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História Perdition - Jikook - - Thirty-Five -


Escrita por: Sweet_Kpopper

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 36 - - Thirty-Five -


Fanfic / Fanfiction Perdition - Jikook - - Thirty-Five -

“Que nossos amigos nos amem cada vez mais e que nossos inimigos descubram o que é o amor...” Alessandro Lo-Bianco

JUNGKOOK

Não subestimar o inimigo é uma regra valiosa no meio em que vivo, e ironicamente me esqueci deste ponto importante quando sai de casa. Na verdade, em boa parte das vezes mantenho em mente que senhora Park não seria capaz de muitas coisas, e como sempre ela me surpreendeu quanto à sua crueldade. Prometi a Jimin que voltaria a tempo de almoçar com eles, mas essa promessa se quebrou quando estava há poucos metros do condomínio.

Com a mente limpa e a atenção na avenida, precisei frear bruscamente quando fui cercado por dois carros. A moto foi ao chão, arranhando a pintura de uma das laterais e quebrando algumas peças, sem mencionar o tombo que levei por não esperar o peso do veículo. As pessoas à nossa volta nem sequer chamaram a polícia, por receio ao ver as armas ou talvez por não ser problema deles, ninguém reagiu em minha defesa.

Um deles assumiu a direção da minha moto, enquanto outros dois me jogaram dentro do porta-malas de um dos veículos como se eu fosse um saco de lixo. Naquele momento Jimin me veio à mente, e mesmo não sendo uma pessoa religiosa, embora acredite na existência do criador do universo, implorei pela ajuda de qualquer ser celestial que estivesse ouvindo. Temi por minha vida e pelas consequências, mas eu já deveria ter aguardado essa reação tão agressiva.

Não faço ideia do tempo que passei no cativeiro, mas recebi inúmeros golpes dos quais a intenção era de fato ceifar minha vida. Jamais estive com a guarda tão baixa como naquele momento, o que está longe de ser algo positivo, já que estamos atravessando uma forte tormenta sem precedentes de estrago. Por saber como atuam as máfias e demais grupos de criminosos, eu deveria ter ficado mais atento, afinal não é a primeira vez que minha existência está em risco.

Quando abri os olhos, me deparei com as condições precárias do local em que fui abandonado para morrer. Talvez tenham acreditado que de fato tiraram minha vida, mas foram despreparados o suficiente para não garantirem o resultado. Por sorte, ou não, lidei com amadores que furtaram por algumas horas a minha consciência, e no meio daquela escuridão, saí me arrastando até uma rodovia há alguns metros.

Um senhor me resgatou próximo ao acostamento, ficou tão preocupado com meu estado que nem sequer se importou com o risco que sua vida correu junto a minha. Ele tentou me convencer a ir para o hospital, mas pedi que me deixasse próximo ao prédio, pois fiquei horas sem contato e com o celular quebrado se tornou difícil atender até mesmo uma simples ligação de Jimin.

E foi a decisão certa retornar para casa, pois encontrei sua presença indigesta em frente à minha porta. Para ser sincero, nem mesmo sei como ela conseguiu acesso, pois a segurança costuma ser rígida e permitir a entrada apenas de moradores ou das pessoas que têm seus nomes cadastrados junto ao sistema de identificação. É óbvio que há como burlar, mas não acredito que ela se iria se atentar à mesma quebra de regras que Hoseok fazia ao encher o apartamento dos nossos pais para suas festas não autorizadas.

TaeHyung chegou a enfrentá-la, mas eu precisei intervir para que ela fosse tirada do prédio. Os seguranças a conduziram para fora, e usaram o argumento de levá-la presa caso as ordens não fossem seguidas. Sei que suas ações não vão parar, ao menos não até que a senhora Park consiga arrastar Jimin para seu cárcere outra vez, o que só irá acontecer por cima do meu cadáver. Por isso me tornei seu principal alvo, a razão pela qual devo me preparar para outro ataque a qualquer instante.

Meu namorado foi quem me ajudou com o banho e com os curativos, enquanto TaeHyung respeitou nosso espaço sem questionar e assumiu a responsabilidade do jantar. Claro que ele percebeu a forma que Jimin ainda se sente desconfortável em sua presença, por isso evita se aproximar ou dizer qualquer coisa que afete diretamente o mais novo. Devo dizer que nem sempre meu amigo foi assim, quando nos relacionamos, me recordo de vê-lo enfrentar inúmeras pessoas por simplesmente olharem para minha direção.

