estava bem próximo o dia do parto.

Com o passar dos anos a empresa de Alex cresceu ainda mais expandindo em vários pontos dos Estados Unidos e América Latina, seu Uísque estava ficando mundialmente conhecido e apreciado, tanto que a cerca de dois anos havia expandido mais seus horizontes, a empresa não era somente de Uísque agora e sim também, Conhaque, Vinhos e Champanhe, e estava ganhando cada vez mais destaque, se tornando uma das empresas mais influentes da América, porém como Alex pensava ainda mais longe, tinha planos futuros para expandir para Europa. Europa era seu próximo objetivo. Piper abriu sua clinica própria voltada para profissionais da Terapia, Psicologia e Psiquiatria. Haviam se associado à simplesmente com os maiores profissionais. Ela havia conseguido no ano seguinte de sua formatura se formar em psicologia infantil, e esse era a sua área na clinica em que trabalhava. Nicky havia se associado com Alex nas redes de academia, expandindo para o país todo e América Latina, as duas agora eram donas de 50%, além de Nichols dar aulas particulares para famosos e bilionários.  Lorna havia aberto uma cafeteira com Alex como sócia  - mas não era uma simples cafeteira – estava sendo simplesmente uma das cafeterias mais badaladas de Nova York, pois o lugar era confortável, espaçoso, tinham vários tipos de cafés – café expresso, cappuccino, latte -, chocolate quente, milk-shakes, lanches de todos os tipos, uma livraria, ficava aberto 24 horas e era um lugar para todas as idades. E com isso de que todas tinham suas próprias empresas bem encaminhadas a ONG acabou expandindo também, de modo de que em todos os bairros necessitados de Nova York havia uma sede da ONG, e não somente em Nova York, como em várias cidades de Nova York e nos pontos mais carentes da África. A Matrix ainda era a primeira ONG, no Brooklyn, onde Piper atendia como psicóloga, Nicky ainda dava suas aulas, Lorna cuidava da parte administrativa e dava aulas de karatê – que ela havia aprendido também nos últimos anos -. Acabou se tornando uma ONG conhecida e que servia de exemplo para várias outras pelo mundo.

Alex apareceu com um copo de limonada em mãos e sentou-se ao lado de Piper entregando-lhe um dos copos. Pegou e bebeu, estava uma delicia e refrescante.

— Hmmm... está uma delicia. — murmurou, estava com a barriga enorme, mal conseguia respirar direito, afinal, três bebês estavam ali dentro. Não era uma coisa simples.

— Gostou? — Alex bebeu a sua limonada.

— Sim, muito boa.

— Como estão os nossos pequenos? — colocou a mão sobre o ventre da loira, onde podia sentir os bebês chutando, e isso aconteceu. Ela sorriu. — Eles estão bem animados.

— Sim, estão... quase quebram minhas costelas. — riu Piper e bebeu a bebida em seguida. — Que horas as meninas vão vir?

Alex pegou o celular. — Estão para chegar, mas não precisa se levantar, você não vai fazer nada, amor. Olha essa barriga enorme. — beijou-lhe os lábios, fazendo Piper rir contra seus lábios. — Não se preocupe com o almoço. Hoje eu e Nicky iremos cuidar disso.

Piper riu. — Nicky?  Não estou a fim de comer carvão.

Alex riu alto. — Credo, Chapman... Não seja tão maldosa.

— Estou brincando. — riu finalizando sua bebida.

Finalizaram as bebidas e resolveram ir para dentro. Alex ajudou a esposa a se levantar – qualquer atividade para a mesma era muito difícil, devido seu enorme ventre -, adentraram a casa. Piper sentou-se à mesa, enquanto Alex começava a dar inicio ao almoço. Não demorou para que Nicky e Lorna chegassem. Kevin foi o primeiro a aparecer correndo para dentro da casa para abraçar as madrinhas. Eles eram muito ligados.

— Oi, pequeno! — Piper beijou seu rosto.

— Como estão meus priminhos?  — acariciou o ventre de Piper. Ele adorava conversar com os bebês.

— Ligados nos 220! — riu divertida fazendo o garoto rir também.

Em seguida ele foi abraçar Alex, que o pegou no colo e o encheu de beijo. O garoto era simplesmente maluco por ela. Logo Nicky e Lorna adentraram, Morello estava com Patrick nos braços, cumprimentaram as amigas.

— E aí, Vause? Eu vou cuidar da churrasqueira hoje. — colocou um avental.

Alex riu. — Espertinha, não?

Nicole deu de ombros. — Faço o que posso.

Cada uma foi para os seus afazeres. Lorna fez Patrick dormir e foi ajudar Alex com o almoço, enquanto Piper e Kevin assistiam desenhos na TV.

O almoço transcorreu com uma energia muito boa, todos comeram ao ar livre. Mesmo depois do almoço, Nicky continuou a assar carne para que elas pudessem comer enquanto bebiam uma cerveja gelada. Era verão e tudo isso combinava muito com o verão. Somente Alex e Nicky bebiam, já que Lorna estava ainda amamentando Patrick e por motivos óbvios, Piper também não poderia. 

O sol foi esquentando, a carne foi completamente assada, mas ainda tinha muita cerveja, e o calor estava grande, então todos foram aproveitar a piscina, até Billy se animou, enquanto Alex jogava bolinha para ele buscar. Nicky brincava com Kevin na água, estava o ensinando nadar a algumas semanas já. Lorna e Piper se mantinham na beirada da piscina sem se agitarem muito, apenas observando tudo. Lorna mantinha Patrick em uma boia perto de si, enquanto o pequeno batia as mãos na água. As duas conversavam sobre a maternidade, já que logo Piper também teria bebê para cuidar, aliás, três bebês para cuidar.

— Está surtando?

Piper riu. — Já passei dessa fase, aliás, já passamos. — deu de ombros. — Tudo bem que assusta no inicio, mas temos um casamento estável, nos amamos, temos respeito uma pela outra, temos uma vida financeira ótima, acho que tem tudo para dar certo. Não estou dizendo que vai ser fácil, sei que vai ser uma mudança drástica em nossas vidas, mas estou pronta para isso sim.

