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História Perdida - Silêncio


Escrita por: JigglyCoala

Capítulo 11 - Silêncio


Fanfic / Fanfiction Perdida - Silêncio

É maravilhoso ver a rapidez que passo de elfo doméstico para rainha má.Não tenho voz nem dentro de casa e meu pensamento vai contra as idéias corretas dos meus pais. Na escola sou tratada como criança em especial com minha professora de educação física. O fato de eu dizer brincando que prefiro ser uma criança não quer dizer que quero ser tratada como uma. É a mesma coisa de dizerem que as mulheres feministas querem ser tratadas como homens quando na verdade tudo que querem é ter os mesmos direito.

Ando tentando seguir em frente, isso se torna divertido quando você tem o meu super poder. Invisibilidade. O que eu acho mais incrível é que esse bando de babacas só te vê quando discordam de você ou quando você erra. Nessa hora minha capa de invisibilidade simplesmente falha. Antes tinha medo de me machucar, mas nem isso tenho mais. Não me auto-mutilo de cortar os pulsos ou coisa do gênero o que ajuda a esconder o que sinto. Tento levar tudo da forma mais leve possível ás vezes dá certo mais em outras não. O único machucado que tenho medo além de perder meus pais é deixar meu coração se apegar e alguém e acabar sozinha.

Sou o tipo de garota incomum. Não saio de casa para evitar problemas, tenho poucos, porém bons amigos. E nunca namorei porque sei que seja quem for essa pessoa ela se cansaria fácil de mim e iria embora me deixando com minha dor. Não sei se é erro meu ou coisa da minha cabeça, mas eu não consigo acreditar quando alguém diz que gosta da mim. Não acho que alguém seja capaz de tamanha façanha. Afinal porque alguém veria alguém invisível e sem voz? Acho que estou me acostumando à idéia de permanecer sozinha.

Em sociologia o conteúdo desse bimestre é sobre identidade conceitos e tipos, mas quando ela fez uma pergunta pessoal de qual é a minha identidade eu não soube o que escrever o que dizer. Sei lá escrever para mim usando um pseudônimo é mais fácil porque não é o tipo de coisa que espero que alguém me julgue ou me pegue pelos ombros e diga “Você tem que ser melhor” ou “Você tem um futuro brilhante e não pode jogar tudo pela janela porque acha que não se conhece direito.” Eu não me conheço! Uso o pseudônimo justamente para desabafar não para me conhecer. Meu suposto verdadeiro eu sem voz é um pouco diferente. Acho que engano bem com um sorriso falso mesmo quando quero chorar.

Meus pais dizem que posso contar tudo para eles, mas como eu vou explicar o que sinto se eu nem mesmo entendo? Tenho medo que eles na me entendam e que mesmo eles sendo meus pais eles me julguem ou queiram me mandar para um psicólogo ou psiquiatra, já que não sou o melhor exemplo de sanidade principalmente no ultimo ano.

Às vezes eu só quero ficar no meu quarto escuro, com fones nos ouvidos e fingir que não existo. Poder ser um eu diferente. Um eu que apenas eu conheço. Deixar as lágrimas rolarem e as letras das musicas se prenderem na minha cabeça. Viajar e fingir que o mundo lá fora. Sei que não faz diferença para ninguém se estou feliz ou triste, viva ou morta. Esse mundo repleto de coisas errada continuará girando. Nenhum de nós é insubstituível, nenhum de nós deixará uma marca definitiva nesse mundo. Tudo tem validade, nada é verdadeiramente imortal.



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