Após o jantar, me permitiram tomar as medicações para aliviar a dor. Imaginei que TaeHyung fosse me encher de perguntas, mas ele se trancou no quarto assim que terminou de se alimentar. Desta vez, meu amigo não tinha intenção de dar privacidade a Jimin e eu, ele simplesmente correu para atender uma ligação de seu atual namorado, que por sinal está fazendo muito bem para ele. Digo com convicção depois de receber seus relatórios médicos, onde a equipe multidisciplinar relatou sua melhora significativa.

– Você está melhor? – Jimin perguntou, então observei seus passos assim que saiu do banheiro usando a toalha para secar seus cabelos. – Me deixou preocupado, Jungkook. Não precisa me esconder nada.

– Vem aqui, meu amor. – me ajeitei sobre a cama e o chamei com as mãos. – Não precisa se preocupar, estou bem melhor agora.

– Tem certeza de que não precisa ir ao médico? – ele questionou, e se sentou próximo a mim, observando cada hematoma presente ao longo de meu abdômen. – Precisa checar se há lesões internas.

– Não é necessário. Além de que iriam envolver a polícia, o inferno seria bem maior. – o mais novo entendeu, mesmo que tenha ficado incomodado com o gemido que deixei escapar ao me mover outra vez. – Chegue mais perto, seu namorado precisa de um beijo.

Com um sorriso tímido estampando seu rosto, meu namorado se aproximou um pouco mais, apoiando seu peso ao lado de minhas pernas para evitar tocar em alguma área ferida. Infelizmente minha condição impossibilitou de fazer o que de fato desejava, pois estava disposto a mostrar a ele que não há motivos para tamanha insegurança, mesmo tendo havido um passado entre nosso hóspede e eu.

Embora não tenha o amado intensamente sobre os lençóis, o beijo foi o suficiente para acalmar seu coraçãozinho atormentado. Nossa noite se encerrou de forma tranquila, trocando uma boa conversa sob o edredom, enquanto eu recebia suas carícias como uma boa recompensa por tudo o que venho fazendo. Jimin ainda não percebeu que eu faria tudo novamente para vê-lo bem, assim como sou capaz de enfrentar qualquer um que ousar se levantar contra ele.

No entanto, durante a madrugada acordei com seus gritos, e foi minha vez de assumir o papel de seu porto de segurança. É óbvio que seu corpo e sua mente fossem se entregar a tamanha pressão, afinal estamos vendo injustiças ocorrerem bem diante dos nossos olhos e não conseguimos fazer muito para mudar esse quadro. Estamos usando todas as armas que temos à nossa disposição, mas o sistema de justiça do nosso país parece não ter o mesmo empenho em descobrir a verdade.

Não poderemos dormir em paz quando nossos inimigos estão soltos e agindo indiretamente, e chega a ser irônico pensar que tudo esse emaranhado de problemas veio até ele no dia em que entrei naquela igreja. Talvez Jimin estivesse vivendo tranquilamente hoje, mesmo que cercado de mentiras e levando uma vidinha perfeita, não estaria em constante risco por se envolver com alguém como eu.

Esse é definitivamente o preço que pagamos por amar incondicionalmente outra pessoa, nos envolvemos em inúmeros riscos e somos capazes de colocar nossa vida à prova por aqueles que amamos. Há alguns meses minha missão mudou, não é mais a vingança pela morte dos meus pais ou testar meus limites, a presença de Jimin me deu motivos para tentar mudar, e é por isso que tenho lutado todos os dias.

Jimin pode achar que voltar para sua casa é a melhor decisão, e que irá encontrar a paz caso retorne a vida de mentiras que ele levava ao lado de sua progenitora. No entanto, não terei tranquilidade em minha alma sabendo de seu sacrifício, especialmente por estar ciente que retornar aos poderes dela, é como se condenar a uma vida infeliz, além de um cárcere sem haver culpa. Ouso dizer que o mais novo não suportaria mais tanto tempo ao lado dela, tomaria medidas extremas sem pensar duas vezes.