— E Alex?

— Para falar a verdade Alex está sendo meu porto seguro. Ela está tão segura e levando tudo tão bem, sabe? — suspirou.

Lorna assentiu. — Entendo. — sorriu. — A gente acaba de adaptando. Nicky, por exemplo, ela é maluca por esses dois. — sorriu boba vendo a esposa com Kevin.

Piper assentiu fazendo o mesmo. — Dá para acreditar que conseguimos tudo isso?

— Acho que merecemos. — suspirou com tudo o que tinha passado vindo em sua mente com tudo.

— Merecemos sim. — Piper a abraçou.

 

//

 

Piper havia acabado de acordar, estava escovando seus dentes em frente ao espelho no banheiro, quando começou a sentir dores muito fortes em sua barriga, como se algo estivesse a rasgando de dentro para fora. Colocou a mão na barriga, com dificuldades para respirar.

— Alex... — porém sua voz saiu fraca e baixa. Respirou fundo. A dor estava piorando, ficando mais intensa. — ALEX! — conseguiu com que sua voz saísse mais forte. 

Alex que estava dormindo ainda na sua cama, profundamente acordou sobressaltada com o grito de Piper.  Deu um pulo levantando-se da cama e pegando seus óculos e abriu a porta do banheiro, deparando-se com sua esposa com uma expressão de dor e agonia e com as mãos sobre o ventre.

— Pelos Deus, Piper! — foi até a esposa a amparando. — Consegue andar?

Piper respirou fundo. — Consigo.

Tinha que conseguir.

Alex não conseguia a levar no colo, estava com a barriga enorme. Vause a auxiliou e a colocou sentada na cama.

— Respire, querida. Eles se adiantaram, mas... mas vai dar tudo certo. Eu vou pegar a mochila. — foi até o closet onde havia uma malinha já feita para esse dia em especial. Estavam mais do que preparadas. Colocou a mesma nos ombros e mais uma vez auxiliou Piper, desceram as escadas devagar e logo estavam no carro.

Alex saiu em disparada com seu carro, sempre pedindo para que Piper que estava ao seu lado, mentisse a calma, porém Chapman estava com o rosto vermelho, coberto de gotículas de suor, gemendo de dor, gritando, era a palavra certa e isso estava deixando Alex extremamente apavorada.

Chegaram no local no Hospital, e como Alex já tinha ligado para a médica que estava cuidando da gestação, tudo ocorreria bem, assim esperava ela. 

Piper foi diretamente para a sala de parto, e Alex como sendo sua esposa, manteve-se sempre ao seu lado.

— Está em trabalho de parto a cinco horas. As contrações estão ainda a todo vapor e está completamente dilatada. Chegou a hora. Os seus três pequenos bebê são bem ansiosos. — riu a Doutora Grace.

— Alex... fique quieta, querida. Está me deixando nervosa. — falou com a voz fraca, estava cansada de tanta contrações.

Vause então se aproximou da esposa e pegou sua mão. — Me desculpe... Não irei sair do seu lado. — sorriu fracamente, estava muito ansiosa, mas tinha que ser forte por Piper.

— Certo, Piper. Tudo está certo para o parto, só faça a maior força que assim conseguir, vamos.

Piper atendeu ao pedido de sua médica fazendo muita força, tanta que seu rosto se tornou ainda mais vermelho do que estava.

— Não pare! Mais força, vamos! 

Piper faz outra rodada de força, enquanto aperta a mão de Alex com força, com muita força, porém a mesma não sente dor. Está preocupada demais para isso.

E se desse tudo errado?

De repente um choro agudo se fez presente no quarto. A médica ergueu um bebê todo coberto de sangue e cortou seu cordão umbilical. Ele chorava raivosamente. Alex quis ir até o bebê, mas se manteve ali, ao lado de Piper que ainda segurava sua mão com foça. Ainda tinha mais dois bebês para vir ao mundo.

As lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos de Piper, completamente emocionada em ver seu pequeno ali chorando, vivo e saudável.

— E é uma menina muito saudável. — anunciou Doutora Grace entregando-o a uma enfermeira que a enrolou em uma manta rosa e se afastou.  — Mas ainda tem mais. Faça força, querida.

Mais uma fez Piper fez seu trabalho, a enorme força, porém desta vez foi mais fácil e rápido. Logo mais um bebê chorou fortemente e constantemente. E foi erguido nos braços da Doutora cheio de sangue, cortaram seu cordão em seguida.

— Menino! — anunciou ela entregando a enfermeira que o enrolou em uma manta azul e mais uma vez se afastou. — Agora só tem mais um. Está acabando. Aguente firme.

Piper fez a força derradeira, e o choro se fez presente pela ultima vez. Ela então deixou sua cabeça cair. Estava ofegante e exausta. Todos os seus músculos doíam, parecia que ela tinha corrido uma maratona inteira.

A Doutora fez o mesmo procedimento com o ultimo bebê e o entregou para a enfermeira. 

— Conseguimos, querida. — Alex beijou seus lábios, mas tudo que Piper queria era tomar um cochilo, nem que fosse bem breve.

 

//

 

Alex ficou um tempo olhando seus três pequenos pelo vidro da maternidade, como Piper ainda estava dormindo as enfermeiras estavam aproveitando para examinar os bebês, mas segundo a Doutora Grace, eles eram todos saudáveis e fortes. Não era de se espantar que eles fossem então tão grandes e bochechudos, embora o último fosse o menor de todos, ainda sim, era enorme. Ela sorriu boba. Era mãe agora, quando em sã consciência poderia imaginar isso?

Demorou-se um pouco ali ainda, então com um enorme sorriso no rosto foi até o quarto, onde Piper ainda dormia. Acariciou seu rosto. Deveria estar cansada. Sentou-se na poltrona ao lado e pegou o celular. Nessa correria toda nem havia avisado a ninguém sobre o nascimento dos seus filhos, então passou mensagem para todo mundo. Logo esse quarto estaria bombando.

— Alex... — Piper despertou.

— Sim, anjo? — deixou o celular de lado e foi até ela.

— Arruma meu travesseiro? Quero me sentar.

Alex assentiu e assim fez.

— Melhor. — sorriu a loira satisfeita. — E os pequenos?

— Vou avisar que você acordou para que eles possam mamar. A primeira mamada é a mais importante. — disse toda preocupada acionando pelo controle ao lado da cama a chamada de alguma enfermeira.

— Alex, — Piper segurou seu braço e suspirou. — Estou preocupada.

— Com o que, querida? — acariciou seu rosto.

— São três crianças e dois seios... vai faltar leite e não vai ser suficiente. Não quero que eles fiquem doentes, desnutridos. — suspirou.

Alex sorriu. — Bom, pensando nisso em fiz um processo sem que você soubesse.

— Processo? — a fitou confusa.

— Sim, eu também posso amamentar, querida.

Piper ficou surpresa. — Sério que você fez isso?

— Sim, sério.

As duas se abraçaram e se beijaram.

— É por isso que você é a esposa perfeita. — sorriu.

Alex riu ajeitando os óculos encabulada. 

Logo a enfermeira veio, pediram para que trouxessem os pequenos para dar a primeira mamada, e não demoraram a trazer. Enquanto as meninas ficavam com Piper, o menino ficava com Alex, só que Cole estava dormindo, não queria saber de mamar.

— Eles são tão lindos. — murmurou Piper toda boca, enquanto via as pequenas mamarem vagarosamente.

Alex sorriu. — Nossos filhos, dá para acreditar?

 

//

 

— Meu Deus do céu! — Nicole estava com Phoebe nos braços. — É tão linda, olha amor. — se aproximou de Lorna que estava com Heather nos braços também.

— Os três são fofos demais. — concordou Lorna boba.

Cole dormia no pequeno berço que havia perto da cama de Piper.

— A titia Nicky vai mimar vocês, assim como a mãe de vocês mima meus filhos.

— Eu não mimo não! — negou Alex.

— Nem eu. — disse Piper. 

— Mimam sim! — Lorna riu.

— Tão de zueira com nossas caras? — Nicole as fitou com cara de tédio e todas riram.

— Tá, talvez que a gente mime um pouco. — admitiu.

Piper riu abraçando a esposa.

Estavam felizes.

 

//

 

Os dias foram se passando. A maternidade não era fácil, mas Piper e Alex sabiam disso. Os primeiros dias foram difíceis, noites mal dormidas, ainda mais se tratando de três crianças. Não tinham tempo para dormir nem de noite e nem de dia. Estavam um trapo humano, mas é como dizem. Com o tempo vai se acostumando com tudo. Tudo é questão de adaptação. E sexo? Elas nem sabiam  mais o que era isso, mas o amor ainda prevalecia e estavam superando essa fase juntas.

Com o método que Alex fez acabou facilitando mais as coisas para Piper, ficando menos pesado, fazendo com que as duas tivessem nem que meia hora de sono, quinze minutos, o que poderia acabar sendo nenhum.

 

//

 

Kevin dormia no banco de trás, Patrick também em sua cadeirinha. Nicky parou o carro no mesmo lugar que havia parado há anos atrás, para enterrar o pequeno Pietro. Desligou o carro e suspirou. Iam ali no cemitério pelo menos uma vez por mês. Fitou Lorna no banco ao lado e pegou sua mão.

— Vamos lá?

Lorna assentiu, ainda se emocionada com essas visitas.

Se lembrava daquela época dolorosa em sua vida.

Saíram do carro, Nicky pegou Patrick no colo ainda adormecido e Lorna acordou Kevin que coçou os olhos e saiu do carro. Andaram cemitério adentro.

Ficaram diante da lapide bem feita diante delas com o nome Pietro Morello Nichols cravados na mármore.  Nicky abraçou Lorna de lado e aplicou um beijo na testa da esposa.

— Sempre me pego imaginando como seria com ele em nossas vidas.

— Seria perfeito, querida.

— Sim. — Fungou Lorna. — Seria mais perfeito do que já é. — fitou a esposa e sorriu. Se beijaram em seguida. — Eu te amo, Nicole.

— É, eu também te amo. — sorriu travessa.

Ficaram ainda alguns minutos ali, trocaram as flores e então  voltaram para o carro.

 

//

 

Patrick dormia cedo, as oito da noite ele já estava dormindo em seu berço – seu quarto não era o mesmo de Pietro, pois o quarto do mesmo está intacto até hoje -.  Era um bebê tranquilo, dormia a noite toda sem chorar. 

Nicky e Lorna estavam no quarto de Kevin dentro de sua cabana, onde ele adorava dormir, estavam contanto uma história para ele, e no meio da história ele sempre dormia.

As duas saíram de lá com cautela, o cobriu e apagaram a luz, deixando a porta meio aberta somente. Todos os dias era a mesma tradição desde que ele fora adotado.

— Agora sim: teremos a noite só para nós duas? — questionou Nicky servindo chocolate quente para as duas.

— Sim. — Lorna sorriu esticando os pés, estava sentada no carpete de sua sala de estar e a tv ligada. Iriam procurar um filme agradável para assistirem.

Nicky se juntou a ela e lhe entregou uma das canecas. — O que vamos ver?

— Estava pensando de uma comedia romântica.

A ruiva sorriu. — Ótimo.

Lorna encostou sua cabeça no ombro da esposa, enquanto Nicky escolhia um filme para verem. Se sentiam em paz consigo mesma, como se tudo que tivessem feito fosse parte de algo maior. O casamento era feliz, cada uma nunca haviam se sentindo tão felizes e plenas como estavam se sentindo na companhia uma da outra.

 

//

 

Minutos mais tarde as duas estavam indo para o quartos aos beijos. Nicole pegou a barra da regata de Morello usava e a levantou, tirando pelos braços. Estava sem nada por baixo. Sorriu satisfeita com a visão que estava tendo no momento.

Sua boca cobriu a de Lorna de uma forma faminta e possessiva. As línguas se enfrentavam em uma dança cheia de sincronias. 