Viver pelos outros não é vida. Passar os dias pautado sobre as vontades de uma pessoa manipuladora, abusiva e completamente narcisista é uma das definições do inferno, o mesmo que a senhora Park fazia questão de esconder com sua personagem de beata. O pior é vê-la continuar em sua posição de boa moça e mãe sofrida, enquanto sabemos bem o que ela apronta nos bastidores. Aquela mulher é um exemplo óbvio que generaliza todos os demais religiosos, do tipo que tenta aplicar leis quem nem mesmo é capaz de cumprir.

Sei que há um longo caminho para percorrer e nada será tão fácil para nenhum de nós. Precisamos unir todas as forças que pudermos, além de bons aliados, afinal nem a polícia envolvida no caso é confiável aos meus olhos. Prometi a ele que passaremos juntos em meio a essa imensa tempestade, e acredito que vamos sair dessa bem mais fortalecidos do que o esperado.

Vivemos um amor em que grande parte da sociedade atira pedras, a superação é uma conquista diária tendo em vista ao que enfrentamos em algumas situações. Jimin é novo, não tem muita experiência de vida, e eu me dei a missão de ensiná-lo a se manter vivo neste mundo de merda. O julgamento é quase um pré-requisito para se viver no meio social, alguns apenas se esquecem de checar a segurança de seus telhados antes de lançar as pedras.

Não consegui voltar ao sono, passei o resto da madrugada com os olhos abertos, ignorando as dores fracas e zelando por seu sono. Me preocupo com seu psicológico em meio a tudo isso, Jimin tem se desgastado demais pelo egoísmo de algumas pessoas. Nem em seus melhores sonhos talvez tenha pensado em se ver em tamanha tempestade, afinal foi criado acatando todas as ordens dela e fazendo coisas que não gostava para evitar conflitos.

Senhora Park nunca teve seu respeito, pois suas ações fizeram o garoto temê-la mais do que confiar em um estranho. Sou fora de todos os padrões com quem ele conviveu, até mesmo de seu melhor amigo, que apesar de ter um histórico de libertinagem, sabia se comportar diante de seus pais sem levantar nenhuma desconfiança. Por isso é essencial todo apoio, assim como estamos estudando a possibilidade de terapias o quanto antes, para que Jimin consiga ser independente um dia.

Meus pais até se ofereceram para ficar e nos apoiar, porém pedi que eles distanciassem de todo esse caos para não os prejudicar. Ambos foram para o chalé sem pensar duas vezes, e me ligaram de um número descartável para informar que YoonGi e HoSeok estavam seguros e não tinham intenção de retornar para Seul. Não ouso julgar meu irmão por ter decidido isso, seu noivo precisa manter a estabilidade e toda essa bagunça pode colocar a perder um bom tratamento que é feito há meses.

Também cogitei tirar Jimin do país por um tempo, mas meu passaporte está sob poder da polícia e estou impedido de sair da cidade até o final das investigações. A denúncia de sequestro continua de pé, mesmo eu TaeHyung tenha prestado seu depoimento e a polícia já saiba que meu namorado está comigo. Meu maior desejo é que tudo isso passe logo, para que eu possa respirar aliviado e levar meu garoto para curtir ao menos quinze dias em um local calmo para renovar as forças.

Me levantei nas primeiras horas da manhã, deixando o corpo de Jimin acomodado no colchão macio e protegido pelo edredom. Não precisei de ajuda para fazer minha higiene, e após me vestir de forma adequada, fui direto para a cozinha. Notei que TaeHyung ainda estava dormindo também, e assumi a responsabilidade de preparar sozinho o café da manhã. Foi hora de colocar em prática tudo o que aprendi com meu pai adotivo nos últimos anos, o que não foi tão ruim.

Consegui preparar algumas coisas sem queimá-las ou causar grandes estragos, além de ter montado uma mesa recheada e bem apetitosa. Merecemos um momento como esse para acalmar os ânimos e aproveitar um pouco de paz, por ora eles não têm um mandato ou permissão para entrar em minha casa e levar Jimin à força. O melhor de tudo é saber que a única forma de o arrancar de mim é alegando insanidade mental, afinal meu namorado é maior de idade e responde por si perante a lei.