As mãos de Nichols passeavam por toda a extensão de seu corpo, parando em seus seios, onde ela beliscou os mamilos com as pontas dos dedos, recebendo um gemido de Lorna contra seus lábios. Nicole fez com que Lorna se deitasse na cama, ficando por baixo. Seus beijos não cessavam, ao contrario, explorava cada pedaço de pele. Abocanhou um de seus seios, provocando gemidos nada controlados de Lorna. Puxou seu short do baby-doll que usava, deixando-a completamente nua. 

Mantendo uma Mao em cada seio, Nichols tratou de dar atenção ao seu sexo latejante. Sua língua ágil e habilidosa, fez Morello ir ao céu e voltar. Sua língua virava e chupava-lhe o clitóris, enquanto suas mãos lhe massageavam os seios.

Lorna gemeu e se contorceu totalmente entregue ao momento, afundou seus dedos nos cabelos desgrenhados da ruiva, direcionando sua boca ainda mais para o meio de suas pernas. 

Quando estava prestes a conseguir seu primeiro orgasmo, Nicole a beijou. Um beijo excitante, já que podia sentir seu gosto na língua da noiva. Uma das mãos saiu do seio, indo diretamente para o meio de suas pernas. Dois dedos foram penetrados em seu sexo. Nicole sugava a língua de Lorna com vontade, enquanto seus dedos entravam e saiam dela.

Os corpos suados, se esfregando em um louco desejo e entrega. 

Lorna teve um intenso e longo orgasmo. 

Manteve seus olhos fechados e um sorriso bobo no rosto.

— Nossa... como é bom estar casada.

Lorna desferiu um tapa em seu braço.

— O que foi? — espantou-se tocando o local dolorido.

— É só por isso que é bom estar casada? — a olhou com tédio.

Nicole explodiu em risadas. — Amor... — seu rosto estava vermelho de tanto rir. — Claro que não, mas é bom também. O casamento é tudo em um pacote só e posso dizer uma coisa? Amo o pacote. Amo estar casada com você. — beijou.

Lorna sorriu. — Eu também amo estar casada com você.

 

//

 

SEIS MESES MAIS TARDE

 

A rotina de Alex e Piper foi melhorando no quesito sono e sair com amigos, mas o sexo ainda era raro entre elas. Uma possibilidade poderia ser durante o banho, mas sempre uma tinha que ficar cuidando de um dos bebês, já que era praticamente um milagres eles dormirem no mesmo momento, ou ficarem calmos no mesmo tempo. Como Nicky e Lorna eram boas amigas e madrinhas do casamento e entendia a necessidade de um casal em ter um momento mais intimo, elas se ofereceram para passar uma noite com os bebês. 

— Tem certeza que não vai ser puxado parta vocês? Cinco crianças? — questionou Alex, estava no apartamento delas.

— Não se preocupem. Kevin e Patrick já estão dormindo e não acordam tão fácil. — disse Lorna.

— Mas mesmo assim... três bebês... — murmurou Piper.

— Gente, pelo amor de Deus! Vão transar! — Nicole rolou os olhos em desdém.

— Por Deus, Nicky! — Piper maneou a cabeça contrariada e Alex riu.

Dito isso deixaram os três –que dormiam- com as madrinhas e se foram.  Caminhavam em direção ao carro.

— Então, temos uma noite somente para nós duas. O que vamos fazer? — questionou Alex cheia de expectativas. Haviam tantas possibilidades.

Piper ficou diante dela e sorriu travessa. — Tenho uma ideia em mente. Uma proposta.

Alex franziu o cenho e ajeitou os óculos. — Diga.

Piper nada disse, apenas entregou um cartão a Alex.

— Quer ir nesse clube pervertido? — era um clube de ménage e sexo em grupo.

Piper riu. — Obviamente que não quero fazer sexo com ninguém mais que não seja você, não é Alex!

Alex soltou o ar aliviada.

— Sei que há salas, quartos nesse lugar que podemos usar. O que acha? Relembrarmos os velhos tempos quando você era dominante? — sugeriu animada colocando seus braços ao redor de meu pescoço.

Alex sorriu de canto. — Está com saudades, é? Quer relembrar os velhos tempos?

Piper assentiu. — Quero sim! — mordeu o lábio inferior.

Se beijaram e entraram no carro, indo rumo ao tal clube. Alex estacionou o carro, o local era luxuoso e reservado. Entraram, parecia uma boate. Viram coisas que nunca pensaram em ver. Pessoas nuas andando como se fosse à coisa mais natural do mundo. Rapidamente foram para a parte que lhes era de interesse.

A parede do quarto era revestida de cores vermelhas, havia uma cama redonda de dossel vermelha, tudo era vermelho, que lembrava luxuria. Haviam tantos instrumentos ali de sexo que certamente elas ficariam a noite toda transando.

 

Pov Alex

 

─ Vamos começar o jogo, baby?

Piper umedeceu seus lábios e respondeu-me: ─ Sim, por favor, sim. ─ Suplica ela.

Sorrio satisfeita e pego um dos brinquedos que ali havia. Umas bolinhas que se estoura dentro da pessoa, causando um prazer extremo, estimulando-a. Pego duas e o açoite e me aproximo da cama, coloco ambos no criado mudo e fico a observar Piper que está na cama, só na expectativa.

Coloco meu corpo sobre o seu e beijo seus lábios, Piper corresponde. Sua língua atrevida adentra a minha boca e chupo seus lábios com vontade, mordendo-os no final.

─ Vai fazer tudo que eu ordenar. ─ Digo mantendo nossos rostos grudados um ao outro. 

─ Sim, eu vou. ─ Responde Piper com a respiração ofegante.

─ Bom. ─ Limito a dizer, e sem delongas simplesmente rasgo sua blusa do baby doll.

─ Alex? ─ Piper se assusta e então começa a rir descontroladamente.

─ Não estou brincando, baby. Nem um pouco.  ─ Deixo claro.

Tal ato a deixa nua da parte do colo. Seu tórax sobe e desce, está muito afetada com a situação. Minhas mãos correm por seus seios, abdômen e cessa na peça debaixo, a tiro lentamente e volto a beijá-la de uma forma sedenta e urgente. Piper geme contra meus lábios, e então minhas mãos vão de encontro com seus seios, os aperto agarrando um de cada vez. Piper joga sua cabeça para trás e geme alto, totalmente entregue a mim. Colo meus lábios no seu pescoço e aplico uma mordida de leve ali, minhas mãos descem um pouco mais e param em sua intimidade. 

Mordo seu queixo. ─ agora quero que implore, baby. ─ Sussurro contra seus lábios e mantenho minhas mãos afastadas do meio de suas pernas, que é seu ponto de interesse.

Piper respira de modo pesado, seu rosto está levemente rosado, demonstrando sua excitação.

─ Quer que eu... ─ Ofega. ─ implore?

─ Exatamente! Não irei fazer nada se não implorar! ─ Falo séria.

─ Alex, por favor, eu te imploro que me foda, agora! Não estou mais aguentando! 

Ela é bem clara e isso me faz sorrir de satisfação pura.  ─ Assim que eu gosto. ─ Digo a centímetros de sua boca, a provocando e penetro-lhe dois dedos. Piper geme novamente, desta vez ainda mais alto.

─ Shiu, não quero barulho nenhum, ou irei te dar umas boas palmadas. ─ Aviso começando com os movimentos de meus dedos.

─ Pode dar, eu vou adorar! ─ Diz tentando conter um gemido e falha miseravelmente.

Sorrio sacana. ─ Ora, assim que eu gosto, Piper, safada! ─ Giro meus dedos levando-a ao delírio, a beijo com força e de um modo nada delicado. Fazendo com que seu gemido não seja emitido por seus lindos lábios carnudos e deliciosos. Seu quadril se movimenta em sincronia com meus dedos de uma maneira involuntária.

Não é necessário muito mais para que Piper se entregue a um orgasmo intenso sobre meus dedos. A abandono e aplico um selinho em seus lábios, enquanto a observo tentar se recuperar. Enfio meus dois dedos em sua boca, pegando-a totalmente desprevenida.

─ Chupe! ─ Ordeno, e assim Piper faz.

É a cena mais erótica que já vira. Meu corpo todo pedia por ela, e logo isso aconteceria. Logo.

─ Se não estiver gostando me peça para parar! ─ Digo em seu ouvido.

Vejo-a morder o lábio inferior. ─ Sabe que estou mais que amando isso.

Sorrio com sua declaração. ─ Fique aqui.

Vou em busca do açoite e das bolinhas “mágicas”. Faço com que o açoite passeie por seus seios, barriga e em seu centro úmido. Piper respira forte esperando... Esperando...

Bato o mesmo em seus seios. Piper se contorce e abafa um gemido. Bato-o novamente, porem desta vez em sua barriga e quando bato no meio de suas pernas, ela se contorce soltando um grunhido.

 ─ Diga que não gostou!

─ Impossível, porque não seria verdade! ─ Responde totalmente fora de si.

Largo o açoite num canto qualquer e coloco meu corpo sobre o seu. ─ Então gostou?

─ Amei!

Deixo as bolinhas novamente no criado mudo e afundo minha cabeça em sua intimidade. Piper geme surpresa.

─ Não para! ─ Implora quando giro minha língua dentro dela.

─ Não pedi para que falasse, pedi? ─ Indago séria. ─ Nenhum ‘a’, Chapman! ─ Rosno entre os dentes.

Volto ao que estava fazendo antes, mas sem tirar os olhos de Piper. Vejo-a morder o próprio pulso para não gritar quando minha língua começa o seu trabalho novamente. Ágil e ousada. Piper fica inquieta na cama, reagindo a minha língua.

Logo Piper goza loucamente em minha boca. Volto a ficar a altura de seu rosto e beijo seus lábios com seu gosto, e é algo extremamente excitante.

─ Agora vou desamarrar você. ─ Falo aplicando uma leve mordida em seu seio esquerdo.

─ Ah! ─ Ofega novamente, entregue a mim.

─ Quietinha... ─ Sussurro de modo sedutor.

Me afasto da cama pegando a chave das algemas, tiro-as libertando suas mãos e pego as balinhas “mágicas”.

─ A venda fica. ─ Aviso. ─ Vem. ─ A ajudo a se levantar da cama, me sento na beirada da mesma colocando Piper de bruços no meu colo, deitada.  As bolinhas coloco em Piper que se mantem imóvel sobre mim.

─ O que é...

A interrompo. ─ Ei, calada! ─ Aliso seu bumbum. ─ Vou te dar dez palmadas como da outra vez, e você irá contar comigo. Tudo bem?

─ Sim. ─ Responde, sua voz soa ansiosa e cheia de desejo.

E então dou a primeira palmada, Piper grita de desejo e surpresa, certamente uma bolinha estourou dentro dela.

─ Conte!

─ Uma! ─ Responde rindo surpresa.  ─ Meu Deus, o que é isso?

─ Surpresas de Nicky e Lorna. ─ Sorrio.

─ Os brinquedos?

─ Sim!

Dou mais um e Piper geme alto.

─ Dois...

Ela segura minhas pernas fortemente, certamente irá ficar boas marcas ali.

Repito  gesto.

─ Três! ─ Grita alto com a voz descontrolada.

E de novo.

─ Quatro!

A cada palmada Piper geme cada vez mais alto.

─ Cinco!

─ Seis!

─ Sete!

─ Oito...

─ Nove!

─ Dez!

Finalizo e ergo Piper, ela cambaleia e a seguro forte no braço e tiro sua venda erguendo seu queixo, agarrando-o com força.

─ Então? ─ Sorrio.

Seu rosto está vermelho, ela está descabelada e suada. ─ Isso foi... ─ Hesita. ─ Não sei o que dizer... O que dizer, foi espectacular, Alex.

Rio. ─ Ainda não acabou. ─ Me aproximo e coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. ─ Vai para a cama.