Peguei uma xícara de café e me sentei na bancada, onde tentei não ser vencido pelo tédio de estar sozinho e não ter nem mesmo a companhia de meu celular. Preciso comprar outro aparelho e recuperar meu número antigo, antes que o chefe resolva entrar em ação e só conseguir comunicação se enviar alguém até meu. Ou devo ficar quieto e deixar a notícia de meu suposto óbito chegar aos ouvidos do velho misterioso.

Foi essa a intenção quando aqueles homens me levaram, pretendiam me executar como vingança. No entanto, outro ponto ronda em minha mente, a possibilidade dos idiotas estarem sob ordens do grupo ao qual faço parte. Nesse mundo não se deve confiar em ninguém, nem em si mesmo.

– Bom dia, Jun. – disse TaeHyung, e seu bom humor pela manhã denunciou que provavelmente ele passou parte da madrugada conversando com seu namorado. – Como se sente?

– Estou bem melhor. – respondi, e recebi sua ajuda para me acomodar no sofá. – Obrigado pela ajuda que deu a Jimin ontem, ele está um pouco perdido no meio de todo esse caos.

– Jun, entender Jimin não foi o único motivo que me fez ajudá-lo. – disse ele, me deixando um pouco confuso sobre o rumo da conversa e a razão de sua voz estar mais baixa. – Pouco antes de minha mãe sumir, ouvi uma conversa entre ela e uma funcionária. Ainda não consegui ter provas disso, por essa razão não toquei no assunto.

– Está me deixando apreensivo.

– Existe uma possibilidade significativa de Jimin ser meu meio-irmão. – TaeHyung disparou, enquanto observava ao redor procurando por algum sinal do mais novo.

– Como? – questionei surpreso. – Sabe que isso não faz o menor sentido, TaeHyung.

– Se recorda de uma conversa em que mencionei que meu pai tinha uma funcionária a qual o seguia como um cão para todos os lados? – concordei brevemente, me lembrando da crise que ele se enfiou após esse suposto episódio. – Reconheci aquela mulher na delegacia, Jungkook. Senhora Park não me trata como um lixo à toa, a história contada por minha babá é verídica.

– Que história?

– É fato que aquele velho nunca engoliu minha existência, pelo simples fato de que meu nascimento o trouxe a obrigação moral de sustentar o casamento falido entre ele e minha mãe. – TaeHyung suspirou pesadamente, parecendo temer pronunciar algumas palavras. – Eles estavam pensando em divórcio quando fui concebido, afinal a mulher que me trouxe ao mundo ainda tinha um “dever” como esposa. A separação não seria bem aceita pela sociedade ao qual costumavam frequentar, estaria a nível de um escândalo.

– Esses dois são mais baixos do que eu imaginava. – murmurei, notando as lágrimas nos olhos do mais novo.

– Minha mãe suportou o que pode por minha causa, pois pela lei do nosso país, as crianças ficam sob a responsabilidade do pai em caso de divórcio. – continuei ouvindo seu desabafo sincero. – Imagino o quão difícil tenha sido deixar os filhos para trás.

– Sinto muito. – sussurrei, o puxando para o abraço confortável. – Quando sua mãe se foi, aquele desgraçado começou a levar essa mulher para dentro de sua casa?

– Sim, eu só não imaginava que o caso deles era antigo e havia um filho fora do casamento. – ele revelou, me fazendo entender a razão de tanto controle em cada passo de meu namorado. – Jimin não teve a mesma criação, foi educado em uma classe social diferente, com algumas limitações. Meus avós paternos não admitem filhos ilegítimos, por isso Jiminnie provavelmente não foi reconhecido por meu pai, embora saibam da existência dele.

– Renegando dois filhos de uma vez, e eu achando que ele não poderia piorar. – suspirei pesadamente, e ignorei as dores ao erguer meu rosto, e me deparar com a presença que não esperávamos. – Meu amor, há quanto tempo está aí?

– O suficiente para saber que toda minha vida foi pautada em mentiras, e que inúmeras pessoas foram prejudicadas por isso. Como eu posso ser filho daquele demônio? – o mais novo questionou. – TaeHyung, você tem certeza disso?