Piper assente e faz o que eu disse. Vou até minha mala e tiro de lá o strapon que, mas não é o mesmo que usamos naquele dia na fazenda, e sim um novo que comprei, ele é diferente, usarei em mim como o outro, em minha virilha, mas a diferente é que nós duas estaremos receremos penetradas, já que ao posicionar em mim ele é colocado dentro de meu sexo. Coloco o objeto em mim, causando-me um gemido involuntário de meus lábios. O abotoo e vou até a cama Piper me encara confusa e curiosa ao mesmo tempo.

─ De novo isso?

Coloco o dedo indicador em seus lábios calando-a. ─ Esse é diferente. ─ Sorrio maliciosa, Piper se inclina em minha direção e beija meus lábios de uma maneira faminta, ela puxa meus cabelos com força, entrelaçando em seus dedos. 

Piper aplica uma mordida em meu lábio inferior, causando sangue, mas não me importo nem um pouco, na verdade. 

─ O que é diferente? ─ Pergunta com a boca junta a mim.

─ Não é somente você que sentirá prazer. ─ Respondo.

A boca dela se abre, e então ela fecha e sorri maliciosamente. A beijo lentamente, aproveitando cada detalhe e momento. Levo minhas mãos até suas pernas, puxando-as mais para cima, para enlaçar em minha cintura, dando um espaço melhor para penetrá-la, não demorou, e foi isso que eu fiz. Entrelacei nossos dedos e no mesmo momento gememos juntas. Era uma sensação incrivelmente prazerosa para ambas.

Meus movimentos começaram lentos, somente aproveitando cada “estocada”. Piper gemia em meus braços, e eu a acompanhava.  Juntei nossos lábios mais uma vez, e de modo involuntário ela começou a rebolar seu quadril tornando os movimentos ainda mais intensos em uma sincronia perfeita.

Não demorou para que tudo se tornasse mais intenso. Os movimentos mais ritmados e fundos, causando um prazer inexplicável a mim e a ela. Agarrei forte sua nuca, abandonado seus braços, para aprofundar nosso beijo, que estava mais do que intenso e desesperado. Nossas línguas eram ritmadas, junto aos nossos corpos.

Estávamos suadas, o atrito de nossos corpos, era deliciosamente prazeroso. E juntas, chegamos a um orgasmo juntas, longo, intenso e forte. Deixei nossas testas juntas, enquanto tentávamos nos acalmar. A respiração uma da outra batia nos rostos. A beijei, transmitindo todo o amor que sentia.

 

 

Pov Piper

 

Àquela noite naquele quarto maluco do prazer estava se saindo melhor do que eu imaginei. Tínhamos usado todos os brinquedinhos sexuais de lá, mas mesmo assim, não parecia o suficiente. Nunca era.

Alex leva suas mãos até minha cintura, e as minhas vão até seus ombros. Nossos olhares sempre conectados. Fui tirando minha lingerie, sem dificuldades alguma, primeiramente a parte de cima, e então finalmente, a ultima peça.

Alex então tomou meus lábios em um beijo sedento, e suas mãos foram até minhas costas, fazendo com que eu me deitasse na cama em seguida. Logo seus toques foram para os meus seios, onde ela os apertou, e sua boca tracejava uma linha em meu pescoço, aplicando leves mordidas. 

Tomando um caminho mais ousado levei minhas mãos até a peça que ela usava e me livrei de tudo, deixando-a completamente nua sobre mim. Sua boca não se distanciava de minha pele um só segundo, quando tomou meus seios os sugando, não tive outra alternativa a não ser agarrar os lençóis da cama, completamente entregue a ela e a sua deliciosa e audaciosa boca. Sua boca desceu, e desceu cada vez mais, até chegar no meio de minhas pernas, onde já latejava, clamando por atenção e  seu toque. A excitação estava tomando conta de meu corpo, ele estava pegando fogo, praticamente entrando em combustão. Minha respiração completamente descontrolada, descompassada. Meu peito sobe e desce, meus pulmões agitados. 

Alex afasta minhas pernas se metendo no meio delas, com um sorriso sacana estampado em seu rosto. Meu coração dá um salto. Isso é tão fodidamente sexy... Céus! 

Suas mãos vão diretamente para meus seios, as duas tomam conta de cada um. E eles que já estão mais do que afetados aos seus toques, se enrijecem ainda mais. Sua boca vai diretamente de encontro ao meu sexo. Sua língua passa por toda a extensão, primeiramente, então em seguida começou a sugar, e completamente entregue levei minhas mãos até a cabeceira da cama, agarrando-me ali, pois estava prestes a ter um enfarte, com o que Alex me fazia sentir. Suas mãos continuavam a me estimular pelos seios, enquanto sua língua trabalhava de uma forma provocante, sugando-me e quando aplicou uma leve mordida no clitóris, de meus lábios saiu um grito estridente, fazendo com que eu risse em seguida.

— Alex, sua filha da puta!

Com um sorriso provocativo ela afasta e ergue seu queixo sobre minha virilha. — Lhe dou prazer e é assim que me paga? Pois saiba que não tem problema, isso somente me excita mais! — Deu uma piscadela e voltou ao seu “trabalho”.

Sua língua é penetrada em meu centro e mais uma um gemido escapa de meus lábios sem que eu possa me controlar. E nesse ritmo, explodo em um orgasmo intenso e longo.

Deixo minha cabeça cair sobre o travesseiro, mantendo meus olhos fechados. — Não entendo... — Murmuro enquanto o suor escorre por minha testa.

— O que? — Sinto o hálito quente de Alex bater contra meu rosto e o colchão ao meu lado ser afundado, então abro meus olhos e deparo-me com ela deitada ao meu lado, com seu rosto e corpo virados para mim, com o braço servido de apoio para sua cabeça.

— Não sei como consegue... sei lá, fazer isso comigo. Cada dia que se passa, eu me apaixono mais, Alex. Isso não é normal, me dá medo. O sexo com você, é muito mais que isso. Não sei muito bem explicar, mas... — Suspiro. — Enfim, é isso — Dou de ombros e fico na mesma posição que ela, para fita-la.

Um sorriso leve surge no canto de seus lábios. — Compreendo — Seus dedos vão até meu corpo, e ela contorna meus lábios. — Não precisa explicar algo que eu sei, porque me sinto igual.

Sorri e me aproximei dela, para beijar seus lábios. 

— Tenho algumas surpresas — Se ergueu da cama de repente indo até sua mala.

— Alex e suas surpresas sempre tão... deliciosas — Falo de modo malicioso.

Ela riu e se virou para mim com algo que não soube identificar em mãos. — Continue deitada — Orientou-me e assim o fiz.

Alex então apareceu diante de mim, com seu corpo sobre o meu. Sua boca sem delongas cobriu a minha, e sua língua já foi adentrando minha boca de maneira selvagem. Quando senti seus dedos em meu sexo, começando uma massagem intima lenta e prazerosa meu corpo se acendeu novamente e uma boa sensação tomou conta de mim. Uma sensação de refrescancia. Alex penetrou-me com dois dedos, enquanto sua boca investia na minha. Seus dedos eram girados em meu interior, e depois estocados fundo e forte. E mais uma vez entreguei-me a um orgasmo. Meu ventre virbou e minhas pernas amoleceram, ficando dormentes.

— Céus... — Ofeguei pegando fogo.

Alex sorriu e aplicou mais um beijo em meus lábios. Breve e casto. — Tudo bem aí?

— Você ainda me mata — Respondi tentando me acalmar.

Escutei sua risada gostosa soar. — Ainda não terminei contigo — Então senti ela sair da cama, mas não tinha nem ao menos força para abrir meus olhos para ver o que diabos ela estava fazendo.

Somente abri meus olhos quando ela havia voltado. Havia várias coisas em mãos. Alex estava muito ninfomaníaca para o meu gosto, mas isso não queria dizer que eu não estava gostando, ao contrario.

— Vou colocar isso — Disser erguendo uma venda, então me sentei e assim ela o fez. — Sem algemas hoje.

Assenti, estava em pura expectativa sobre o que ela iria fazer comigo.

Mal deitei-me na cama e Alex já estava com seu corpo sobre o meu beijando-me de modo possessivo. Ela levou algo até o meio de minhas pernas e ele vibrava. Era um massageado interno, que nem preciso dizer que me levou a mais um ápice.

As mãos de Alex foram até meu rosto, e ela o segurou com firmeza, beijando-me, possuindo meus lábios de uma forma nada delicada, finalizando com uma mordida de lábio no final, com direito a puxada e tudo.

— Fica de quatro.

— O que? — Pensei não ter ouvido direito, já que nunca havia me pedido isso antes.

— Fica de quatro — Repetiu.

Meio atordoada com seu pedido, assim fiz. Senti Alex se mexer na cama, e suas mãos serem espalmadas contra minhas nadegas, e me encolhi quando senti que me penetrar com algo.

— Alex...

— Shiii. Fique quieta.

Engoli as duvidas e mil e uma coisas que se passavam em minha mente nesse momento, então a senti se afastar de mim.

— Vem até a mim e deita de bruços no meu colo.

Com seu auxilio consegui fazer o que me pediu. Sua mão acariciava meu traseiro com delicadeza. 

— Não sei se lembra do que prometi.

Sorri e mordi meu lábio inferior com lembrança que me veio a mente. — Sim. As palmadas,

— Sim, exatamente. Eu tinha me esquecido, mas desta vez não deixarei passar — Pausou e senti seus lábios em minhas costas. — e com o que coloquei em você será ainda mais prazeroso. São umas bolas prateadas.

Céus!

Minha esposa era uma... viciada em sexo!

— Ok, vamos lá. Lhe darei 10 palmadas, e você deve contar comigo.

— Ok — Foi tudo que consegui responder-lhe.

A primeira palmada veio.

— Uma! — Contei.

E seguida de outras nove. Era uma dor misturada com um desejo enorme, e com essas bolas dentro de mim então. Era como se estivessem me masturbado, entre todas as palmadas, sempre havia gemidos altos e nada controlados. Alex retirou as tais bolas de dentro de mim, e fora inevitável evitar um gemido e então em seguida ela tirou a venda de meus olhos.

— Oi — Sorriu de canto.

Ergui-me de seu colo. — Oi...

— Você descabelada, suada e com o rosto rosado assim, simplesmente me enlouquece — Veio de encontro com meus lábios, já me deitando na cama, porem fui mais rápida, tirando o resto de energia que ainda me restava e fiquei por cima de Alex, com um sorriso sapeca no rosto.

— Minha vez.

Beijei Alex e levei minhas mãos até seus seios, acariciando toda a extensão de seu corpo. Beijei seu pescoço, fazendo uma leve trilha com a ponta de minha língua. Minha boca foi de encontro aos seus seios, e os chupei. Beijei todo o seu corpo, até chegar a sua intimidade. Beijei ali também, com mais vontade e desejo. A chupei, enquando minhas mãos passeavam por seu corpo, e apertava de leve seus seios. Alternava entre seu sexo e seus seios. Antes que Alex chegasse ao seu orgasmo – o que não estava muito distante – parei e substitui minha boca por meus dedos,  penetrando-lhe, e estocando rápido e fundo, enquanto nossas línguas se acariciavam com volúpia e entrega total.  

Minha língua contornou seus mamilos, e então Alex pegou-me de surpresa, inclinando-se em minha direção e beijando meus lábios, enquanto suas mãos estavam espalmadas uma de minhas costas e outra em meu traseiro. Meu corpo estava sobre o seu. Nossos sexos juntos, nossos corpos pegando fogo, cheios de desejo. Alex beijava meu ventre, e meu corpo se movimentava sobre o seu. O atrito de nossas peles suadas, era algo que nos enlouquecia. O desejo crescia dentro de mim, assim com dentro de Alex. Mais uma vez ela deitou-se e me inclinei sobre seu corpo. Nos beijamos, e suas mãos foram até minha coxa, onde ela apertou com força, e uma de minhas mãos foram até seu sexo, o estimulando. Mordi seu queixo, e juntas chegamos ao clímax.