– Como mencionei, só há duas maneiras de confirmar. Ouvindo da boca de um dos dois, ou fazendo o teste de DNA. Nesse caso podemos testar o nosso material genético se quiser. – TaeHyung disse, então Jimin caminhou silenciosamente até ele. – Eu sinto muito, Jiminnie.

O mais novo correu em direção a ele e o abraçou com força, sendo acolhido pela compreensão e lágrimas intensas do mais velho. TaeHyung retribuiu o gesto, mesmo que não tivessem tanta intimidade. E finalmente pude descobrir a ligação que o senhor Kim tem com aquela mulher, por isso ela manteve Jimin à sete chaves por tantos anos e me enxergou como uma ameaça em potencial. Temos um trunfo nas mangas, embora essa informação nos torne bem mais que um alvo para nossos inimigos.

Os deixei sozinhos na sala, dando espaço para conversarem e eliminarem todas as dúvidas. TaeHyung e Jimin passaram a manhã inteira debatendo sobre o assunto, eu já deveria ter desconfiado desta possibilidade, mas isso não justifica a forma que o mais velho foi tratado pelo pai por toda vida. Na verdade começo a crer que senhor Kim não tenha mesmo um coração, é somente uma alma podre habitando um corpo que já não suporta mais o nível de toxidade.

Para distraí-los um pouco, resolvi levá-los para almoçar fora, ideia que pareceu ter animado meu pequeno. Obviamente optamos por um estabelecimento mais afastado, além de que ambos precisaram se disfarçar para não serem reconhecidos. Vítimas se comportando como criminosos, retrato da insegurança e sensação de impunidade que estão sentindo com a liberdade dos verdadeiros carrascos.

Esperei que se arrumassem, afinal também precisei vestir algo decente e pegar a carteira. Optei por usar o carro do meu irmão, veículo que não seria facilmente reconhecido e seguido por repórteres ou nossos inimigos. Na saída do prédio, pedi que se mantivessem abaixados, só assim consegui passar em segurança, além de que averiguei cada canto a fim de encontrar alguém suspeito. Não é difícil duvidar que Senhor Kim colocou um de seus lacaios à espreita, afinal sua situação se complicou após o depoimento de TaeHyung.

Jimin escolheu um restaurante tailandês, dizendo que queria provar algo diferente do que estava acostumado. Como fomos criados em meio a estabilidade financeira, TaeHyung e eu já provamos comida de diversas culturas, e a tailandesa não é nem um pouco inédita para ambos. No entanto, ainda nos surpreende pelo capricho que os chefes de cozinha usam na hora de temperar os pratos, tal como a felicidade do meu garoto por ter um desejo atendido.

Todos ficamos no suco natural, eu devido as medicações, Jimin por sua aversão a álcool e TaeHyung por estar em um processo de desintoxicação. E após semanas de caos, durante a refeição pude contemplar o raro momento onde os dois mais novos se esqueceram dos problemas e puderam aproveitar. Meu namorado pareceu bem mais leve, além de ter se alimentado melhor do que nos últimos dias.

– Estão mais confiantes com a possibilidade do laço de sangue? – perguntei, notando Jimin um pouco distraído. – Meu amor?

– Temos que unir todas as forças contra um inimigo comum, meu bem. Não perdi nada, afinal minha percepção de família não é real, sempre foi coberta de mentiras. – meu namorado disse com mais calma. – TaeHyung nunca recebeu amor vindo dele, assim como eu nem sequer cheguei a ser reconhecido. A falta de afeto não me torna diferente apenas por ser ilegítimo, nem o filho dentro do matrimônio ele foi homem para criar.

– É ótimo receber um irmão de verdade. – disse TaeHyung após abraçá-lo, e suas poucas palavras me fizeram entender o que ele quis dizer em comparação ao seu irmão mais velho.

– Me inclua nessa força tarefa, já que sua vida só virou esse caos porque me enfiei nela. – brinquei, deixando um selinho rápido na bochecha de Jimin. – Eu te amo, meu amor.

– Eu também te amo, Jungkookie.

Uma trégua era o que precisávamos para recarregar as energias, afinal nossos inimigos podem voltar com força total a qualquer instante.



Notas Finais


Beijos e até o próximo capítulo! <3


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