Meu corpo caiu ao lado do seu e me mantive de bruços. Alex também se manteve deitada, nossas respirações ofegantes, em uma tentativa de se acalmar. Meus olhos estavam quase se fechando quando senti beijos e mordidas em minhas costas.

Sorri de modo preguiçoso, e Alex posicionou seu corpo sobre o meu, mordendo o lóbulo de minha orelha em seguida. Virei meu rosto correspondendo ao carinho, e então nossas bocas se encontraram em um beijo de língua quente e urgente. Senti a mao de Alex entre minhas pernas, estimulando-me, enquanto sua boca cobria a minha de modo desesperado. Os corpos se movimentavam em sincronia, e mais uma vez estávamos entregues ao desejo louco e desemfreado.

Alex desceu seus beijos, e logo estava no meu centro, chupando-me loucamente, mais uma vez.  Agarrei-me ao travesseiro e abafei meus gemidos descontrolados.

Consegui me sentar na cama e puxei Alex para um beijo, enfiando meus dedos em seus cabelos negros. A beijei com sôfrego, e ela também agarrou meus cabelos, puxando-os e dando livre acesso de sua boca para meu pescoço, onde ela chupou com força. Ela se posicionou entre minhas pernas, dando aceso aos nossos sexos e então seu corpo se pós a se movimentar, e de modo involuntário comecei a fazer o mesmo.

Gemíamos entregue a paixão, ao desejo. Nossos olhares sempre juntos, conectados. Meu coração estava a ponto de sair pela boca. Explodimos em mais um orgasmo. Juntas.

Caímos na cama lado a lado, mas desta vez. Sem volta. Estávamos mesmo mais do que exaustas.

 

Piper Off

 

 

UM ANO MAIS TARDE

 

Todos estavam na praia no rancho de Alex. Piper e Alex estavam sentadas sobre uma toalha na areia tomando água de coco enquanto viam Kevin correr atrás de Billy , Nicky e Lorna estavam na água aos beijos e abraços, enquanto as crianças estavam do lado de Alex e Piper, tanto Patrick agora com dois anos, quanto os trigêmeos que agora tinham um ano. Eles brincavam com areia. 

— Para com isso, Nicky! — choramingou Lorna enquanto a esposa lhe jogava água no rosto.

— Estamos brincando, amor. 

— Brincadeira boba! — fez bico.

Nicky riu e se aproximou de Morello. — Não faça esse bico que eu me apaixono mais. — a beijou.

— Mais é?

— Sim, me apaixono por você todos os dias. Sempre quando acordo ao seu lado eu te olho e me apaixono de novo e de novo... Sempre. — a beijou mais uma vez.

— Fico me imaginando como seria minha vida sem você. Se eu não tivesse finalmente cedido aos seus encantos.

Nicky riu. — Isso é impossível, baby. Porque não tem como não ceder aos meus encantos. — deu uma piscadela e a abraçou. 

— É sério, Nicole. — segurou seu rosto. — Obrigada por tudo. Por ter feito tudo que fez por mim desde o inicio e por ter me dando isso: família. Um casamento estável, de verdade e, sobretudo; amor. O amor verdadeiro.

Se divertiram no mar, aos beijos, rindo e nadando. Logo resolveram sair da água, estavam cansadas.

— E aí, casal? — Nicky foi se sentando perto dos filhos e dos afilhados. 

— Vocês ficam um segundinho com eles? Vamos dar uma volta. — disse Piper ajeitando sua saída de banho.

— Claro que sim. Podem ir. — disse Lorna passando protetor em Kevin.

Alex se colocou de pé colocando seus óculos escuros e entrelaçando as suas mãos aos de sua esposa. — Vamos lá. — sorriu.

Elas andaram lado a lado pelas areias brancas e foram muita até na frente, onde se podiam ver o sol indo embora. Era uma linda vista.

— Se a Alex de sete anos atrás me dissesse o futuro, eu não acreditaria. — suspirou abraçando Piper por trás.

— E o que posso dizer de mim? Eu me casar com uma arrogante e petulante? Jamais! — riu.

— Ainda bem que as coisas mudam. — aplicou um beijo em sua curva no pescoço.

— Sim, Al... porque eu não saberia como seria minha vida sem você nela.

— Nem eu. — suspirou vendo o lindo céu alaranjado. — Acho que possivelmente eu estaria amargurada transando com várias sobre contratos.

— É, acho que seria isso aí mesmo. E eu estaria virgem cuidando da ONG sem terminar a faculdade. — riu.

— Pelo menos estaria virgem. Não consigo imaginar ninguém mais te tocando além de mim.

— Imbecil...

— Ué... — riu.

Alex viu então uma lágrima escorreu dos olhos de Piper.

— O que foi, anjo?

— Queria que meus pais estivessem aqui comigo, conhecendo os netos, compartilhando essa etapa de minha vida ao meu lado.

— É, eu também queria que meus pais e meus irmãos estivessem aqui. — suspirou se colocando em sua frente. — Mas infelizmente eles não estão, mas podem ter certeza, amor que estão orgulhosos de nós seja onde eles estiverem. — a beijou.

Piper assentiu enquanto limpava as lágrimas. — Sim, tem razão.

Alex juntou suas testas e as duas se beijaram mais uma vez. Tinham ainda muita coisa para viver. Tinham uma vida inteira de felicidades pela frente. Tinha uma família e o mais importante: amor.

 

Fim.


Notas Finais


Então é isso pessoal, The End, mais uma fic minha finalizada. Estou muito grata a todos vocês por ler e acompanharem as minhas fics, sério. Tentei dar enfoque em Nichorello e sempre que puder, irei fazer isso, para mim é um casal super injustiçado. Mais uma vez obrigada. Em um certo capítulo comentei que havia duas fics novas e vocês escolheram qual eu iria postar, pois bem, a fic que ganhou, nao me sinto preparada para escrevê-la, tenho ainda que fazer muitas pesquisas sobre o assunto, então vou escrever primeiro a outra e depois a vencedora. Sinto muito rsrsrs. Postarei essa agora: https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-air-i-breathe-18353844 .... Nos vemos lá ❤


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